6/04/2021

Retratos de Floriano

 

CORRESPONDÊNCIA


Carta de Delmar Mendes dos Reis, de Belo Horizonte para Rafael da Fonseca Rocha, Brasília, datada de 14 de março de 2006.

Prezado Amigo,

Saúde, Paz e Felicidades extensivos à Exma Família.

Inicialmente, agradeço-lhe, uma vez mais, pela oferta que me fez dos livros  - “ FLORIANO, de nostálgicas recordações “ e o “ Era uma vez “.

Você viveu em Floriano, mais tempo do que eu, pois deixei a nossa terra aos vinte anos de idade, isto é, em 1935, quando fui para Teresina, onde vivi por oito anos, e em fevereiro de 1944, vim para Minas Gerais – Belo Horizonte. Em abril desse ano fiz concurso para o Banco Hipotecário, e em junho a diretoria deste determinou que eu iniciasse a vida bancária em Teófilo Otoni, cidade onde constituí família dois anos depois, em dezembro de 1946. Entre esta cidade, Jequitinhonha, Pedra Azul e Resplendor, decorreram dezoito anos, quando em 1964 fixei residência definitiva em Belo Horizonte, em decorrência de minha promoção de gerente para inspetor. Nesta função viajei quase quinze anos, até minha aposentadoria em 1979.

Lendo suas reminiscências no “ Era uma vez “, em que você, à sombra dos pés de tamarindos, na beira do rio Parnaíba, transformou-se num nostálgico sonhador do tempo de sua juventude, recordei-me de quatro pessoas distintas: o velho Zé Guimarães, sentado em sua cadeira de balanço lendo jornais à sombra de um frondoso pé de castanheira; do senhor Polidoro, que tinha uma perna de pau; do intelectual Serafim Gomes neto, o qual periodicamente sofria das faculdades mentais, e do amigo Eleutério Rezende, atravessando o rio pé, varejando a sua canoa até Barão de Grajaú.

Eu, apesar de minha pouca idade, tinha muitas amizades com pessoas de mais idade, entre estas, cito: Dico Leão, seu tio, que muito me incentivou para que eu viesse para Minas; Netinho, Amâncio Calland, Milad Kalume ( este escreveu para mim o alfabeto árabe, para eu aprender sua língua ). Conheci muito seu tio Doca Rocha, cujo bar de sua propriedade foi vendido para o senhor Calixto Lobo, que entregou a direção do dito bar para o senhor Moisés Kinahier explorar e servir de ponto de reunião dos “ carcamanos “ nas horas de ociosidade.

No seu livro “ Floriano “, além de outros assuntos, você fala sobre o Teatro “ Polyteama “, o qual foi construído em cima do riacho do “ Gato “, por iniciativa do Cel. Hermano Brandão. Este teatro, além da arte cênica, funcionou como cinema mudo. Também serviu para bailes à fantasia nos dias carnavalescos da sociedade florianense.

Sobre o jantar oferecido ao Tenente-Coronel ( não general ) João Alberto Lins de Barros, o qual se realizou na residência do senhor Fernando Alves da Silva, sendo que o piano onde o referido revolucionário dedilhou algumas peças musicais, pertencia à professora Hercília Barros Camarço. Como um dos assistentes ao evento através das janelas, fiquei admirado ao ver um homem tocando piano, eis que, com dez anos de idade, pensava que somente as pessoas do sexo feminino, tocava referido instrumento musical.

No tópico gente, onde você escreveu sobre Zé Caboré e João Guerra, ao terminar a descrição deste, você começou: duro, até achei que o assunto ainda era sobre o João, porém, tratava-se do senhor Raimundo Ramos, farmacêutico prático, marido de dona Mundola.

Com referência ao poeta Véras de Holanda, cuja esposa era filha do senhor Anfilófio Melo, rendo-lhe também minhas homenagens, pelo primor de seus versos, especialmente o poema “ O Trinta e Dois” e o hino “ Minha Terra”. Infelizmente ele morreu moço, de tuberculose, doença que perseguia os poetas de antanho.

Você faz referência, com muita propriedade, o descaso com que são tratados aqueles artistas, cujos trabalhos foram reconhecidos por outrem, não merecendo das pessoas ou autoridades de seu torrão natal, nenhum prêmio ou incentivo pelo serviço executado. Bem diz o ditado: “ ninguém é profeta em sua terra”.

Os dois prefaciantes dos livros merecem, com certeza, os nossos aplausos, sendo desnecessários maiores comentários.

Terminando, observei que você é um eterno saudosista de sua terra, além de ficionista e sonhador. Continue assim.

Mais uma vez parabéns e obrigado.

Ao seu inteiro dispor, abraços do conterrâneo

Delmar Mendes dos Reis

5/28/2021

Retratos de Floriano

 

Veteranos de Floriano
 

No passado, o futebol de Floriano despontava pelos quatro cantos do Brasil, encantava e disseminava grandes alegrias. A nossa sociedade levantava essa bandeira de maneira ímpar e com a empatia que transbordava a gregos e troianos.

O Ferroviário, o Artístico, o CRB e, até o famoso Cori-Sabbá ainda conseguiu expor de maneira brilhante o nosso futebol com grandes craques como Walberto, Bitonho, Caraolho e outros, conseguindo levantar o troféu de campeão do campeonato piauiense de 1995 com garra e galhardia, chegando a bater o Botafogo do Rio pela Copa do Brasil daquele grande momento.

O detalhe é que não sabemos o porquê o nosso futebol entrou em decadência e não está mais conseguindo alavancar a nossa hegemonia. Cidade como Altos é que está dominando tudo. Os nossos dirigentes, gestores e entusiastas do nosso esporte desapareceram e não dão mais o ar da graça.

Na foto acima, observamos velhos amigos veteranos recordando o seu tempo, como
Bagana,  Gil Marinho,  Lauro,  Pompéia, João Pinto, Jeremias, e Nozinho;
Poncion, Zé Fernandes , Grilo, Pepedro e Selvu. 

Acreditamos, ainda, sonhamos com o retorno do CoriSabbá e do Princesa do Sul para a segunda divisão deste ano. Quem sabe, os empresários e os gestores atuais possam colaborar e incentivar de volta o nosso esporte bretão?


Retratos de Floriano

 

Flagrantes de uma cidade (1997)
Praça Dr Sebastião Martins - Anos 1950
Essa é uma tomada da antiga praça João Pessoa, a nossa principal praça nos anos de 1950. 
 
Idealizada na gestão do prefeito doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, através de um projeto do engenheiro Luiz Ribeiro Gonçalves, a praça depois recebeu o nome do prefeito Sebastião Martins.

Os arvoredos começavam a dar uma dinâmica em sua arborização. Ainda vê-se a antiga Farmácia Coelho, a Casa São Luiz, a Farmácia Rocha e uma loja da família Neiva. Época romântica, que nos proporcionou grandes emoções.

Hoje, temos aí um monumento arquitetônico moderno, sem os antigos arvoredos, mas que representa a nossa realidade atual. Mas é bom sempre estarmos de olho nas mudanças que poderão ocorrer, no sentido de evitarmos a ruína de nossas tradições.

Fonte: FLAGRANTES DE UMA CIDADE, Luiz Paulo Lopes

5/26/2021

Faleceu Maria José Soares

 

Saudades Eternas!

 

Zezé ao lado de Tibério

Faleceu Maria José Soaes ( Zezé)

Faleceu agora no dia 24 de maio, a nossa querida Maria José Soares, a Zezé como era mais conhecida. Era funcionária aposentada do INCRA e morava em Teresina.

Maria José Soares nasceu em 17 de julho de 1937 e chegou aos seus 83 anos bem vividos e com a sua missão cumprida. Não casou e não teve filhos. Preferiu ser também professora e cuidando das crianças em escola, residências e creches pelo mundo a fora..

Zezé era minha madrinha de batismo, me ajudou muito em todos os sentidos da vida. Sempre estávamos conversando e versando sobre tudo dessa vida. Tinha uma empatia com o senso de humor que transbordava.

Era filha de tia Maria com o Nenem Grande, moravam em Veados (hoje Artur Passos), tinha como irmãos o Cícero Damas (Radiotécnico já falecido) e um outro irmão Delfino (dentista) que ainda trabalha em Brasília.

Outro depoimento:

Em sua recente visita, o nosso irmão Tibério pode rever pessoas do mais alto gabarito; no caso, a minha madrinha Zezé Soares, filha da tia Maria com o tio Neném Grande.

São momentos que precisamos registrar, para ficar na história de nossa família. A Zezé, hoje, aposentada, continua sempre sendo uma pessoa maravilhosa, atenciosa e nos proporcionando um bem estar saudável, quando temos a sua presença.

A vida é assim, temos que continuar na luta e buscar sempre esses momentos que nos deixam cheios de esperanças no dia a dia. 

DEUS SEJA LOUVADO E RECEBE A NOSSA QUERIDA ZEZÉ COM ALEGRIA E ORAÇÕES!


5/24/2021

Retratos do nosso futebol

 

Cori-Sabbá

Fonte acervodabola.com.br/

Cori-Sabbá

* Colaborou Leandro Paulo Bernardo

O torcedor do Corinthians é conhecido por ser “fiel”, mas nesses meus 32 anos acompanhando futebol posso afirmar que um time do Piauí tem torcedores tão fiéis quanto o “outro Corinthians”, trata-se do guerreiro Cori-Sabbá da cidade de Floriano, que hoje completa 45 anos.

Fundado no dia 24 de maio de 1973 após a fusão de dois clubes amadores da cidade: o Corinthians (Cori) e o Auto-Posto Sabbá (Sabbá). Em 1991, o Cori profissionalizou-se e participou pela primeira vez do Campeonato Piauiense que passava por uma crise devido a ausência dos clubes de Teresina.

O Cori-Sabbá ficou apenas na oitava colocação, mas apresentou dois destaques; o atacante Walberto que foi o artilheiro com 15 gols e a melhor média de público do estadual.

Naquela década o futebol piauiense foi dominado pelas equipes do interior e o Cori-Sabbá atingiu seu ápice em 1995 quando foi Campeão Piauiense em cima do Caiçara de Campo Maior. O atacante alvinegro Walberto foi novamente o artilheiro da competição com 15 gols ao lado de Brinquedo do Caiçara.

Sílvio Lemos (Técnico), Valdo, Dilvan, Carlos Silva, Mauro, Andrade e Álvaro.
Agachados: Bentivi (massagista),Vanin, Walberto, Filhinho, Laninho e Bitonho.

Daquela equipe o lateral esquerdo Vanin teve destaque no Atlético Paranaense e Fluminense. O clube iniciou sua saga por competições nacionais em 1995 com a mítica e recheada série C. Ficou na lanterna do grupo 20 que tinha também o Coroatá-MA e o Picos-PI. Porém sua fama nacional chegaria no ano seguinte ao derrotar o Botafogo em Teresina pela Copa do Brasil por 1×0.

Numa das maiores invasões de torcedores ocorridas no Brasil, 13 mil torcedores encararam mais de 250 KM, entre Floriano e Teresina, e gritaram pelo Cori-Sabbá contra o atual campeão brasileiro. Aos 45 minutos do segundo tempo, Bitonho marcou o gol do alvinegro mais querido do Piauí.
No jogo de volta o Botafogo venceu por 3×0 e se classificou, mas o Cori-Sabbá permanecia organizado, no mesmo ano foi vice-campeão piauiense, perdendo a final para o River.

No segundo semestre disputaria novamente a Série C do Campeonato Brasileiro. Ficou em terceiro lugar no grupo 4 que tinha também Ferroviário-CE, Fortaleza e River-PI. Destaque para a vitória por 1 x 0 num histórico escrete do Ferroviário em pleno Presidente Vargas na cidade de Fortaleza.

Profissionalmente o Cori-Sabbá viveu seu último auge em 1998 quando foi vice-campeão piauiense perdendo na final para o Picos.

Coincidentemente também marcava o fim da gestão do presidente Gilberto Duarte que ficou no clube de 1993 até 1998. A Águia do Sul disputou a Série C do Campeonato Brasileiro do mesmo ano, ficando na lanterna do grupo 2, que tinha também Ferroviário-CE, Fortaleza, Moto Club, Picos e Viana-MA.

Um fato marcante nessa série C de 1998 foi que o Cori-Sabbá fez uma partida preliminar da Seleção Brasileira. Na tarde do dia 23 de setembro houve a estréia de Vanderley Luxemburgo como treinador, o Brasil enfrentou a Iugoslávia em São Luís. As duas horas da tarde, Moto Club e Cori-Sabbá empataram por dois a dois num Castelão lotado.

No decorrer dos anos o clube alternou participações entre a primeira e a segunda divisão do campeonato estadual. Em 2016 o Cori viveu um paradoxo, foi rebaixado no campeonato estadual, mas foi vice-campeão do Campeonato Piauiense Sub-19, conseguindo assim, uma vaga para a Copa São Paulo de Futebol Junior pela primeira vez na história do clube.

Em 2017 participou da copa Copa São Paulo de Futebol Junior. No primeiro jogo perdeu para o Nacional-SP, donos da casa, pelo placar de 2×1. Na segunda partida ganhou do Pérolas Negras do Haiti pelo placar de 1 x 0. Na terceira partida foi eliminado pelo bom time do Goiás pelo placar de 4 x 2, ficando em terceiro lugar no grupo e não se classificando para a próxima fase.

Um grande amigo torcedor do Cori-Sabbá talvez tenha feito “o gol” mais emblemático daquela copinha. Karol Castro mora no Maranhão e foi até São Paulo só para acompanhar o Cori-Sabbá naquele campeonato. Pintou uma faixa muita simbólica; “Nunca Estarás Sozinho”… e realmente não esteve, lá no estádio Nicolau Alayon acabou encontrando Elton Rodrigues (torcedor do Cori que mora em Osasco) e foram as vozes puxando a vitória contra o time do Haiti (quebrando um tabu de três anos sem vitória piauiense na competição).

No segundo semestre de 2017 apenas Cori-Sabbá e Ferroviário de Parnaíba se inscreveram para disputar a segunda divisão estadual. A Federação não realizou o campeonato, mas agora em 2018 seis equipes se inscreveram… e para nossa felicidade o Cori-Sabbá estará novamente.

Tenho plena convicção que ele não caminhará sozinho, o Tibeirão vai receber muito mais do que sua capacidade para 4.200 pessoas, pois os amantes desse clube mesmo longe de Floriano estarão na vibração positiva, seja Karol no Maranhão, Elton em Osasco, Professor Calebe em Cristino de Castro e tantos outros como eu.

Professor Calebe

O futebol verdadeiro ainda respira e essa torcida do Cori-Sabbá é um oxigênio fundamental.

* Leandro Paulo Bernardo – Cirurgião-Dentista, apaixonado por futebol, literatura e música desde os quatro anos, e com o coração dividido entre o Santa Cruz e a Portuguesa.


 

5/23/2021

Retratos de Floriano (Doutor Djalma Nunes)

Dr. Djalma José Nunes, filho do Cel. José Alves Nunes e de D. Maria Madeira Coelho Nunes, nasceu em Amarante (PI) em 21 de setembro de 1901 e faleceu em Floriano (PI) em 16 de agosto de 1964.

Passou sua  infância  em  Amarante  no  início  do  século XX em contato com a natureza exuberante da cidade, rodeada  de belas serras bem como dos três rios que a cercam, que de acordo com o poeta Da Costa e Silva “lembra uma ilha , alegre e linda. A cidade sorrindo aos ósculos  das águas”.
 
Djalma José Nunes perdeu seu  pai  ainda criança, porém sua genitora, mulher de fibra e determinada, mesmo ficando viúva com dez filhos pequenos gerenciou com competência o imenso patrimônio deixado pelo marido, bem como prosseguiu com desvelo a criação e educação dos filhos. Djalma, fez seus estudos primários em Amarante e os dezesseis anos encontrava-se em São Luís estudando no Colégio Maranhense fazendo os Preparatórios  para o ingresso no curso superior. Ficou nesta cidade até o início da década de 1920 seguindo  para  Salvador na Bahia, onde ingressou na tradicional Faculdade de Medicina da Bahia  no ano de 1922.
 
Salvador era então um centro cultural importante, os jovens de estados nordestinos que queriam estudar dirigiam-se a esta cidade onde conviviam com o que de mais moderno existia no Brasil no que se refere a educação, cultura, literatura e conhecimentos diversos. Salvador era a cidade que difundia o conhecimento para todo o Nordeste brasileiro, formando jovens de outros estados para que depois voltassem a sua terra natal para exercer sua atividade profissional.
 
Em 1927, o Dr. Djalma José Nunes concluiu seu curso de Medicina, tendo na ocasião defendido publicamente sua Tese de Doutoramento com o tema “As contra-indicações do Bismutho no tratamento da Síphilis”,  sendo a referida Tese aprovada com distinção.
 
Chegou então a hora de retornar ao Piauí. Dr. Djalma Nunes não retornou para sua terra natal, Amarante, pois sua mãe já se encontrava residindo em Floriano, de onde era mais fácil o acesso as suas fazendas.  Floriano então recebeu seu novo médico, jovem, humanitário,  acessível, amigo e competente profissional.
 
Com o passar dos anos, Dr. Djalma  torna-se uma pessoa muito querida na cidade pela sua dedicação profissional, atendendo de forma competente as famílias mais importantes  bem como as pessoas mais humildes, das quais ele nunca cobrou uma consulta. Tornou-se o médico da colônia Síria onde era tratado como um Lorde, sendo que em seu aniversário os Sírios sob o comando do Sr. Moisés Kynaer  faziam uma grande festa onde simplesmente os convidados era toda a população da cidade. Segundo informações passadas a mim, por pessoas que viveram na época, as duas grandes festas de Floriano entre as décadas de 1930 e 1940 eram a festa dos Comerciários e o aniversário do Dr. Djalma Nunes.
 
Em 1936, depois de dois noivados que não deram certos, o Dr. Djalma encanta-se por uma bela jovem vinda de São Raimundo Nonato de nome Solimar  Guerra de Carvalho. Casam-se e ela passa a chamar-se Solimar de Carvalho Nunes de cujo consórcio nascem seis filhos: Djalma José Nunes Filho, professor da UFPI em Floriano, Zalina Nunes Pereira residente em Floriano, Maria de Fátima Nunes Melo residente em Salvador, Zulma Nunes Ribeiro Gonçalves residente em Teresina, Cíntia de Carvalho Nunes residente em Salvador e Marcelo de Carvalho Nunes residente em Floriano.
Dr. Djalma além de médico, também contribuiu para o desenvolvimento educacional de Floriano como professor do Liceu Florianense, no início da década de 1930, primeira escola de nível ginasial da cidade, Escola Normal de Floriano e Ginásio Santa Teresinha de onde era médico e professor. Sua trajetória profissional levou-o a dirigir o antigo Hospital São Francisco de Paula, o primeiro hospital da cidade fundado em 1905 pelo Juiz de Direito Everton de Carvalho, diretor do Centro de Saúde, médico do Hospital Miguel Couto, médico da Associação de Proteção da Infância D. Darcy Vargas.
 
Em 1945, com o fim do Estado Novo, Dr. Djalma é nomeado prefeito de Floriano onde permanece até o ano de 1947. Durante sua permanência como prefeito procura administrar os parcos recursos da Prefeitura, principalmente no melhoramento da cidade no que se refere ao calçamento das ruas no centro para melhor acesso das pessoas pelo comércio,  reforma no  pátio interno do Mercado Público Municipal bem como atendimento médico  eficiente no posto de saúde municipal e hospital.
 
Dr. Djalma José Nunes faleceu nesta cidade em 16 de agosto de 1964, deixando sua contribuição para o crescimento e desenvolvimento de Floriano, principalmente, exercendo sua profissão de médico com dignidade, humanidade e competência, mas também como professor, como prefeito municipal e incentivador do futebol com a criação do time do Comércio Esporte Clube (década de 1930), fundador do Floriano Clube (primeiro clube social da cidade em 1940) onde foi o primeiro vice-presidente da primeira diretoria, sócio fundador do atual Comércio Esporte Clube.
 
Honrarias recebidas: Medalha do Mérito Renascença do Piauí no grau de Oficial, Medalha do Mérito Agrônomo Francisco Parentes, Patrono da cadeira número 40 da Academia de Letras e Belas Artes do Médio Parnaíba (ALBEARTES).
 
(Com a colaboração: Professor Ms. Djalma José Nunes Filho)
Fonte: UMBELARTE

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...