6/04/2020
Retratos de Floriano
Retratos de Floriano
GINASIO SANTA TERESINHA
Voltando ao passado, uma revelação extraordinária enviada pelo Professor Djalma Nunes. o Ginásio Santa Teresina na segunda metade da década de cinquenta.
Floriano, à época, vivia intensamente uma revolução na parte da educação. O Ginásio Santa Teresinha tinha respaldo regional como um dos melhores centro de ensino e promovia um bem estar junto à comunidade florianense.
Com relação à fotografia em anexo, podemos observar no centro, de terno branco, o doutor Sobral Neto e na fila a esquerda dele, a Doutora Amariles Borba.
Na última fila (só o rosto), o Pedro Alcântara Ramos e, à esquerda, uma filha do Senhor Gervásio Medeiros (gerente da Rianil), que se chamava Erice.
A foto em foco foi extraída no antigo prédio no cruzamento da rua Assad Kalume com a avenida Eurípedes de Aguiar, onde funciona hoje o Armazem Paraiba, como bem sintetiza o professor Djalma Nunes em seu comentário e onde retificamos o exato local da imagem do ginásio, onde funcionava a diretoria.
5/31/2020
Retratos da Cidade
A energia elétrica em Floriano
Há exatos 90 anos, a cidade de Floriano, 238 km ao sul de Teresina, recebia os benefícios de uma obra que marcou época na vida do município.
Usando recursos da municipalidade e apoio financeiro de empréstimos tomados ao governo do Estado, então comandado pelo engenheiro João Luis Ferreira, e ao coronel Ângelo Acylino de Miranda, o prefeito Antônio Luis de Area Leão, que era médico, construiu um prédio e nele instalou caldeira, alimentada por lenha, que fornecia energia elétrica à zona urbana do município.
Um feito que mereceu destaque na edição de número 526, de 24 de fevereiro de 1924, do jornal O Popular, ali editado pelo professor e magistrado José Messias Cavalcanti. No entanto, como a geração de energia era de baixa potência, a iluminação, por ser fraca, levou o povo a classificar a obra de “Usina Lampião”, numa alusão ao arcaico utensílio que, alimentado por querosene, iluminava o interior de residências.
Décadas depois, devido ao prestígio político do médico Tibério Nunes, a cidade recebeu sistema de geração de energia mais moderno, levado de uma usina desativada em Teresina, fato que conduziu a população a batizá-la de “Maria Bonita”.
Assim, de revestrés, o emblemático casal do cangaço do início do século passado, entrou na história da cidade de Floriano.
João Luis Ferreira estava no último ano do seu mandato, também marcado pela obra de construção de estrada ligando Floriano ao município de Oeiras.
Por razões desconhecidas, o médico e prefeito Antônio Luis de Area Leão mudou-se para a cidade de Santo Anastácio, interior de São Paulo, não mais retornando ao Piauí.
Usando recursos da municipalidade e apoio financeiro de empréstimos tomados ao governo do Estado, então comandado pelo engenheiro João Luis Ferreira, e ao coronel Ângelo Acylino de Miranda, o prefeito Antônio Luis de Area Leão, que era médico, construiu um prédio e nele instalou caldeira, alimentada por lenha, que fornecia energia elétrica à zona urbana do município.
Um feito que mereceu destaque na edição de número 526, de 24 de fevereiro de 1924, do jornal O Popular, ali editado pelo professor e magistrado José Messias Cavalcanti. No entanto, como a geração de energia era de baixa potência, a iluminação, por ser fraca, levou o povo a classificar a obra de “Usina Lampião”, numa alusão ao arcaico utensílio que, alimentado por querosene, iluminava o interior de residências.
Décadas depois, devido ao prestígio político do médico Tibério Nunes, a cidade recebeu sistema de geração de energia mais moderno, levado de uma usina desativada em Teresina, fato que conduziu a população a batizá-la de “Maria Bonita”.
Assim, de revestrés, o emblemático casal do cangaço do início do século passado, entrou na história da cidade de Floriano.
João Luis Ferreira estava no último ano do seu mandato, também marcado pela obra de construção de estrada ligando Floriano ao município de Oeiras.
Por razões desconhecidas, o médico e prefeito Antônio Luis de Area Leão mudou-se para a cidade de Santo Anastácio, interior de São Paulo, não mais retornando ao Piauí.
Fonte: O passado manda lembrancas/Deoclecio Dantas
5/30/2020
Retratos de Floriano
Acervo: José Firmino |
A voz do estudante
A foto (acima) de 1965 mostra a redação de "A Voz do Estudante", programa semanal da classe estudantil que divulgava as ações dos Grêmios Humberto de Campos, Hugo Vitor Guimarães, AFES e Clube Juvenil que era o responsável pela elaboração do programa. Cada entidade informava suas atividades referentes à semana para a divulgação.
A redação ficava em uma casa vizinha a casa da Dona Filó Soares.
O programa era apresentado na Rádio Difusora que funcionava no primeiro andar do edifício Sayd Kalume.
Na foto vemos a equipe que elaborava o programa, no sentido horário: Cristovao Augusto, Zé Firmino, Bento Beserra e Djalma Nunes. Esta mesma equipe apresentava o programa na rádio.
Além das notícias estudantis, focalizavamos também um país com sua cultura.
Vizinho à casa da D. Filó Soares, morava o Pe. Djalma Rodrigues que era o orientador e conselheiro da classe estudantil e o organizador da Peregrinação Estudantil realizada anualmente em Floriano.
A Voz do estudante funcionou ainda no ano de 1966 e todos nós fomos estudar fora perdendo o contato com os novos líderes estudantis, não sabendo até quando funcionou o programa.
Restou esta foto para relembrar os bons tempos em Floriano até a primeira metade dos anos 60.
Colaboração: Professor Djalma Nunes
Depoimento de Bento Bezerra:
Janclerques,
5/29/2020
Retratos de Floriano
Lago artificial, cascata e fonte liminosa da antiga praça doutor Sebastião Martins do período romântico, onde de noite podíamos contemplá-la, correr por entre os antigos bambuais e brincar na luminosidade da praça.
Pena que a revolução arquitetônica detonou os nossos belos contornos e temos que nos adaptar ao moderno.
São os novos tempos e as mudanças que chegaram e que são necessários, mas também impiedosos, nos tirando de cena, nos roubando a pureza e a poesia de outrora.
Ai de ti, Princesa!
5/28/2020
Retratos de Floriano
Grupo VIAZUL 1979
ESTAMOS observando um flagrante ebastante especial: trata-se de um momento musical com o famoso conjunto florianense - VIAZUL, liderado pelo nosso grande amigo José Demes (Eié) no tradicional Salão Paroquial.
Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo o teatro local.
O Viazul foi um momento cultural revolucionário na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.
Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.
Ainda faziam parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.
Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispomos em mp3.
observando um flagrante especial: trata-se de um momento musical com o famoso conjunto florianense - VIAZUL, liderado pelo nosso grande amigo José Demes (Eié) no tradicional Salão Paroquial.
Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo o teatro local.
O Viazul foi um momento cultural revolucionário na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.
Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.
Ainda faziam parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.
Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispo
Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo o teatro local.
O Viazul foi um momento cultural revolucionário na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.
Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.
Ainda faziam parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.
Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispo
ALERTA URGENTE!
Por Elio Ferreira
ALERTA!!! Urgente!!! O Estabelecimento Rural de São Pedro de Alcântara (atual Terminal Turístico de Floriano) foi criado pelo decreto n. 5.392, de 10 de setembro 1873. O Estabelecimento tivera o objetivo de dar instruções práticas de agricultura, como o ensino das primeiras letras aos filhos de cativos libertos, em especial, aos filhos de escravizados, amparados pela Lei do Ventre Livre (1871), q viviam nas fazendas nacionais do Piauí. Trata-se, portanto, da primeira instituição pública do Brasil a ensinar as primeiras letras aos libertos negros. O prédio trata-se de Patrimônio Histórico, tombado pelo IPHAN, 2014; no entanto, ontem, recebi, do amigo e arquiteto Nilson Coelho, a triste e mal pensada notícia de que corre na rede social, q o prédio do Estabelecimento será instalado um hospital infantil. Além de ser uma violência contra a memória histórica social de Floriano, o local também é totalmente inadequado e impróprio para o funcionamento de um hospital ou similar, considerando q o prédio é localizado na Beira-Rio, nas margens do rio Parnaíba, centro e corredor do lazer de Floriano, onde acontece o carnaval, o funcionamento de bares noturnos, restaurantes, teatro, shows musicais. O lazer de Floriano converge para a Beira-Rio.
Creio q os poderes públicos estadual e municipal não admitirão tal comportamento, uma vez q fere ao bom senso e às prerrogativas do IPHAN. O Complexo Cultural de Floriano, formado pelo Teatro Maria Bonita e o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, é fruto de uma luta liderada pelo professor Luiz Paulo, Dr. Ivaldo, Dr. Nilson Coelho, membros do Movimento Cultural de Floriano, este formado por estudantes secundaristas e universitários. Nessa mesma época, no ano de 1985, quando se dera o meu retorno ao Piaui, passei a integrar esse movimento, q resultou na construção do Complexo Cultural pelo Governo do Piauí.
A nossa sugestão reivindicatória é q o prédio seja reaberto e, ali, seja criado o “Museu Histórico da Escravidão Professor Luís Paulo de Oliveira Lopes”, falecido no início 2019, por se tratar de uma das pessoas mais zelosa e guardiã da memória da cidade, ampliando-se e intensificando-se a memória histórica e cultural de Floriano, que carece de registros sociais, históricos e culturais da sua fundação. “Onde há fumaça, há fogo”. Não sabemos a origem do mau presságio, em todo caso, pedimos aos nossos queridos e queridas conterrâneas, q nos ajudem pela preservação e funcionamento da nossa memória e patrimônio histórico. Abraços
Prof. Dr. Pós-Doc Elio Ferreira de Souza Universidade Estadual do Piaui Coord. do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro - NEPA / UESPI
Fotos: 180graus.com; 16/05/2014
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