12/23/2018

Morre o carnavalesco florianense Antonio Guarda.

Faleceu neste último sábado o grande craque e zagueiro do futebol romântico de Floriano do passado Antonio Guarda. Ele vinha se tratando de seu quadro de saúde, que se agravou e morreu em sua residência na Caixa D´água. Era aposentado Federal.

Antonio Guada
Antonio Guarda também gostava de carnaval e era grande carnavalesco, participando intensamente dos velhos carnavais de Floriano e ganhou grande notoriedade pela sua vontade, inspiração e exemplo de cidadão para com a comunidade local.

Como sempre dizemos, faleceu uma grande pessoa, um cidadão de bem antes do combinado.

Abaixo, retratamos uma resenha editada pelo nosso amigo César de Antonio Sobrinho, quando exalta a história da grande dupla de zagueiro Bagana e ANTONIO GUARDA, que batia e jogava pesado, mas sempre respeitando seus adversários.

Juntos, foram grandes campeões dentro do contexto do futebol romântio de Floriano.


EM TEMPO:

BAGANA - ARREPIA, ANTONIO GUARDA! JÁ BATI!

- Como surgiu esse apelido tão interessante?

- Moço, era fumaça demais, não podia vê uma bituca, cigarro, era impressionante!

Raimundo Nonato de Sousa, “Bagana”, nasceu em 16 de outubro de 1942 na rua Hermano Brandão, 64 anos, casado com Dona Maria Helena Sousa, suas filhas, seu encanto! Fala orgulhoso: "consegui forma-las, todas": Célia Regina, pedagoga; Rosa Régia, enfermeira; Flávia Regina, Psicóloga do Detran; e Patrícia Régia, enfermeira; os(as) netos(as): Isabel Cristina, Hildener Carvalho, Laura Helena, Flávio Júnior, Vitória Régia, Bárbara Letícia e Marcos Vinicius. Raimundo Bagana, com 8 anos, já batia um bolão na zaga nos campos do Odorico, Campo do Artista...

- Você continua participando dos eventos esportivos de Floriano?
Palmeiras de Bucar 1964

- Sim, sou comentarista esportivo na Rádio Difusora de Floriano.

- Quais os times que você jogou?

- América de Demerval (Cascalho), Ferroviário, Palmeiras, Comércio e Grêmio.

- E o time que você mais gostou de jogar?

- Sinceramente, era o Palmeiras, principalmente o de 1966.

- Você lembra a formação do time do Palmeiras?

- Fácil, fácil: Bucar, Brahim (Reginaldo), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (jogador marcado por ele, sofria, era um carrapato, osso seco); Zilmar e Bitonho; Reginaldo, Sádica (tive sorte, só joguei do lado dele!), Antonio Luis Bolo Doce (tive mais sorte ainda, esse matava qualquer um!) e Perereca. Jogavam ainda: Petrônio e Osmar.

- Como era o comportamento da torcida do palmeiras?

- Vibrante, não perdia os jogos, estavam sempre do nosso lado, e uma coisa interessante, tinha uns torcedores, que no momento lembro de dois, eram fanáticos: Alcides (Del Bueno) e Cabo Salim, quando o Palmeira ia entrar em campo, eles gritavam! “LÁ VEM OS PIRIQUITOS”, homenagem as camisas verde do time, era um barato, demais!

- Qual o time que vocês tinham com rival?

A resposta foi na ponta da chuteira, com trava!

- Foi o ferroviário, a gente sentia prazer de ganhar deles, era como se fosse um título!

- Teve algum atacante que você tinha dificuldade marcar?

- Bom, como só joguei sempre do lado de Sádica e Antonio Luis Bolo doce, me considero um zagueiro de sorte, pois a dupla desequilibrava, desestruturava qualquer esquema de jogo! Mas Jolimar, irmão de Parnaibano, era difícil, ele escondia a bola, rapaz, quando lembro, me deu muito trabalho danado! Os zagueiros sofriam com ele!

- Bagana e Antonio Guarda eram uma dupla de zagueiros respeitados, e com relação a frase que existe por aí: “UM BATIA, OUTRO ARREPIAVA”, é mito ou é verdade?

- Meu amigo, era verdade, mas era só na bola, as vezes escorregava!

Caramba! É verdade!

ARQUIVO BAGANA!

FOTO RARÍSSIMA! VALE OURO!
PALMEIRAS - 1966 - ESTÁDIO MÁRIO BEZERRA

De pé: Reginaldo, Sádica, Antonio Luis Bolo Doce, Bitonho, Perereca e Osmar; Agachados: Zilmar, Carlos Pechicha, Bagana, Bucar, Antonio Guarda, Brahim e Petrônio.


Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

COMENTÁRIO:

Apesar de ser muito novo na epoca do palmeira conforme bagana falou, tive a sorte e prazer de ter jogado junto a dupla, bagana e antonio guarda no GREMIO DE DR. CALISTO E GALDINO(FUTEBOL AMADOR), ERA UM DUPLA DA PESADA, POREM GRANDES ZAQUEIROS, O TIME DA ÉPOCA E DA CRIAÇÃO DO GREMIO ERA FORMADO : JOQUIM JOSE(GOLEIRO) E AS VEZES JOGAVA COMO ZAGUEIRO, REGINALDO(FOTOGRAFO), BACANA, ANTONIO GUARDA E GEREMIAS(GONZAGA BRANCO-O BATEDOR), BAGO, PULUCA E PONCION, JANJÃO, GONZAGA PRETO(CRAQUE E COLEADOR),E CLEBER., ALEM DE CHEPEU, SELVU E OUTROS MAIS, GRANDE TIMAÇO.

Puluca (Craque do futebol de salão de Floriano das décadas de 19601970).

Reestruturação da Praça Coronel Borges é entregue à população em clima de festa

Um das obras mais esperadas deste fim de ano, em Floriano, foi entregue, pelo prefeito Joel Rodrigues, nesta sexta-feira (21). A obra marca mais uma etapa no processo de revitalização do Centro de Floriano, que se iniciou com a praça Dr. Sebastião Martins, depois Rua São Pedro, realocação de ambulantes das praças e avenidas do centro e agora com a entrega da reestruturação da Praça Dr. Coronel Borges.

O local ganhou nova imagem, com novo piso de blocos intertravados e piso tátil, 5 rampas de acesso devidamente distribuídas ao longo da praça, atendendo assim as exigências das normas de acessibilidade, bancos de madeira e ferro fundido, conjuntos de lixeiras para coleta seletiva e postes de iluminação com luminárias de LED, além do trabalho de rearborização e paisagismo. A praça tem agora um maior espaço de mobilidade e já não tem mais a presença dos vendedores ambulantes, que estão instalados em outros pontos, providenciados pela prefeitura.

A solenidade de entrega da obra teve apresentações de balé clássico infantil, pelo estúdio Kairós, em parceria com o projeto Cultura e Cidadania, e do grupo de capoeira Beira-Mar. Estiveram presentes, além do prefeito Joel Rodrigues e do vice-prefeito, Antônio Reis,  a vice-governadora e deputada Federal Eleita, Margarete Coelho; deputado Estadual Eleito, Dr. Francisco Costa; secretários municipais.; vereadores, Maurício Bezerra, Manoel Simplício, Miguel, Dessim, Celso Cavalcante, Salomão Holanda, David Oka, Daguia e Akássio, que, inclusive, no seu pronunciamento, anunciou o retorno ao grupo de vereadores da situação, após o convite feito pelo prefeito Joel Rodrigues.



“O nosso trabalho de revitalização do centro mudou a imagem de Floriano e hoje a cidade tem sido elogiada pelos florianenses e turistas”, disse Joel Rodrigues. 

(SECOM).

12/20/2018

Obras do “Checão” são licitadas e Floriano terá mais asfalto nas ruas

Mais asfalto pra Floriano
A Prefeitura Municipal de Floriano concluiu a última etapa da Concorrência 02/2018, do processo licitatório para o asfaltamento em Floriano,  nesta quarta-feira (19), na sala de licitação, localizado no Centro Administrativo. Segundo o secretário de Administração, Júlio César, o próximo passo é protocolar o processo junto à Caixa Econômica Federal, através da Gerência de Governo - GIGOV, e aguardar a liberação do recurso, na ordem de R$ 4.789,69 (quatro milhões e setecentos e oitenta e nove reais e sessenta e nove centavos)

Segundo o secretário de Infraestrutura, Marcony Alisson, serão 10 quilômetros de asfalto, distribuídos em 19 ruas, espalhadas pelo centro e bairros da cidade, com o objetivo de garantir maior mobilidade urbana, facilitando o tráfego nas ruas do município, que receberão esta pavimentação.

O prefeito Joel Rodrigues agradeceu à toda a equipe de Infraestrutura, engenharia e licitação pelo empenho no desfecho desta importante ação para o município de Floriano. O recurso provém da assinatura do contrato de repasse  assinada pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, em janeiro, para pavimentação asfáltica de Floriano, sendo fruto da capacidade de integração do governo municipal junto aos governos estadual e federal.

“Chegamos ao desfecho final do Checão. Parabéns a toda nossa equipe da Infraestrutura através do companheiro Marconi, equipe de engenharia através do Ian e Ane e ao nosso motivante, Secretário Júlio César e toda nossa estimada equipe da licitação, pelo empenho de todos!”, finalizou Joel. (SECOM).

Retratos de Floriano

BAR O BIGODÃO

Primeira residência particular de Floriano
 Fonte: Flagrantes de uma cidade
Luiz Paulo

Reflexões Poéticas

Esperando o novo Flutuante
Espera, poeta, essa tua nave; esse teu novo FLUTUANTE; porque o tempo passa; e essa revolução, mesmo distante; faz parte de teus sonhos ondulantes.

12/19/2018

Retratos de Floriano

Clovis Ramos, grande carnavalesco do passado

 Fonte: Flagrantes de uma cidade/Luiz Paulo

OS BRAVOS - SURGE UM EXTRAORDINÁRIO CONJUNTO MUSICAL


Os Bravos 1968 - FlorianoPI
Uma multidão aguardava com ansiedade o lançamento do conjunto OS BRAVOS, logo após o famoso show do cantor da jovem guarda - Jerry Adriani no inesquecível 19 de outubro de 1968 às oito horas da noite.

Quando os garotos chegaram no Salão Paroquial, ficaram admirados com o comparecimento em peso do público; era tanta gente que não foi possível entrar pela porta principal, os quatro rapazes tiveram que pular o muro. O apresentador da Rádio Difusora de Floriano, Pedro de Alcântara Ramos, anunciou: “senhoras e senhores, com vocês - OS BRAVOS...”; foi de arrepiar, as cortinas se abriram e surgiram os quatros ídolos, com a faixa etária entre 14 e 16 anos, pulando e tocando a música de entrada, foi um delírio total. E, para abrilhantar o grande show, em seguida, entrou em cena o badalado Jerry Adriani.

Nessa mesma noite o conjunto seguiu para tocar no tradicional Floriano Clube, e outra surpresa, uma multidão os esperava, os organizadores da festa tiveram que fechar as portas do famoso clube, pois não havia mais espaço.

Os Bravos eram formados pelo baixista Irapuam Leal, o guitarrista solo Antonio Alberto (que tinha dois apelidos: pimentão e rádio globo), o guitarrista base Fábio de Jesus (mora hoje em Teresina) e pelo baterista Raimundo Neiva (Neivinha); depois, numa segunda etapa, o baterista passou a ser Levindo Sipaúba.

Tudo começou com a influência da jovem guarda. E Floriano, como uma cidade de vanguarda, também participou ativamente dessa fase romântica. Os jovens Irapuam, Marcone (filho de seu Florentino e irmão de Piruca), Pedro Bispo, Ozires (de Barão de Grajaú) e Zé Bruno Filho - “ficávamos horas e horas treinando e ensaiando os sucessos da época e quando um de nós conseguia imitar os acordes e os cantores dos conjuntos famosos, corríamos para casa de um e de outro para mostrar, era um barato, mora!” – conta, comovente, Irapuam.

Fatos pitorescos: com o intuito de buscar reconhecimento do público e ao mesmo tempo um padrinho forte para patrociná-los a turma, equipada com violões, fazia apresentações nas entidades como o Lions Club e Câmara Júnior. Os instrumentos musicais foram comprados pelo dinâmico Vicente Rodrigues (desportista), um entusiasta do grupo. Os ensaios eram realizados em dois locais, na rua Sete de Setembro, na residência do sogro de Antonio de Pádua, conhecido como Mata Sete (in memorian) e na rua Padre Uchôa, no quarto da esquina da casa de Neno Leonias (um grande incentivador do conjunto), filho de seu José Leonias; O adolescente José Demes (Ieié) era considerado o mascote, pois estava sempre por perto aprendendo os acordes, e pouco tempo depois passou a integrar o famoso grupo Viazul. Outros que acompanhavam, Dílson Barbosa, Genison (conhecido por priquito de ovelha). O nome da banda surgiu de uma longa lista, que teve entre vários nomes: THE BIRDS. Nos shows em Barão de Grajaú, os integrantes e os equipamentos do conjunto atravessavam de pontão (que fama, hein!).

OS BRAVOS tiveram uma passagem meteórica. Sua primeira etapa durou apenas de outubro de 1968 a maio de 1969, porém, pelo pouco tempo em cartaz, todos os seus shows eram lotados, os garotos fizeram apresentações no Floriano Clube, Salão Paroquial, Bar Carnaúba, Brotolândia, inauguraram as Casas Daher e o Posto São Cristóvão. O conjunto acompanhou vários cantores famosos, tipo Jerry Adriani, Zé Roberto, Lindomar Castilho, George Fredman e outras feras da jovem guarda.

Com o sucesso do grupo surgiram convites para fazer shows em São João dos Patos, Sucupira do Riachão, Barão de Grajaú, Guadalupe, Itaueira e em outras paragens. Na cidade de Barão de Grajaú, por exemplo, aconteceu um fenômeno, conta Irapuam - “o clube, local do show, estava tão lotado, que a gente tocava uma música, parava para afastar a multidão, voltava a tocar, parava, afastava a multidão e tocava, foi assim durante toda a apresentação”.

Perguntamos, então, a Irapuam, um dos idealizadores e fundadores do grupo, sobre algum fato que lhe marcou. Irapuam, hoje professor na UNED – de Floriano, foi categórico:

“Foram articulados uns shows nas cidades de Guadalupe e São João dos Patos para arrecadar fundos para construção do Convento das Irmãs no Colégio Industrial; como era impossível convencer o pessoal de casa para liberar-me, tive que fazer uma traquinagem: na sexta-feira saí de casa fardado como aluno Ginásio 1º de Maio e, numa sacola, escondido, o uniforme do conjunto para tocar no final de semana, foi um sucesso total, tanto nas apresentações quanto em casa, meus pais não tiveram outra alternativa, mandou-me, de prima, para Fortaleza. Época boa e romântica, que os anos não trazem mais!”

LEGENDA DA FOTO - OS BRAVOS NA ANTIGA RESIDÊNCIA DO EX-SENADOR JOÃO LOBO NA AVENIDA JOÃO LUIZ FERREIRA E ONDE FINCIONOU O INPS NO ANO DE 1976

Colaboração: IRAPUAM, integrante e um dos fundadores do conjunto “Os Bravos”, hoje, professor da UNED de Floriano-PI; e César Augusto (filho de Antonio Sobrinho)

Tragédia da aviação piauiense, que tirou a vida de Raimundinho Caboré

O aeroporto de Cangapara era pequeno para o intenso movimento de aviões que nele pousavam e decolavam no ano de 1964 e, mais intensamente, e...