(Foto ao lado da rua João Chico na altura do antigo campo do Ferroviário)O presente trabalho teve com base o (inventario) quantitativo da arborização do bairro manguinha. Este trabalho foi feito “in loco” percorrendo todo bairro nos períodos de abril a marco de 2008 na cidade de Floriano-PI. Os critérios adotados foram estimativa quantitativa das árvores e a classificação das espécies. Foram inventariadas todas as espécies existente no bairro visitado ,com registro fotográfico de algumas espécies e revisão bibliográfica das plantas encontradas relacionando , famílias , classificação botânica .Os locas percorridos foram , Rua: Antonino Freire, Gabriel Ferreira, Elias Oka, Delson Fonseca, João Chico, Félix Pacheco, Antônio Freire, Francisco Castro.
I – CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO MANGUINHAO
município de Floriano está localizado na Microrregião do Sul do Piauí, em uma área conhecida como Chapada e Chapadões do Meio Norte, e é banhada pelo Rio Parnaíba. Suas coordenadas geográficas são 60º46’24’’ de latitude sul e 43º00’43’’ de longitude oeste em relação a Greenwich. O município está a cento e quarenta metros de altitude e caracteriza-se por um clima tropical e semi-árido cuja temperatura média anual é de 27º C. O mesmo limita-se ao norte com Amarante e o Estado do Maranhão, ao sul, com Flores do Piauí e Itaueira, a leste, com Francisco Ayres, Nazaré do Piauí e São José do Peixe, e a oeste, com Jerumenha e o Estado do Maranhão.
Na zona sul dessa cidade está situado o Bairro Manguinha com aproximadamente três mil e cinqüenta e quatro habitantes (dados da Associação de Moradores, julho de 2006). O nome do bairro originou-se da grande quantidade de árvores frutíferas da espécie Mangifera indica que predominavam na área. O bairro citado teve como primeiros moradores os zinidores, povos de descendência africana, que, com a chegada de novos povos, não se instalaram mudando-se para outro bairro da cidade. Naquela época o local não era pavimentado e dispunha de muitas áreas onde predominavam as árvores. A água que abastecia as pessoas era de um chafariz que atualmente se encarrega apenas da irrigação da Praça Idelfonso Ramos.
O bairro Manguinha dispõe de vários serviços públicos que incluem a coleta de lixo, limpeza e conservação da praça e das ruas (quase todas já pavimentadas), abastecimento de água tratada. Mas, como qualquer outra localidade, apresentam também alguns problemas como alagamentos em algumas partes após as chuvas e a falta de praças, uma vez que só dispõe da Praça Idelfonso Ramos, fundada em trinta e um de julho de mil novecentos e setenta e oito.
Atualmente é o bairro que mais atende a população florianense, de Barão de Grajaú (cidade vizinha) e, também, outras localidades no setor da saúde, pois lá estão situados o Hospital Regional Tibério Nunes, o Hemocentro Regional, o IAPEP, a Fundação SESP, o Hospital do Coração Dr. Alves Pereira, o Laboratório Cace, o Posto de Saúde Helvídio de Holanda Barros e algumas farmácias.
Além de ser bem servido no setor da saúde o bairro possuem também várias outras construções, públicas e privadas, que atendem algumas necessidades da população. Entre as quais podemos citar: Escola Municipal José Francisco Dutra, Unidade Escolar Paulo Ferraz, FAESF, Escola Mirim, Escola Infância Moderna, Escola Tia Rubenita, Praça Idelfonso Ramos, Clube Maçônico, Loja Maçônica, Vila Vicentina, Cartório Eleitoral, Cemitério, Funerária, Juizado Civil e Criminal, Bares e lanchonetes, Restaurantes, Associação de bairro, Escola de Samba Mangueira, Empresas, Posto de gasolina, Farmácias, Açougues, Mercearias, Salões de beleza etc.
As pessoas do bairro são, na sua maioria, acolhedoras, festeiras, residem em meio a casas de estilo antigo e moderno e utilizam meios de locomoção particulares, uma vez que a cidade não dispõe de sistema de transportes.
II-ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS
Fixo ( Mycteroperca bonaci ) – 06; Algodão-bravo ( Ipomoea cornea Jacq ) – 01; Castanhola ( Terminalia catappa ) – 07; Mangueira ( Mangifera indica ) – 02; Brasileirinho ( Erythrina indica picta ) – 11; Oiti ( Moquilea tomentosa ) – 02; Figueira ( Fícus macraphyla ) – 01; Faveira de bolota ( Parkia pendula benth ) – 01; Cajá ( Spondias mombir ) – 01; Pau-brasil ( Caesalpina indica ) – 01; Ipê branco ( Tabebuia roseo-alba ) – 02; Ipê amarelo ( Tabebuia serratifolia ) -02; Algaroba ( Prosopis juliflora ) – 01; Jambo ( Syzygium malcasense ) – 02.
A área estudada do Bairro Manguinha dispõe de uma arborização insatisfatória em relação à sua extensa área. Nas ruas observadas, pudemos nos deparar com a presença de pouquíssimas árvores ou, até mesmo, trechos onde não há nenhum vegetal. Mas, em contrapartida, visualizamos uma diversidade vegetal onde, entre as quarenta árvores observadas, encontramos catorze espécies diferentes.
Dentre estas espécies visualizadas, algumas demonstram um mínimo cuidado, levando-nos à impressão de que elas estão deixadas ao acaso. (Mas, por outro lado, há outras com um razoável desenvolvimento), demonstrando-nos a beleza e importância dos vegetais na nossa área de convivência.
Na Praça Idelfonso Ramos, a situação não é muito diferente: há poucas árvores considerando sua área de 2 417 m2 ). Além do mais, as árvores existentes não são podadas adequadamente e não recebem cuidados específicos para se desenvolverem de forma satisfatória.
III-CONCLUSÃO
Diante de que foi exposto, podemos comentar:
• O inventario constatou que, 29 são nativas e 18 são exóticas;
• Também foi constado, que as espécies exóticas estão sendo introduzidas com maior facilidade;
• Conclui-se que a falta de políticas ambientais, aliada ao desconhecimento técnicas pelo poder publico municipal e falta de um plano de manejo de arborização urbana, contribui para o aumento de espécies exóticas e um déficit nas espécies nativas.
Pedro Henrique ( Biólogo. Esp.Administração Ambiental Municipal Presidente do Instituto Caipora de Ecologia ).Fonte: www.piauinoticias.com