4/04/2017
Memória do Futbol Florianense
PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE
" UMA CIDADE SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA "
DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS:
O FUTEBOL DA CIDADE
GRÊMIO – CAMPEÃO SENSACIONAL
Por – Carlos Augusto ( o Pompéia / in memorian )
Transcrito do JORNAL DE FLORIANO DE 23 A 29 / 12 / 1979
Grêmio e Ferroviário realizaram no último domingo, no estádio Mário Bezerra, uma das partidas mais bem disputadas e emocionantes dos últimos tempos em nosso futebol.
Uma partida que durante toda a semana movimentou todos os desportistas locais, os quais esperavam com muita ansiedade o momento da pugna. Foi grande o número de apostas na cidade, já que Grêmio e Ferroviário possuem, inegavelmente, as duas maiores torcidas da Princesa do Sul.
MOVIMENTO DO PLACAR
Sabendo que o Grêmio se constituía num sério e terrível adversário, a moçada do Ferroviário entrou em campo disposta a decidir o jogo logo nos primeiros minutos, aproveitando-se do melhor entrosamento. Zé Bruno fazia o primeiro gol do encontro, aproveitando-se de uma falha gritante do miolo da zaga gremista, após um escanteio, cruzamento de Dedé e deixada espetacular de Guilherme Júnior. Este gol, logo no início da partida, mexeu com os nervos dos atletas do Grêmio, que partiram direto ao ataque e tentativa do seu gol de empate, faziam desordenadamente e disso o Ferroviário soube tirar proveito, alterando o placar para dois a zero, com mais um gol sensacional de Zé Bruno, desta feita, contando com a com a colaboração do goleiro Arudá ( 1 ).
Com esta vantagem, o Ferroviário achou que já era o dono absoluto da situação e começou a rebolar; enquanto isso, o Grêmio procurava se reencontrar em campo a ponto de chegar ao seu primeiro gol aos trinta e sete minutos, por intermédio de Edmar, num lindo gol, sem a menor chance de defesa para o goleiro Marquinhos, que por sinal, voltou a ser o melhor homem em campo.
Era o começo da reação gremista; no entanto, o Ferroviário ainda voltaria a marcar, num gol surpreendente e de muita sorte de Guilherme Júnior, que tentou pegar a bola de primeira e essa resvalou, pegando no lado externo da perna direita, deslocando inteiramente o goleiro Arudá. Eram quarenta e quatro minutos e o primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Ferroviário por três tentos a um.
Na segunda etapa o Grêmio voltou mais estruturado. Sabendo que só a vitória lhe interessava e, como Gonzaga e Aroldo não estavam bem na partida, o treinador os substituiu por Luiz Cláudio e Zé Ligeiro, fazendo entrar mais tarde Joaquim José ( 5 ) em lugar de Arudá e Geremias ( 6 ) no lugar de Gilete.
Com isso o Grêmio ficou mais agressivo e o Ferrim começou a perder terreno dentro do campo. Com muita inteligência, Galdino colocou Ribinha ( 7 ) mais a frente e recuou Luiz Cláudio para o meio de campo e foi exatamente Ribinha que se constituiu na figura do jogo, marcando dois gols no tempo normal. O primeiro aos treze minutos e o do empate aos quarenta e três.
VITÓRIA NA PRORROGAÇÃO
De acordo com o regulamento da competição, os dois quadros partiram para a decisão numa prorrogação de trinta minutos. A essas alturas o Ferroviário se mostrava um time totalmente acabado fisicamente. Somente Zé Bruno ( 8 ) lutava bravamente lá na frente, mas não conseguia furar o bloqueio da defesa gremista.
Mas estava escrito que Ribinha seria o pré – destinado a dar o título de campeão do turno ao Grêmio e, aos doze minutos da segunda fase da prorrogação, ele viria a marcar aquele que seria o gol do título e do desespero da torcida do Ferroviário.
Os jogadores Chagas Velho e Herbrand foram expulsos pelo árbitro da partida Gildavan Sales.
JUIZ, QUADROS E RENDA
O juiz do encontro foi o senhor Gildavan Sales, tendo realizado uma excelente arbitragem, comprovando que é, realmente, um senhor árbitro de futebol. Seus auxiliares foram o fotógrafo José Maria de Souza e o taxista Washington Macedo ( 9 ), todos com bom trabalho.
Os quadros formaram da seguinte maneira:
GRÊMIO – Arudá ( Joaquim José ), Edvar, Pedrão ( 10 ), Zuega ( 11 ) e Gilete ( Geremias ); Edmar, Fábio ( 12 ) e Ribinha; Aroldo ( Zé Ligeiro ) ( 13 ), Gonzaga ( Luiz Cláudio ) e Chagas Velho.
FERROVIÁRIO – Marquinhos ( 14 ), Geraldo ( Chiquinho ), Jerumenha ( 15 ), Café e Carlos Alberto ( 16 ), Amaral, Herbrand e Guilherme Júnior ( 17 ); Mineiro, Zé Bruno e Dedé ( Carlinhos Meota ).
A renda do espetáculo foi apenas de R$ 2.405 cruzeiros.
NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES
ARUDÁ, neto do senhor do mesmo nome, comerciante e político da cidade, filho do saudoso Bucar, grande desportista, organizador de vários times em Floriano, como o famoso Palmeiras, Bonsucesso e que como o filho, era goleiro que no “ seu dia “, tornava-se invulnerável. Graças a interferência dele, junto a seu pai, o senhor Arudá que, como grande amigo do senhor Mário Bezerra, chefe do DNOCS aqui, conseguiu, com o mesmo, o uso de um trator na terraplanagem do terreno de onde surgiu o estádio que leva o seu nome.
GUILHERME JÚNIOR, filho de Guilherme Ramalho, que apareceu como uma grande promessa e a medida que o tempo passava foi declinando junto com a decadência dos clubes da época. Ele também era bom no futebol de salão, onde seu pai se apresentava muito bem como goleiro.
ZÉ VILMAR, irmão de Marquinhos, Paulinho e Carlinhos Meota, todos filhos do senhor Nelson Oliveira.
GEREMIAS, sempre como salvador da pátria durante o tempo em que jogou.
RIBINHA, jogador de fôlego excepcional e muito veloz.
ZÉ BRUNO, embora não fosse um jogador altamente técnico, era muito valente e por isso marcava muitos gols.
WASHINGTON, o taxista do Posto Floriano, sempre colaborava com o futebol, mesmo porque morava próximo ao estádio.
PEDRÃO, bom zagueiro e que participou, também, de vários torneios intermunicipais, morreu deixando saudades.
ZUEGA, grande craque, que com a fragilidade do nosso futebol, procurou novo rumo e se estabeleceu em Teresina, no Flamengo, onde tornou-se astro de primeira grandeza e onde encerrou sua carreira.
FÁBIO, irmão do Jerumenha, do Ferroviário, filhos de Emanuel Fonseca, grande craque do passado, defendendo o Ríver Atlético Clube.
CARLOS ALBERTO, valente lateral esquerdo, filho do senhor Honorato Padeiro.
Ainda na mesma edição do JORNAL DE FLORIANO ( de 23 a 29 / 12 / 1979 ), o competente Carlos Augusto, o Pompéia ( falecido ano retrasado ), nos informava:
“ Está confirmada para o dia 28 de dezembro próximo, no estádio Mário Bezerra, a festa dos velhinhos da bola. Os desportistas florianenses vão ter a oportunidade de rever em campo ex – atletas que no passado deram muitas alegrias ao nosso torcedor, dentre eles se destacaram: Parnaibano, Antonio Luiz Bolo Doce ( já falecido ), Antonio Guarda e Bagana ( a dupla que arrochava e jogava duros ), Poncion ( falecido recentemente ), Chapéu, Nouzinho ( também já falecido ), Beto, Neco, Babau, Pompéia e João Carlos além de outros craques da bola. Será uma tarde inteira de atrações no Mário Bezerra e contará com a presença da Banda de Música do 3º Batalhão da Polícia Militar e da Escola de Samba Mangueira “.
RETRATOS
DONA MUNDIQUINHA
Pesquisa e texto: Mª Umbelina Marçal Gadêlha
Raimunda de Matos Drumond (Mundiquinha) nasceu em Balsas-MA, filha de Presilino de Araujo Matos e Petronilha Barros de Matos.
Raimunda de Matos Drumond (Mundiquinha) nasceu em Balsas-MA, filha de Presilino de Araujo Matos e Petronilha Barros de Matos.
Iniciou-se no magistério, profissão que assumiu como vocação e que a ela se ajustou como a luva se ajusta à mão. A escola tornou-se o espaço privilegiado da sua participação na vida e na história.
Casada com Honorato Drumond, transferiu-se para Floriano e a cidade passou a contar com ela como professora do Grupo Escolar “Odorico Castelo Branco”, professora e diretora da Escola Normal Regional, atual Escola Normal Mons. “Lindolfo Uchoa” e, mesmo depois de aposentada do magistério público, foi catequista e dedicou preciosos momento à preparação de crianças para a primeira comunhão eucarística.
Sua residência era ponto de encontro para decisões importantes da caminhada de Floriano, em atividades relacionadas com religião, arte e cultura. Foi membro da Academia de Letras e Belas-Artes de Floriano e Médio Parnaíba – ALBEARTES, o que muito a tornou feliz.
Da sua união matrimonial nasceram os filhos: Maria do Carmo, Antonio Henrique e Maria Genuína que lhe deram os netos: Dulce Virginia, Honorato Sergio, Carlos Henrique Maria Genuína, Sérgia Beatriz. Daniela, Gustavo Henrique Cosme, Paulo Roberto, Geraldo júnior, Antonio Helder e Ricardo.
Com desvelo de mãe e professora, acolheu os filhos do 1º casamento de Honorato: Alberto, Almerinda e Ceicinha.
Foi agraciada com o título de cidadã florianense o que a encheu de muita satisfação e alegria.
Recebeu também a medalha do mérito "Agrônomo Parentes" e outras homenagens ao longo de sua vida.
Tinha o santo orgulho de ser Ministra da Santa Eucaristia. E durante 80 anos foi zeladora do Apostolado da Oração, assumindo em Floriano a função de secretária por 40 anos.
Sócia fundadora da Pia União de Santo Antonio. Pertenceu a outras associações religiosas e enquanto pôde trabalhou pela Igreja de São Pedro de Alcântara.
Toda sua família era muito religiosa. Irmã do padre Luso Matos , que residiu em Goiás, mais precisamente em Porto Nacional (atual Estado do Tocantins).
Mundiquinha, faleceu no dia 19 de outubro de 2006, com 96 anos de plena lucidez. Teve uma morte santa, digna da vida de verdadeira cristã que sempre teve.
3/28/2017
RETRATOS
Rua São Pedro nos anos de 1960 |
As nossas referências arquitetônicas, com o tempo, vão se perdendo sua base histórica no contexto das gestões políticas e sociais, tendo em vista que não há uma vigilância na sua bestrutura e conservação.
Se olharmos para um passado pouco distante, observamos a característica dos nossos casarões (foto acima), a sua beleza e conservação.
Atualmente, especula-se, e muito, a questão imobiliária, o dinheiro e não se observa a qualidade da avaliação desses nossos valores históricos.
Lamentavelmente, se não adotarmos medidas urgentes, cabíveis logo, logo veremos nossa arquitetura sem rumo, mas de uma nocividade ululante no contexto de padrões modernos. numa mistura sem sentido e de uma visão épica indescritível.
3/24/2017
Energia do Estádio Tiberão está cortada desde novembro de 2016
O Estádio Tiberão em Floriano-PI, principal praça de esportes do município, está sem um diretor e as consequencias negativas que são muitas, como por exemplo, o gramado sem condições de jogo, estão recaindo sobre os organizadores do Campeonato Florianense de Futebol e ainda sobre a direção do Corisabbá, que vem realizando os treinos da equipe visando o Campeonato Piauiense de Futebol Sub 19, competição que dá direito a participação na Copa São Paulo de Futebol Junior, no Centro de Treinamento dos Atletas do Futuro em Barão de Grajaú -MA.
No final do terceiro mês da nova gestão o Estádio Tibério Barbosa Nunes (Tiberão) está ainda com a energia cortada, fato que ocorreu em novembro passado, gestão Gilberto Júnior
Em 2016, uma das competições de futebol que se realiza todos os anos em FLO não ocorreu devido aos problemas existentes e hoje, quase cinco meses depois da suspensão de energia, o problema continua e isso está prejudicando o início do Campeonato Florianense de Futebol de 2017.
Os desportistas locais, tanto os membros da direção da Liga Florianense de Futebol, quanto os presidentes dos times, aguardam a boa vontade dos gestores municipais no sentido de que parte dos problemas seja resolvido.
A Elineuza Ramos que está Secretária de Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura florianense, gestão Joel Rodrigues, afirmou ao piauinoticias, sem gravar entrevista, que tem conhecimento dos problemas e que até já visitou o local, mas não falou em quanto tempo o Estádio estará com parte dos problemas sanados e pronto para a prática do futebol.
Fonte: piauinoticias.com
3/21/2017
RETRATOS
Time da AABB da década de 60 |
O Aldênio Nunes foi quem nos presenteou essa raríssima foto do contexto romântico do nosso futebol de salão da distante década dos anos de 1960.
Havia uma certa harmonia, uma efervescente empatia para com as nossas atividades sócioculturais e desportivas, de forma que a comunidade dava cobertura a essa prática para o bem da comunidade local.
O time da AABB à época se consolidava dentro das quadras do Comércio Esporte Clube, ganhando praticamente todas as taças.
Esse tempo passou e, atualmente, a situação anda bastante crítica com relação ao incentivo ao nosso desporto. Há casos isolados, particulares mas que não rendem muito a favor da comunidade.
Precisamos buscar gestores competentes e que tenham vocação para trabalhar com atletas vocacionados para mudar a triste realidade que hoje vive a cidade de Floriano.
Quem tomará essa iniciativa?
Conheça o elenco convidado da Paixão de Cristo 2017 em Floriano
Fonte:
florianonews.com
Um dos maiores eventos religiosos acontece anualmente em
Floriano, no Piauí, desde 1996. Com participação de 350 atores, a apresentação
da Paixão de Cristo chega a sua 22ª edição com a participação dos atores Nivea
Maria (Maria, mãe de Jesus), Anderson di Rizzi (Pilatos), Carolina Kasting
(Herodias) e Werner Schunemann (Caifás).
Realizado noTeatro Cidade Cenográfica, o espetáculo conta
com 20 cenas, sistema de som e luz profissionais, em um espaço de 45 mil metros
quadrados construídos especialmente para a encenação. Além de cenários
específicos, o Teatro Cidade Cenográfica é cercado por uma muralha de sete
metros - uma Jerusalém em meio ao sertão nordestino.
Realizado no
A encenação tem início no Batismo de
Jesus, avança pela Tentação, Sermão da Montanha e Milagres, retratando de modo
fiel a vida pública do maior homem que veio ao Mundo .
No segundo ato os imperadores, governadores e demais lideres religiosos da época conspiram contra aquele que veio trazer a luz ao mundo, implantar o Reino de Deus na Terra, segundo os livros dos quatros evangelistas encontrados no Novo Testamento, para então culminar com sua morte e ressurreição.
A produção doevento esteve recentemente com os atores
convidados no Rio de Janeiro quando realizaram a gravação das vozes de cada
personagem, uma vez que as cenas serão dubladas; sessão fotográfica com atores
caracterizados e gravação de VT para comerciais.
O evento acontece dias 14 e 15 de abril, às 20h, no Teatro Cidade Cenográfica, e é uma realização do Grupo Escândalo Legalizado Teatro em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, Governo do Estado do Piauí, patrocínio das empresas: Drogarias Globo, Credshop, Grupo Ferronorte, Grupo Carvalho, Armazém Paraíba, Grupo R. Damásio, São Jorge Supermercado e a Prefeitura Municipal de Floriano.
No segundo ato os imperadores, governadores e demais lideres religiosos da época conspiram contra aquele que veio trazer a luz ao mundo, implantar o Reino de Deus na Terra, segundo os livros dos quatros evangelistas encontrados no Novo Testamento, para então culminar com sua morte e ressurreição.
A produção do
O evento acontece dias 14 e 15 de abril, às 20h, no Teatro Cidade Cenográfica, e é uma realização do Grupo Escândalo Legalizado Teatro em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, Governo do Estado do Piauí, patrocínio das empresas: Drogarias Globo, Credshop, Grupo Ferronorte, Grupo Carvalho, Armazém Paraíba, Grupo R. Damásio, São Jorge Supermercado e a Prefeitura Municipal de Floriano.
3/16/2017
RETRATOS DE FLORIANO
BAR CARNAÚBA
Por bastante tempo vínhamos tentando localizar uma fotografia, um retrato, uma imagem do nosso antigo Bar Carnáuba, que funcionou na praça doutor Sebastião Martins durante aquela efervescência dos anos sessenta e setenta e dentro do contexto lírico dos nossos carnavais de outrora.
O nosso amigo Aldênio Nunes nos presenteia essa bela recordação (foto acima) tirada do fundo do baú para relembrarmos os bons tempos.
Além do Aldênio, podemos observar o Pauliran, Mário Anselmo, Mifler, Humberto Moreira, o Arnaldo Pé de Pão e o Zé de Tila tocando um violão no interior do Bar Carnaúba por volta de 1968.
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