12/15/2011

RETRATOS

JERUMENHA, TERRA QUERIDA - SAUDADES

( Na foto ao lado, o nosso amigo Chico Amorim Sobrinho passeando sobre a Ponte do Rio Gurguéia em Jerumenha em fase final de construção nos anos sessenta)

JERUMENHA, terra onde vivi boa parte da minha infância e da minha adolescência. Hoje, ao ver fotos no portal na internet do teu solo e da tua gente, fizeram com que desse uma pausa em minhas atividades para recordar-te, vejamos:

Barro Alto: com bueiro, sem bueiro, com piçarra, com asfalto; Riacho do Urubu, com seus lajedos; Estradinha entre as marias-moles, dos casarões de seu João da Cruz e de seu Roberto Corró; fotos do Janclerques e do Moreira; Igreja de Santo Antonio com seus patamares.

Isto tudo me fez viajar ao passado através da mente, buscando e revivendo muitas coisas boas e a saudade apertando, apertando e não a suportei, aqui estou diante do computador para externar aquilo que sinto no momento:

“Oh!, Saudades, que aperta o coração da gente;
Saudades distante que faz doer o íntimo da gente;
Deixa que eu externe estas saudades,
Para “alegria de um coração que sente”.


Do Barro Alto vem-me à tona a saudades dos bolos e manuês da Zefa do inesquecível compadre Moisés, que gostava de desfilar montado em um burro marchador com seu chapéu na cabeça; sinto saudades da madrinha Preta, mãe do Antonio Campos, com sua quinta de goiabeiras e coqueiros, que ficava ao lado da Casa do senhor Antonio Leôncio: sinto saudades da padaria do Tio Elizeu, que ficava na subida do Barro Alto, ali após o bueiro, onde degustávamos o pãozinho quente com refresco da fruta da estação, da época, sinto saudades do barzinho do Chico e da Jesus, ali entre a casa da Tia Raimundinha e do senhor Deoclécio, onde fazíamos as nossas tertúlias... Puxa!

Sinto saudades do som da sanfona do Manoelzinho e sua troupe; sinto saudades do Antonio João tocando o seu pandeiro, triangulo ou cantando, suas sátiras. Sinto Saudades do Urbano Pacífico com sua sanfona grande, sacudindo a juventude no embalo do forró.

Sinto saudades dos banhos nas águas do Rio Gurguéia, onde ficávamos brincando em suas areias movediças. Recordo bastante que quando estávamos a pular dos galhos das Ingazeiras e das moitas de mufumbo e que quando exalava aquele cheiro característico de uma sucuri, que a tua gente simplesmente chamava de sucruiú, saíamos da água com medo e hoje sabemos do perigo e do risco que corríamos naquela época.Tudo era aventura e buscávamos a aventura a toda hora. Coisa do jovem da nossa época.

Sinto saudades do senhor Agnelo com seu barzinho ao lado do prédio da cadeia pública, com sua coalhada, geladinha e gostosa. Sinto saudades dos forrós no Buru. Sinto saudades do casarão do meu Tio Chico Amorim e da minha Tia Terezinha a quem carinhosamente chamava-a de Mãezinha com sua loja, na esquina da Praça de Santo Antonio e um poço cacimbão no centro do terraço interno, com uma vazão que se mantinha estável toda vida e de onde no período chuvoso tirávamos água com uma balde e que diariamente estava sendo visitado por pássaros como: canários da terra, cochichos, bigodes, rolinhas etc.

Sinto saudades da Praça de Santo Antonio, com suas mangueiras seculares em volta e os casarões dos Fonseca, dos Machados, dos Rocha, da Família do Dió, da Família do senhor Antonio de Hermógenes, da Dinair, do saudoso Mané Piola, do Zé Benedito, do Hermógenes, do Emanuel Fonseca, do Wilhame, do Pedro e Antonio José do Dió, do Zé Matos.

Sinto Saudades do meu Amigo Antonio João Corró, da Olindina e de seus filhos, da Família Carreiro, do Capitão Adelson e sua família, do Emanuel Fonseca e sua família, do doutor João Martins e sua família, do Albérico lá dos Correios e Telégrafos, do Joel Campos, do Raimundo Cavalo Veio, do Antonio de França e seu barulho, jogando carteado ou dominó, do Sr. Benedito Fonseca e sua família, do Dada, da Dedé do Antonio Campos, da Cecília, a grande enfermeira, da Júlia, do Manuel, do Álvaro, da Maria e suas irmãs; do senhor Argílio e do senhor Adolfo.

Sinto Saudades das peripécias de seu Tonho, das zangas de Zé Veio, que quando cismava ia a pé para Floriano e acertava a nossa casa e passava dias dormindo no corredor na entrada da casa, e deixava todo mundo preocupado, com medo de uma onça pegá-lo na estrada entre Floriano e Jerumenha, dormia nas matas, essa gente também foi importante para Jerumenha, marcaram época, fizeram história.

Sinto saudades do Padre Anchieta, sempre o encontrava aqui em Teresina, lutando pelo desenvolvimento da sua colônia do Gurguéia. Nas minhas férias, às vezes ajudávamos o Santo Padre nas missas, tocando sinos, limpando a sacristia, ajudando nas confecções das hóstias e também necessitávamos de sua ajuda para permitir que jogássemos a nossa peladas ao lado da igreja onde existia um campo e da sua permissão para após a celebração do terço à noite a sua permissão era importantíssima para que ficássemos brincando nos patamares da Igreja.

Por: Chico Amorim Sobrinho

12/14/2011

Ministério habilita hidrelétrica na região de Floriano

A Comissão Especial de Licitação da Agência  Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que os aproveitamentos hidrelétricos São Manoel, Sinop, Ribeiro Gonçalves e Cachoeira Caldeirão não tiveram licenças prévias expedidas pelos órgãos ambientais e, portanto, não estão habilitados a participar do leilão A-5, marcado para o próximo dia 20.
 
Dessa forma, serão licitadas apenas as usinas que formam o Complexo Baixo Parnaíba (Estreito, Cachoeira (região de Floriano) e Castelhano), localizado na divisa entre o Maranhão e o Piauí, e a usina São Roque, em Santa Catarina. Juntos, esses projetos somam apenas 318 MW de capacidade instalada. Inicialmente, foram cadastrados para participar do leilão dez usinas, que somavam 2.160 MW de potência.

O Ministério de Minas e Energia chegou a postergar o prazo limite para a entrega de documentos relacionados aos projetos cadastrados para o leilão A-5, inclusive o licenciamento ambiental – encerrado na última sexta-feira -, na tentativa de ganhar tempo para que os órgãos ambientais concedessem ainda documentos para alguma das usinas inscritas e que não possuíam a licença, mas a estratégia não surtiu efeito.

Além dos novos projetos hidrelétricos, a usina Santo Antônio do Jari, pertencente à EDP – Energias do Brasil, também poderá comercializar energia no leilão, que contratará eletricidade para fornecimento a partir de 2016. O restante dos contratos a serem negociados deve comercializar energia proveniente de usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a bagaço de cana.

Fonte:G1

12/13/2011

DADÁ COELHO VOLTA AO PROGRAMA DO JÔ SOARES

Depois de dois anos de sua primeira apresentação como humorista, a florianense Dadá Coelho voltou nesta semana a ser entrevistada no “Programa do Jô”.

Segundo ela mesma, o Jô Soares foi um divisor de águas em sua carreira. “A minha vida mudou muito e vir aqui é um presente divino” disse ela.

Mas na primeira vez em que esteve no programa, Dadá Coelho chegou a levantar uma grande polêmica diante de suas tiradas que gerou irritação aos piauienses.

Nesta segunda vez, Dadá fala muito de seus familiares e chega a citar o nome de Floriano na entrevista. Confira no youtube.

Fonte: noticias de floriano

12/11/2011

Florianenses: somos o que queremos ser


Penso que a população de Floriano, notadamente setores da sociedade civil organizada, encontra-se inerte, em disparada rumo à apatia – o pior dentre todos os males que permeiam a humanidade.

 Quando alguma reclamação emerge, em geral pelos meios de comunicação social, percebem-se de imediato a dissonância dos fatos reais e o elevado grau de interesse umbilical, aqueles mesmos interesses ligados aos privilégios tradicionais da burguesia. Daí, fico a me perguntar, até quando meu Deus? Até quando grande parte da população continuará dormindo em berço esplendido enquanto uma minoria vira a cidade pelo avesso?

Floriano já viveu momentos áureos na sua história, mas hoje “geme em dores de parto” pela ausência de políticas públicas adequadas ao desenvolvimento sustentável ou ainda pela ineficácia de “gestores” que se revezaram no poder, sem rumo, ao longo de décadas a fio.

Esses aspectos somados aos paradigmas gerados pelas elites tupiniquins, a mediocridade dos que se dizem “gestores” desta terra e a falta de visão de futuro nas organizações comunitárias e demais setores organizados da sociedade civil, simplesmente impedem qualquer atrativo que permita a inclusão de Floriano num cenário positivo nacional.

 Aqui quero fazer algumas considerações que, a meu ver, poderiam estar contribuindo com o fortalecimento da economia local enquanto geração de empregos, saúde preventiva, lazer e entretenimento, turismo etc., mas em vez disto, atitudes irresponsáveis de governantes paralisam obras sem quaisquer justificativas à população – que apenas paga a conta.

 Ainda por cima empresas que demonstram interesse em se instalar em Floriano são impedidas pela “justiça” de praticar preços mais baixos o que iria beneficiar enormemente as famílias de baixa renda. E aqui vai uma pergunta que não quer calar: por que será que a Farmácia Popular ainda não está funcionando em Floriano? Quem souber responda. Mas, vamos aos destaques os quais me referi acima.

São várias obras paralisadas em Floriano: o terminal rodoviário, o aeroporto, o esgotamento sanitário, a praça de eventos e a cidade. A indústria de Biodiesel também parou, parou por quê? Nem Sigmund Freud explica. Tudo isso acontecendo e os movimentos populares sem rumo e sem destino, “na praça dando milho aos pombos”. Isso talvez justifique o porquê de Floriano nem mesmo ser citada quando se fala em capital do futuro Estado do Gurguéia, pois a população local é pacata demais para entender a importância da participação social num processo de transformação onde o povo é protagonista dessa história.

 Para tanto, faz-se necessário um mutirão pela cidadania envolvendo a educação formal, não-formal e informal que seja capaz de ajudar as pessoas a pensarem e refletir criticamente a cidade que temos e a cidade que queremos para nós, mas também para as gerações futuras.

João Raimundo dos Santos é Educador Popular, diretor de ONG’ s como: Cáritas Diocesana de Floriano, Centro Educacional São Francisco – Cefas e ÁRIDAS NORDESTE

12/09/2011

RETRATOS

Voltando ao tempo, lembramos da época em que a praia do Pateta ( subindo o rio Parnaiba ) era muito badalada nos anos sessenta: pequeniques, banhos, passeios e churrascos  eram formados para viver aquele momento lírico em Floriano. Essa tuma aí da foto ( extraída do museu de Teodoro Sobral ), é a turma do Regatas, posando para as lentes de Leuter Epaminondas, que fazia a cobertura dos principais eventos da cidade àquela época.
Se você clicar na foto, verá a escalação dessa rapaziada, que não perdia tempo para curtir os finais de semana rio arriba, mas podemos lembrar os conhecidos: em pé observamos Defala Attem, João Alfredo Gaze, Cícero Damas ( de Nenem Grande ), Gabriel Kalume, Fernando Almeida, João Adala, Iglésias, Iram Frejat, Carlos Barreto e Adail;

Agachados, temos o Duzito, Abdala Zarur, Benedito Burguês, Waldemar Pinga, Pedro Attem, Gaze Mazuad, Hélio Castro, Jofran Frejat, Gilvan Sobral, Haroldo Castro e Airton Coelho.

Quem conseguir lembrar diferente, pode interferir!

12/05/2011

GOL REPLAY

Um dos pontos mais fortes de Luiz Orlando, in memorian, ( é o ponta de lança da foto ao lado do time do Cruzeiro de 1971 no Mário Bezerra ), grande craque de bola do passado do futebol amador florianense, era a catimba e, inclusive, ele destaca um lance engraçado, que ele conta com saudades:

“tratava-se de uma partida disputadíssima, acirrada no Campo dos Artistas, por volta de sessenta e sete. Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival, o Flamengo de Tiberinho (perder pra eles era um trauma terrível), até hoje esse lance é conhecido como o GOL REPLAY, sem televisão, pode?

Mas você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.

Bola rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito, mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus: pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram à loucura!

Empatamos o jogo e, no final, todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA, que tinha moral e categoria. ( Reportagem: Cesar Sobrinho
)

12/04/2011

Um cenário para a próxima eleição


Com a decisão do PTB e dos grupos aliados em anunciar um pré-candidato para a  sucessão do prefeito Joel Rodrigues já é possível imaginar um futuro cenário político na campanha de 2012. A indicação do professor e vice-prefeito, Oscar Procópio (PTB), para disputar o Poder Executivo sugere que a base aliada da atual gestão assina  embaixo. Assim, um campo de força está definido para a disputa da Prefeitura Municipal de Floriano.

Identificados como oposição ao atual mandato, o PSB, PMDB e PSDB já sinalizaram que vão para a disputa. No PSB está consolidada a candidatura do advogado Gilberto Júnior, que será abençoado pelo Palácio de Karnak. O PMDB entregou para o jornalista Silas Freire a missão de buscar apoios para, também, entrar no páreo. O PSDB aposta na juventude do bioquímico, Eneas Maia. Assim, podemos imaginar que estes senhores serão alguns ou todos os candidatos com densidade para o próximo pleito.

A cena política ainda aguarda o desfecho do “canto de carroceria”, que o vereador Salomão Holanda levou com a indicação de Oscar. Obediente ao prefeito, o vereador apareceu em primeiro lugar numa pesquisa do Instituto Captavox, mas isso não foi suficiente para emplacar prestigio com a base aliada. Depois do fato, em várias entrevista, o vereador manifestou que ainda aguarda uma chance de cair nas graças do grupo liderado por Joel Rodrigues. Se Salomão Holanda abrir dissidência e apresentar a sua candidatura, amplia para cinco os pretendentes a Prefeitura de Floriano.
Essa minha analise se baseia na conjuntura política local. Os campos de força partem dos grupos ligados ao Governo do Estado e da gestão municipal. Outros partidos servirão para compor como aliados dos poderosos do momento. Sem futurologia, mas os partidos PTB, sigla do prefeito Joel Rodrigues e o PSB, sigla do governador Wilson Martins, possuem imensa possibilidade de polarizar a disputa na próxima eleição. São fatos concretos que apontam para isso. Qualquer fato novo será um fato novo.

Agora tem uma variável neste cenário: os candidatos precisam combinar com o eleitor e conquistar os votos necessários para a vitória. Mesmo somando todas as forças, a decisão popular pesa muito no resultado final. Na democracia o eleitor tem a liberdade de votar em quem desejar mesmo supostamente devendo favor ao clientelismo político, que ainda existe.

Com a disputa dos candidatos, deve entrar na campanha, também, a discussão sobre o avanço da qualidade na prestação de serviços em saúde, educação, moradia, empregos, cuidados com o meio ambiente e segurança pública. Todos os candidatos são produtos do nosso cotidiano político. Agora devemos avaliar as proposta e escolher com a consciência livre e soberana. Estamos encerrando um ciclo de administração e será muito importante uma avaliação sobre o que foi feito e o que foi esquecido.

Por: Jalinson Rodrigues

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...