A SEDUÇÃO DO CAIS DO PORTO DE FLORIANO
"(...) o cais do porto guarda simpatia, sedução e mistérios."
Por: Jalinson Rodrigues - Jornalista
"(...) o cais do porto guarda simpatia, sedução e mistérios."
Por: Jalinson Rodrigues - Jornalista
e-mail: jalinson@ig.com.br
A beira do Rio Parnaíba, em Floriano, é um espaço ambiental que em todas as épocas atraiu pessoas para o lazer e a diversão. No passado, a partir de 1865, pela circunstancia dos embarques e desembarques das antigas balsas, barcas e vapores no porto florianense, restrito a uma rampa acima da barra do Riacho da Onça, iniciou a fama deste local. Nas imediações havia bares e pequenas pensões e, mais camufladas, casas de prostituição.
A beira do Rio Parnaíba, em Floriano, é um espaço ambiental que em todas as épocas atraiu pessoas para o lazer e a diversão. No passado, a partir de 1865, pela circunstancia dos embarques e desembarques das antigas balsas, barcas e vapores no porto florianense, restrito a uma rampa acima da barra do Riacho da Onça, iniciou a fama deste local. Nas imediações havia bares e pequenas pensões e, mais camufladas, casas de prostituição.
Existiu um período que havia preconceitos com os freqüentadores noturnos do Cais do Porto.
Os anos foram passando e a margem direita do rio Parnaíba foi consolidando sua condição de lugar aprazível para uma relaxada ou um encontro mais intimo e secreto. As praias e conhecidas coroas no leito do Rio eram desfrutadas nos meses de junho e julho. Mesmo no carnaval a beira do rio mantinha sua fisionomia ecológica. Os blocos e escolas de samba durante os desfiles somente passavam pelo local, indo direto para o centro da cidade.
Com a urbanização mais elaborada do cais do porto, em 1962, que ganho aspectos moderno, com ampliação da rampa e a construção de vários atracadouros, trouxe mais comodidade para os negócios e freqüentadores daquela área. Assim, mais bares, restaurantes e até boates contribuíram para o desempenho deste espaço. Destacamos os restaurantes Flutuante, Velho Monge e o bar do senhor Domingos Preto.
Sem desconsiderar outras épocas, a década de 80 foi muito efervescente no cais do porto e proximidades. Era uma febre agradável. Nos finais de semana, à noite, a partir de sexta-feira, existiam opções de todos os níveis e diversidade. Durante as manhãs o banho no rio era sagrado. O espaço da laje do cais era disputado, principalmente aos domingos, pois servia para o banho de sol dos florianenses.
Existiram, também, em período de férias manifestações culturais organizadas em feiras, mostras de arte, folclore e culinária típica. Com as restaurações dos prédios da antiga usina elétrica e transformada em teatro e sala de documentação, hoje Espaço Cultural Maria Bonita, e do Estabelecimento Rural, hoje Terminal Turístico, o cais do porto firma posição de atração turística do município.
O cais do porto transcendia o município e influenciava outras cidades circunvizinhas de Guadalupe a Oeiras, passando, lógico, por muitas outras, inclusive do Estado do Maranhão. Tanto na moda como no comportamento fazia a cabeça dos visitantes. Os freqüentadores do Cais eram mais descolados e modernos.
Muitas relações afetivas começaram e terminaram ventiladas pela brisa do rio Parnaíba. O aspecto cosmopolita de Floriano, com seus filhos espalhados pelo Brasil e quiçá o mundo, sempre voltando em períodos de férias, ajudava na postura moderna e avançada das ondas da época.
A década de 90 confirmou a tendência do Cais do Porto como centro atrativo para o deleite e eventos de massa abertos. A realização dos carnavais com grandes bandas e trios elétricos, neste local, fortalece a vocação turística deste logradouro público.
A noite florianense, atualmente, está descentralizada. Muitas opções figuram pelos bairros e outras praças, mas o cais do porto guarda simpatia, sedução e mistérios.
Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br