9/10/2007

FLUTUANTE


O restaurante Flutuante foi fundado por Pedro Martins de Araújo Costa e João Luiz Guimarães de Carvalho no ano de 1962, local aprazível que flutua sobre as águas do rio Parnaíba.

Construído inicialmente em cima de tambores de ferro vazios com pisos de tábuas e cobertura de palha, posteriormente, sua estrutura mudou de tambores para pontões de madeira.

Antigamente era localizado na margem do rio Parnaíba no lado da cidade de Barão de Grajaú, mas dois anos depois de construído, fora transferido para a margem do lado de Floriano.

Tinha como característica você escolher o peixe que desejava comer em um viveiro de peixes.

Além de seus fundadores, foram também seus proprietários e / ou arrendatários, o senhores Aldenor Gondinho, China, Antonio Roxo, José Garcia Maia, Adelmar e Raimunda Lima Silva.

Durante muito tempo, o cozinheiro do Flutuante foi o famoso mestre cuca conhecido por Baiano.

Hoje, com mais de quarenta e cinco anos de existência, o restaurante Flutuante continua sendo um dos mais belos cartões postais de Floriano. O nascer e o por do sol e uma noite de lua cheia são imperdíveis para se curtir do Flutuante, tomando um bom drinque e saboreando um gostoso peixe.

Fonte: Floriano de hoje e de ontem

MANGA


No meio do caminho tinha uma manga; tinha uma manga no meio do caminho; no meio do caminho tem uma MANGA...

Localizada às margens do rio Parnaíba, o povoado da Manga fica distante cerca de quarenta quilômetros do centro da cidade de Floriano e abriga uma capela construída por volta de 1861 em homenagem a Nossa Senhora da Conceição.

O acesso à região pode ser feito também de forma fluvial. Inclusive, há um clube instalado na localidade para atender a demanda turística. O local já é bastante freqüentado por visitantes, onde todos têm acesso a banhos e lazer.

Foto: Agamenon Pedrosa

9/09/2007

PENALTI SEM GOLEIRO


( Foto: time do Comércio em 1967 )

Estávamos disputando o campeonato regional e os jogos eram de ida e volta. Landri Sales recebia Jerumenha. A seleção de Jerumenha, sob o comando de Emanuel Fonseca, que se fazia às vezes de técnico e jogador (craque de bola), (chegou a jogar no River de Teresina) estava preparada.

Chico Kangury, embora não fosse um craque, mas era um determinado e tinha um pique muito bom e eu sabia como explorá-lo em bola de profundidade.

Ele começou jogando bola nos campinhos de Floriano como ponta direita e em Jerumenha era lateral esquerdo e só chutava com a perna direita e o pé embolado (em outra oportunidade já contei a resenha do pé embolado).

O Nego era invocado, só jogava com a camisa de nº 5, fã do Denílson do Fluminense, fazia de tudo para imitá-lo e quando pegava na bola, dizia: lá vai Denílson, defendeu Denílson e coisa e tal. Sim, no treino de apronto Kangury, que era titular acidentou-se, a grama do campo era capim de burro e cortou o pé dele arrancando a unha do pé direito e foi escalado para a reserva naquele jogo.

Dia seguinte, seguimos na carroceria do caminhão da prefeitura, a estrada só tinha o rumo, chuva direto de Jerumenha até Landri-Sales. Tudo Bem. Viagem foi boa. Chegando ao Campo de Futebol, este era todo de barro, a bola batia e empinava, não tinha um montinho de areia e grama para amaciar a pelota. O campo todo cercado de corda e demarcado com cal virgem.

O Apitador era escolhido pelo Anfitrião. A torcida, fanática, soltava rojões e tiros a cada 5 minutos. Era este o clima que encontramos. Estádio repleto de torcedores e começa o jogo.A seleção de Landri-Sales estava com um ponteiro direito habilidoso, driblava bem e estava dando um sufoco no lateral esquerdo nosso, e comecei a me preocupar, fazia de tudo e não podia subir, o Chiquinho, Antonio Rocha e Wilhame, segurando o meio de campo e a nossa defesa passando sufoco e, logo, logo fizeram um gol e mais outro gol, todos em cima do nosso lateral esquerdo, terminamos o 1º tempo perdendo de 2 gols a 0.

No intervalo, o Emanuel chamou nego Kangury pra saber as condições do pé, e disse: você vai jogar, prepare-se e tirou o lateral esquerdo. O Antonio Rocha, estudante de medicina, deu uma melhorada no curativo do pé do negão e saímos pro 2º tempo.

Naquela época, eu me sentia bem jogando com ele, pois sabia como explorar a sua velocidade, era um pique monstro. Encostei nele e disse: olha, compadre, o homem é aquele, vá com calma e dê duro, ora na primeira de copa, Kangury deu uma encostada nele e o cara sentiu que a barra pela direita era pesada e aí o nosso time começou a acertar, Chico José, Antonio Mirton, Emanuel Fonseca e Kangury estavam afinados, começaram a subir dois a dois, e eu avancei mais e surgiu a oportunidade de chutes a gol e fizemos o primeiro gol.

A Ponta direita tentou uma jogada em cima de Kangury, ele deu chance para o camarada sair pela ponta, lá perto das cordas, quando o cara foi cruzar a bola, Kangury encostou, o cara subiu, ele tirou o corpo de lado e caiu também para evitar uma expulsão.Eu estava distante, ele me disse depois, que um torcedor agarrou-o pelo calção e o levantou com um revolver na mão, deu um tiro pra cima e disse-lhe, se tu encostar neste menino de novo, tu vai ver. Moral da Resenha: O ponta direita sumiu, foi jogar de zagueiro, e dominamos o jogo, fizemos mais um gol e empatamos de 2 x 2.

Faltando uns 5 minutos pra terminar o tempo de jogo, eles lançaram uma bola em profundidade e o Emanuel chegou atrasado no lance e a bola encobriu o goleiro, saiu em cobertura e chutou prensado com o atacante, caindo no chão, o zagueiro Antonio Mirton, que também saia em cobertura do goleiro, deu um carrinho na bola colocando-a na linha de escanteio, o atacante chutou as pernas do zagueiro e caiu no chão, o árbitro cinicamente marcou pênalti. Pense numa confusão.

O tempo fechou, Emanuel Fonseca foi um técnico valente, enfrentou as feras e tirou o time de campo, mandou todo o pessoal subir no caminhão, cobrirmo-nos com uma lona e recebemos uma chuva de pedra.

O soprador de Apito, comprado pelo time adversário, colocou a bola na marca do pênalti e mandou que um jogador do time de Landri-Sales ficasse no gol e um outro chutasse a bola e cinicamente colocou a bola no centro do campo e queria que a gente voltasse para continuar o jogo. Não voltamos. Fomos para o Hotel. Tomamos banho e ainda fomos para o forró à noite. Mas ficamos velhacos. A barra era pesada e todo mundo querendo ver o Chicolé, conversar com chicolé e coisa tal.

No Jogo de volta em casa, enfrentamos o mesmo time e metemos 11 x 0, até o negão Kangury fez gol de pênalti.

Estas histórias boas e vividas merecem ser contada em verso e prosa. São inesquecíveis e quando narramos parece que estamos vivendo os momentos.

9/08/2007

7 DE SETEMBRO


Estamos observando o bonito desfile de sete de setembro de Floriano, mantendo, assim, nossas antigas tradições.

O Ginásio Primeiro de Maio ( foto ), em destaque, mostrando seus pelotões em ordem, num dia de sol e galhardia. Muito bonito ver que ainda temos um sete de setembro mais moderno e dinâmico.

Claro, que ainda temos saudades daqueles velhos tempos, mas o futuro chegou e temos que sonhar prá frente.

Graças a Deus!

Foto: http://www.noticiasdefloriano.com.br/

POR ONDE ANDA


LINO

Um dos períodos mais significativos do futebol florianense, sem sombra de dúvidas, fora a década de sessenta, quando o Ferroviário havia contratado diversos craques para compor um time super pra frente.

Lino, que veio de Petrolina, o nosso centroavante ( na foto ), era um dos grandes destaques daquela época. Inclusive, segundo conta o folclore de nosso futebol, esse craque fora contratado de modo especial: no seu contrato teria recebido uma geladeira movida a querosene à época, um privilégio que se tornou hilário para o momento clássico e romântico que vivíamos.

Não sabemos, hoje, por onde anda esse craque, mas quem souber, tenho certeza, que logo comentará para nós.

9/06/2007

7 DE SETEMBRO


Vejam só o destaque ( foto ) do sete de setembro do ano de 1960 na avenida Eurípedes de Aguiar na altura do Ginásio Primeiro de Maio acima à esquerda. Estavam-se preparando para o desfile. A pavimentação ainda era de pedras poliédricas.

O sete de setembro sempre foi uma data importante no calendário de eventos da cidade de Floriano. Quem não se lembra, por exemplo, dos famosos desfiles da Getúlio Vargas nos anos setenta, quando o professor Ribamar Leal ( do Ginásio Joana Leal ) arrebentava e dava um grande exemplo de amor à Pátria, mostrando sua atitude e ensinando seus pupilos a terem disciplina.

Os desfiles de hoje são modernos, luminários e mais alegóricos, muita cor e muito som. É uma outra trajetória e de uma nova conotação. No passado fora romântico, mas esses desfiles de hoje, também, exalta ainda grandes emoções.

Fonte: flagrantes de uma cidade

PESCARIAS



As nossas pescarias eram um vício que nos transformavam e nos causavam um frisson terrível. Muitas vezes, íamos até ao Pateta em busca de aventuras pelas ribeiras do Parnaíba.

Certa vez, estávamos pescando, ali, no posto do professor Ribamar Leal. Uma turma boa estava pescando numa manhã quente de julho. Os filhos do Melo, Deloíde e Juvenal, Amaral, Pauloínho, Leal, Ribinha dentre outros.

O negócio é que o pessoal começou tomar posse da ceva do velho Nogueira, que era valente que só, ninguém podia encostar na sua área. Começamos a pegar piaus, mandis e piranhas. De repente, avisaram o velho Nogueira.

O velho pescador se apossou de um facão e começou a correr atrás da negrada. O corre – corre foi grande, mas a diversão estava garantida, porque depois íamos tomar um belo banho e jogar uma gostosa pelada no areião do posto.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...