7/19/2007

TRAVESSIAS


Lembro-me, perfeitamente, daquelas famosas travessias e descidas que fazíamos no rio Parnaíba. Muitas vezes, lá do Pateta até chegarmos ao cais do porto. Época romântica. Claro, que não sabíamos do risco que corríamos, mas éramos felizes, literalmente.

Certa vez, eu, Fernando de Né Santo, Chico Lista, Paulo Babá, Pateta, Alvinho, Kebinha, Deda, nego Dunga, Luiz Banana, Chico Pipira, Laurismar, Seudu, Leomar, Cebola, Chiquinho de Turene, um verdadeiro time de futebol -, apanhamos umas bananeiras e zarpamos do posto do professor Ribamar Leal, ali, próximo ao antigo Buraco da Malária. O mês de julho era de um sol extremamente escaldante. O nosso amigo Zé Rubal era só o breu em suas famosas pescarias.

Quando aportamos nas imediações do cais do porto, nas proximidades do remanso, começamos a dar braçadas fortes para sairmos daquele sufoco. Queríamos atingir as coroas, aquelas belas praias do Barão, para jogarmos um futebolzinho de primeira.

Deixa, porém, que seu Cícero Pintor fora avisado de que seu filho Chico Lista estava participando daquela nossa travessia, estava no meio da curriola e ficara escondido em volta do pontão de Pedro Caetano, esperando o traquinas voltar com um pedaço de corda de seden enrolada na mão, para dar uma sova daquelas, vocês sabem.

No entanto, Chico Lista, arguto que só, percebendo o perigo que corria e o que iria acontecer, deu um drible no velho Pintor e correra feito um doido no rumo de sua casa e fora esconder-se no fundo do quintal e só saiu de lá quando as lamparinas de dona Hilda já estavam acesas para dormir.

7/18/2007

VELHA SERTA


A velha sertã ainda nos transporta para os bons tempos. Na sua inauguração, durante a gestão do Prefeito Chico Reis, no final dos anos cinqüenta, diversos artistas e cantores populares participaram da festa de sua inauguração.

Esses traços antigos ( da foto ) nos trás muitas saudades: os seus arvoredos, o sobrado, a fonte e os contornos, lembrando até dos velhos carnavais que brincávamos nos anos sessenta.

Seria de suma importância, hoje, transformar esse nosso tradicional espaço numa galeria de artes, um barzinho típico e com muita folia cultural. Daria um certo prazer, para nós, da velha guarda, resgatarmos essas nossas lembranças, que os anos não trazem mais.

7/17/2007

PRAÇA


Hoje, a praça doutor Sebastião Martins tem uma nova paisagem, totalmente diferente dos tempos de outrora. Quiseram dar uma idéia moderna, uma arquitetura compatível com a realidade de Floriano.

No entanto, temos saudade daqueles bambuais que faziam sombra, do sobe-desce da Sertã, da fonte luminosa, do coreto e dos bancos lá da praça. Não temos mais os corre-corre de meninos brincando de esconde-esconde ou de quemente.

O visual, agora, é outro e as canções que se escutam são os axés e os forrós tecno-bregas; há um certo vazio, não ouvimos mais o Roberto Carlos, a Vanderléa e o Érasmo Carlos. Os tempos voaram e não sabemos para onde vamos ( ? ).

Mas há sempre uma expectativa nova, há um sentimento lírico que nos deixam esperançosos. Se não temos mais os bares Carnaúba e nem o bar São Pedro de velhos carnavais, pelo menos temos uma sensação constante de emoções fortes dos tempos de outrora, que buscamos na simples vaidade de encontrar novas manhãs.

ROSA DE OURO - 1964


Antes de você correr para as matinês do velho Cine Natal, você teria que dar uma passada, necessariamente, na tradicional Rosa de Ouro, para fazer um lanche ou comprar as revistas do Fantasma, Cavaleiro Negro, Mandrake, Tarzan e outros gibis da época.

Esse prédio, hoje, encontra-se de certa forma desfigurado, mas mantendo algumas de suas principais características e nos causa, ainda, uma sensação de nostalgia, quando caminhamos pelos seus arredores.

Construída na década de sessenta pelo seu Camilo, dono do Cine Glória, a Rosa de Ouro atualmente precisa ser restaurada e melhor aproveitada. Seus proprietários atuais deviam receber os incentivos necessários para dar uma dinâmica ao ambiente, como por exemplo, incentivar a criação de um clube do vinil, um sebo ou uma seresta da saudade com músicas de época.

É extremamente vital, a cidade voltar a resgatar seus antigos momentos; reencontrar a velha guarda, dar uma movimentação a mais ao lugar. Floriano é uma cidade linda e que merece de todos nós uma atenção especial e que isso possa provocar grandes emoções.

FERIAS DE JULHO


O mês de julho geralmente é um período confortável, dinâmico e estratégico para quem quer se divertir e sentir-se bem em Floriano. Diversas atividades e movimentos são inseridos nas programações culturais locais para atrair a velha guarda e as novas gerações.

Temos a bela paisagem de nossa matriz ( foto ) e tivemos, por exemplo, recentemente, o 1º Reencontro de Florianenses, que foi um sucesso; a festa do futebol de salão, organizada pelos piolhos de bola Darlan Portela, Roberto Holanda e Mocó; as atividades do aniversário de Floriano, organizada pela Prefeitura; o Cais do Porto ( fundamental ); e a Florifolia para a juventude.

É dentro desse contexto que Floriano desponta para uma nova era, transição essa que fatalmente vai melhorar a nossa condição turística. Precisamos, apenas, do incentivo das autoridades e dos agitadores culturais para movimentar mais a cidade.

7/13/2007

PÔR DA SAUDADE



Estamos sempre procurando resgatar momentos inesquecíveis. O pôr-do-sol do cais do porto, este nos deixa de alma lavada. Contemplar esses momentos épicos nos faz transmitir um sentimento lírico, que agrada o ego.

A época romântica passou e, de repente, nos deparamos com uma nova realidade de consumo: a postura, agora, é outra; de qualquer forma, precisamos sempre acreditar no futuro. Floriano poderá ainda reinar bons momentos.

As autoridades competentes precisam movimentar-se mais, proporcionar aos visitantes e ao nosso povo uma Floriano bem mais limpa, movimentar a cultura e o esporte. As escolas precisam de mais educação esportiva.

Precisamos voltar a saber a matar uma bola no peito e fazer os gols de placa, que fazíamos no campo dos artistas!

7/12/2007

BAU



Dos arquivos de dona Umbelina, conseguimos resgatar esta maravilha da sociedade florianense dos anos sessenta, quando ainda se brincava e se divertia de forma tranquila e absoluta.

Observamos figuras ilústres e gente finíssima que fazia sucesso naqueles tempos maravilhosos. Em pé, o Phillipe Salha, o Renê, Adelmar Rosado, Zé Wilson Pereira e o Zé Wilson Carneiro.

Agachados, temos os irmãos Dimas e Fabio, João Carlos Ribeiro Gonçalves, o Vitor, Dalton, dentre outros, fazendo o registro dos velhos tempos da jovem guarda de Floriano.

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...