6/09/2006

FLORIANO E SUAS CURIOSIDADES

. O primeiro registro de nascimento lançado no primeiro livro da Vila da Colônia, Comarca de Amarante, foi de Otton Drumond;
. O primeiro casamento registrado no livro número um da Paróquia Nossa Senhora da conceição da Vila da Manga - a que pertencia Floriano - foi do casal RAIMUNDO ALVES MOREIRA E SELVINA ALVINA MOREIRA realizado em 1 de novembro de 1889;
. O primeiro tabelião de Floriano foi o senhor Eneas Pedro de Oliveira;
. O primeiro casamento católico com efeito civil registrado em Floriano data de 25 de setembro de 1947 do casal Epaminondas Menezes Lima e helena Barbosa Reis;
. O primeiro jornal a circular em Floriano foi o SERIP no ano de 1912 sob a direção João Luiz Pires Ferreira. SERIP significa PIRES lendo ao contrário.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Teodoro F. Sobral Neto

6/08/2006

ROSA DE OURO - ANTES E DEPOIS





ROSA DE OURO – CONSTRUÍDA POR UM EMPREENDEDOR
KAMEL FERREIRA (SEU CAMILO)
Fotografias podem revelar histórias jamais imagináveis – vejam, por exemplo – a nossa famosa ROSA DE OURO, nome diferente que fora trazida de longe, São Paulo, por um pintor de Floriano, conhecido por Cícero (seria, por acaso, o nosso saudoso Cícero Pintor?), que viu este belo nome numa lanchonete, passando a idéia ao empreendedor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, nasceu em Fortaleza - CE em 12 de agosto de 1924, casado com a senhora Ariene Santos Ferreira, pais do engenheiro civil, doutor Nonato Ferreira, que atualmente exerce o cargo de Secretário de Obras do Município; Angélica Farisa, Chico da Padaria Ipiranga e Kamel Filho.

Perguntamos ao senhor Camilo de como surgiu a idéia de construir um dos mais belos e importantes prédios da Princesa do Sul, pelo seu valor cultural na época. Sua resposta foi emocionada:

" Começou quando fui de Fortaleza para Teresina no dia 02 de agosto de 1952, data que jamais esquecerei, pois cheguei no ano do centenário da cidade verde. Como funcionário do DER-PI, fui transferido para Floriano, chegando em 09 de maio de 1957.
A primeira Rosa de Ouro era um QUIOSQUE de madeira. Mais tarde, comecei a articular com Fauzer Bucar, vice-prefeito de Chico Reis e o vereador e compadre Manoel Jaca a viabilidade de construir um prédio, com uma bonita planta do Engenheiro Civil do DER doutor José Carlos Castelo Branco.
Foi uma luta ferrenha, muito difícil, pois alguns vereadores dificultaram a aprovação do requerimento, pois pretendiam passar para alguém de posse e na época eu era considerado um forasteiro, não seria bom para cidade, segundo alguns vereadores.
Mas com a intervenção forte do vice-prefeito e de dois vereadores, conseguimos a aprovação do projeto. Foi uma revolução. Concluída a obra, parecia um sonho. A transformação foi um marco, o prédio era funcional, se não vejamos: na parte da frente da avenida Getúlio Vargas, funcionava a Banca de Revistas, as pessoas ficavam maravilhadas com aquela novidade, surgia ali oportunidade raríssima da leitura, tão carente na época, ficava mais fácil de se atualizar com as notícias do Brasil e do mundo e, por outro lado, existia o romantismo dos jovens que iam pra lá trocar revistas e figurinhas de álbuns.
Ao lado da banca tinha um balcão que eram fabricados os picolés, era um sucesso, nesse período já fazíamos picolés com cobertura de chocolate, hoje não é novidade para mim. No prédio tínhamos mais uma importante opção, ficava localizado na parte de trás, uma lanchonete, moderna, limpa, dava gosto a pessoa freqüentar, realmente era uma coisa inédita."
Detalhe, a energia da Rosa de Ouro era fornecida por outro empreendedor, Bento Leão, que falaremos numa outra oportunidade.
O atual prédio da Rosa de Ouro pertence ao Senhor Kamel Ferreira.
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Pesquisa: César Augusto

6/07/2006

FIGURAS FOLCLÓRICAS DE FLORIANO

ANIZINHO
(Anísio meneses Filho)
Fazia-se de besta, mas o famoso Anizinho era sabido que só. Quando menino, gostava de imitar políticos discursando ou qualquer pessoa que tivesse o dom da oratória.
Ficou mais conhecido como vendedor de jornais (jornaleiro por vocação), além de gostar de dançar na frente dos blocos de carnaval. Por outro lado, não perdia uma tetúlia e gostava de agradar as meninas oferecendo-lhes bombons. Era um exímio paquerador. Um dos fatos mais curiosos é que Anizinho, quando queria alguma coisa, ficava colado no pé da pessoa e só saía quando conseguia realizar o seu intento ou quando era expulso.
Uma de suas tiradas mais engraçadas e pitorescas, foi quando recebeu 100 cruzeiros para devolver 99 de troco a um conhecido médico a quem vendera um jornal por 1 cruzeiro.
- Vou bem ali trocar o dinheiro e volto já. Fique com o resto dos jornais como garantia.
Até hoje o médico espera o troco.
Outra bela tirada de Anizinho, quem descobriu foi o nosso amigo César de Antonio Sobrinho. Anizinho fora várias vezes o campeão da feiúra, um quadro promovido pelos circos de arena que passavam por Floriano. O último concurso que ele participou, o apresentador do espetáculo perguntara para o campeão:
- Como você se sente vencendo mais este evento?
Anizinho, com a simplicidade que Deus lhe deu, respondera, com moral e categoria:
- Rapaz, a coisa tá é feia! A cada concurso que passa, fica mais difícil ser campeão! O meu amigo Tiberim tá na área. A concorrência está grande, amigo!
Anizinho, certa vez, sofrera um acidente num parque de diversões. Faleceu há alguns anos, ainda novo.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem /Teodoro F. Sobral Neto

6/06/2006

ESCOTISMO



Bela imagem, raríssima, dos tempos românticos do escotismo em Floriano. O Chefe Haroldo, condecorando um aprendiz.

Era um tempo em que as famílias exaltavam felicidade e observavam seus filhos aprendendo coisas boas na formação de sua personalidade.

Precisamos resgatar essas atividades, reintegrar os jovens na condução de seu roteiro intelectual, espiritual e físico.

Precisamos combater o consumo atual da propaganda enganosa, do visual e voltarmos a preservar os valores morais. Pode ser difícil a essa altura do campeonato, mas ainda há tempo. Alguém tem que anunciar esse novo tempo

Temos que fazer a diferença!

JOHN JÚNIOR


DEVAGAR SE VAI AO LONGE
Foto extraída durante um show na cidade de Picos, quando o cantor florianense John Júnior arrebentava no auge da Jovem Guarda em 1968.
Estávamos vivendo ainda uma época romântica. Floriano era uma cidade representativa, participativa e criativa. John Júnior fazia parte desse contexto.
Infelizmente, faltaram mais incentivadores; de qualquer forma, podemos considerar que estávamos vivendo um bom momento do cotidiano da Princesa do Sul.
Hoje, há uma enorme falta de harmonia, de conceitos e de criação. Atualmente, os jovens estudam para conseguir um emprego, para conseguir passar num concurso; não estuda-se mais para vencer na vida mas para se "virar nos trinta".
Onde já se viu, isso?

6/05/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


CHEQUINIM - E O VENTO LEVOU...
Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.
Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou Num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o cori, um time guerreiro. partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.
Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.
CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.
Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.
A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo
- CHEKI, você é ROCHEDO!
Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:
- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...
E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.
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Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim.

6/02/2006

ARROCHA UM APERTA OUTRO


ESCOLA DE SAMBA “ARROCHA UM APERTA OUTRO
Um encontro despretensioso de jovens em 1982, na beira rio, mais precisamente no antigo Sindicato dos Canoeiros, depois “Bar Luar”, que pertencia a Paulo Henrique de seu Pequeno.
Surgiu a idéia e a coisa foi amadurecendo, até ser criado o embrião, um bloco “Arrocha”. Os seus fundadores foram Fefê de Bruno, sua irmã Vera, Sandra Kalume, Toinho Brandão e outras feras.
O bloco fora campeão em 1987, passando a ser ESCOLA DE SAMBA “ ARROCHA UM APERTA OUTRO”, a partir de 1988, com o samba - "Judia Amor", composta pelo carnavalesco, chefe da bateria, uma espécie de curinga, faz tudo: Fefê.
O enredo foi um sucesso, acrescentando em muito para a conquista do primeiro título de campeão do 1º grupo. A escola conquistou os títulos de 1991, 1992 1993, 1997 e, por último, 1999.
Em 2006 a Escola participou com 184 integrantes. Perguntamos, a propósito, ao presidente Fefê, se ele lembrava de algum episódio diferente; de bate pronto, respondeu:
- Sim, há vários, mas o que marcou mesmo foi num desfile sensacional, o samba era em homenagem a São Pedro e uma coincidência impressionante: quando chegamos próximo ao palanque das autoridades, mais precisamente em frente ao prédio das antigas Lojas Pernambucanas, hoje Casa da Moda, caiu um pé d`água violento, torrencial mesmo, São Pedro liberou geral e o interessante é que a chuva só foi no pequeno espaço até chegar ao palanque. Ufa! Tivemos sorte, os tambores de percussão eram de naylon, senão tínhamos nos dado mal!
Coisas que acontecem em nossos carnavais, mas que vale a pena relembrar.
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Pesquisa: César / Contribuição: Fefê

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...