1/27/2006

TORNEIO DO CAMPO DO ARTISTA


ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.
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A foto acima é o time do São Paulo de Carlos Sá, filho do senhor Geraldo Teles. A crônica acima foi extraída do meu livro - PINGA NA ÁREA.

1/25/2006

FUTEBOL


TIMES ANTIGOS
FLORIANO Esporte Clube, Ubirjara, Artistico, Internacional, América, Ubiratam, Paissandu, Comércio Esporte Clube, Ferroviário Atlético Clube, Sambaíba, Bonsucesso, Independente, Ríver, Vasco, Bangu, Botafogo de Gusto, Flamengo de Tiberinho, São Paulo de Carlos Sá, Ferroviário Júnior Atlético Clube, Posto Sabbá Esporte Clube, Coríntians Esporte Clube, Palmeiras, Santa Cruz, Fonte Nova, Cruzeiro, Clube de Regatas Brasil, Tiradentes, Reno, Fonte Nova e Fluminense.
ATUAIS
Cori-Sabbá e Princesa do Sul
AMADORES
Esporte Clube Floriano, Ferroviário, Reno, Manguinha, Grêmio, Vitória, Botafogo, Atlético piauiense, Atletas do Futuro (comandado pelo nosso amigo Pompéia), Coríntians, Flamengo e Náutico Futebol Clube.
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A foto acima é o famoso time do SQUARE de Ieié, campeão de futebol de salão nos anos setenta.

1/24/2006

PRAÇA


Outra tomada aérea da nossa querida praça doutor Sebastião Martins ( foto Florianonet ), mostrando todo o seu potencial arquitetônico moderno, tranformação que deixou um pouco de tristeza e saudade daquela antiga versão, com os seus bambuais e contornos românticos, e hoje sem mais o brilho da fonte luminosa e, de quebra, quase detonando a velha Sertã.
Temos que dar um basta, tomar uma atitude mais efetiva com relação ao descalabro que estão praticando diante de nossas tradicionais manifestações arquitetônicas, e culturais, também. Precisamos encontrar, resgatar e buscar outras alternativas, unindo o passado, o presente e o futuro, que já chegou, como comentava a nossa querida Josefina Demes.
É como já disseram: "a arte é o caminho; o mais, é atalho..."

1/22/2006

RIO DE SONHOS


O velho cais do porto, na foto (Florianonet), visto do outro lado, nos reportando a uma bela manhã de sol.
O Parnaiba, caudaloso, feito cobra grande. Nos anos setenta, a gente costumava descer o rio, ou em babaneiras (os pobres) ou em câmaras de ar (os ricos) até o flutuante, sem medo dos riscos que corríamos.
O que a gente queria mesmo era brincar, nos divertir, mesmo tendo que passar por provas difíceis; e o pior, muitas vezes escondidos de nossos pais.
Lembro-me, até, do antigo trampolim ao lado da torre do cais. A negrada subia até o último degrau para tirar as mais bonitas taínhas. Nessa prova, destacavam-se o nosso amigo Sapinho, o famoso Lindolfo e o maciste Luisão. Alguns casos fatais, mas a adrenalina existia, tanto para quem via ou, principalmente, para os protagonistas das provas.
Eram outras auroras, que os anos não trazem mais.

1/20/2006

BANDA MALANDRA



A abertura do carnaval florianense deste ano se dará dia 18 de fevereiro próximo, num sábado, com o desfile da tradicional Banda Malandra, com a coordenação do nosso amigo Ozires, proprietário da Lanchonete Marrom Glacê.
Já são quinze anos de folia e, a cada ano, aumenta o número de foliões, inclusive com a presença da velha guarda carnavalesca de Floriano, que retorna à Princesa para resgatar os carnavais de época.
A avenida Getúlio Vargas ( foto Florianight ), já está preparada para receber os foliões.
É isso aí. A alegria de momo está de volta. Avante, Princesa!

1/19/2006

FONTE DA SAUDADE


Lago artificial, cascata e fonte liminosa da antiga praça doutor Sebastião Martins do período romântico, onde de noite podíamos contemplá-la, correr por entre os antigos bambuais e brincar na luminosidade da praça.
Pena que a revolução arquitetônica detonou os nossos belos contornos e temos que nos adaptar ao moderno.
São os novos tempos e as mudanças que chegaram e que são necessários, mas também impiedosos, nos tirando de cena, nos roubando a pureza e a poesia de outrora.
Ai de ti, Princesa!

1/17/2006

MATRIZ


Ah, não há nada mais aconchegante do que vagar pela praça doutor Sebastião Martins à tardinha/noite, reencontrar amigos e resgatar os tempos de outrora.
Vejam a foto ( Florianonet ) da bela da Matriz São Pedro de Alcântara em sua encantadora pureza.
Claro, que a praça é bonita, mas não podemos esquecer de registrar, aqui, a antiga praça dos anos sessenta e setenta, com os seus bambuais, o bar Sertã e os seus belos arredores, praticamente destruídos por administrações incompetentes.
Éramos felizes e não sabíamos; agora, temos que correr atrás!
Fazer o quê?

Coleção FLORIANENSES, Volume 12

  "Companheiros do Encontro Florianenses, atualmente sou a nova Presidente do Floriano Clube" - orienta a Diretora Verá Santos. Pa...