Penso que a população de Floriano, notadamente setores da sociedade civil organizada, encontra-se inerte, em disparada rumo à apatia – o pior dentre todos os males que permeiam a humanidade.
12/28/2023
FLORIANENSES - Somos o que queremos ser
12/27/2023
12/26/2023
Tempos de Natal
- Ô, Inhá, é verdade que Papai Noel num visita minino que dorme tarde na noite de Natal?
- E mamãe disse "eu ouço isso desde que era pequena. É verdade".
Num demorou muito a molecada foi se levantando, passando as mãos no fundo das calças e saindo de mansinho pra estebungar no fundo da rede.
De manhã cedinho, era todo mundo revirando a cabeça pra debaixo da rede. Todo mundo ansioso pra saber o que Papai Noel deixara pra gente!
A rua amanhecia cheia de minino!
Uns chutando bolas zeradas, outros puxando carrinhos pelas calçadas, alguns sentados na calçada estirando as pernas pra mostrar os chinelos novos e os tiros de revolver de espoletas. Tudo isto ao som das notas amalucadas do violão do Tete!
Ahhh, tempinho Bom!
12/21/2023
Linhas Aéreas da Cidade
Dona Mundiquinha
12/19/2023
Retratos de FLORIANO
Cais do Porto
Cais do Porto 1968 |
12/18/2023
Retratos de Floriano
Escoteiros de Floriano I
Ubaldo Melo |
12/17/2023
Beco das Almas
Conto - Dácio Borges de Melo
O certo é que Danúnzio, Divaldo e nego Cléber foram a uma tertúlia que sempre ocorria naqueles fins de semana.
Terminado a festa, Divaldo e nego Cléber resolveram esticar a noite e Danúnzio tava escalado, por dona Lourdes, pra fazer a feira bem cedo, por isso rumou mais cedo pra casa.
Alta noite, no caminho de casa, tinha que encurtar estrada passando pelo beco das almas. Caminho estreito, cercado de mato, escuro que nem breu.
Antes de chegar no beco, bateu a mão no bolso e tirou o único cigarro que tinha, todo amassado, bateu outra vez a mão ns bolsos atrás de fósforo, em vão.
Enfrentar o beco tenebroso sem um cigarro pra iludir o medo era fogo. Mas foi o jeito, entrou nas trevas das almas, com o cigarrinho na mão, no ponto de qualquer barulho sair correndo a mais de mil.
O efeito da cachaça é que ainda lhe dava um rasgo de coragem. A passos rápidos, em meio a trevas totais, seguiu beco a dentro.
Na outra entrada beco, avistou uma pequena brasa dançar no ar, o que fez todo seu cabelo levantar! Logo a seguir se acalmou quando ouviu alguém assoviar uma música comum na época.
Certamente pra espantar o medo do afamado beco. Sem ninguém enxergar ninguém, ao se aproximar um do outro, Danúnzio perguntou com a voz arrastada..."tem fogo aí, meu amigo".
Danúnzio não viu, mas sentiu o cara jogar algumas coisas pra cima e com uma voz rouca gritar e disparar noite a dentro.
De manhã cedo já no rumo da feira, Danúnzio resolveu passar pelo beco pra ver o que resultou da noite assombrosa. Encontrou um pau de travessa, um côfo com peixes e outros espalhados, vara de pescar e outras coisas mais.
Filhos, netos e bisnetos, certamente ouviram muitas estórias de assombração.
12/16/2023
Conversas da Tarde
Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava:
- Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora!
E muntava eu e Baldo cada num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam:
- Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar!
E a Dindinha:
- Deixe, que os quarto é meu.
Aí eu e Ubaldo deitávamos a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé.
Ah, tempinho bom!
Dácio Melo (filho de Mestre Walter)
12/15/2023
Retratos de Floriano
Matriz São Pedro de Alcântara
Matriz - Anos de 1960 |
12/14/2023
Atravessando o Rio
Fonte: Chico Canguri
Regatas de 1964 |
"Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!"
Certamente Casimiro de Abreu compôs o poema "Meus Oito Anos" inspirado em sentimentos que se apoderam de todos nós muitos anos depois.
Oh! que saudades que tenho dos colegas: Cangury, Pauliran, Zé Bruno (filho de Bruno e dona Matilde), Teodorinho, Eldimar Miranda, Zé Joaquim, Zezito, Firmino (de Jerumenha), Chico Mendes, Celso, Petrônio, Brarrim, Michel Oka, Aguinir e Altanir e muitos outros.
Nossos professores Dr. Braulino, Pe. Djalma, Pe. Pedro, Teresa Chaib, Ivanilde, Eva Macedo, dona Maria do Carmos (esposa de Braulino), Josias Teixeira, etc.
Alguns desses nossos amigos e professores já se foram, é o destino de todos nós...
Seu ilustre pai sr. Vicente Cangury foi um dos melhores alfaiates de Floriano. Mas quem fez o meu terno de formatura foi sr. Antonio Beirão, pois ele me prometeu que quando eu me "formasse" ele faria meu terno gratuitamente. Pois bem comprei um corte de TROPICAL no sr. David Kreit e ele fez o meu terno com havia prometido.
Finalizo desejando-lhe muita paz e tranquilidade.
Um abraço
SOARES (o PELÉ)
Retratos de Floriano
Unidade Escolar Odorico Castelo Branco
(Foto)
U E Odorico C Branco |
EVOCAÇÃO DE UM PIONEIRO:
ODORICO CASTELO BRANCO
Djacir Menezes
A revista O espelho, que meu pai recebia, era
ilustrada por desenhistas que imaginavam as cenas violentas das trincheiras,
onde espocavam obuses e soldados se estraçalhavam para salvar as respectivas
pátrias e a civilização. A instrução militar, que a pregação do poeta Olavo
Bilac tomara obrigatória nas escolas, vigorava desde o curso primário. E como
não agüentávamos o peso do mosquetão, manobrávamoscom as carabinas de pau
fabricadas na Escola de Aprendizes Marinheiros,imitando fuzis e sabres. Foi
assim que aprendemos a marchar em ordem-unida,toques de cometa, baioneta
calada, ainda antes de entrar no Liceu do Ceará.
Tudo isso destinava-se a acendrar em nosso espírito
o civismo nascente.
Era no Instituto Miguel Borges. O diretor, a figura
que me impressionaria a vidainteira, chamava-se Odorico Castelo Branco; nascera
em 1876 na fazendaDesígnio, município de União, no Piauí. Órfão, ainda criança,
foi criado por sua tia Candida Rosa Leal Castelo Branco, em Teresina. Com ela,
que era professora, aprendeu as primeiras letras. No Colégio Nossa Senhora das
Dores, em Teresina, dirigido por seu tio Miguel de Souza Borges Leal Castelo
Branco, fez o curso secundário.
Concluído o curso, veio matricular-se na Escola
Militar do Ceará; trancando matrícula, fundou o Instituto Miguel Borges, em I!?
de junho de 1900.
De 1914 a 1919 fui aluno do Instituto - e quero dar
aqui um depoimento histórico sobre o esquecido e admirável educador, valendo-me
para isso do livro autobiográfico de sua ftlha Odorina Castelo Branco Sampaio,
Um minuto de silêncio,das notas que me adiantou e de minhas recordações
pessoais do grande educador.
A primeira conclusão que tirei dessa noviça
experiência, nesse período bafejado pelo espírito guerreiro, continuada depois
no Liceu do Ceará, foi em mim paradoxalmente desfavorável à formação de
inclinações bélicas. Os colegas, que acabaram o curso de preparatórios e
seguiram para a Escola Militar, obedeceram a outros motivos, entre os quais, o
principal seria a dificuldade de outra carreira, no Ceará desse tempo, que não
fosse a faculdade de direito ou as escolas de agronomia, de odontologia e
farmácia. Os mais abonados, iam à medicina, na Bahia. Recusadas as duas
oportunidades nativas, restava sentar praça no batalhão e ir ao vestibular na
praia do Realengo. Esse, o caminho de Moesia Rolim, Walter Pompeu, Landri
Sales, Juracy Magalhães, Jurandyr Mamede, José Brasil e outros.
Mas não desviemos o assunto. Quando meu pai me
matriculou no Instituto Miguel Borges, este ainda estava no casarão, um sobrado
na Rua Floriano Peixoto, no penúltimo quarteirão antes do Passeio Público: no
andar superior, habitava o diretor com sua ftlha única Odorina; no andar
térreo, espaçoso e didático, instalavam-se as classes do primeiro ao quarto
ano. Logo no ano seguinte (1916), o colégio mudava-se para a Praça Coração de
Jesus, esquinando com o parque da
Liberdade, grandes janelas abertas à luz e ao sol,
num amorável apelo à alegria e à vida. Ao meio-dia, recreio; após, ao içar da
bandeira, presente sempre o diretor, cantava-se o Hino Nacional e prosseguiam
as aulas até às três da tarde.
Creio que jamais houve diretor mais presente e
participante da vida de uma comunidade escolar. De uma autoridade impressionante,
assegurava, sem quaisquer recursos a
castigos físicos, exceção de alguns cocorotes nos mais irrequietos, atranqüilidade
e obediência do alunado. Recordando a sua figura, escreve a filha: R.C. pol.,
Rio de Janeiro, 32(4)170-1, agoJout. 1989 "lembro-me, entretanto, de sua
grande austeridade em todas as cousas, que era dotado de grande coragem,
extraordinariamente enérgico; de uma justiça ímpar e, ao lado de tudo isto, um
coração extremamente sensível." São, realmente, estes traços que ficaram
indeléveis na mem6ria das gerações que tiveram a dita de o teremcomo mestre.
O Prot: Castelo Branco era matemático: escrevera os
compêndios adotados no Instituto do primeiro ao quarto anos. Nestes, ao lado do
português e da geografia, a aritmética e a geometria figuravam no currículo
primário em todos os graus. Logo no primeiro ano, o aluno se familiarizava com
o manejo, no quadro-negro, do esquadro, da régua e de um enorme compasso de
pau, para resolver problemas simples de construção geométrica. Creio que foi a
infância sob efeito dessa pedagogia que me marcou o espírito, para sempre
inclinado ao estudo dessas disciplinas – e inspirou minhas primeiras direções
filos6ficas, no Liceu, para o positivismo e paraa estima de professores de formação
positivista, como Arquias Medrado e HenriqueAutran.
Essa estrutura curricular do colégio distinguia-o
dos demais estabelecimentos congêneres. Chamado ao quadro-negro, o aluno ouvia
invariavelmente a proposta: "dados duas retas e um ângulo construir um
triângulo, etc." ou coisa na espécie.
A geometria era ensinada pelo compêndio de Olavo
Freire. No quarto ano primário, apareceu-nos, na aula de português, o livro
cansativo de Afonso Celso, o Porque me ufano de meu pafs. Mas parece que no
intuito de corrigir aquele ufanismo físico, que se traduzia em rios, cachoeiras
e florestas as maiores do mundo,
havia, na parede da sala, ao lado de numerosos
mapas, estes dizeres definitivos: "A grandeza de um povo não se mede pela
sua configuração geográfica." – advertência que, depois, no alvorecer do
espírito político, ressoaria sempre na minhamente, pelos anos afora.
O Prof. Odorico Castelo Branco era villvo e adorava
a filha, que foi educada no Colégio da Imaculada Conceição, onde entrou logo
após a morte dele. De lá saiu mais tarde para casar com o Dr. Leão Sampaio,
médico de grande nomeada, nascido em Barbalha e deputado federal por mais de 40
anos, cercados ambos de numerosa prole de filhos e netos que, pelo estudo e
inteligência, escalaram altas posições sociais e políticas.
Faço agora uma pergunta. Com sua formação
matemática, seria o Prof. Castelo Branco um positivista? Não creio. Apesar de
conservar a fidelidade de longa viuvez à esposa tão cedo falecida, tal conduta
não deve ter obedecido às inspirações da Ureligião da humanidade." Julgo
que era um espírito independente, que o amor à filha ia cada vez mais
inclinando, como uma brisa mansa e suave, para as convicções cristãs. Quem ler
o Um minuto de silêncio,· tão repassado de ternura filial, biografia dessa
límpida personalidade de educador, surpreenderá o complemento afetivo, aspecto
omitido neste depoimento longínquo, feito com mais de 70 anosde distância,
testemunho de saudade e de gratidão àquela figura ímpar na hist6ria da educação
cearense.
12/13/2023
Retratos
Depoimentos (I)
Prédio da antiga Prefeitura |
12/12/2023
Retratos do Nosso Futebol
Mas você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.
Bola rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito, mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus: pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram à loucura!
12/11/2023
Artesanato piauiense está presente na 34ª Feira Nacional de Artesanato em Belo Horizonte
Artesanato Piauiense |
Nesta edição, o estande do Piauí tornou-se um ponto de destaque, onde visitantes exploram a riqueza cultural e a habilidade manual de 10 representantes, que apresentam a rica cultura piauiense por meio do artesanato. Cada artesão compartilha com entusiasmo suas criações, desde joias com pedras de opala e designs inovadores, até delicadas peças de arte santeira que contam a história cultural do estado.
Para o superintendente do Artesanato Piauiense, Ícaro Machado, as feiras são fonte de sustento para muitas comunidades. “São um meio de promover a valorização do artesanato como forma de expressão cultural. A expectativa é que a participação dos nossos artesãos fortaleça ainda mais os laços entre os outros estados participantes, a fim de promover a troca de experiências e inspirar novas perspectivas no universo artesanal”, afirma o gestor.
A feira segue até domingo (10), na Expominas e conta com uma programação diversificada. Além da venda de artesanato, o evento oferece aos seus visitantes oficinas, exposições, rodas de conversas e shows.
Fonte: florianonews.com/cultura
Retratos de Floriano
ESCOLA NORMAL Fonte: Nelson Oliveira 1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, f...
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Torneio do Campo dos Artistas Fonte: Danúnzio Josivalter de Melo ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abord...
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FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL Dados Sumários de 1925 a 1943 ) Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 199...
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Esse é o casarão do antigo Hospital Miguel Couto, no final dos anos quarenta, quando da gestão do prefeito doutor Sebastião Martins de Araú...