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Mostrando postagens de 2023

Feliz ANO NOVO 2024

 *O Tempo*  *(Carlos Drummond de Andrade)*  "Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,  a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente. Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que puder emocionar. Para você, neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família seja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas... Mas nada seria suficiente... Então desejo apenas que você tenha muitos desejos, desejos grandes. E que eles possam mover você a cada minuto ao rumo da sua felicidade.”

Antigos Reveilons

  Aproveitando o clima de carnaval, que já começa a nos proporcionar grande expectativa, conseguimos tirar do fundo do baú essa formação do reveillon da década de setenta tirada no Comércio Esporte clube. Conhecemos poucos, mas se algum desses badboys dos tempos românticos de Floriano se reconhecerem por aí, que identifiquem-se, correto? Provavelmente, segundo nossas lembranças, essa hilariedade é do ano de 1971, quando o Eulálio do Melo, o Jesus do Pierre, o João de Joãozinho Guarda e o Washington de Chico do Zuza já preparavam-se para as marchinhas nos salões do clube. Lembranças que merecem registro.

Prédios e Casarões

DEPOIMENTO  Segundo Teodoro Sobral, "o prédio térreo ao lado  dos Demes era de uma das empresas de alguns dos irmãos Castro, Agripino e Cristino, depois foi vendido para a Casa  Inglesa (Estabelecimento James Frederick Clark S/A), cuja matriz era em Parnaíba, quando a mesma foi fechada na década de 1960. Aqui em Floriano o farmacêutico Doutor Oaci Alves Pereira da Rocha comprou-o e lá abriu sua farmácia que funcionou até ele falecer. Hoje em uma das salas funciona o laboratório da filha dele Doutora Luiza Adelaide, onde era a Farmácia Santa Adelaide e está fechada com suas antigas prateleiras intactas. A Casa Inglesa, onde o pai do Janclerques trabalhou, vendia os Jeep Whilys importados dos EUA e vinham embalados em caixões de madeira; lembro de quando adolescente os caixões sendo desmontados e em seguida eram entregues aos compradores" - relembra dentro de sua lembranças sobre Floriano antiga.

FLORIANENSES - Somos o que queremos ser

Em tempo  (matéria editada em Março de 2015) Por - João Raimundo dos Santos (*)   Penso que a população de Floriano, notadamente setores da sociedade civil organizada, encontra-se inerte, em disparada rumo à apatia – o pior dentre todos os males que permeiam a humanidade.  Quando alguma reclamação emerge, em geral pelos meios de comunicação social, percebem-se de imediato a dissonância dos fatos reais e o elevado grau de interesse umbilical, aqueles mesmos interesses ligados aos privilégios tradicionais da burguesia. Daí, fico a me perguntar, até quando meu Deus? Até quando grande parte da população continuará dormindo em berço esplendido enquanto uma minoria vira a cidade pelo avesso? Floriano já viveu momentos áureos na sua história, mas hoje “geme em dores de parto” pela ausência de políticas públicas adequadas ao desenvolvimento sustentável ou ainda pela ineficácia de “gestores” que se revezaram no poder, sem rumo, ao longo de décadas a fio. Esses aspectos somados aos...

Carnaubeira Centenária

Fonte: Flagrantes de uma cidade  Luiz Paulo

Tempos de Natal

Fonte: Dácio Melo (filho de Mestre Walter)   Véspera de Natal. Os mais velhos sentados na porta, todos animados conversando e os meninos ao redor sentados na calçada. E o Papai falou bem alto pra " todos ouvirem": - Ô, Inhá, é verdade que Papai Noel num visita minino  que dorme tarde na noite de Natal?  - E mamãe disse "eu ouço isso desde que era pequena. É verdade" . Num demorou muito a molecada foi se levantando, passando as mãos  no fundo das calças e saindo de mansinho pra estebungar no fundo da rede. De manhã cedinho, era todo mundo revirando a cabeça pra debaixo da rede. Todo mundo ansioso pra saber o que Papai Noel deixara pra gente!  A rua amanhecia cheia de minino! Uns chutando bolas zeradas, outros puxando carrinhos pelas calçadas, alguns sentados  na calçada estirando as pernas pra mostrar os chinelos novos e os tiros de revolver de espoletas. Tudo isto ao som das notas amalucadas do violão do Tete! Ahhh, tempinho Bom!

Linhas Aéreas da Cidade

  No meio dos cajueiros e outras plantas, aí está uma casa que em nada sugere e o que foi anos passados. Construída na década de 1940, essa casa era a estação de passageiros das linhas aéreas que serviam Floriano, a Aero - Norte e a Cruzeiro do Sul. Além da cerca que observamos no flagrante, há uma distância de mais ou menos vinte metros, onde ficava a pista, mas ainda hoje encontramos uma parte feita em cimento, local onde os DC-3 estacionavam. Atualmente, essa casa é ocupada pela filha do senhor Alzir Torres. Hoje já é de bastante idade e que era guarda do Aeroporto. Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luis Paulo

Dona Mundiquinha

Raimunda de Matos Drumond (Mundiquinha) nasceu em Balsas-MA, filha de Presilino de Araujo Matos e Petronilha Barros de Matos. Iniciou-se no magistério, profissão que assumiu como vocação e que a ela se ajustou como a luva se ajusta à mão. A escola tornou-se o espaço privilegiado da sua participação na vida e na história. Casada com Honorato Drumond, transferiu-se para Floriano e a cidade passou a contar com ela como professora do Grupo Escolar “Odorico Castelo Branco”, professora e diretora da Escola Normal Regional, atual Escola Normal Mons. “Lindolfo Uchoa” e, mesmo depois de aposentada do magistério público, foi catequista e dedicou preciosos momento à preparação de crianças para a primeira comunhão eucarística. Sua residência era ponto de encontro para decisões importantes da caminhada de Floriano, em atividades relacionadas com religião, arte e cultura. Foi membro da Academia de Letras e Belas-Artes de Floriano e Médio Parnaíba – ALBEARTES, o que muito a tornou feliz. Da sua união...

Retratos de FLORIANO

  " UM POVO SEM MEMÓRIA É UM POVO SEM HISTÓRIA " FLORIANO - DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS ( O título desse trabalho, como de outros, é o período de onde o autor se recorda dos fatos ocorridos naquela época ) OS CASARÕES E PRÉDIOS QUE NUNCA TIVERAM SUAS FACHADAS MODIFICADAS  Fonte - Nelson Oliveira e Silva/ Texto de Março - 2009. Começando pela avenida Eurípedes de Aguiar, partindo-se da esquina com a rua Castro Alves, da praça coronel Borges temos o sobradinho construído nos anos quarenta pelo senhor Pedro Francisco Nunes, que tem como descendente em nossa cidade o senhor Gesimar da Fonseca Nunes, seu sobrinho. Seu Pedro Nunes mudou-se para Goiânia em 1945 e o prédio foi alugado para o antigo IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciais, hoje INSS - Instituto Nacional de Seguro Social, que tinha como chefe, à época, o senhor Onildo Leitão. Logo em seguida, todo o casarão até a esquina com a rua Fernando Marques, era de propriedade do senhor Bucar Amado Buca...

Cais do Porto

  Cais do Porto 1968 Aos domingos, no Cais do Porto, era uma maravilha. No anos setenta, ainda avistávamos as lavadeiras, as Regatas de Julho ( foto ) e um encontro aconchegante de amigos. A corrida de canoas, as lanchas, as travessias, as descidas naquelas bananeiras e câmara de ar, iniciando no posto do professor Ribamar Leal, chegando até às coroas ( praias do meio do rio ). Hoje, não há mais essa movimentação, os tempos mudaram e Floriano vai seguindo o seu rumo, com essa transição cultural voltada para o consumo geral. A saudade nos faz retornar ao passado, onde o tempo segue pregando essas mudanças, literalmente, para promover o bem estar de todos.

Retratos de Floriano

  Sempre tive essa mania lírica de sair por aí, editando momentos de deleite, andando pelas ruas e becos de Floriano. Isso daí ( foto ), fora nos anos de 1980, férias de inverno, registros impecáveis para quem ama a Princesa. Atualmente, a praça, com o seu novo visual, proporciona boas emoções para os jovens de hoje, mas seria impossível esquecer aqueles outros momentos até os anos oitenta, quando a praça ainda era aquela dos enamorados. A bela matriz, exaltando sua beleza sua imponência arquitetônica, mas já sem o velho coreto dos anos de 1960. As lentes de hoje, basta um clique e elas já projetam imagens cem por cento e ainda fazem os ajustes. No passado, as nossas codaques produziam essas raridades, esses momentos que os anos não trazem mais. Como já disse o poeta:  " tuas arestas não se curvaram ao tempo; onde estão as tuas andorinhas, os teus meninos? Teus sinos ressoam: sopros de sonhos..."

Escoteiros de Floriano I

  Ubaldo Melo Esse é o nosso irmão – UBALDO JOSÉ DE MELO, que na sua juventude participou de várias atividades em Floriano, mais um neto de Roberto Corró que gostava, também, de jogar um futebol de poeira pelos campinhos da Princesa. Sua melhor passagem foi pelo Clube de Regatas Brasil de Almeida no início da década de setenta, sendo campeão de vários torneios. Participou nos anos sessenta do escotismo na Princesa do Sul ( foto ) e da Semana do Esporte disputando provas pelo Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva, ganhando várias medalhas em muitas competições, principalmente no futebol. O escotismo naquele tempo era mais romântico, havia diversas atividades de campo, onde os meninos aprendiam lições importantes para vencer o futuro que vinha pela frente. Hoje, a filosofia pregada é outra e os jovens estão mais voltado para os games e para as novas baladas da vida.                

Beco das Almas

  Conto - Dácio Borges de Melo  O certo é que Danúnzio, Divaldo e nego Cléber foram a uma tertúlia que sempre ocorria naqueles fins de semana.   Terminado a festa, Divaldo e nego Cléber resolveram esticar a noite e Danúnzio tava escalado, por dona Lourdes, pra fazer a feira bem cedo, por isso rumou mais cedo pra casa.  Alta noite, no caminho de casa, tinha que encurtar estrada passando pelo beco das almas. Caminho estreito, cercado de mato, escuro que nem breu.  Antes de chegar no beco, bateu a mão no bolso e tirou o único cigarro que tinha, todo amassado, bateu outra vez a mão ns bolsos atrás de fósforo, em vão.  Enfrentar o beco tenebroso sem um cigarro pra iludir o medo era fogo. Mas foi o jeito, entrou nas trevas das almas, com o cigarrinho na mão, no ponto de qualquer barulho sair correndo a mais de mil.  O efeito da cachaça é que ainda lhe dava um rasgo de coragem. A passos rápidos, em meio a trevas totais, seguiu beco a dentro.  Na outra en...

Conversas da Tarde

  Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava: - Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora!  E muntava eu e Baldo cada  num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam: -  Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar! E a Dindinha:  - Deixe, que os quarto é meu. Aí eu e Ubaldo deitávamos  a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé.  Ah, tempinho bom! Dácio Melo (filho de Mestre Walter)

Retratos de Floriano

  M atriz São Pedro de Alcântara Matriz - Anos de 1960 Segundo o professor Luís Paulo, nessa época, por volta do ano de 1957, a nossa matriz passava por uma reforma pontual, tempo em que a nossa Princesa passava por um processo de desenvolvimento surreal. Teodoro Sobral diz que "Depois que Doutor Sebastião a construiu, Chico Reis a reformou no início dos anos 60, idem Manoel Simplicio e por ultimo Joel. É hoje totalmente diferente, não tem mais a rua em frente à igreja, mas as estátuas de Floriano Peixoto e Dr Sebastião permaneceram". Professor Luís Paulo avalia que  "Não conseguiram jogar no lixo, ainda, a estátua de Sebastião Martins, nem o busto de Floriano Peixoto. A Placa que o Presidente Figueredo mandou, homenageando Floriano, que ficava abaixo do busto, foi jogada no lixo, literalmente, quando da última reforma. Aqui nada é preservado. Cuidado, Afonso Nogueira, que está ai na beira do cais. Qualquer dia desses..." "Que foto bem feita pelo Farias,  Teodo...

Atravessando o Rio

Fonte: Chico Canguri Sempre em nossas aventuras, o meu primo Francisco José Amorim, hoje Agente Fiscal da Receita Estadual em Floriano, acompanhava-nos, não era bom nadador, mas tinha sempre a companhia de uma câmara de ar para ajudá-lo a atravessar o Rio e tirava de letra, chegando na frente de todos. Regatas de 1964 Certo dia, porém, ao atravessar o Parnaiba, em um local de grande correnteza, a borracha que tampava o pito da câmara soltou-se e Chico José tampou com uma mão e, para poder manter o equilíbrio, segurava a câmara com a outra mão e não tinha como remar para chegar à outra margem, pois usava as mãos como remo e as pernas para equilibrar o bote. Quando observei que ele estava com problemas, nadei apressadamente até onde estava, disse-lhe que ficasse tranqüilo e coloquei os dois pés dentro da câmara de ar, e saí puxando, utilizando o famoso nado de cachorro, que sempre usávamos quando estávamos cansados. Foi um sufoco danado, para levá-lo até à margem, cheguei nas últimas, já...

Retratos de Floriano

 Unidade Escolar Odorico Castelo Branco (Foto) U E Odorico C Branco Odorico Castelo Branco EVOCAÇÃO DE UM PIONEIRO:  ODORICO CASTELO BRANCO Djacir Menezes   Pelas alturas de 1915, a primeira matança mundial fervia na Europa; tinha sete anos e ouvia os rumores dos acontecimentos sangrentos, que analisaria mais tarde. A revista O espelho, que meu pai recebia, era ilustrada por desenhistas que imaginavam as cenas violentas das trincheiras, onde espocavam obuses e soldados se estraçalhavam para salvar as respectivas pátrias e a civilização. A instrução militar, que a pregação do poeta Olavo Bilac tomara obrigatória nas escolas, vigorava desde o curso primário. E como não agüentávamos o peso do mosquetão, manobrávamoscom as carabinas de pau fabricadas na Escola de Aprendizes Marinheiros,imitando fuzis e sabres. Foi assim que aprendemos a marchar em ordem-unida,toques de cometa, baioneta calada, ainda antes de entrar no Liceu do Ceará. Tudo isso destinava-se a acendra...

Retratos

 Depoimentos (I) Prédio da antiga Prefeitura Fonte: Leila Reis Diante mão, meus parabéns por estar resgatando um belo e honrroso passa do da nossa querida princesa do sul. Essa época dourada eu era criança, e lembro-me nitidamente dos comícios e passeatas da campanha do Sr. José BrunoX Dr. Tibério(o tostão contra o milhão) onde os eleitores desciam na rua da bandeira,com galhos de árvores e picolés de papelão balançando e gritando é o SETENTAO. Foi a campanha mais bonita que Floriano já teve.Lembro-me da música pois meu pai tinha 3 rurais e disponibilizou colocando som para campanha. O locutor de uma delas era Aldenio Nunes(funcionário do B.B na época)lembro-me da fraze que ele repetia É ISSO AÍ QUEM Ñ É BRASA É CINZA E CINZA...JÁ ERAAA.. Os adversários mandavam desligar as luzes da cidade nos grandiosos comícios do J.B, e o Aldenio gritava com seu vozerão,"a chuva cai, a luz apaga e povo ñ sai" o pova em baixo do palanque gritava como sapos..BRU...BRU...BRU..e qd o velho ger...