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Mostrando postagens de junho, 2022

DISPERSÃO POÉTICA

  Praça - 1978 Ainda sondamos, com saudades, dos passeios, dos arvoredos, dos bambuais, do bar Sertã, do coreto e dos contornos da praça doutor Sebastião Martins, que hoje encontra-se transformada num objeto de desejo dos tempos modernos. Não sentamos mais nos bancos para jogar conversa fora, não há mais a poesia de outrora e nem aquela cervejinha saborosa; não há mais os mesmos jardins; há, apenas, detalhes estranhos que se cruzam no vai e vem da rotina da cidade. Estou com febre. A poesia, agora, é outra. O Clube do Rum não existe mais e os Malandros não botam o seu bloco na rua.  Os incautos tomam de conta das novas tendências. Não sei se serei mais feliz !

Aniversário de 125 anos de Floriano será marcado por 50 ações, eventos e inaugurações

  Secom “Floriano, 125 anos, Cidade de Vanguarda”: o tema escolhido para o aniversário de Floriano, em 2022, traz para os florianenses de todas as gerações, filhos de nascimento ou não, a ratificação da importância de Floriano para toda uma macrorregião, tanto na parte histórica, como econômica, social, consolidada há décadas como polo de saúde, educação, serviços, comunicação, com um comércio pujante, boa estrutura urbana, bancária, hoteleira, berço de grandes políticos e profissionais de destaque em vários lugares do Brasil, ponto de turismo de negócios e de uma riqueza cultural, histórica e religiosa importante, com a mistura de povos e costumes e a participação importante da colônia sírio-libanesa, no desenvolvimento do comércio local.  O tema também remonta a frase do saudoso historiador Luiz Paulo Lopes, repetida muitas vezes nos pronunciamentos do prefeito Antônio Reis: “Floriano é grande desde o seu nascedouro”. O município é um dos cinco maiores do estado e tem o melh...

Retratos do nosso futebol

  Comércio Esporte Clube na Década de 1959 Foto histórica Foto histórica! Os mais conhecidos: Paulo Carnib, pai de Ary Ildefonso Ramos, pai de Eurico Daniel Bicudo, irmão de Lulu, Budin Quincas, pai de Mano, Careca Roló, irmão de Maria Roque, minha mãe. Nesse período, o futebol de Floriano exaltava grandes emoções e havia grandes destaques, resenhas e levantamento de Taças. Atualmente, as coisas mudaram, não há mais aqueles jogos pelos campos de várzeas e o campo dos artistas foi invadido pela especulação imobiliária. E o Cori-Sabbá, pelo menos esse, conseguiu arranjar uma brecha com muita luta e nos colocou no calendário do futebol piauiense e disputará a primeira divisão do ano que vem. Graças ao nosso bom Deus, mas é preciso que novos dirigentes apareçam, piolhos de bola e recomecem do COMEÇO (do TOCO), para que possamos reviver novos e bons tempos nesse futuro que já chegou. Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

Tempo de Papagaios

  Tempo de papagaios Dácio Melo (filho de Mestre Walter) Tempo de papagaios Eu nunca fui bom de papagaio. Quando os ventos gerais chegavam, todo mundo corria à procura dos artesãos, dos craques na feitura dos surus, lanciadores, curicas, surus de besouro nas mais variadas cores. Me lembro bem do Tete e do Cebola. Embora não sendo bom na empina, sempre estava participando da brincadeira. Segurando o papagaio pra levantada de vôo, passando o cerol na linha e depois me juntar a turma na expectativa da queda bonita de alguns surus cortados. Na ânsia de comer linha, varávamos cercas de quintas e quintais sem respeitar nada. Lembro-me bem, ali nas imediações da galeria abaixo da rua do fogo, o suru tinha caído no quintal dum carroceiro muito brabo, nós pulamos a cerca afobados pra comer linha e o dono da casa correu pra ver que zoada era aquela no seu quintal. Foi olhar pra nós e gritar bem alto, com raiva, "me traz o facão aí, muié, ligeiro!".   Rapaz, nunca vi nêgo pular ce...

Retratos de Floriano

  FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL Dados Sumários de 1925 a 1943 ) Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993 DIVERSÃO E ENTRETENIMENTO Como não podia deixar de ser, em toda cidade interiorana que se preze, tem o seu espaço dedicado às suas horas de ócio e de lazer. Floriano de então, e sendo a terceira cidade do Estado, também posuía lugares consignados para diversões - bares, cinemas, teatro ( este funcionando esporadicamente ), cabarés etc. A elite social compunha-se de famílias das classes rica e média, ambas militantes do comércio de ummodo geral. Antes da existência do "Floriano Clube", os bailes sociais da chamada  época áurea , realizavam-se em residências particulares, dependendo do motivo a ser comemorado. Os convites pessoais eram feitos com antecedência, a fim de que os convidados se preparassem devidamente. As despesas decorrentes desses eventos corriam sempre por conta dos anfitriões. Também, aconteciam nasdardes domingueiras, promovidas pela so...

RETRATOS DE FLORIANO

 Associação Florianense dos Estudantes Secundários - AFES AFES - Sede Própria Colaboração. Nelson Oliveira As iniciais acima é o nome da instituição que está citada nesta matéria, instituição da classe estudantil da nossa terra para, dentro dos limites da Lei, reinvindicava os direitos da classe, protestando com veemência com tudo aquilo que viesse em prejuízo da classe, que tinha como Líder Gessius Morais, - nos anos 40/50 - que depois de muitos anos de lutas à frente da Associação, mudou-se para Goiânia, onde fixou residência, terminando por entrar na política partidária, conseguindo eleger-se deputado estadual, reelegendo-se em vários pleitos. A AFES daquele tempo, que teve a sua primeira sede instalada num pequeno compartimento de um prédio de prorpiedade do senhor Zuza Nunes, próximo à esquina com a então rua Miguel Rosa e que passou a ser denominada rua João Dantas, talvez em torno dos anos 60/70, abrigava no seu seio estudantes de várias faixas etárias, verdadeiros paladinos...

Retratos de Floriano

 Mestre Walter Walter e Familia 1962 Depoimento – Tibério José de Melo WALTER OLTER MELO, o nosso tio, chegou em Floriano, mais precisamente, lá pelos idos de 1944, trazido por papai, Antonio de Melo Sobrinho, que chegara primeiro. Sei que, em Butiti Bravo, ele chegou a trabalhar numa usina de beneficiamento de babaçu ou de arroz, não sei bem, daí a sua introdução em mecânica de máquinas. Chegando a Floriano, empregou-se nos negócios do senhor Afonso Nogueira, que na época era empresário e mexia com navegação; então, o tio Walter ficava viajando de Floriano a Parnaíba, navegando os vapores do seu Afonso Nogueira, como mecânico de bordo. Tio Walter teria ficado noivo com tia Inhá antes de deixar Buriti Bravo e foi buscá-la depois que se firmou. Lembro, por exemplo, da primeira casa onde morou. Era ali entre a casa de Seu Zé Bem e dona Lourdes Martins na praça do Cruzeiro. Ali eu já me lembro do Djalma e do Divaldo ( seus filhos mais velhos ). Nós, entrewtanto, morávamos na Beira do ...

Retratos de Floriano

  CLUBE DE REGATAS Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadêlha Floriano era uma cidade pacata, calma, cheia de alegria e animação. Naquela época a distração era preparar frito e tomar cerveja no cais beira-rio, ao lado do Flutuante, apreciar a lua sair, conversar, banhar de rio e sonhar com as festas que iriam acontecer. Os maiores eventos da época eram: As Regatas de Férias de Verão, as Festas Juninas, o Carnaval, as grandes Festas das Mães e o Réveillon realizado no CEC – Comércio Esporte Clube e no Floriano Clube. Além destas havia também os festejos de São Pedro de Alcântara e de Nossa Senhora das Graças. Além disso, nós inventávamos lugares para nos distrairmos, como por exemplo, o Comércio Esporte Clube, construiu na sua sede uma piscina linda, e a noite, nós íamos para lá, sonhar e conversar. Bons tempos! Tudo muito ingênuo. No mês de julho, um grupo de amigos organizava uma “Regata” (corrida de canoas a vela, remo e vara). A Regata largava do cais do porto e a chegada era no Pate...

Retratos do nosso futebol

  Time do Ginásio Primeiro  de maio 1965 Essa é do fundo do baú! Acervo do nosso amigo Holandinha. onde podemos avistar conhecidos piolhos de bola. Essa foto é do ano de 1965 no estádio do Ferroviário José Meireles. Em pé temos o Antonio Mota de Augusto, Júlio Gago, Siqueira, o goleiro Antonio João, irmão de Jumentinha, Roberval de Chico Batista e Juriti. Agachados: Holandinha, Chico Borracheiro, João de Deus de Vicente Roque, Rômulo, Zé Vilmar de Nelson Oliveira e Mazinho também filho de Augusto Mota. Época lírica do nosso futebol, que os anos não nos trazem mais.

Retratos de Floriano

  FILHOS DO TUNAS CANSANÇÃO   O quarteto Cansanção  De volta à velha Floriano, grandes figuras do passado romântico do futebol florianense: os filhos de seu Tunas Cansanção vieram abraçar sua mãe, dona Alice e rever familiares e amigos. Na foto, da esquerda para direita, temos Antonio Anísio, que era ponta direita, hoje aposentado do IPEA e mora em Brasília-DF; o segundo, Abdon, centro-avante, rápido, arisco, jogava no Botafogo do Gusto na década de sessenta; já o terceiro, o famoso nego Hélio, zagueiro central, fazia dupla fenomenal com Pedrão de 1967 a 1971 e jogou, ainda, nos times do Fluminense de Nunes (técnico eletrônico), Botafogo da Cancela, Ibiapaba, Seleção Intermunicipal de Floriano e, em certa ocasião, jogando pela na Seleção de Amarante (Floriano fora desclassificada); o quarto, o genioso Didi, meia armador, craque indo e voltando, dominava a pelota com estilo, mas tinha dois sestos: primeiro, usa até hoje pente para se pentear os poucos cabelos que lhe restam e...

Retratos de Floriano

  TIME DA CASA DO ESTUDANTE   Esse time ai é o da - CASA DO ESTUDANTE em Teresina - no início dos anos setenta, época romântica, quando estudantes de Floriano saiam em busca de oportunidades. Grande parte desses atletas da foto são de várias cidades. Risadinha, Sarara, Rupiado, Ze Buraco (de Floriano), Zé Filho e Pompeu (de Floriano) em pé. Ubaldo ( famoso Rasga Milho de Floriano ), Feitosa, Etevaldo, Ventilador e Chagas Hippie. Era um amistoso no Clube do Banco do Nordeste em Teresina. E isso ai.

FACELEU DA CRUZ

Da Cruz era cheia de boas virtudes Familiares de Maria da Cruz Ferreira avisa com pesar o falecimento da mesma, ocorrido ontem na tardinha de domingo às 17:30 no Hospital Regional Tibério Nunes.  Avisa ainda que o velório está sendo realizado na Rua São João nº 916 no bairro Irapuá.  Maria da Cruz era conhecida como Dadá entre os amigos mais próximos, o sepultamento está previsto para esta 17 horas de hoje (06) no cemitério São Pedro de Alcântara. DA CRUZ, tinha um barzinho na esquina da rua São João e vizinha do saudoso Zé Venâncio e tinha um círculo de amizade intenso, onde a prosa rolava solta. Havia um bom tira gosto, uma cervejinha gelada e boas gargalhadas para os que a frequentavam. Um dos mais assíduos frequentadores era o nosso Amigo Mário Mudo, que gostava tirar a nossa amiga do sério mas não conseguia, porque ela tirava de letra as prosas de Mário, por exemplo, quando brincando disse pra ela: "Da Cruz, tú já transou?" Ela, arguta que só, devolvia ao pé da letra: ...

Retratos de Floriano

  Ginásio Santa Teresinha 3a. Série de 1965

Odorico Castelo Branco

EVOCAÇÃO DE UM PIONEIRO: OOORICO CASTELO BRANCO Djacir Menezes Pelas alturas de 1915, a primeira matança mundial fervia na Europa; tinha sete anos e ouvia os rumores dos acontecimentos sangrentos, que analisaria mais tarde. A revista O espelho, que meu pai recebia, era ilustrada por desenhistas que imaginavam as cenas violentas das trincheiras, onde espocavam obuses e soldados se estraçalhavam para salvar as respectivas pátrias e a civilização. A instrução militar, que a pregação do poeta Olavo Bilac tomara obrigatória nas escolas, vigorava desde o curso primário. E como não agüentávamos o peso do mosquetão, manobrávamos com as carabinas de pau fabricadas na Escola de Aprendizes Marinheiros, imitando fuzis e sabres. Foi assim que aprendemos a marchar em ordem-unida, toques de cometa, baioneta calada, ainda antes de entrar no Liceu do Ceará. Tudo isso destinava-se a acendrar em nosso espírito o civismo nascente. Era no Instituto Miguel Borges. O diretor, a figura que me impressionaria a...