Volume 5 |
Foi lançadp dia 8 de julho último, às 19 horas, no Salão de Eventos do Garoto
Park Hotel (Avenida Dirceu Arcoverde - Anel Viário), na cidade de Floriano, a Coleção Florianenses - nº 5, editada pela Fundação Floriano
Clube.
Sobre esta
importante obra, escrevemos o seguinte texto, que se encontra estampado na sua
contracapa:
A Coleção Florianenses, já em seu quinto
número, editada pela Fundação Floriano Clube e sendo sua organização
capitaneada por Cristóvão Augusto Soares de Araújo Costa, pode ser considerada
um misto de revista, anuário e almanaque, pela diversidade de autores e
matérias, algumas pequenas, outras com características de verdadeiros ensaios
biográficos. Versam diferentes temáticas, mas todas relacionadas a Floriano.
Quase todos os textos são ricamente ilustrados por fotografias, que os
documentam, tomando, algumas vezes, o status de ensaio ou reportagem
fotográfica. Neste número (cito apenas como exemplo), há uma sequência delas
sobre velhos carnavais e folguedos juninos, que nos fornecem a nítida imagem de
costumes e sociabilidades de outrora, quase sempre singelos e mesmo ingênuos.
Os perfis biográficos, alguns longos e profundos, em que o caráter e o ideário
do biografado são fixados, retratam não só florianenses ilustres, mas também
notáveis piauienses e brasileiros, que lhe prestaram bons e inestimáveis
serviços, como o barrense Raimundo Artur de Vasconcelos, signatário da lei que
elevou a povoação à categoria de cidade. Entretanto, não apenas as figuras
proeminentes da história oficial são objetos desses estudos, mas também pessoas
humildes, que fizeram ou fazem parte da paisagem humana da comunidade; nessa
seara figuram profissionais liberais, mestres dos mais diversos ofícios, artesãos,
artistas, poetas e intelectuais, além daqueles que se celebrizaram como figuras
ditas folclóricas, pelos episódios engraçados, jocosos de que foram
protagonistas, mercê de sua verve ou de seu espírito brincalhão.
A coletânea, logo em suas páginas iniciais, registra as “Curiosidades
Florianenses”, tanto através de textos, como de anúncios publicitários e
“santinhos”, todos fac-similados, para que o leitor possa ter noção de uma
época sem internet, sem redes sociais, em que o tempo parecia escoar com maior
lentidão. Nas páginas finais, sob o título de “Verdades, boatos e mentiras
contadas na barbearia do Zé Venâncio e no bar do Sinhozinho”, foram relatados
os “causos” e as façanhas pitorescas e hilárias de pescadores, caçadores,
boêmios, cachaceiros e outros mentirosos e fanfarrões, todos integrantes e
enriquecedores da mais legítima fauna folclórica florianense.
Na capa de todas as edições aparece, de forma emblemática e simbólica, a porta
principal do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, que originou
Floriano. Pode-se dizer que ela é o portal por onde entrou, fulgurante em sua
glória, a Princesa do Sul. É o seu pórtico inaugural e o seu Arco do Triunfo.
Elmar Carvalho
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