Por - Jalinson Rodrigues
Vamos combinar que os
problemas que agridem o município de Floriano não iniciaram, somente, com o
prefeito Joel Rodrigues (PTB). Essa falta de planejamento e improbidade com os recursos da população
atravessam décadas. Desde o tempo das vacas gordas, quando o município foi referência de desenvolvimento
no interior do Brasil, que a Prefeitura sempre contribui para a formação de
patrimônio de ex-gestores. Também, ajuda muitos pobre vereadores a tornarem-se
abastados.
Nesta seara de desvios de
função, contaram, os maus feitores, com o beneplácito dos órgãos de
fiscalização. Em suma, o povo nunca esteve nos planos destas administrações
fraudulentas. Alguns podem até dizer que tiveram boas intenções e que fizeram
algumas obras, mas foram atitudes para ludibriar a opinião pública e burlar as
leis, muitas vezes frouxas.
Volto a repetir: tudo que
acontece de ruim numa cidade, no que diz respeito a administração pública, é
sistêmico. Se falhou o prefeito, também, falharam os vereadores, o Ministério
Público fez vistas grossas e a Justiça cegou. E neste contexto, a população deu
a sua contribuição, votando nas eleições seguintes em quem não merecia a menor
confiança, seja no executivo ou no legislativo. Somos todos
culpados.
Agora, o prefeito eleito
Gilberto Júnior (PSB) coloca o dedo na ferida e revela para a população o
tamanho da chaga: 17 milhões de dívidas acumuladas. Uma atitude cautelosa para
livrá-lo de futuras interpretações perniciosas
a seu respeito. Isso é oportuno porque ajuda os florianenses na reflexão
dos erros cometido. Porém, Gilberto Júnior deve prevenir-se, levando em conta que na coalizão
vitoriosa estão muitos que apunhalaram, no sigilo dos gabinetes, a dócil
Princesa do Sul. É importante encarar os problemas com isenção e não tampar o
sol com uma peneira.
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