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Gilberto Júnior numa curva fechada

Jalinson Rodrigues

As movimentações políticas no município de Floriano apontam que o pleito de 2012, para prefeito e vereadores, já começou. São as filiações, desfiliações e mudança nos diretórios dos partidos políticos que dão a tônica deste momento. Os ajustes, lógico, são para melhor posicionar os pretendentes aos cargos de representação pública. Isso é um exercício comum em todos os períodos eleitorais.

Pela dinâmica eleitoral, observamos que existe um movimento, entre os partidos fora do poder local, buscando a união para derrotar o atual gestor, o prefeito Joel Rodrigues. Neste cenário, um acontecimento que chama atenção é o desligamento do histórico militante do PMDB, advogado Gilberto Júnior, para a filiação no PSB, partido de situação em âmbito estadual.

O advogado Gilberto Júnior, em todas as suas candidaturas, apresentou-se como um político inovador e reformista.  Mesmo sem êxito, fez crescer um universo de florianenses que enxergam nele a possibilidade de ser o sucessor do atual mandatário. Porém, as coisas podem mudar muito. No afã de ser um candidato unânime da oposição, Gilberto Júnior deixou seu partido de origem e buscou, para sua conquista paroquial, amparo no Palácio Karnak. A tentativa do neófito político é ampliar o apoio partidário com outras siglas.

Na minha singela opinião, o pré-candidato Gilberto Júnior ganha mais aliados, mas perde o foco crítico para planejar uma gestão satisfatória no cambaleado município de Floriano. Como explicar para os florianenses o descaso acumulado, sem citar, também, a falta de compromisso governamental. No PMDB ele teria o argumento de que seu partido tem limitações no Governo. Com este cenário, Gilberto Júnior entrou numa curva fechada.

Interrogações sempre perenes: por que o município de Floriano tem que esperar mais de uma década para ter uma rodoviária nova e nada foi resolvido, nem pelo ex-governador Wellington Dias (PT) e nem pelo atual, Wilson Martins (PSB)? Por que o município tem que ficar sem aeroporto por mais de quatro anos? Por que os governantes não fizeram nada para manter funcionando a usina de biodiesel?  Por que foi necessária a morte de muitos florianenses para o Hospital Tibério Nunes possuir uma razoável UTI? E a restauração do Floriano Clube? E a UESPI, que continua sem bibliotecas e laboratórios de aprendizagem? São perguntas que demonstram a existência de um vácuo na falsa “boa intenção” da dita “oposição”. Outra coisa: o atual governador, do Partido Socialista, comete as mesmas mazelas que o gestor local como, nepotismo, clientelismo e falta de planejamento. Basta olhar o que foi prometido, o que é praticado e o que está paralisado.

Talvez, o florianense tenha nesse cardápio de “oposição” alguns partidos e políticos que num passado bem próximo foram inúteis para resolver os problemas hoje apontados. Pelo que assistimos, falta nos políticos uma preocupação honesta com as necessidades da população. Antes das coligações, muitas vezes sem critérios, falta a “oposição” apresentar os seus planos e projetos.

Mais do que de príncipes, precisamos de gestores comprometidos com as causas sociais e o desenvolvimento da Colônia de São Pedro de Alcântara

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