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AMARAL - ANTES E DEPOIS


AMARAL – ANTES E DEPOIS

( Na foto, Amaral ao lado de Mineiro e Gilson no estádio Mário Bezerra, jogando pela Seleção de Floriano numa partida contra o selecionado de São João do Piauí )

Luiz Carlos Amaral Alves, grande jogador de bola do futebol romântico de Floriano, mais conhecido como Amaral, filho do ex - jogador Luiz Sansão do antigo Artístico. Amaral começou a despontar nos campinhos de pelada, tipo campo dos artistas, Manguinha, Barão, Taboca, Odorico, onde o nosso amigo Cangati o levou para o Grêmio.

Pouco tempo depois, o técnico José Amâncio requisitou o craque para uma temporada no Reno Esporte Clube, onde brilhou e, logo adiante, já estava no Grêmio de Galdino, sua melhor passagem.

Estilista, dominava o meio de campo, distribuindo bem as jogadas para os atacantes fazerem os gols. Era, também, acrobata com a bola, fazia o que queria com a pelota, deixando os adversários totalmente apavorados.

Amaral lembra, como se fosse hoje a escalação do time do Ferroviário de 1979, quando sagrou-se campeão florianense: Marquinhos, nego Gilson, Dias, Zuega e Zé Ulisses; no meio de campo atutavam o próprio Amral ( sem modéstia, como ele fala, o melhor volante daquela época ), Eloneide e Mocó; e no ataque, Mineirão, o centroavante Zé Bruno e Devaldo.

Se houvessem os incentivos necessários Amaral, à época, com certeza já estaria brilhando no sul do País, quando o futebol passava por um período de transição, entre o romântico e o moderno.

Hoje, morando em Taguatinga, Amaral ainda arrisca um futebol de fim de tarde com os amigos, ainda dando show de bola. Casado, dois filhos, trabalha como autônomo e nos disse que logo estará ( re ) visitando a velha Floriano.

Comentários

Anônimo disse…
Amaral fazia parte, à época, desses jogadores de um estilo clássico que não mais se via no futebol brasileiro.

Pena que a vida tinha que enveredar por outros caminhos, pois todos nós buscamos vencer bem na vida para o bem de nossos filhos.
Anônimo disse…
Tive oportunidade de ver esse acrobada da bola jogar. Pôxa... que estilo! O melhor de tudo era que o estilo bonito do jogo dele não comprometia em nada de erro para a equipe, muito pelo contrário: A maioria de suas jogadas eram certeiras e objetivas. Ele sabia o que fazia. GRANDE CRAQUE.
Anônimo disse…
Dizem que no futebol, MATAR a bola é um ato de AMOR. Baseando-me nessa recíproca, posso afirmar que o craque Amaral vivia na prática desse ato. A bola poderia vir de qualquer jeito e, se fosse no rumo dele, com os pés no gramado, ele colocava a pelota debaixo do seu pé direito e, muitas vezes, ele saltava na direção da bola e a matava no ar, mesmo; mas, o mais impressionante, era o estilo, a elegância expressa em seus movimentos - era como se flutuasse acima do gramado.

Eulálio

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