5/31/2020

Retratos da Cidade


A energia elétrica em Floriano

Há exatos 90 anos, a cidade de Floriano, 238 km ao sul de Teresina, recebia os benefícios de uma obra que marcou época na vida do município.

Usando recursos da municipalidade e apoio financeiro de empréstimos tomados ao governo do Estado, então comandado pelo engenheiro João Luis Ferreira, e ao coronel Ângelo Acylino de Miranda, o prefeito Antônio Luis de Area Leão, que era médico, construiu um prédio e nele instalou caldeira, alimentada por lenha, que fornecia energia elétrica à zona urbana do município.

Um feito que mereceu destaque na edição de número 526, de 24 de fevereiro de 1924, do jornal O Popular, ali editado pelo professor e magistrado José Messias Cavalcanti. No entanto, como a geração de energia era de baixa potência, a iluminação, por ser fraca, levou o povo a classificar a obra de “Usina Lampião”, numa alusão ao arcaico utensílio que, alimentado por querosene, iluminava o interior de residências.

Décadas depois, devido ao prestígio político do médico Tibério Nunes, a cidade recebeu sistema de geração de energia mais moderno, levado de uma usina desativada em Teresina, fato que conduziu a população a batizá-la de “Maria Bonita”.

Assim, de revestrés, o emblemático casal do cangaço do início do século passado, entrou na história da cidade de Floriano.

João Luis Ferreira estava no último ano do seu mandato, também marcado pela obra de construção de estrada ligando Floriano ao município de Oeiras.

Por razões desconhecidas, o médico e prefeito Antônio Luis de Area Leão mudou-se para a cidade de Santo Anastácio, interior de São Paulo, não mais retornando ao Piauí.

Fonte: O passado manda lembrancas/Deoclecio Dantas

5/30/2020

Retratos de Floriano

Acervo: José  Firmino

A voz do estudante

A foto (acima) de 1965 mostra a redação de "A Voz do Estudante", programa semanal da classe estudantil que divulgava as ações dos Grêmios Humberto de Campos, Hugo Vitor Guimarães, AFES e Clube Juvenil que era o responsável pela elaboração do programa. Cada entidade informava suas atividades referentes à semana para a divulgação.

A redação ficava em uma casa vizinha a casa da Dona Filó Soares.

O programa era apresentado na Rádio Difusora que funcionava no primeiro andar do edifício Sayd Kalume.
Na foto vemos a equipe que elaborava o programa, no sentido horário: Cristovao Augusto, Zé Firmino, Bento Beserra e Djalma Nunes. Esta mesma equipe apresentava o programa na rádio.

Além das notícias estudantis, focalizavamos também um país com sua cultura.

Vizinho à casa da D. Filó Soares, morava o Pe. Djalma Rodrigues que era o orientador e conselheiro da classe estudantil e o organizador da Peregrinação Estudantil realizada anualmente em Floriano.

A Voz do estudante funcionou ainda no ano de 1966 e todos nós fomos estudar fora perdendo o contato com os novos líderes estudantis, não sabendo até quando funcionou o programa.

Restou esta foto para relembrar os bons tempos em Floriano até a primeira metade dos anos 60.

Colaboração: Professor Djalma Nunes

Depoimento de Bento Bezerra:

Janclerques,

Obrigado, mas acho  que a foto foi feita pelo Leuter Epaminondas e faz parte do arquivo do meu amigo José Firmino Nogueira Neto que está na foto e reside no Rio de Janeiro. O ambiente era a redaçao da voz do estudante que nessa época funcionava na casa de uma tia de Cristovao Augusto na rua marechal Pires Ferreira. Um abraço.


5/29/2020

Retratos de Floriano


Lago artificial, cascata e fonte liminosa da antiga praça doutor Sebastião Martins do período romântico, onde de noite podíamos contemplá-la, correr por entre os antigos bambuais e brincar na luminosidade da praça.

Pena que a revolução arquitetônica detonou os nossos belos contornos e temos que nos adaptar ao moderno.

São os novos tempos e as mudanças que chegaram e que são necessários, mas também impiedosos, nos tirando de cena, nos roubando a pureza e a poesia de outrora.

Ai de ti, Princesa!

5/28/2020

Retratos de Floriano


Grupo VIAZUL 1979

ESTAMOS observando um flagrante ebastante especial: trata-se de um momento musical com o famoso conjunto florianense - VIAZUL, liderado pelo nosso grande amigo José Demes (Eié) no tradicional Salão Paroquial.

Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo o teatro local.

O Viazul foi um momento cultural revolucionário na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.

Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.

Ainda faziam parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.

Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispomos em mp3.

observando um flagrante especial: trata-se de um momento musical com o famoso conjunto florianense - VIAZUL, liderado pelo nosso grande amigo José Demes (Eié) no tradicional Salão Paroquial.

Era o show - VISAGEM, realizado nas férias de julho do ano de 1979, lotando praticamente todo o teatro local.

O Viazul foi um momento cultural revolucionário na cidade, digamos assim, dentro do contexto social local e congregava a juventude a se identificar com o processo criativo da música florianense nos anos setenta e oitenta.

Na foto, a cantora Célia Reis, José Demes, Adelmar Neiva e Nilson Coelho, dando um banho de interpretação.

Ainda faziam parte da composição da banda o produtor Ricardo Xavier, responsável por letras, cenários e produção.

Devemos esclarecer que conseguimos gravar, em fita cassete, quase todos os shows do grupo e que hoje dispo


ALERTA URGENTE!



Por Elio Ferreira

ALERTA!!! Urgente!!! O Estabelecimento Rural de São Pedro de Alcântara (atual Terminal Turístico de Floriano) foi criado pelo decreto n. 5.392, de 10 de setembro 1873. O Estabelecimento tivera o objetivo de dar instruções práticas de agricultura, como o ensino das primeiras letras aos filhos de cativos libertos, em especial, aos filhos de escravizados, amparados pela Lei do Ventre Livre (1871), q viviam nas fazendas nacionais do Piauí. Trata-se, portanto, da primeira instituição pública do Brasil a ensinar as primeiras letras aos libertos negros.                                                                     O prédio trata-se de Patrimônio Histórico, tombado pelo IPHAN, 2014; no entanto, ontem, recebi, do amigo e arquiteto Nilson Coelho, a triste e mal pensada notícia de que corre na rede social, q o prédio do Estabelecimento será instalado um hospital infantil. Além de ser uma violência contra a memória histórica social de Floriano, o local também é totalmente inadequado e impróprio para o funcionamento de um hospital ou similar, considerando q o prédio é localizado na Beira-Rio, nas margens do rio Parnaíba, centro e corredor do lazer de Floriano, onde acontece o carnaval, o funcionamento de bares noturnos, restaurantes, teatro, shows musicais. O lazer de Floriano converge para a Beira-Rio.                                                                                                    
Creio q os poderes públicos estadual e municipal não admitirão tal comportamento, uma vez q fere ao bom senso e às prerrogativas do IPHAN.                                  O Complexo Cultural de Floriano, formado pelo Teatro Maria Bonita e o Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, é fruto de uma luta liderada pelo professor Luiz Paulo, Dr. Ivaldo, Dr. Nilson Coelho, membros do Movimento Cultural de Floriano, este formado por estudantes secundaristas e universitários. Nessa mesma época, no ano de 1985, quando se dera o meu retorno ao Piaui, passei a integrar esse movimento, q resultou na construção do Complexo Cultural pelo Governo do Piauí.    
A nossa sugestão reivindicatória é q o prédio seja reaberto e, ali, seja criado o “Museu Histórico da Escravidão Professor Luís Paulo de Oliveira Lopes”, falecido no início 2019, por se tratar de uma das pessoas mais zelosa e guardiã da memória da cidade, ampliando-se e intensificando-se a memória histórica e cultural de Floriano, que carece de registros sociais, históricos e culturais da sua fundação.                                                        “Onde há fumaça, há fogo”. Não sabemos a origem do mau presságio, em todo caso, pedimos aos nossos queridos e queridas  conterrâneas, q nos ajudem pela preservação e funcionamento da nossa memória e patrimônio histórico. Abraços 
Prof. Dr. Pós-Doc Elio Ferreira de Souza                  Universidade Estadual do Piaui                            Coord. do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro - NEPA / UESPI
Fotos: 180graus.com; 16/05/2014


5/27/2020

Poema Perdido


Autor Desconhecido

"Para onde o corpo não vai projeta-se o olhar
Onde para o olhar prossegue o pensamento
Assim, neste constante e eterno caminhar
Ascendemos do pó momento por momento

Além da atmosfera, além do firmamento
Aonde os astros, os sóis não cessam de girar
Há de certo ali mais vida e muito mais alento
Do que nesta prisão mefítica e sem ar

Pois bem, se não me dado um vigoroso adejo
Subir, subir aos mundos em que não vejo
Mas que um não sei o quê ainda hei de ver

Quero despedaçar os elos da matéria
Subir, subir pelo azul da vastidão etérea
E ser o que só é quem já deixou de ser"
I

5/26/2020

Retratos de Floriano


Casarão dos Demes

Há  uma certa imponência nas linhas arquitetônicas da residência de José Demes, honrado sírio que viveu aqui e foi um dos grandes comerciantes da cidade.

O prédio foi construído nos anos trinta pelo construtor José Manduca. Foi o primeiro prédio de Floriano a ter vigas de concreto.

Tinha dois pavimentos. Na parte de baixo ficava a loja " Casa Demes " e a família morava na sobreloja.

O traço arquitetônico envolvia esquadrias em madeira,portas enormes, janelas com guarda - corpo feito em ferro trabalhado. Ornatos em massa faziam realces na fachada e sobre a platibanda central há um ornamento que dá ao edifício um ar senhorial invulgar.

Grandes bailes aí aconteceram e o Governador do Piauí, quando em Floriano era ali recepcionado, como no caso do doutor Leônidas Melo. A festa da inauguração da Associação Comercial se deu no solar dos Demes. A planta do prédio é de autoria de José Dutra.

É um exemplar significativo na paisagem de Floriano. O flagrante resgata isso com enorme carinho.

Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997 / Luiz Paulo Lopes


Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...