11/27/2007

CARNAVAL


Há uma expectativa bastante saudável para a promoção do próximo carnaval de Floriano. A COC promete investir na criatividade para divulgar bem a nossa maior festa. Acredita-se que o número de visitantes tende a superar os anos anteriores.

Seria interessante, porém, se a COC também buscasse atender o pessoal da velha guarda, resgatando, por exemplo, o velho Floriano Clube. Seria, ao nosso ver, uma maneira de proporcionar alegria aos foliões de um modo geral.

Floriano precisa resgatar sua auto-estima. Para tanto, seria necessário desenvolver diversas parcerias, para que o carnaval nosso desperte mais atenção.

Foto: Agamenon Pedrosa

11/26/2007

O TEMPO NÃO PÁRA


O tempo não pára, mas nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam, não.

E, de repente, não conseguimos mais apagar aquele momento lírico que ficou em nossa memória. O presente é natural e transitório; e o futuro, ainda, é obscuro.

No entanto, os nossos sonhos continuam na mesma direção de nossas utopias. Seguiremos cavalgando por essas trilhas que ainda existem para exaltar os nossos brasões.

O detalhe é que podemos eternizar esses momentos que revolucionaram e que podemos ( re ) transmitir a qualquer tempo, no sentido de construir uma geração nova com a mesma postura firme e cheia de atitudes que proporcionem um avanço em nossa cultura.

11/23/2007

PAU D´ÁGUA



Até o final da década de cinqüenta, essa parte da cidade era conhecida como o famoso Pau D´água, localizado, ali, no final da avenida Esmaragdo de Freitas nas proximidades da fábrica do senhor Zitinho.

Segundo nos informa o professor Luiz Paulo, o " Pau D´água deve-se ao fato de ali ter existido uma árvore silvestre ( vochysia thyscídea ), cujas raízes segregam um líquido que serve para se beber em caso de necessidade externa. Era uma árvore frondosa e somente desapareceu no início dos anos sessenta ".

No Pau D´água aportavam as antigas balsas, trazendo mercadorias de todo tipo, mas o que importava para a meninada eram as saborosas frutas, que muitas vezes boiavam e a negrada dava em cima: laranjas, mangas, goiabas, buriti, mamão e outras. Os donos das embarcações, então, davam aquelas carreiras na cambada. Era um Deus nos acuda por conta desses alheios.

Havia, também, por lá, gente valente, como Chanduca Milho Duro, muita cachaça, raparigas e muita arruaça. O cara tinha que ser corajoso para encostar naquela área, mas com a pexeira do lado por precauções.

Atualmente ainda existem algumas poucas características no lugar que lembram o antigo Pau D´água, mas com o tempo o progresso foi tirando a sua poesia. São algumas recordações daqueles bons tempos d´antes.

Fonte: Flagrantes de uma cidade

11/22/2007

MICHELA ROC


Foto de Michela Roc, uma das mulheres com o rosto mais lindo do mundo.

Durante três décadas sua beleza estampou fotonovelas que fizeram as mulheres do mundo todo sonhar ao viver lindas e emocionantes histórias de amor, contracenando com os galãs como Jean Mary Carletto,Franco Gasparri, Max Delys, Franco Dani e outros.

Michela Roc fez poucos filmes, mas é figurante no filme CLEÓPATRA com Elizabeth Taylor.

Época romântica, que os anos não trazem mais...

11/20/2007

POMPÉIA: UM ANO DEPOIS


SUA ÚLTIMA ENTREVISTA

GARCIA PRETO, VELUDO E POR ÚLTIMO POMPÉIA!

Ágil como uma águia!

O Presidente da Federação Piauiense de Desporto, Antonio Teixeira Santos, teve a criatividade e a perseverança criar o nome de um dos melhores goleiros de Floriano.

Nas peladas iniciais o apelido era “Garcia Preto”, depois passou a ser chamado “Veludo”, nenhum desses nomes agradou o presidente que então sugeriu fazer um sorteio de três nomes: “Veludo” (goleiro do Fluminense e Auto Esporte de Teresina), Carlos Augusto (tinha um 4º zagueiro do Ríver e um Goleiro) e por último “POMPÉIA” (goleiro do América do Rio, era elástico, tinha o apelido de “Constelation”, voava como uma águia), para que a decisão fosse democrática, colocaram os nomes em três papéis e convidaram uma garota para retirar um e para surpresa de todos saiu o nome de ‘POMPÉIA”.

É desse astro do arco, que contaremos um pouco da sua extensa história: Carlos Augusto Costa Ferreira, nasceu em São Luis-Ma, 29.12.1942, 64 anos, casado com Dona Célia Maria Lima Ferreira, seus filhos(as): Celma, Carlos Célio, Carlos César (Carlos Bacana), Cláudia Patrícia, Carla Christiany, Carlos Augusto Jr., nestos(as) Emanuele, Elisabete, Elisiane, Dainy, Maria Caroline, João Pedro e Carlos Augusto Neto, bisnetos: Luanny e Lucianny.
Perguntado sobre o início da carreira de peladeiro: voando com uma águia, respondeu:

- Iniciei nos campos de pelada do bairro Bezerro, em São Luis, de 6 a 8 anos, e meu apelido era “Garcia Preto” (homenagem ao goleiro do Flamengo do Rio). Já na adolescência, 11 anos, meu 1º time foi o são Cristóvão, também do bairro Bezerro. Na faixa de 14 a 15 anos, o meu apelido mudou para “Veludo” (homenagem ao goleiro do Fluminense do Rio), meu 2º time foi o Barcelona, disputava o campeonato suburbano.

- Você chegou a ser campeão do Campeonato Maranhense de Futebol?

- Fui em 1957 com apenas 15 anos pelo Ferroviário, Ferrim da Estrada de Ferro.

- Quais os clubes que você jogou?

- Moto Clube, Sampaio correia e nacional de São Luis-MA, Santa Cruz e o Bangu de Coroatá-MA, no Nacional de Codó, Flamango e Ferroviário de Parnaíba, em 1960 no Fluminense de Teresina-PI de Belchior Barros, no Rio Negro de Teresina-PI, jogava ao lado de Deusdete Nunes, O Garrincha, do Jornal O Dia (era bom de bola).

- Teve algum jogo que lhe chamou atenção?

- Sim, em 1962, quando o meu time, Rio Negro foi campeão do Torneio da Morte em cima do Botafogo por ! X 0, gol de Paraíba, e o nosso time foi classificado para a primeira divisão do Campeonato Profissional do Piauí, os outros times eram: Artístico, Fluminense, Caiçara e Comercial ambos de Campo maior, mas teve outro fato interessante!

-Qual?

Foi num clássico Piauí 2 x 0 Flamengo, foi aí que começou a minha vinda para Floriano. No intervalo do jogo, ouvi um baixinho me chamando no alambrado, adivinha quem era? Meu amigo Merval Lúcio (só que ainda não o conhecia), trabalhava na Casa das Roupas, me convidando para jogar no Ferroviário de Floriano. Merval era um estrategista, me convenceu, isso aconteceu no dia 29.03.1964, e embarquei para Floriano dia 31.03.1964, dia da Revolução!

- Você participou de alguma Seleção?

- Participei da Seleção Piauiense de Amadores, disputamos o Brasileiro de amadores, eu e o Brahim, que me ajudava muito em passagens e hospedagem.

- Fale um pouco do Ferroviário, qual a formação quando você fez sua primeira atuação?

- Bom time e era formado por: Pompéia, Zezeca, Antonio Ulisses, Antonio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Priguilim; Antonio José Cachimbim, Sádica (baixinho era infernal), Valdemir e Jamil. Participaram ainda; Chicolé, Cabeção, Reginaldo, Tassú (tinha um chute forte), Domício (ganhava de Tassú no chute, que chute nada, era bomba mesmo!), Sinésio e Lino (no dia que ele dizia vou jogar, era imarcável). Um detalhe, Lino tinha um tratamento diferenciado, o que pedia, a diretoria ajeitava!

- E a formação do melhor Ferrim que você viu?

- O melhor Ferrim foi no ano de 1967: Pompéia, Domingos, Lido, Valdevino (sabia fazer uma jogada belíssima, bicicleta, derrubou muita gente do muro do Ferroviário, iam imita-lo e despencavam, alguns até braço quebraram) e Sóstenes; Ézinho e Valdemir; Cabeção, Vicentinho, Lino e Magro. Completava o quadro: Grilo, Sousa, Itamar, Joãozinho Fujão, Nico, Neco, Didi Maranhão.

- Um jogo inesquecível, você lembra?

- Sim, Ferroviário 4 X 4 Flamengo de Teresina, o Ferrim vencia por 3 X 1, e o Mengo virou para 4 X 3, e no escurecer da partida, no final, Bicudo empatou, 4 X 4 foi muita emoção!

- E sua defesa mais bonita, conte-nos!

Pompéia se emocionou, e começou a narrar, parecia que estava na Difusora, na sua estréia como locutor, detalhou:

- Há, essa foi demais, o amigo Beirão (alfaiate), quando me encontra relembra o lance, Ferroviário 2 X 2 Caiçara, jogo lá e cá, duro, bem disputado, com belas jogadas, quando escapa pela direita o jogador adversário, Anduiá, passou de passagem pelo nosso lateral indo até a linha de fundo, cruzou numa perfeição incrível na marca penal, quem estava lá? O Escurinho, de costa para o gol, matou no peito, virando para o lado esquerdo, e de meia bicicleta, meteu a canhota soltando um torpedo no ângulo, quando vi aquele malabarismo, só tive uma opção vou pular pro lado direito, fui feliz, pulei sensacionalmente, fazendo uma ponte, coisa de cinema, e trisquei a bola com as pontas dos dedos, colocando pra escanteio, quando vi a torcida vibrando, e todos correram para me abraçar! Nossa! Consegui! Que bom lembrar, é um filme, é como eu estivesse vendo! Imagine quem estava fora e viu o lance, fui lindo!

- Atualmente, na área esportiva o que você está fazendo?

- Trabalho com Escolinha Atletas do Futuro, toda manhã, uma boa parte dos jogadores vão treinar fisicamente no campo da Manguinha, às 07 h. Na Escolinha, já tivemos 428 alunos, hoje estamos sem apoio, ficou reduzido em apenas 130 alunos. Com eles treinamos FUTSAL no Ginásio Coberto, às 3ª e 5ª feiras, e com outra turma treinamos no Buritizinho, no Barão de Grajaú, com apoio do incansável e dedicado Tony Ferreira, o Careca.

- Quais são os diretores da Escolinha Atletas do Futuro?

- Presidente; Tony Ferreira, Vice: Dogival Oliveira e Secretários e Instrutores Técnicos: Carlos Augusto (Pompéia) e Lucimar Feitosa.

- Quando foi fundada, e qual a idade dos jovens que participam da Escolinha?

- A Escolinha, foi fundada em 08.04.2002, e a idade varia dos 8 aos 20 anos.

- A Escolinha tem conseguido o seu objetivo formar bons atletas, tanto na arte da bola como cidadãos?

- Sim, é o nosso orgulho, somos preocupados em preparar os jovens para vida como cidadão, bem como atletas. Inclusive já temos alguns jogadores em outros Estados, buscando seus espaços: em Caruaru-PE, no Clube do Porto, temos 06 jogadores: Marquinhos, Marcelo, Moura, Marcelo Muniz, Joelson e Jader (filho de Dinda); no Palmeiras de São Paulo, temos Elder (filho de Carlos Iran) e Édson Piauí (Tabaco); no Rio Negro de Manaus-AM, o Anderson; no União de são João de Araras-SP tem o Mangabeira; e estamos preparando o Cazega JR. para o Santa Cruz-PE.

- Na sua experiência, o que devemos fazer para aumentar o fluxo de bons jogadores, pois sabemos que Floriano sempre foi uma nascente, uma fonte de craques?

- Simples, simples, simples, falta mais praças de esporte, estamos estrangulados, estamos tendo uma regressão, pois alguns campos de pelada foram e outros estão em fase de fechar: acabaram: Carimbo, Sambaíba, Mundeirão (ao lado do Tiberão), campo já vendido: Maguinha. É triste, mas estamos ficando sem a nossa ferramenta de trabalho!

- Você, como um grande descobridor de talentos, como podemos reverter esta situação?

- O Poder Público, poderia nos ajudar tomando a iniciativa junto a comunidade, para buscar uma solução, o momento é propício, e juntando forças: a Prefeitura de Floriano, a Câmara Municipal, a fantástica LIGA Florianense de Futebol, Promotores, Juízes, Comando do 3º BPM, Entidades de Classe, Maçonarias, Rotary, Lions, Associações de Bairros e a Imprensa, ou seja envolver a comunidade, e com certeza, acharíamos uma solução. Um detalhe o mais difícil nós temos de sobra, os artistas da bola (capital humano).

- Você como um dos idealizadores e fundadador do CORI-SABBÁ, como aconteceu o surgimento do time?

- Foi uma fusão dos times Posto SABBÁ e Corinthias, formando o atual time: Associação Atlética Corisabbá, em 24.05.1973, hoje com 33 anos, os fundadores foram: Pompéia, Seu Doca, Niel, Gonzaga do Náutico, Vinvim da Agespisa, Vicente da Agespisa, Zé Feitosa, Taxista, Tony Ferreira, Clóvis Ramos( ajuda muito com material esportivo), João Batista de Araújo (filho de Vicente Roque), no primeiro time deu uma equipe nova, o Vicente Filho, hoje Advogado em Recife, ajudou muito com material esportivo.

- O Cori-sabbá na fase profissional, você lembra quem foram os presidentes?

- O primeiro Presidente do time Profissional foi: Manoel Messias da Silva, dona da Eletro São Francisco, Augusto Mota, Tony Ferreira, Antonio Lopes, K-Júnior, Gilberto Duarte, Galdino e atualmente José Bruno Filho.

Reportagem: César Sobrinho

11/16/2007

RUA SAO PEDRO


Essa deveria ser uma daquelas tardinhas quentes da antiga rua Rio Branco, fotografia extraída nos anos trinta mas, lamentavelmente, ela hoje é conhecida como rua São Pedro ou o horrível Calçadão da São Pedro.

Do lado esquerdo observamos algumas belas figueiras na porta do casarão de Salomão Mazuad e, logo ao fundo, o famoso sobradão de Adalla Attem e José Demes.

Achamos de suma importância revitalizar esse trecho urbano de nossa cidade, e outras vias, evidentemente; promover, necessariamente, a recuperação de nossas árvores para amenizar o clima da Princesa, para voltarmos a tirar belas fotos e descobrir novos encantos.

Como disse o HENFIL – “ se não houver frutos valeu a beleza das flores, se não houver flores valeu a sombra das folhas, se não houver folhas valeu a intenção da semente “.

Fonte: Flagrantes de uma cidade.

11/15/2007

RETRATOS



Essa foto foi tirada nos anos sessenta, mais precisamente no carnaval de 1968, quando o trio aí formava parcerias para se divertirem na festa de momo. O local do retrato é a praça doutor Sebastião Martins próximo à Sertã.

O Barbosinha, o Pimentinha e o Fefê de Bruno mostrando suas melhores becas, com a proposta de soltar suas cheringas e os seus talcos gessy nos foliões. Época romântico, que os anos não trazem mais.

A propósito, conta o nosso amigo Iran, que quando conversava com o seu Barbosa ( pai de Barbosinha ), escutava muita prosa e, certa vez, seu Barbosa parou para desabafar:

- É, meu amigo, esse meu menino vai longe ( falando de Barbosinha ), você acredita que ele já terminou o curso de datilografia, passou na prova em primeiro lugar e não tem ninguém mais rápido que ele!

O diploma de conclusão de Barbosinha já estava na parede da sala, afixado; houve até uma festinha para comemorar, regada a bate-bate, refresco de macacujá e com os pudins de dona Inésia.

Semana da Consciência Negra

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