AUTOMÓVEIS DE ALUGUEL
Colaboração – Nelson Oliveira (in
memória)
Esse tipo de serviço em nossa cidade
remonta dos aos 1930/1940, com reduzidíssimo número de veículos, isto
levando-se em consideração o tamanho da cidade, as ruas, muitas delas sem
condições de tráfego, de um ponto a outro eram pequenas.
O pioneiro desse serviço em Floriano
foi o cidadão Antonio de Pádua da Rocha Freitas, o conhecido Antonio Rocha, que
adquiriu sua carteira de habilitação por volta do ano de 1929. Certamente, que
se o referido cidadão fosse sobreviver das corridas no perímetro urbano, isso
não lhe renderia pó suficiente para manter um ponto fixo do negócio.
Entretanto, o senhor Antonio Rocha pela
sua condição de cidadão educado e respeitador aglutinava em torno de si a
preferência de pessoas de posse, como negociantes daquele tempo, hoje
empresários, políticos e pessoas outras que o procuravam para viagens para
outras cidades do nosso Estado, como para fora dele.
Não existia, como atualmente, desde os
anos de 1940/1950, os postos onde ficam estacionados os veículos à espera dos
usuários ou de uma chamada telefônica. O veículo costumeiramente era um jeep,
tinha o estacionamento ali na esquina da rua Fernando Marques com a avenida
Getúlio Vargas, “X” com a esquina onde
funcionou o CINE NATAL.
Depois surgiram por ali muitos outros
proprietários, dentre os quais me lembro do Sucupira, Pedro Rosa, Pedro Bezerra
e o próprio Antonio Rocha.
Naquela esquina, com o crescimento e o
desenvolvimento da cidade em muitos setores de atividades, também os veículos
de aluguel começaram a se modernizar, passando do desconfortável jeep para
automóvel como o Fusca, Aero Willys, Rural, que mesmo assim aquele tipo de
veículo permanecia presente e tal situação acabou gerando benefícios para a
população e para os profissionais do volante.
Diante de tal desenvolvimento, novos
pontos surgiram, porém contando com uma evolução, como o telefone e um posto
apropriado com atendente e escalas para as saídas dos veículos. E o primeiro
instalado com os melhoramentos citados foi o da Praça Doutor Sebastião Martins,
que recebeu o título distintivo de ‘POSTO JK’ em homenagem ao Presidente
Juscelino Kubistchek e ficou fixado à direita da Igreja Matriz.
Não demorou muito e um novo posto foi
instalado na mesma praça ao lado esquerdo da Igreja e recebeu o título distintivo
de SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA em homenagem ao Padroeiro da Princesa do Sul.
Posteriormente, surgiu o POSTO
FLORIANO, primeiramente instalado em frente ao antigo MERCADO PÚBLICO na praça
Coronel Borges e depois transferido para o fundo do primeiro local em frente
onde hoje está estabelecido a GALERIA DOS CALÇADOS, devido a construção da nova
praça que aí está.
Postos mais novos surgiram depois. No
terminal rodoviário e em frente ao Mercado Central, surgidos ao que parece nos
anos de 1980/1990.
Os nomes de muitos daqueles que por
estes postos passaram no desempenho da honrada profissão de taxista deveriam
ser aqui citados como a minha sincera homenagem. Todavia, prefiro não fazê-lo, para não cometer injustiça esquecendo algum
nome, porém neste final de blá, blá aqui fica a minha sincera amizade a todos
eles. Aos que ainda estão na luta pela sobrevivência digna e honesta que ainda
são muitos, o meu respeito e aqueles que já militam na esfera cósmica, a minha
saudade, principalmente por terem contribuído com a sua profissão para o
crescimento e desenvolvimento da centenária PRINCESA DO SUL.