(Teodoro Sobral)
Estou muito triste c essa notícia da partida do Padre Djalma , era amigo da minha família desde que veio p cá em 1958 vindo de Roma onde tinha se ordenado, ele era bem diferente do Padre Pedro no modo de viver tanto c adultos como c crianças o que me levou a dizer: “Mamãe, o Padre Djalma só é padre na hora da missa. “Liderou os estudantes onde era professor nos ginásios de Floriano, comandou as Periguinacoes Estudantis que criou para a Igreja de Nossa senhora da Guia , vinham inclusive estudantes de outras cidades ; teve um ano ,1964, que foi no Aeroporto Velho onde foi botado uma Cruz registrando o evento , ficando a mesma por muitos anos lá no estacionamento.
Depois que foi p RJ, Pe Djalma vinha anualmente passar o aniversário dele em 11 de janeiro aqui em Floriano mostrando o apreço que tinha por n cidade. Passava um mês aqui e em 2 de fevereiro aniversário de minha mãe ia em n casa rezar uma missa p ela . Lembro dele junto c meu pai e outros amigos lá em casa ouvindo operas e todos ficavam de olhos fechados como manda o ritual.
Padre Djalma além de
professor de português foi o primeiro Diretor do Ginásio Estadual da
Escola Normal Monsenhor Lindolfo Uchoa; funcionou por muitos anos num
prédio do Calisto Lobo na Praça Cel Borges onde funcionava o antigo
Mercado. Hj é um prédio de 5 andares do Ivanildo , no térreo e o
Bragança Hotel e nos outros andares aptos de aluguel
Enfim, tenho inúmeras lembranças do querido Padre Djalma e faço minhas as palavras dele na missa de sétimo dia da mãe dele : Não devemos ficar tristes e sim alegres c pessoa maravilhosa que ele foi . Vai em paz Reverendo( como meu pai o chamava ).
Vassiliki
Ele era nosso professor mais querido do Ginásio Santa Teresinha além de pe. Professor e amigo. Qyando terminava a aula ele falava, vamos passear para vices paquerarem! Ficamis felizes. Ele tinha um Jeep, e lá vai uma turminha boa passear, depois iamos para casa dele. Quase todo dia o encontro era na casa da D. Sinhá.
Aquele momento histórico e os sonhos de uma geração, continuam vivos, tendo todos em comum, um ponto unico de convergência, o Pe Djalma...que a glória de Deus lhe faça as devidas vênias que ele merece.
Aos companheiros da Juventude Estudantil Católica, do Movimento Estudantil de Floriano, dos amigos e todos familiares do Pe Djalma, nossos mais profundos sentimentos pesar...
Ele foi embora, mas deixou plantada em cada um dos seus discípulos e amigos seguidores, a visão transcendental da grandeza humana !!!
Viva Pe Djalma!!!
Veja só: ele ultrapassou os limites daqui. Do povo nordestino, da seca braba, de seu casulo Picos, foi à Teresina fez o seminário, foi para Fortaleza desbravou junto com os dragões do mar no seminário da Prainha ,atravessou o atlântico chegou em Roma. E de lá o céu foi o seu limite!
Movimentou tanto a população jovem de Floriano incentivando o saber que o Rio de Janeiro lhe fez morada e o reconhecimento de sua grandiosidade foi a PUC onde deu conhecimento e saber aos jovens para mudar o mundo e mudar suas vidas.
Eu uma vez vi numa entrevista Maria Betânia dizendo que Padre Djalma tinha mudado sua forma de olhar a fé, outra vez foi Alcione dizendo que ele tinha resgatado ela para a crença em Deus!
E se Floriano chora e lamenta a morte de Padre Djalma imagina lá no Rio onde ele plantou tantos sonhos e direcionou vidas por caminhos claros e precisos,!
Como gostava de Padre Djalma!
Sua alma era jovem! Ele amava à juventude!
Ele sabia e conhecia a língua do diálogo da decência e da delicadeza de vida!
O bacana é vc bater no peito e dizer! Eu tive um tio intelectual e fazedor de opinião! Que desbravou chão do Piauí e fez uma história tão bonita que chegou no ápice mais alto que um garotinho de Picos não sonhara tão alto assim.
Contudo o conhecimento foi sua mola mestra que galgou tanto que até ele se surpreendeu com sua luz !
Ele tocou muitos corações!
Vivaaaaaa Vivaaaaaa Vivaaaaaa Padre Djalma!
Eu, durante muito tempo, praticamente morava na casa dele. Quase tudo que eu sou e que eu tenho devo a ele. Era meu pai, meu amigo , meu mentor, meu tudo. Estou num misto de alegria e de tristeza. De alegria, por ele estar agora desfrutando de uma vida plena com seus entes mais amados; de tristeza, por causa desse afastamento temporal, dessa ausência que nos incomoda a todos nós.
“Alma minha gentil que te partiste
Tão cedo desta vida descontente
Repousas lá no céu alegremente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo onde subiste
Memória desta vida se consente
Não se esqueça daquele contato ardente
Que nos olhos meus tão puro viste.”
Aliás, outro artista dá mais alta categoria nós definia assim:
“O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que às vezes finge que é dor
A dor que deveras sente.”
A missa era celebrada nas manhãs de domingo, com a partipacão efetiva dos estudantes. A igreja ficava lotada. Nos bancos somente nós podíamos nos sentar. Os pais e demais parentes ficavam em pé ao nosso redor.
No início, uma fila de meninas, adolescentes, seguiam ao sacrário, apanhavam a patena e o pão e os levavam até o altar. O ponto importante era o momento das leituras. Um jovem lia, em voz alta, o evangelho após o que outro ou outra realizava os comentários ou o sermão (esse ato era feito facilitando-se ao máximo a compreensão do texto, com escorso histórico). Havia uma parte no qual pedíamos muitas coisas em benefício dos doentes, dos ausentes, dos pobres etc . Cheguei a levar um violão para acompanhar os cânticos ( aí entrou na história o padre Pedro. Mas isso é outra conversa pra depois).