1/24/2024

Os Piratas de Antonio Sobrinho

 


OS PIRATAS DE ANTONIO SOBRINHO

Fotografia do Bloco OS PIRATAS no carnaval de 1957 - Antonio Sobrinho, Clóvis Ramos, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Pedro Atem, Vicente da Mangueira e uma Legião de amigos )

ENSAIOS: PRÍIIIIII, PRÍIIII - os treinamentos aconteciam na residência de Antonio Sobrinho, mais conhecido como “Decente”, na avenida Eurípides de Aguiar ( hoje funciona uma capotaria ), ficava no centro da sala, com uma prancheta na mão e um apito na boca, comandando os ensaios, gesticulava muito, era só príiiiii pra lá, priííí pra cá, ouvido apurado, percepção, conhecimento, sabia quem estava tocando errado e com um olhar orientava o companheiro para se enquadrar.

MARACÁ DE “H” SEM PEDRAS - tinha os que queriam brincar, mas não conseguiam acompanhar o ritmo, pois o grupo entendia do riscado, afinadíssimo, mas não tinha problema, “Decente” arrumava um jeito: pegava o maracá, tirava as pedras e falava – agora, faça sucesso “homi”, arrebenta. O componente ficava só fazendo o agá, como que estivesse batendo e, com o dedo polegar em sinal de positivo, “Decente”, aliviado, deixava o folião feliz. É mole! Já existia isso! Caramba! Deixa pra lá!

ESQUENTANDOS OS TAMBORINS – havia um detalhe importante e curioso nos ensaios. Como os tambores eram de couro de cobra, bode, boi e outros animais, os foliões, muito exigentes e querendo fazer uma bonita exibição, acendiam várias fogueiras para esquentar e afinar o som dos tamborins, tambores, um espetáculo a parte.

ESTANDARTE - Antonio Sobrinho foi um dos maiores carnavalescos do Carnaval de Floriano dos anos 50/60, período romântico, com o seu bloco “Os Piratas”. E como folião, alegrou muita vezes o carnaval de rua da Princesa, com os seus sons e batuques, com a sua maneira diferente de dançar conduzindo o Estandarte nas mãos, levando a sério e parecia mestre sala de escola de samba do Rio de Janeiro. Dava show e arrancava muitos aplausos na Avenida Presidente Vargas e nas ruas onde o seu Bloco passava. 

FANTASIA DIFERENTE TODA DE SEDA - Era gostoso ver as cores da fantasia em seda: a bandana-vermelha usada na cabeça, a blusa-preta com uma caveira cravada no bolso do lado esquerdo, a calça-amarela, o tapa-olho preto em todos componentes do bloco Os Piratas.

MENINO NÃO ENTRA - Nos ensaios os meninos não entravam, os amigos de Júnior: Chico Cangury, Chicolé, Tadeu... pegavam o bigu, para depois dos ensaios a garotada ia guardar os instrumentos, claro imitando os artistas da batucada, fazendo aquela zueira!

IMITAÇÃO DO BLOCO “OS PIRATAS” - Quando terminava o carnaval, Júnior, César ( era pequeno ), Chico Cangury, Chicolé e outros colegas nossos, pegavam alguns instrumentos, pedaços de ferro, madeira, latas, panelas de alumínio, tudo que pudesse emitir som, formavam o nosso bloco e saia rua acima e rua abaixo, puxando o ritmo de samba e éramos, até, aplaudidos.

MÚSICAS INESQUECÍVEIS: Maracangalha, O Que Estou Aqui Na Terra, Vem Chegando A Madrugada, Madalena, Tenha Pena De Mim, Recordar É Viver.

JERUMENHA NO SÁBADO DE CARNAVAL – Várias vezes o bloco “Os Piratas” foram convidados para brincar o carnaval na cidade Jerumenha, sempre aos sábados. A viagem era feita de caminhão e o bloco era aguardado por uma multidão!

VISITAS AGUARDADAS COMO TROFÉUS - Às 15 horas “Os Piratas” iam visitar e alegrar as residências da sociedade: Tiago Roque, Sólon Miranda, Edmundo Gonçalves, Mestre EuGênio, Arudá Bucar, Fauzer Bucar, pai da Cordélia ( Juiz ). Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves, Bernardino Viana.

MOMENTO MÁGICO! INIMITÁVEL!

ENCONTROS DE GIGANTES - no final da tarde o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano. Um momento de rara beleza! O encontro de todos os blocos na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba.

“OS PIRATAS”, componentes sob a batuta do líder e fundador Antonio Sobrinho ( maior mestre do Estandarte, segundo o barbeiro Zé Venâncio ) - Clóvis Ramos (mestre do Estandarte, depois comandou o bloco “Os Malandros”), Pedro Atem, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Arnaldo Pé de Pão, Alcides Garcia “Del Bueno”, Chico Perna Santa, Mário Anselmo, Geraldino, Ieié (Miguel Borges), Pedro Demes, Pedro Neiva, Antonio Pereira Filho, Chico Pereira, Antonio José Boquinha, João Alfredo, José Anésio Batista, Jofran Frejat, Bernardino Feitosa ( Seu Dino ), José Soares da Pernambucana, Engrácio Neto, Luis Paraibano, Vicente Rodrigues de Araújo ( participou com apenas 14 anos na época, hoje comandando a Escola de Samba Mangueira ).


Depois que Antonio Sobrinho, o famoso “DECENTE” cansou de brincar com Os Piratas, ele adquiriu um Jeep, e nos carnavais colocava a moçada no veículo e participava do desfile de carros fazendo o percurso ( corso ) na avenida Getúlio Vargas, Praça Dr. Sebastião Martins, Av. Eurípedes de Aguiar, com a moçada esguichando com seringas coloridas água nas pessoas complementavam a beleza do evento arremessando serpentinas e confetes na multidão, que recebiam com aquela alegria estampada no rosto, contagiando a todos!

Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

1/23/2024

Os Malandrinhos


O carnaval de hoje está consolidado, moderno e voltados para uma febre de consumo sem limites. Os grandes desfiles, hoje, são espetáculos para despertar turístas e incautos.

 


(Na foto acima, observamos os Malandrinhos Zé Geraldo (filho
de Geraldo Teles), Jorge Carcamano, Arnaldo Pé de Pão, Demes e, na frente, em pé, Pedro Attem, comandando a moçada).

Dentro do contexto romântico de nosso carnaval, o famoso bloco OS MALANDROS participou, efetivamente, de duas fases importantes, a primeira, quando foi fundado, na década de 40, pelos foliões Rolo Ferreira, Zé Ferreira ( ambos filho de seu Vicente Roque ), Daniel Bicudo ( filho de seu Zé Leonias e irmão de Budin e Lulu ) e Rafael.

A segunda fase, em 1961, em Brasília, os florianenses, apaixonados pelo carnaval da Princesa, decidiram, que quando retornassem a Floriano, reativariam o bloco. O que realmente aconteceu. Os baluartes dessa brilhante idéia, foram os malandristas Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Chico Perna Santa, Colega, Jamil, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha” e Pedro Atem.

Curiosidade:

no ano de 1963, esse famoso bloco deixaria de sair com o nome "OS MALANDROS" e desfilara numa única vez como bloco OS DOMINÓS. Isso aconteceu por causa da morte de um dos integrantes mais famoso do blcoco - Defala Atem.

FIGURANTES:

Eleonora Demes, Nadja Demes, Sara Demes ( estas, irmãs de Mussa Demes e Alcides Del Bueno ), Nice Lurdes, Aldenora ( irmã de Genison ), Maria Mazuad ( irmã de Issa, Brahin e Gaze Mazuad ), Maricildes Costa ( eterna Miss Piauí – Filha de Alcides Costa, músico e Tabelião ).

COMPONENTES DO BLOCO:

Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Pedro Atem, Chico Perna Santa, Colega, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha”, Alcides “Del Bueno”, Jamil Zarur, Assis, Miflin, Mário Anselmo, Ratin Pintor, João Batista, Pompéia, José Soares da Pernambucana, Brahin, Bernadino Feitosa ( Seu Dino ), Parnaibano, Poncion, Lisboa do Piston, Aldênio Nunes, Caçula, Pauliran da Costa e Silva, Arnaldo Pé de Pão, Joaquim Portela, Engrácio Neto, Netinho, Maria Roxa, Herbrant ( Mano, filho de doutor Herbrant ), Luis Paraibano, Zé Geraldo Teles, Neguinho Sapateiro, Jorge Adala Lobo, Pedro de Alcântara, Estevão, Argeu Ramos.

MÚSICA ( enredo ) DOS MALANDROS:

NÓS SOMOS OS MALANDROS
COMPOSIÇÃO:

Alcides “Del Bueno” e Pedro Humberto Demes ( irmão de Mussa Demes ).

EVOLUÇÃO E MARCAÇÃO PARA NÃO PERDER O RITMO!

Alcides “Del Bueno” ( Tarol ), Parnaibano ( Tarol ), Engrácio Neto ( tarol ), Adauto Perna de Gato ( surdo ), Chico Perna Santa ( surdo ) e Assis ( Surdo ).

ENCONTROS DE GIGANTES:

No final da tarde, o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano.

Um momento de rara beleza! O encontro dos blocos Os Malandros, Os Piratas e Os Foliões na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba. Uma delícia! Inesquecível!

Colaboração:

Alcides “Del Bueno” Clóvis Ramos e Joaquim Portela, todos participantes do bloco Os Malandros.

Fonte: César de Antonio Sobrinho

Jardim da Infância II

 

Fundado já algum tempo, o JARDIM DA INFÂNCIA II (kkk) está se reunindo aos domingos na Praça Coronel Borges para se sentirem felizes e relembrar os bons tempos de outrora.

Então, da esquerda para a direita, observamos o Remo, Gonzaga, Paulo, Carlos Alberto, Vitorino Ferreira (irmão do Hélio Ferreira), Nena, Pingo, Irapuam, Iran, Temistocles, Zé Alberto (Dito), Jeremias e a irmã dos irmãos.

A turma tá aumentando e novos alunos e "crianças" estão aderindo e não precisa de exame de admissão, apenas boa vontade de se enturmar, contar uma boa história e ter um domingo excelente para suportar a semana com uma boa dose de energia.

Fui admitido recentemente, quando estava passando um final de semana na Princesa. Por lá a gente encontra figuras ilustres como Dito, Gonzaga, Jeremias, Carlos de Honorato, Paulo Bababá, Irapuã e outros colegas do passado. 

Não se acanhe, leve seus boletins e históricos escolares para ser admitidos nesse novo grupo que surge em Floriano para revolucionar dias melhores.

1/22/2024

Técnico do Corisabbá lamenta chances perdidas após nova derrota: "Não fomos competentes"

 Fonte ge

A derrota por 2 a 1 para o Fluminense-PI, nesse domingo, deixou um gosto amargo para o técnico Fernando Agostini. O treinador alvinegro lamentou as chances desperdiçadas pela equipe no confronto contra o Tricolor, e afirmou que faltou competência para sair do Tibério Nunes com os três pontos na bagagem.

- Problema foi que quando a gente criou não fomos competentes para fazer os gols. A gente começou com uma chance clara do Vinícius, depois o Andrei também fez uma grande partida, eles também tiveram chances. Na hora que nós empatamos, tivemos uma chance clara com o Eduardo, aos 39 minutos (do segundo tempo), dentro da pequena área. Se ele faz o gol, acho que o jogo muda totalmente – lamentou Fernando Agostini, técnico do Corisabbá.

O treinador revelou que deve se reunir com a direção do clube para avaliar quais medidas poderão ser implementadas para mudar a rota da Águia na competição. A equipe possui mais quatro compromissos pela primeira fase do estadual, porém, três deles serão longe de seus domínios.

- Infelizmente, não fomos competentes. Agora é lamber as feridas e ver na sequência o que vai ser feito para realmente melhorar, porque desse jeito as condições ficam cada vez mais difíceis – projetou Fernando.

Lanterna do Grupo B, ainda sem ter somado pontos, o Corisabbá volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Parnahyba, fora de casa, no estádio Pedro Alelaf. O ge acompanha o lance a lance da partida em tempo real.

Fonte: florianonews.com

1/20/2024

Museu de Teodoro


Fizemos uma visita esperta ao Centro Cultural Teodoro Sobral, num desses carnavais do passado quando estávamos aproveitando a presença de figuras ilustres (Carlos Sá, Puluca) fazendo suas anotações e revendo o passado de Floriano.

Inaugurado durante a realização do PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES 10 ANOS DO CENTENÁRIO, em julho último, o museu de nosso amigo Teodorinho tem dado grande contribuição aos pesquisadores e à turma da velha guarda, onde estão revivendo os bons momentos do período romântico da Princesa do sil.

Iniciativas como essas é que fazem Floriano continuar a dar bons frutos. As parcerias precisam vir à tona para procurarmos tornar dinâmica mais ainda a revolução de nossa cultura e de nossas tradições.

1/19/2024

Clóvis Ramos - o Porta Estandarte dos carnavais antigos

 

A foto ao lado é de 1962 na residência do seu Pedro de Sinésia, na rua Bento Leão, quando o famoso carnavalesco florianense Clovis Ramos (in memória), com estandarte do bloco OS MALANDROS movimentava o carnaval da Princesa.

Época romântica de nosso carnaval: esse badalado folião sempre movimentava os bastidores, a organização e as articulações da festa de momo na Princesa e representava fonte importante da memória antiga de nossa cultura.

Precisamos valorizar, incentivar essas grandes figuras, para que possamos engrandecer nossas atividades sócio-recreativas.

Não podemos deixar a peteca cair. Sabemos que os axés estão por aí com seus abadás; no entanto, vamos fazer a nossa parte: buscando resgatar os bons tempos

1/18/2024

Vapor Chile

VAPOR CHILE, ancorado em Floriano no ano de 193). Segundo o professor Luís Paulo, ele foi lembrado, hoje, pela ilustre doutora  Helena Barros Heluy.

 "Meu pai está nesta foto. Era o Comandante do vapor Chile que durante muito tempo fez a rota Floriano-Teresina. Muito glamour nessas viagens. O Chile foi o mais famoso e charmoso do rio Parnaíba." - nos revela o arquiteto Nilson Coelho.

"Andei nele, Nilson, com minha mãe. Era uma viagem de sonhos: redes no convés, o cheiro da cozinha lá em baixo, o sino para alertar o foguista, o apito na curva do rio, a travessia dos Caldeirões ... O tempo passou e não vimos ...Viajei, também, no Brasil, Parnaíba. Meu pai foi imediato num desses vapores. O senhor João o conhecia" - É o que comenta, novamente, o nosso historiados Luís Paulo.

Já o nosso amigo Edilberto Rocha, revela que seu também pai viajou muito no vapôr do Afonso Nougueira. "A rampa de acesso era ali no lugar do Flutuante" - Disse.

São reminiscências que o tempo não apaga.

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...