12/19/2023

Cais do Porto

 

Cais do Porto 1968

Aos domingos, no Cais do Porto, era uma maravilha. No anos setenta, ainda avistávamos as lavadeiras, as Regatas de Julho ( foto ) e um encontro aconchegante de amigos.

A corrida de canoas, as lanchas, as travessias, as descidas naquelas bananeiras e câmara de ar, iniciando no posto do professor Ribamar Leal, chegando até às coroas ( praias do meio do rio ).

Hoje, não há mais essa movimentação, os tempos mudaram e Floriano vai seguindo o seu rumo, com essa transição cultural voltada para o consumo geral.

A saudade nos faz retornar ao passado, onde o tempo segue pregando essas mudanças, literalmente, para promover o bem estar de todos.

12/18/2023

Retratos de Floriano

 

Sempre tive essa mania lírica de sair por aí, editando momentos de deleite, andando pelas ruas e becos de Floriano. Isso daí ( foto ), fora nos anos de 1980, férias de inverno, registros impecáveis para quem ama a Princesa.

Atualmente, a praça, com o seu novo visual, proporciona boas emoções para os jovens de hoje, mas seria impossível esquecer aqueles outros momentos até os anos oitenta, quando a praça ainda era aquela dos enamorados.

A bela matriz, exaltando sua beleza sua imponência arquitetônica, mas já sem o velho coreto dos anos de 1960. As lentes de hoje, basta um clique e elas já projetam imagens cem por cento e ainda fazem os ajustes.

No passado, as nossas codaques produziam essas raridades, esses momentos que os anos não trazem mais. Como já disse o poeta: " tuas arestas não se curvaram ao tempo; onde estão as tuas andorinhas, os teus meninos? Teus sinos ressoam: sopros de sonhos..."

Escoteiros de Floriano I

 

Ubaldo Melo

Esse é o nosso irmão – UBALDO JOSÉ DE MELO, que na sua juventude participou de várias atividades em Floriano, mais um neto de Roberto Corró que gostava, também, de jogar um futebol de poeira pelos campinhos da Princesa. Sua melhor passagem foi pelo Clube de Regatas Brasil de Almeida no início da década de setenta, sendo campeão de vários torneios.

Participou nos anos sessenta do escotismo na Princesa do Sul ( foto ) e da Semana do Esporte disputando provas pelo Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva, ganhando várias medalhas em muitas competições, principalmente no futebol.

O escotismo naquele tempo era mais romântico, havia diversas atividades de campo, onde os meninos aprendiam lições importantes para vencer o futuro que vinha pela frente. Hoje, a filosofia pregada é outra e os jovens estão mais voltado para os games e para as novas baladas da vida.             

12/17/2023

Beco das Almas

 

Conto - Dácio Borges de Melo

 O certo é que Danúnzio, Divaldo e nego Cléber foram a uma tertúlia que sempre ocorria naqueles fins de semana. 

Terminado a festa, Divaldo e nego Cléber resolveram esticar a noite e Danúnzio tava escalado, por dona Lourdes, pra fazer a feira bem cedo, por isso rumou mais cedo pra casa. 

Alta noite, no caminho de casa, tinha que encurtar estrada passando pelo beco das almas. Caminho estreito, cercado de mato, escuro que nem breu. 

Antes de chegar no beco, bateu a mão no bolso e tirou o único cigarro que tinha, todo amassado, bateu outra vez a mão ns bolsos atrás de fósforo, em vão. 

Enfrentar o beco tenebroso sem um cigarro pra iludir o medo era fogo. Mas foi o jeito, entrou nas trevas das almas, com o cigarrinho na mão, no ponto de qualquer barulho sair correndo a mais de mil. 

O efeito da cachaça é que ainda lhe dava um rasgo de coragem. A passos rápidos, em meio a trevas totais, seguiu beco a dentro. 

Na outra entrada beco, avistou uma pequena brasa dançar no ar, o que fez todo seu cabelo levantar! Logo a seguir se acalmou quando ouviu alguém assoviar  uma música comum na época. 

Certamente pra espantar o medo do afamado beco. Sem ninguém enxergar ninguém, ao se aproximar um do outro, Danúnzio perguntou com a voz arrastada..."tem fogo aí, meu amigo". 

Danúnzio não viu, mas sentiu o cara jogar algumas coisas pra cima e com uma voz rouca gritar e disparar noite a dentro. 

De manhã cedo já no rumo da feira, Danúnzio resolveu passar pelo beco pra ver o que resultou da noite assombrosa. Encontrou um pau de travessa, um côfo com peixes e outros espalhados, vara de pescar e outras coisas mais. 

Filhos, netos e bisnetos, certamente ouviram muitas estórias de assombração.

12/16/2023

Conversas da Tarde

 

Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava:

- Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora! 

E muntava eu e Baldo cada  num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam:

-  Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar!

E a Dindinha: 

- Deixe, que os quarto é meu.

Aí eu e Ubaldo deitávamos  a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé. 

Ah, tempinho bom!

Dácio Melo (filho de Mestre Walter)

12/15/2023

Retratos de Floriano

 Matriz São Pedro de Alcântara

Matriz - Anos de 1960
Segundo o professor Luís Paulo, nessa época, por volta do ano de 1957, a nossa matriz passava por uma reforma pontual, tempo em que a nossa Princesa passava por um processo de desenvolvimento surreal.

Teodoro Sobral diz que "Depois que Doutor Sebastião a construiu, Chico Reis a reformou no início dos anos 60, idem Manoel Simplicio e por ultimo Joel. É hoje totalmente diferente, não tem mais a rua em frente à igreja, mas as estátuas de Floriano Peixoto e Dr Sebastião permaneceram".

Professor Luís Paulo avalia que  "Não conseguiram jogar no lixo, ainda, a estátua de Sebastião Martins, nem o busto de Floriano Peixoto. A Placa que o Presidente Figueredo mandou, homenageando Floriano, que ficava abaixo do busto, foi jogada no lixo, literalmente, quando da última reforma. Aqui nada é preservado. Cuidado, Afonso Nogueira, que está ai na beira do cais. Qualquer dia desses..."

"Que foto bem feita pelo Farias, Teodoro Sobral. Ao fundo a velha casa de Salomão Mazuad. O coreto já havia sido modificado. Essa limpeza é mais ou menos de 67/68. Foi a primeira limpeza, feita pelo Padre Pedro; idem o forro de madeira", conclui o professor Luís Paulo.

(Post de Maio de 2016)

12/14/2023

Atravessando o Rio

Fonte: Chico Canguri

Sempre em nossas aventuras, o meu primo Francisco José Amorim, hoje Agente Fiscal da Receita Estadual em Floriano, acompanhava-nos, não era bom nadador, mas tinha sempre a companhia de uma câmara de ar para ajudá-lo a atravessar o Rio e tirava de letra, chegando na frente de todos.
Regatas de 1964
Certo dia, porém, ao atravessar o Parnaiba, em um local de grande correnteza, a borracha que tampava o pito da câmara soltou-se e Chico José tampou com uma mão e, para poder manter o equilíbrio, segurava a câmara com a outra mão e não tinha como remar para chegar à outra margem, pois usava as mãos como remo e as pernas para equilibrar o bote.

Quando observei que ele estava com problemas, nadei apressadamente até onde estava, disse-lhe que ficasse tranqüilo e coloquei os dois pés dentro da câmara de ar, e saí puxando, utilizando o famoso nado de cachorro, que sempre usávamos quando estávamos cansados.

Foi um sufoco danado, para levá-lo até à margem, cheguei nas últimas, já sendo ajudado por Chicolé e outros companheiros.

Graças a Deus chegamos em casa em Paz e hoje estou externando esta resenha e que pode ser confirmado pelo o ator maior e os coadjuvantes, como Chicolé, Firmino, Raimundo Bomfim, Antenor e outros.

DEPOIMENTOS

Janclerques,

Esta resenha traz recordações de uma juventude que viveu em floriano nos anos sessenta, que possuiam uma cabeça maravilhosa e pensavam no dia do amanhã. Meus parabens por manter viva a imagem do autor. Esta foto, só você possui nos seus arquivos. Breve vou conversar com você. 
Um abração para este povo bom e acolhedor de Floriano, pelo aniversário da nossa Princesa do Sul, que breve tornar-se-á Rainha. Como sinto saudade e vontade de está aí. Chico Kangury

E assim Floriano vai tornando-se Rainha e nós vamos envelhecendo-nos, mas revivendo sempre o seu passado e as nossas vidas cotidianas.

Grande KANGURY 

Lembra-se de mim? Sou JOSÉ SOARES (Pelé). Este apelido me foi dado pelo nosso ilustre professor - Padre Djalma - em 1962 quando cursavamos a 1ª série ginasial no Ginásio Estadual Monsenhor Lindolfo Uchoa - Quando leio sua resenha me vem uma lembrança indelével da nossa infância em Floriano.

"Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!"

Certamente Casimiro de Abreu compôs o poema "Meus Oito Anos" inspirado em sentimentos que se apoderam de todos nós muitos anos depois.
Oh! que saudades que tenho dos colegas: Cangury, Pauliran, Zé Bruno (filho de Bruno e dona Matilde), Teodorinho, Eldimar Miranda, Zé Joaquim, Zezito, Firmino (de Jerumenha), Chico Mendes, Celso, Petrônio, Brarrim, Michel Oka, Aguinir e Altanir e muitos outros.
Nossos professores Dr. Braulino, Pe. Djalma, Pe. Pedro, Teresa Chaib, Ivanilde, Eva Macedo, dona Maria do Carmos (esposa de Braulino), Josias Teixeira, etc.
Alguns desses nossos amigos e professores já se foram, é o destino de todos nós...
Seu ilustre pai sr. Vicente Cangury foi um dos melhores alfaiates de Floriano. Mas quem fez o meu terno de formatura foi sr. Antonio Beirão, pois ele me prometeu que quando eu me "formasse" ele faria meu terno gratuitamente. Pois bem comprei um corte de TROPICAL no sr. David Kreit e ele fez o meu terno com havia prometido.
Finalizo desejando-lhe muita paz e tranquilidade.
Um abraço

SOARES (o PELÉ)

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...