9/12/2022

TIBERIO NUNES E AMIGOS

TIBÉRIO NUNES E AMIGOS - Dentro do contexto romântico da política florianense, conseguimos esta ( foto ) do fundo do baú, editada no livro de memórias de dona Yeda Nunes, com o nosso saudoso prefeito doutor Tibério Barbosa Nunes ao lado de correligionários. Observamos, ainda, da esquerda para a direita, Francisco Borges ( da rua do Amarante ), os empresários Edmundo Gonçalves, Bonasser, Pedro Attem ( Atemal ) e o senhor Ramos num descontraído bate - papo no Floriano Clube. Hoje, há uma certa escassez de líderes políticos em Floriano, mas ainda acreditamos numa reviravolta e, de repente, quem sabe, teremos de novo alguém aí se destacando para fazer a diferença. Vamos ter que aguardar, por enquanto, por muito tempo ( ? ). Quem viver, verá!

9/06/2022

Folclore Árabe Florianense

ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os clubes de serviço se caracterizavam por sua exigência em selecionar os freqüentadores. Nos idos daquele tempo, fazer parte da seleta casta freqüentadora de agremiações como o Rotary Club de Floriano, Clube de Regatas, Maçonaria e o tradicional Floriano Clube ( foto ) demandava coleguismo, filantropia, caráter e, naturalmente, contatos sociais e dinheiro. Na boa e democrática Floriano de hoje, basta interesse em servir ou em aparecer. Aliás, atualmente, ter o “perfil” de rotariano ou de maçom é mais importante que ter dinheiro ou posição social. Durante um grande período do século XX, ser de origem árabe também era um fator importante a ser considerado ( talvez, por causa do enorme montante de valores que circulava nas mãos dos carcamanos ). Obviamente, existiam importantes famílias brasileiras que também eram partícipes dos movimentos sociais em Floriano. Assim, pode-se dizer que existem as mais diversas histórias sobre sírios participando de eventos sociais e de agremiações. Nada que se comparasse às festas e banquetes que eles faziam só para si e para parentes, mas várias delas merecem registro por já estarem nos comentários populares há mais de sessenta anos, como o caso descrito aqui, que relata o que aconteceu quando um certo árabe, rico e participativo do “high society” dos anos cinqüenta, prestes a se casar ( há quem diga, já casado ) com uma linda moça de origem síria, quis adentrar nos salões do seleto FLORIANO CLUBE na companhia de duas belas funcionárias da casa de tolerância de dona Madalena. O senhor Michel Demes era um sírio muito popular, pois tinha um modo peculiar de fazer as vendas no seu empório. Vendia de tudo lá, da “areia brilhante” ao perfume francês, o que fazia sua loja ser freqüentada por todas as classes sociais. Era uma verdadeira democracia: estudantes, vaqueiros, damas da sociedade, políticos influentes, enfim, qualquer pessoa podia entrar na “Casa do Michel”. Sempre conversava bastante com os compradores, tirando piadas e fazendo o cliente gastar mais que o necessário. Apesar da baixa estatura, tinha uns olhos azuis que exibiam um brilho encantador sobre o freguês e sobre as muitas namoradas que arrumava, deixando sua filha Ivone enlouquecida de ciúmes. Naquele dia, ao fim do expediente, o senhor Michel subtraiu da loja dois vestidos de festa, sapatos, bijuterias e produtos de toalete para agradar às duas cortesãs e leva-las ao pomposo Floriano Clube. Apesar de trajadas como damas, a atitude era delatora. A palavra “batala” estava escrita em suas testas. Para quem não sabe, batala era a alcunha dada pelos árabes às moças de vida fácil. Ao passar pela portaria, um dos seguranças abordou o árabe, dizendo: - Sinto muito, senhor Michel, mas o senhor não pode entrar com essas duas moças suspeitas! Michel Demes, mais que depressa, respondeu: - Suspeitas? – disse em tom de surpresa – Essas duas senhoritas não são suspeitas de maneira nenhuma! Elas são duas putas assumidas! As suspeitas estão aí dentro, misturadas com as damas de verdade, dançando com os maridos à noite e com os amantes de dia! Meu Deus, onde foi parar a democracia do Brasil!

8/29/2022

Prefeitura de Floriano entrega obra de recuperação na localidade Boca da Entrada

 A manutenção de estradas vicinais está entre os serviços executados rotineiramente pela Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEINFRA, na zona rural e em assentamentos do Município de Floriano.

Zona rural da cidade

Após o período chuvoso intenso e se prolongou até o início do mês de junho, os trabalhos foram intensificados e na sexta-feira (26), o prefeito de Floriano, Antônio Reis, na companhia do secretário de Infraestrutura, Júlio César Ferreira, de Governo, Marcony Alisson, vereadores David Oka, Erisvaldo Borges, Dessim e Joab Curvina, presidente da Câmara Municipal, além de assessores, entregou a obra de recuperação de mais de 7 km de estrada foram recuperados no povoado conhecido como Boca da Entrada, através de execução direta da própria secretaria.

A Prefeitura de Floriano tem trabalhado para assegurar a trafegabilidade nas estradas vicinais bem como garantir o escoamento da produção agrícola. E para garantir que a recuperação de outras importantes estradas vicinais sejam executadas mais rapidamente, o prefeito solicitou à SEINFRA que fizesse um levantamento da situação das estradas rurais e o projeto básico para que seja providenciado o processo licitatório para a recuperação, no mais breve espaço de tempo possível, daquelas que necessitarem de manutenção.

Desde o último mês de maio, várias estradas rurais receberam e estão recebendo intervenções, ação que está beneficiando não só os produtores, mas também os estudantes que necessitam do transporte escolar para chegarem até as escolas.

Fonte: florianonews.com

8/26/2022

Floriano e seu tempo

 IMPRENSA EM FLORIANO

Floriano, antiga Colônia Agrícola instalada pelo agrônomo doutor Francisco Parentes, no terceiro quartel  do século passado. Depois de Teresina, Floriano foi a cidade que, após seu nascimento, teve imprensa no menor tempo, pois em 1905 apareceu seu primeiro jornal, que nos dá notícia Joel Oliveira, Vida Comercial.


Em 1912 ( outubro ), João Pires Ferreira fez circular o Serip, como órgão de publicidade da firma comercial Neto, Pires & Cia – Sucessores. O estranho título do jornal representava o endereço comercial da aludida firma que, por sua vez, era a inversão da palavra Pires. Teve pouca duração, sendo substituído em 1914 ( 27/11 ), pelo O Popular, propriedade do mesmo João Pires Ferreira, que o editava em tipografia própria.
O Popular foi o jornal de maior duração em Floriano, pois viveu até 1933. Tinha uma das maiores tiragens do Estado: 1.200 exemplares. Circulava aos domingos.
João Pires foi, mais tarde , substituído por seu filho, José Pires Ferreira. A respeito deste conta-nos o cronista Carlos Borromeu ( Almanaque da Parnaiba – 1951 ), o seguinte e curioso episódio:
“ O jovem José Pires foi tentar a vida no Pará. Mas, com a mania do jornal adquirida do pai, fundou em Breves, naquele Estado, A Cidade de Breves. Na mesma cidade mandava o Coronel Lourenço Borges, que era ao mesmo tempo Intendente ( prefeito ) da cidade, senador pelo Pará, Coronel da Guarda Nacional e comerciante exportador.
Devido a um artigo do jornal que desagradou ao potentado, José Pires foi preso e processado por sedução na pessoa da mais conhecida prostituta da cidade. Incomunicável e sem comer há 48 horas, pediu a guarda que fizesse ciência do fato aoCoronel. Este, pelo mesmo guarda, mandou-lhe algumas balas de calibre 44, numa cuia, para o desjejum.
Solto, José Pires voltou para Floriano, ali dedicando-se a ´O Popular, pelo resto da vida.”
De 1918 ( 24/04 ) a 1924, saiu O Livro, mensário dos alunos do Colégio 24 de Fevereiro, dirigido pelo Pe. Lindolfo Uchoa. Em 1920 ( agosto ) circulou A Cidade de Floriano, de Antonio Lemos, colaboração de João Ferry, Heráclito Sousa e Nelson Cruz. Teve a duração de somente cinco meses, pois que com o número 71, de 04/01/1921, desapareceu em virtude de seu proprietário haver abandonado a cidade, sob ameaça de agressão, devido a um artigo publicado contra o chefe político da situação.
O último jornal de grande duração e influência no meio, foi O Floriano ( 12/10/1925 a 1935 ), no qual colaboraram Pedro Borges da Silva, Osvaldo da Costa e Silva, Francisco Osterne, Alceu Brandão, Veras de Holanda, José Messias Cavalcante e Da Costa Andrade.
No mesmo ano em que surgiu O Floriano, em 1925, a cidade teve também outro jornal fora dos moldes convencionais. Trata-se de O Libertador, órgão revolucionário da coluna Prestes, redigido por integrantes da mesma.
Ao próprio Nelson Werneck Sodré, que ao escrever sua História da Imprensa no Brasil procurou obter tudo sobre a imprensa revolucionária, passou despercebido este jornal que a Coluna editou em várias cidades por ela ocupadas, no percurso de sua longa marcha.
O fato veio-nos ao conhecimento através de um antigo comerciante, que em sua juventude foi tropeiro no sul do Piauí e Maranhão. Depois, investigando, localizamos o fiscal de renda aposentado do Estado, também jornalista Amâncio Calland, que em 1925, quando da ocupação de Floriano pelos rebeldes, iniciava a vida ali como tipógrafo do citado jornal O Floriano.
Contou-nos Calland que, com a aproximação da Coluna, a cidade ficou praticamente deserta. No dia seguinte à ocupação, empastelaram o jornal O Popular, cujas oficinas e redação estavam abandonadas. Logo após apareceu nas oficinas d´O Floriano, no fundo de cujo prédio morava o nosso informante e protagonista, o Major rebelde de nome Lira. Indagou se havia condições para tirar uma edição do jornal da Coluna, O Libertador.
Calland prontificou-se a fazer tudo sozinho, pois que ainda dispunha de um resto de papel. Foi, então, pelo Major Lira, apresentado a um Tenente muito jovem, que redigiu toda a matéria, constante exclusivamente de proclamações ao povo.
Recorda-se Calland que o número de ordem dado a`O Libertador, em Floriano, era superior a 10, prova evidente de que já o haviam editado em outras cidades anteriormente ocupadas.
De então a esta data, não apareceram mais jornais de grande duração na cidade. Em compensação, esta tornou-se uma das mais importantes do Estado, conhecida como a Princesa do Sul, em contrapartida a Parnaiba, chamada Princesa do Norte. Sua imprensavem tomando um caráter cada vez mais sério.
Fonte: História da Imprensa no Piauí

8/17/2022

RETRATOS

 DIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL

Foto: Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara-Floriano/PI 1873
Texto: Arq. Nilson Coelho



Hoje, 17 de agosto é o Dia Nacional do Patrimônio Histórico.

A nossa jornada contada em tudo quer fizemos e construímos..

A data foi escolhida em homenagem ao historiador e jornalista, Rodrigo Melo de Andrade, criador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 1937. O Instituto é responsável pela proteção juntamente com os governos, instituições e população. E pelos governos novamente.

São guardiões da preservação dos bens culturais nacionais, pelo PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO,
centros urbanos e sítios arqueológicos.

Representem a nossa História, nossa Memória e o conhecimento técnico que desenvolvemos. Pouco se faz por ele. A não ser abandoná-lo disfarçadamente como se fossem moradores das ruas da nossa História.

Amargos sentimentos: cultivar ruínas e depois chorar e procurar culpados quaisquer!!!


8/12/2022

RETRATOS DO SERTÃO PIAUIENSE

 A SAGA DO GARROTE CAPOEIRO

Literatura de
Cordel

Lançado no ano de 2014, o poeta e autodidata Manoel Neco de Moura de São Feliz do Piauí nos apresenta este belo depoimento em cordel da Saga do Garrote Capoeiro.

Este interessante trabalho tem a parceria ilustrativa em xilogravura do humorista JOTA-A, onde acrescenta algo mais a esta poética de seu Manoel.

É uma bela narrativa, onde ele apanha a rotina do garrote Capoeiro em suas várias atividades no interior de São Felix.

Iniciativas como estas devem sempre  louvadas, para exaltarmos cordelistas e poetas populares adormecidos. 

Esperamos que outros trabalhos nessa envergadura venha a acontecer mais vezes mas também divulgado nas ruas, órgão e escolas públicas.

Retratos do nosso futebol

 Ferroviário de Floriano

Ferroviário 1968

FERROVIÁRIO DE FLORIANO-PI 

DÉCADA DE 6

Em pé os piolhos de bola Bagana, Cabeção, Alderico, Siqueira, Mumundo e Boi Búfalo; e agachados observamos Gonzaga, "Nêgo Cleber", Luis Orlando e Jolimar. 

Foto do arquivo: Siqueira 

Havia nesse período romântico uma empatia gigantesca entre dirigentes, gestores e atletas no contexto do nosso futebol. Várias disputas, campeonatos e torneios nos quatro cantos da cidade deixavam a comunidade sensível e esperta para o que desse e viesse.

Hoje, precisamos mudar essa realidade com novas iniciativas, para que o nosso futebol volte a respirar. Esperamos que o nosso Cori-Sabbá possa incentivar a prata da casa com escolinha com a ajuda de seguimentos sociais locais.

O tempo vai responder essa nova realidade do nosso desporto.

César Augusto Araújo e Silva

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...