5/10/2022

Retratos do nosso futebol

TIMAÇO DA POLÍCIA CIVIL

Time da Polícia

Dentro das quatro linhas, ainda nos anos de 1980, ainda se podia ver os jovens e veteranos praticarem um bom futebol, de primeira, romântico dando a impressão que poderíamos avançar na renovação permanente.

Se não, vejamos o entusiasmo desse time da Polícia Civil de Floriano na década de 1980, comandado pelo nosso amigo Arimatéia, grande craque do passado do futebol de Floriano.

TIMAÇO DA POLÍCIA CIVIL

Local: Barraca do Bode

Floriano-PI 

Ano: 1982

Em pé:

Félix Moura, Arimatéa, Chiquinho de Mestre Eugênio, Elias Rocha, Silva Manoel de Gonzaga e Paulo Torres "Nena";

Agachados:

Zé Buraco, Marcão, Alfredo, Raimundo Neres da Agespisa e César. 

Arquivo: Arimatéa

Hoje, estamos a ver navios. Não se sabe se há novos dirigentes comandando o nosso futebol como no passado. Nossos gestores têm que retomar essa iniciativa e promover o desporto junto à periferia e dentro do ensino público infantil, envolvendo, também, as meninas.

Precisamos ter um calendário em definitivo.

5/09/2022

 O BRILHO DA NOITE


Cais do Porto

"O POR DO SOL é lá no cais; eu vejo a lua, surgindo atrás da torre... do cais".

Esse é o trecho inicial da linda canção do grupo VIAZUL, que fez sucesso nas décadas de setenta e oitenta e que traduz a beleza e a poesia do cais, o ponto de encontro mais aconchegante da cidade.

O Flutuante, ali, impecável e manso, mantendo um prazer tradicional de várias décadas e gerações. O Parnaiba, caudaloso, inspirando poetas e itinerantes. Vejo à noite, reluzente, a bela Barão, espelhada nas águas do rio. Mas já não existem mais os antigos pontões e canoas à vela. O progresso nos trouxe as pontes, lanchas e motores. As balsas e as regatas de julho perderam-se no tempo. E por onde andam os pescadores?

O tempo passou. O futuro chegou como que sorrateiro. Não se escuta mais os borás. Os trios elétricos já habitam em nossos carnavais. Os foliões, agora, são outros. Plantaram-se novas árvores e pontos turísticos. Os jets-skis, fazendo suas manobras radicais. A Maria Bonita agora é um belo museu. Os novos cantos são baianos. As bicicletas agora são de marchas e já não existe mais o bar de nosso amigo Passim. Os meninos recolheram-se aos games, não tiram mais saltos mortais e já não descem o rio. Os remansos desapareceram. O cais do porto absorve outras naves e concorrentes. A poesia mudou e a burguesia sumiu.

Saudoso, chego ali de mansinho a sondar a nova paisagem. Soturno, ando a passos lentos e solitários à procura de um tempo em que não volta mais. No entanto, o conforto da minha presença ali satisfaz o meu ego. E os tambores, que ouço na madrugada lenta e fria, são os únicos companheiros que trafegam por ali ecoando noite a dentro a compartilhar de meus pensamentos em busca de um novo tempo.

Se viver, verei!

5/06/2022

Retratos de FLORIANO

 
CASARAO DOS DEMES


AUAD DEMES CONTRUIU O CASARÃO DOS DEMES

· Por Nelson Oliveira

( Foto - o casarão nas décadas de 20 e 30 )

Na esquina da Marechal Pires Ferreira está um tradicional sobradão, que faz parte da paisagem da nossa cidade e deve ter sido construído pelos anos 20/30 pelo senhor AUAD JOSÉ DEMES ( D. Seda ), pai do velho Michel, Dr. José Demes Filho ( o Zeca Demes ), bom ponta esquerda do Ubiratan e residente em Anápolis-GO, onde desempenha a profissão de médico; drª Josefina, professora, farmacêutica, historiadora e profunda conhecedora da nossa História, em todos os setores, ( muitas delas já fazem parte do nosso portal o que muito nos honra ); d. Maria Demes ( esposa de Haroldo Lima ), pais de José Demes Neto ( o Ieié ) e o Francisco Demes ( Chico Demes – o homem da Internet ).

No velho sobrado não nos recordamos o que ali existia; lembramos-nos, entretanto, que com a chegada da Dra. Josefina, formada em Farmácia, ela instalou um estabelecimento farmacêutico e como ponto forte o fabrico da conhecida Aguardente Alemã, remédio bastante popular até no sul do País.

Com o passar do tempo, o referido estabelecimento foi extinto e outra farmácia ali se instalou, tendo como proprietário o Dr. Idílio de Macedo Lima, que chegou aqui recém formado em bioquímica.

Com o tempo, também, cerrou suas portas. Mas, ao que parece, ali foi instalado um novo comércio. Depois, era o estabelecimento que se estendia até ao portão de ferro, que dava acesso a residência no andar superior, que tem todo seu piso feito com madeira de lei, como as demais moradias ( Adala Attem, Calisto Lobo, para onde funcionou o Banco do Brasil, etc ).

Pois bem. A casa José Demes explorava o ramo de tecidos e miudezas em geral e tinha como vendedores, no período das férias, todos os filhos, sob a vigilância do senhor Zé Demes e dos olhos azuis da D. Seda.

4/28/2022

Retratos de Floriano

 Praça João Pessoa

Década de 1950

"Uma visão da Praça João Pessoa, hoje, Doutor Sebastião Martins. A Igreja de São Pedro de Alcântara sendo pintada (veja-se a torre), o coreto em frente à Igreja , o sobrado de José Demes com suas linhas perfeitas, depois a Casa Inglesa, seguida do primeiro sobrado construído em Floriano, o sobrado Adalla Atem" -, trecho inicial da crônica do estudioso e professor Luís Paulo em seus singelos flagrantes dos anos de 1990.

Mais adiante, o professor não se contenta e diz que "tem-se uma visão de uma parte da Praça, o detalhe dos postes de iluminação. Parece ser um sábado ou domingo dada a quietude. quase cinquenta anos voltando no Flagrante que traz nostalgia."

"É Floriano no passado..." -, chora o professor de tanta saudade e poesia.

4/05/2022

RETRATOS DO NOSSO FUTEBOL

 “DIVINO – GOLEIRAÇO!”

Vindo de Bodocó-PE em 1956, o casal Sr. André Sá (primo de Geraldo Teles de Sá, Sonia Sá, Socorro, Zé Geraldo, Carlos, Nilson, Tontonho, Zé Neto, Boia, Henrique) e Dona Filomena acompanhado pelos filhos Divino com 4 anos e Washington de 2 anos, foram morar na Rua Francisco de Abreu Rocha em frente o antigo necrotério do Hospital Miguel Couto, eram vizinhos de Dona Bela, mãe de Miguel e de Augusta mãe de Guido e Zé Afonso, nas proximidades tinham três campos de futebol: Campinho de João Justino, o Artístico e o Ferroviário, a região era cheia de “peladeiros” apaixonados pelo futebol: Gusto, Fabricio, Chicolé, Valdir Besourão, Péricles, Pompeu, Chiquinho de João Cabeça, Ranulfo, Carlito, César de Antônio Sobrinho, Damião, Ribinha, Klinger, Geraldo Magella,  Miguel da Véia Bela, Reizinho, Luiz Urquiza, Berivaldo, Benilton, Budim, Midim, Nazareno dentre outros.


No CRB de Almeida

JOSÉ DIVINO VIEIRA DE SÁ “DIVINO”, nasceu em Bodocó-PE dia 01 de maio de 1952 (terra do seu amigo, o craque Rômulo, que jogou na década de 60 no Ferroviário de Floriano), casado, pai de 4 filhos, sendo 01 mulher e 3 homens, aposentado, prestes  a completar 70 anos, profissional  de Mecânica de Máquinas Pesadas, o qual trabalhou em várias construtoras prestando seus relevantes serviços. 


No Fluminense

Divino era um goleiraço, corajoso, ágil, saia bem do gol, pegador de pênaltis, a sua trajetória   como jogador teve início  no Flamengo de Tiberim, jogava de lateral direita ao lado de Cobra Preta, Siqueira, “Nego” Cleber Ramos, Janjão, Puluca, Luis Orlando, Professor Chico.


Antes e Depois

Já a sua estreia como goleiro foi no Reno de Zé Amâncio e Vicente Cabeção, o timaço tinha craques como Sabará, Siqueira, Carlito, Selvu, Soleta, Chapeu, Zeca Zinidor, Pedro Taboqueiro, “Nego” Cicero, Hélio Futuca, Carlos de Honorato, mais tarde jogou no CRB – Clube de Regatas Brasil, onde jogavam os amigos Milton Sá, Ubaldo, Almeida, Ivinha, Eloneide, Berivaldo, Zé Wilson, Zé Buraco, Maioba “Doutô”, Carlito Bruno, mais tarde participou do Fluminense do Bosque de Elias e Zé Nunes ao lado de Honório, Zé Henrique, Vicente Cheba..., em seguida atuou São Luiz da Caixa D’ Água de João Bufo, no Cruzeiro do Bosque  com Jolimar, foi goleiro do Náutico de Gonzaga, bem como do time Floriano de Adelmar Pereira e Bezerra, defendeu as cores do América de João Martins, ao lado de Jolimar, Vicentão, Ferré, participou do Ferroviário de Zé Bruno, Lauro, Teles, Zé Maria da CEF, atuou também no timaço de Galdino Grêmio ao lado de Gonzaga “Preto”, Gonzaga “Branco”, Chagas Velho, Carlinho Meota, Zé Ligeiro, Paulinho de Nelson, Zé Ulisses,  Gilson Duarte, Pedrão, Mocó,  Neto, Dias, Edvar, Edmar, Chicão...

Fora de Floriano jogou no River de Canto do Buriti-PI do Sr. Paxinha, participou das Seleções: de Floriano comandada pelo Técnico Rafael Ribeiro Gonçalves, de Simplício Mendes, de Canto do Buriti, de Corrente, inesquecível, onde fez belas amizades...

Floriano(PI), 01 de abril de 2022.

Fonte: José “Divino” Vieira de Sá

Pesquisa: Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho.

4/04/2022

CENTENÁRIO DE ANTONIO DE MELO SOBRINHO

 ANTONIO DE MELO SOBRINHO E FAMÍLIA

FAMÍLIA MELO - E ASSIM TUDO COMEÇOU
Pesquisa: Tibério,
HOJE, dia 04 de abril, se vivo estivesse, meu pai ANTONIO DE MELO SOBRINHO, estaria completando o ciclo natural de 100 anos. Faleceu no ano passado, em fevereiro, aos 99 anos.
O TEMPO NÃO PÁRA (breve história de momentos de seu MELO, como tudo iniciou.
Família 1965

"Seu Roberto Batista, (Corró), fazendeiro, comerciante e autoridade do lugar Veados, hoje Artur Passos, no sertão piauiense, às margens do médio Parnaíba tinha 3 filhas, Maria de Lourdes, Doralice e Maria do Carmo, do casamento com Margarida, de pequena estatura, distinta e elegante senhora, aos padrões da época.
Maria de Lourdes, a mais velha, precisando tratar dos dentes, eis que teve que se deslocar para a cidade de Floriano a montante do Rio Parnaiba.

A partida foi um show no lugarejo quando a mocinha teve, aos 10 anos, que embarcar, num bote, com uma sombrinha de modo a se proteger dos raios do tórrido sol nordestino. Foi seu primeiro contato com aquela cidade que viria a ser o torrão de sua familia.
Melo e sua Máquina

Após o tratamento a garota retornou à casa dos pais com mil novidades para as suas irmãs Doralice e Docarmo, ainda de tenra idade, e amigas. Hospedara-se na casa do Sr. Vicente Roque, comerciante e grande amigo do Sr. Roberto Corró.
Aos 14 anos a pré-adolescente teve que voltar a Floriano, ainda com problemas dentários. Desta feita hospedara-se na casa da Sra. Constantina, filha do Sr. José Pacífico, esposo de D. Aurora, prima de D. Margarida. Próximo dalí morava um distinto rapaz que ao ver a donzela teve seu coração abalado por emoções até então desconhecidas.
Melo e sua bela amada

Não conseguindo conter a agonia o jovem dirigiu-se à mocinha revelando as emoções que só ela podia conter. Ela disse que não sabia o que fazer mas que por pena tentaria algo que pudesse livrá-lo de tão angustiante emoção. E começaram a falar coisas de amor. Logo, logo, as palpitações foram abrandando e aí nasceu uma relação que já passou das bodas de diamante. Bravos!!!
Para a saudade dos dois, eis que a mocinha teve que retornar ao lugarejo Veados. Ao voltar, D. Margarida não demorou a desconfiar do comportamento da filha. Percebeu que a garota enjoara das bonecas e logo tratou de descobrir quem estava na linha de frente. A mocinha teve que se revelar sob as pressões da Matrona.
Aos 15 anos, não suportando a saudade, a moça disse que precisava fazer curso de corte e costura com uma costureira, famosa professora modista, D. Raimunda Pio. Lá que D. Margarida cedeu mas só porque hospedar-se-ia na casa de seu irmão, Benedito Batista, com mil recomendações. Cuidado com a moça. Desta vez Doralice, também, viera a Floriano e fora matriculada no Odorico às escondidas, mas Seu Roberto acabou se convencendo e resolveu montar uma residência na cidade de Floriano na Rua São João, hoje Defala Attem.
Antes desta mudança, o jovem apaixonado, Antonio Melo, teve que visitar os pais da moça em Veados. Até que foi bem recebido pelos futuros sogros mas as primas da moça não acharam nenhuma graça no rapaz pois não tinha, pelo menos, um dente de ouro. Ali mesmo o jovem pediu a mão da moça em casamento que veio a ocorrer em 08 de novembro de 1947.

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...