Colaboração: Nelson Oliveira
O título desse trabalho é relativo ao riacho do mesmop nome, que tem sua
história em outro local e onde desembocava no rio Parnaiba depois de um
longo percurso, chegando até o velho monge,formando na embocadura, na
época do verão e que ficou conhecido como Barra da Onça.
ao desembocar no rio, ali se formava um belo local, ( não era praia ),
onde a molecada a partir dos dez anos, escondido dos pais, se deliciava
com banhos duradouros em águas limpíssimas, tendo no fundo uma areia,
também muito limpa, que para a rapaziada era um verdadeiro paraíso e que
muitos deles embevecidos com o local, perdiam até as aulas como livros
que muitos deles não se lembravam onde os tinha deixado e, quando os
pais, principalmente as mães descobram, haja "taca", com base na
palmatória, visto que muitos eram denunciados pelas professoras que na
época eram as segundas mães pelo número de aulas perdidas.
Os heróis dessa história eram sempre adolescentes, entre os dez e quinze
anos e durante o banho não tinha nada de calção, era todo mundo
"pelado" como veio ao mundo. Apesar disso, se notava nos "artistas" do
espetáculo um alto grau de inocência e respeito, porque o local era
isolado e à medida que os adultos se aproximavam, todo mundo caía n´água
ou se escondia entre os arbustos. Era fenomenal.
Naquele tempo, não se ouvia nem falar em "água poluída" e nem em outras
questões que atualmente assolam e preocupam o ser humano. A juventude,
até as pessoas mais pobres era relativamente sadias, não se ouvia nem
falar nesses produtos que hoje contaminam a nossa juventude, desde a
tenra idade, levando-as para o fundo do poço e de nde poucos conseguem
sair e a isso se deve, infelizmente, a falência da família, que deixou
de ser a célula máter da sociedde.
Mas, voltemos ao assunto dessa mensagem: a molecada, que no dia a dia se
deliciava daquele espaço tão rústico, porém, muito aconchegante, era
feliz e por isso dificilmente havia um atrito, por menor que fosse,
apesar de ter alguns que, furtivamente, davam um nó na camisa ou na
calça de alguém e que se denominava de "biscoito", porque, na sua
maioria, era preciso usar os dentes para desatar o referido nó no qual o
autor urinava e botava areia, que se tornava ainda mais difícil, devido
o cheiro da urina e a areia com quem os dentes não se dar bem. Já
pensou, numa situação dessas, em que o nó com o auxílio dos dentes era
desfeito o terrível nó com sabor de urina com areia? Era terrível!
entretanto, todos levavam na esportiva e aí os cuidados se redobravam.
Em algum momento, à medida que passava o tempo, a turma que apreciava o
banho da Barra da Onça, foi crescendo, mudando a formação do corpo, o
poder público atendendo a diversas reclamações pelo estado de nudez dos
banhistas, resolveu adotar providências para eliminar aquela situação,
indicando o cabo Severo (era nome próprio), como vigilante do espaço.
Mas mesmo assim tinha aqueles que afoitadamente nas ausências do
"Severo" vigilante, ainda voltavam para o reconfortante banho, sempre
retornavam nas horas de pequenos movimentos na área. Aqueles que eram
alcançados pela "lei" constituída de muitos conselhos proferidos pelo
valente cabo da briosa polícia militar, aqueles que inocentemente e sem
desrespeitar a autoridade aos poucos froam mudando os costumes, sem
qualquer tipo de constrangimento.
Disso tudo, somente resta uma imorredoura saudade, por tudo que ali
aconteceu, principalmente com a participação da família que sabia, sem
ser doutor em qualquer matéria, educar os seus filhos tornando-os
pessoas disciplinadas, obedientes, respeitadores e temente a Deus.
Que surja outra Barra da Onça para aqueles que não desfrutaram de
tamanha diversão. Que surja outra Barra da Onça para os jovens que não
podem frequentar os luxuosos clubes sociais.