4/18/2020

Retratos do nosso futebol

Torneio do Campo dos Artistas

Por - Danúnzio  Melo


ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.


4/11/2020

Retratos do nosso futebol


Retratos do nosso futebol

Palmeiras de Benilton

Torneio da Vereda 

Esse time era o Palmeiras do Lulu e Benilton. Decisão do Torneio Ademarzão no campo do Ademar na Vereda. 

Em pé temos o Klinger, Midim, Evandro, Maninho, Carlinhos Meiota (in memorian) e Bitonho.

Agachados, o dono do time Benilton, Jurandir, Magrão, Lulu e Marcelo. 

Parece que após o jogo não  queriam entregar a Taça. Teve briga. Masno entanto, entregaram, face da atitude corajosa daqueles craques à época da epopéia lírica do nosso futebol.



Retratos do nosso futebol


Histórias do nosso futebol

COMERCIO ESPORTE CLUBE  

O time do Comércio Esporte Clube era bem organizado e foi o sucessor do Internacional e América. 

Teve o provilégio de ser por algum tempo a única equipe a ter o seu próprio camp, o famoso Mário Bezerra.

O último campeonato que disputou foi no ano de 1967, sagrando-se campeão numa brilhante vitória sobre o tradicional Ferroviário em dezembro daquele ano.

Podemos citar, como principais jogadores, os piolhos de bola Olindo Nunes, José Nunes, Bilego, Anésio Batista, Geraldo Martins, Nilton Camarço, Roló, Tarquínio, Bicudo, Fenelon, Adauto, Colega, Defala Attem, Kelé, Serrinha, Daniel, Antonio Augusto, (Tunico Babaçu), Ildefonso Ramos, Paulo Carnib, Joao Luiz (destes últimos o técnico era Sebastiao Silva);

 Balduino, Bruno dos Santos, Joao Batista Mendes, Djanlma Macedo, Joaquim Alencar Cunha, (quincas), Alfredo Nunes (antigo dirigente da CBF), Antonio Ulisses, Pepedro, Antonio José Carolho, Luizao Sansao, Nova York, Didi Nunes, Dos Santos, Raimundo Mendes, Washington (taxista) e Xico Pereira. Época romantica do futebol florianense.

Fonte - Laboratório Sobral
Foto: Time do Comércio de 1952

Dispersão Poética


Essas tuas matas, poeta, são frutos; que a natureza generosamente brota em silencio; pelos teus sertões que te alucina, vagarosamente.

4/10/2020

Floriano acolheu dezenas de sírios e libaneses


Presença de sírios e libaneses na cidade de Floriano, era forte no final do século XIX

Álbum Artístico Comercial do Estado do Piauí destaca estabelecimentos comerciais de Floriano (Foto)

Era forte, no final do século XIX, a presença de sírios e libaneses na cidade de Floriano. No início do século passado, provavelmente em 1910, o senhor Manoel Rodrigues Folgueira editou o Álbum Artístico Comercial do Estado do Piauí, no qual destaca alguns dos importantes estabelecimentos da cidade de Floriano.

Um deles, sob o comando dos senhor Habib Zarur, comercializava produtos importados da Europa e é aqui destacado em homenagem aos homens e mulheres que, vindos de tão longe, ajudaram na expansão das atividade comerciais do sul e extremo sul do Piauí.

Fonte: O Passado Manda Lembranças / Deoclécio Dantas.

Retratos de Floriano


 Que tal esta pelicula maravilhosa do Terminal Turistico, foto que desperta a saudade e o sensibilidade de quem gosta de Floriano.

Segundo algumas fontes, aí também foi um campo de futebol, onde se disputavam grandes jogos. Sao mais de cento e trinta anos de história que representa essa paisagem.

Ah, se pudessemos voltar no 

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...