4/04/2020

ANTONIO DE MELO SOBRINHO, 98 anos

Melo, 98 anos
ANTONIO de Melo Sobrinho, hoje, completa seus 98 anos de idade bem vividos.
HOMENAGEM de seus queridos filhos
FAMÍLIA MELO - E ASSIM TUDO COMEÇOU
Pesquisa: Tibério Melo
Seu Roberto Batista, Corró, fazendeiro, comerciante e autoridade do lugar Veados, hoje Artur Passos, no sertão piauiense, às margens do médio Parnaíba tinha 3 filhas, Maria de Lourdes, Doralice e Maria do Carmo, do casamento com Margarida, de pequena estatura, distinta e elegante senhora, aos padrões da época.
Maria de Lourdes, a mais velha, precisando tratar dos dentes, eis que teve que se deslocar para a cidade de Floriano a montante do Rio Parnaiba. A partida foi um show no lugarejo quando a mocinha teve, aos 10 anos, que embarcar, num bote, com uma sombrinha de modo a se proteger dos raios do tórrido sol nordestino. Foi seu primeiro contato com aquela cidade que viria a ser o torrão de sua familia. Após o tratamento a garota retornou à casa dos pais com mil novidades para as suas irmãs Doralice e Docarmo, ainda de tenra idade, e amigas. Hospedara-se na casa do Sr. Vicente Roque, comerciante e grande amigo do Sr. Roberto Corró.
Aos 14 anos a pré-adolescente teve que voltar a Floriano, ainda com problemas dentários. Desta feita hospedara-se na casa da Sra. Constantina, filha do Sr. José Pacífico, esposo de D. Aurora, prima de D. Margarida. Próximo dalí morava um distinto rapaz que ao ver a donzela teve seu coração abalado por emoções até então desconhecidas.
Familia Melo
Não conseguindo conter a agonia o jovem dirigiu-se à mocinha revelando as emoções que só ela podia conter. Ela disse que não sabia o que fazer mas que por pena tentaria algo que pudesse livrá-lo de tão angustiante emoção. E começaram a falar coisas de amor. Logo, logo, as palpitações foram abrandando e aí nasceu uma relação que já passou das bodas de diamante. Bravos!!!
Para a saudade dos dois, eis que a mocinha teve que retornar ao lugarejo Veados. Ao voltar, D. Margarida não demorou a desconfiar do comportamento da filha. Percebeu que a garota enjoara das bonecas e logo tratou de descobrir quem estava na linha de frente. A mocinha teve que se revelar sob as pressões da Matrona.
Aos 15 anos, não suportando a saudade, a moça disse que precisava fazer curso de corte e costura com uma costureira, famosa professora modista, D. Raimunda Pio. Lá que D. Margarida cedeu mas só porque hospedar-se-ia na casa de seu irmão, Benedito Batista, com mil recomendações. Cuidado com a moça. Desta vez Doralice, também, viera a Floriano e fora matriculada no Odorico às escondidas, mas Seu Roberto acabou se convencendo e resolveu montar uma residência na cidade de Floriano na Rua São João, hoje Defala Attem.
Antes desta mudança, o jovem apaixonado, Antonio Melo, teve que visitar os pais da moça em Veados. Até que foi bem recebido pelos futuros sogros mas as primas da moça não acharam nenhuma graça no rapaz pois não tinha, pelo menos, um dente de ouro. Ali mesmo o jovem pediu a mão da moça em casamento que veio a ocorrer em 08 de novembro de 1947.

4/03/2020

Retratos de Floriano



DEFALA ATTEM, atuante em diversas áreas, como esportista foi um dos fundadores  do Clube Regatas, participava todos anos da Regata, o que lhe rendeu vários troféus, foi dele a idéia de criar a Miss Regata. Das peladas de futebol, Defala, Idelfonso Ramos, Nilton Camarço, Daniel “Bicudo” Leonias, Antônio Augusto (Babaçu), “Professor Vilmar”, Baldoíno, Djalma Macêdo, Roló Roque Araújo, entre outros  criaram a equipe muito prestigiada na época: o Comércio Esporte Clube, que fez muito sucesso na época. O Carnavalesco Defala Attem, foi um dos fundadores do Bloco de rua Os Malandros, que por década animou o Carnaval da Princesa do Sul. Como político, com sua experiência como líder estudantil, por 03 mandatos consecutivos foi o vereador mais votado. 
Mas a sua marca, seu legado foi AMPLIFICADORA FLORIANENSE, a voz líder e potente da cidade, falando para a Avenida Getúlio Vargas e Praça Coronel Borges”. Muitos chamavam a amplificadora de “A BBC do Defala”
Melodias que o tempo não apagou, onde  desfilavam  cantores  do cancioneiro popular como: Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Carlos Galhardo, Alcides Gerard...
Foto acervo César Augusto: Homenagem do Colégio São Francisco de Assis, com  seu irmão Fozzy Attem o representando no desfile de 7 de Setembro na Av. Getúlio Vargas

Fontes: Profª Josefina Demes.
Coleção Florianenses nº 4
Floriano(PI), 03 de abril de 2020
Pesquisa: Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho

3/29/2020

Retratos do nosso futebol


Floriano e Tiradentes 1975

Na década de 70, logo após a inauguração do Albertão, o Tiradentes de Teresina-PI, do técnico era Castilho, goleiro do Fluminense e Seleção Brasileira, Campeão do Mundo 1958, veio jogar em Floriano-PI.   A Seleção de Floriano, com os craques: Antonio Luiz Bolo Doce, Gonzaga, Pedão, Mineiro, Jeremias, Zequinha Futuca, Almeida (magrinho como Vilmar Oliveira,  batia um bolão, tinha visão de jogo diferenciado), o goleiro reserva Careca que após sua entrada defendeu até pensamento de doido. Já o famoso Tiradentes do Coronel Tupi Caldas, com craques a nível nacional: Murilo, Tinteiro (ex-Flamengo do Rio), Ivan Limeira, ex- Nautico-PE, Mimi ex-Botafogo-RIO, goleiro Toinho, e um tal de BALULA (cabeleleira espalhafatosa), que assombrava os goleiros adversários, inclusive o nosso goleiro aguentou pouco tempo e pediu para sair... Detalhe do jogo: Seleção de Floriano perdeu para o Tiradentes, placar apertado, mas o nosso artilheiro Antonio Luiz deixou um gol. As 14Hs o estádio Mário Bezerra lotado e a fila estava ainda próximo o atual Armazém Paraíba! Foi uma loucura, conforme lembra nosso amigo Milton Sá, um dos líderes do nosso futebol. Sensacional! Ouça o áudio de Milton Sá e saiba quem o Técnico Castilho mais gostou de ver jogar, ficou encantado...

REPPRTAGEM: Cesar de António Sobrinho

Comentarios:

Amigo César  Augusto!

Acredito  que  o primeiro  time que o nosso  amigo  Casimiro  Júnior  formou,  chamava- se Nacional, me corrija  se estiver errado.
O Nacional jogava contra o CRB do Almeida.
Lembro  também  que na mesma  época  tinha o time de Kangati.

A formação  do Nacional tinha, ka-Júnior,  claro,  o dono do time; Zé Buraco; eu (Gilberto), Nêgo Val; Luisão  Boca de Piau; Midim, dentre outros, cujos nomes esqueço,  traído  pela memória. 
Acredito  que Lulu  também  fazia parte da primeira  formação  do Nacional. 

Penso que o cartola Ka-Júnior,  ainda  possa se lembrar da respectiva  formação  completa.

Oh que saudades daqueles bons tempos.
...
O primeiro time era: Evandro, Klinger, Benilton, Mindin e Osmundo; Kjunior, Jurandir Brandão e Mocó; Barzinho, Élio Ferreira e Marcelo (maranhense).
Os donos do time, inicialmente, eram Lulu, Klinger, Benilton e Mindin. No primeiro treino, o Lulu convidou o Galdino para treinador e deu a escalação do time titular para começar. Kjunior, Jurandir e Mocó ficaram no time reserva e Lulu se escalou junto com outros amigos, porém, com alguns minutos de treino os reservas davam um show e o Galdino parou o treino para fazer uma mudança. Trocou todo o meio campo, passando o Lulu para a reserva. Ato contínuo, Lulu chamou Galdino de lado e bem alto anunciou: "seu Galdino o senhor não serve para treinador e está demitido".

3/21/2020

Retratos do nosso futebol



Reno de José Amâncio

Outra foto Histórica!
Em pé: Zé Amâncio, "Nego Hélio", Pastor Freitas (Manoel Antônio Freitas), Pedrinho, Sabará e Siqueira (irmão da Professora Maria Helena Siqueira);
Agachados: Gonzaga,Tião, Pedro Taboqueiro (pai do nosso amigo Fofão), ____ e Lucimar.
Timaço do Reno
Local: Campo do Ferroviário (hoje Hospital Tibério Nunes)
Final da década de 60!
Pesquisa: César Augusto de Antônio Sobrinho

3/20/2020

Retratos da Cidade

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

O Transporte Aéreo em Floriano

Por - Nelson Oliveira e Silva

Esse tipo de transporte, em nossa cidade, teve início por olta dos anos 30, tendo como pioneira uma empresa de origem alemã, que tinha como título o nome de "CONDOR", que fazia uso de hidroavião monomotor, que pousva no rio Parnaiba, cujo pouso se iniciava próximo à curva do rio, do lado norte, deslizando sobre as águas até um pouco acima onde se encontra o Restaurante Flutuante.

A chegada do referido aparelho à cidade, era motivo de euforia do nosso povo, que corria à margem do velho monge para apreciar aquele instrumento, que poucos conheciam. Naquele tempo, o rio ainda não sofria o atual assoriamento e tinha suas ribanceiras altas, de onde o povo permanecia, até a saída do avião, que, salvo engano, no início, a rota era feita uma vez por mês.

O primeiro agente da CONDOR em nossa cidade foi o senhor João Viana de Carvalho, conhecido como Juca Carvalho, figura importante na sociedade florianense e piauiense nos tempos de Teodoro Ferreira Sobral, Osvaldo da Costa e Silva, além dos importantes cargos que também desempenhou na Loja Maçônica Igualdade Florianense, como um membro influente em todas as esferas sociais.

 
Chegada avião Condor em
Floriano - 1938
Casado com dona Dorinha Carvalho, pai da professora de educação física da Escola Normal, Dolores Carvalho, João Viana ( o Joca ), o primeiro distribuidor de gás liquefeito em nossa região, Raimundo e Francisco, funcionários do Banco do Brasil, tinha um filho, cuja agência se instalou aqui, graças a influência do seu pai. Também tinha um filho, cujo nome não me lembro que, como político militante, participou de memoráveis campanhas políticas em nossa cidade, salvo engano, como candidato do PTB de Getúlio Vargas.

Na medida que o tempo passava, o hidroavião deu lugar a outras aeronaves mais modernas, como os DOUGLAS DC-3, que passaram a operar em nossa cidade, embora o nosso aeroporto fosse de piçarra, salvo engano, por três vezes por semana. Era localizado no hoje bairro bem povoado, chamado de Aeroporto Velho.

Naquela época, nos anos 40, quando eclodiu a segunda guerra mundial, que tinha como principal participante a Alemanha de Hitler e de onde se originou a CONDOR, o governo resolveu nasionalizar o transporte aéreo em nosso País, surgiu a CRUZEIRO DO SUL, agenciada pela firma Morais S/A, tendo como responsáveis pelo atendimento, José Ribamar Lopes ( o Zé Bação ), Clovis Ramos e Juraci Borges.

Passado alguns anos, surgiu uma nova empresa, que usou vários nomes: AEROVIAS, REAL AEROVIAS, agenciada pelo doutor Amílcar Ferreira Sobral, que tinha como despachante, o competente Milton da Costa Sá, atualmente como próspero empresário na cidade de Guadalupe, influente membro da Loja Maçõnica daquele oriente.

Após aquele período de grande atraso no sistema de transporte aéreo na região, por volta dos anos 70, surgiu o aeroporto CANGAPARA, distante cerca de 12 quilômetoros do centro da nossa cidade, com pista asfaltada e uma casa de passageiro, que para a época, era moderna. Já nesse tempo, a Cruzeiro já estava em decadência e logo sucumbiu, ficando a VARIG como dona exclusiva do pedaço, tendo lançado nas rotas para Recife e Brasília, diariamente, um moderno avião turbohélice de nome AVRO de efêmera passagem por nossa cidade. Como Floriano possui o título de cidade do já teve, certamente que tal situação não nos trouxe nenhuma novidade a não ser muita decepção.

Infelizmente, desde aquela época, quem deseja viajar para outras plagas, vai para Teresina e de lá em aernonave moderníssimas de várias companhias, fura o mundo de um lado a outro. Hoje, o velho CANGAPARA, com a sua pista sendo corroída pelas intempéries, serve apenas para poucos aviões, principalmente de políticos, que só aparecem por aqui na época das eleições. E ainda o nosso abestado povo nos comícios, ficam a aplaudir esses "tiriricas" da vida, ao invés de exigirem melhorias não só para o nosso aeroporto, mas para toda a nossa região.

Antes dessa história contada acima, no ano de 1934, apareceu por aqui um pequeno avião, que pousou num pequeno campo no bairro Taboca ( próximo ao riacho da Vereda Grande ) e se constituiu, naquela época, uma verddeira revolução, visto que até o comércio fechou suas portas e o povo deixou suas casas para recepcionar os tripulantes daquele avião, que vieram a nossa cidade inaugurar uma rota doCAN - Correio Aéreo Nacional, que se estendeu por várias regiões do País, principalmente pelo Norte/Nordeste, transportando as correspondências que eram enviadas de um para outro Estado. naquele ano e dia, foi uma festa espetacular.

3/19/2020

Encenação da "Paixão de Cristo" em Floriano é adiada

Paixão em Floriano
A tradicional encenação da “Paixão de Cristo” em Floriano, foi adiada para uma nova data que será posteriormente divulgada.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (18) por conta da pandemia do novo coronavírus.

Seguindo as orientações do Governo do Estado do Piauí e da Prefeitura do Município de Floriano, o Grupo Escalet de Teatro resolveu adiar o espetáculo que seria realizado nos dias 10 e 11 de Abril.

fonte: florianonews.com

3/18/2020

Retratos de Floriano

ESTALEIRO “RAIMUNDO AGOSTINHO”
Fazendo minha tradicional caminhada pelas ruas e avenidas de Floriano-PI, olha que legal, no antigo “Buraco da Malária”, hoje bairro São Cristovão, cujo visual é simplesmente deslumbrante, principalmente após a construção da ORLA do Rio Parnaíba, encontrei o Estaleiro “Raimundo Agostinho” (In memorian). Agostinho era  muito habilidoso com diversos tipos madeiras, com elas construiu artesanalmente vários tipos de embarcações: Pontões, Flutuantes, Lanchas que sobem e descem no Rio Parnaíba, canoas...
Agostinho exerceu a profissão por mais de 40 anos e deixou um legado importante o seu filho Francisco de Agostinho, conhecido por “Chico das Canoas”, o tempo se encarregou de fazer mudanças interessantes, atualmente os serviços ficaram limitados a construção de canoas de madeira que variam de 5 a 7 metros, manutenção e recuperação de canoas.
Floriano(PI), 18 de março de 2020
Pesquisa: Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho


Tragédia da aviação piauiense, que tirou a vida de Raimundinho Caboré

O aeroporto de Cangapara era pequeno para o intenso movimento de aviões que nele pousavam e decolavam no ano de 1964 e, mais intensamente, e...