12/05/2019

2a Esposição de Numismática e Filatelia de Floriano


Acontecerá nos salões da Fundação Floriano Clube, na rua São Pedro, no dia 14 de dezembro próximo, a 2a. Exposição de Numismática e Filatelia de Floriano, evento este que tem a realização da Fundação acima, com a coordenação do seu Presidente Teodoro Sobral e a curadoria do professor Ângelo Saraiva.

Cédulas, moedas e selos antigos nacionais e estrangeiros serão mostrados durante a exposição aos apreciadores e visitantes.

A entrada será gratuita e reunirá mais de 15 expositores e diversos colecionadores e apreciadores da Numismática de Floriano e de outras cidades.

A intenção é promover e proporcionar junto à comunidade local uma efervescente movimentação cultural em Floriano e despertar o interesse da juventude e interessados na arte do colecionismo.

Segundo Teodoro Sobral, "esperamos que este ano a exposição possa movimentar a cidade em seus mais diversos seguimentos e que possamos realizar bons negócios".

12/04/2019

RETRATOS de FLORIANO

A MASCOTE

Dentro do contexto lírico de nosso centro histórico, aí observamos a velha loja Casas Pernambucanas e a tradicional Mascote, com alguns transeuntes passeando, como se fosse uma tardinha de domingo, próprio para se  assistir uma bela matinê no Cine Natal.
 
Segundo nos lembra o Tibério Melo, um de nossos assíduos leitores, " a Mascote é o quiosque mais perto das Lojas Pernambucanas, por muito tempo explorada pelo Sr. João e D. Dora, casal muito distinto. Lá eles preparavam vitaminas, refrescos, cachorros quentes (era com carne moída), caldos, pastéis, etc. O outro quiosque era de venda de revistas. É o original da Rosa de Ouro do Sr. Camilo. Colado às Lojas Pernambucanas havia o Seu Tufí, a Loja do Michel (inicial), atrás da Igreja o Posto de aluguel de Bicicletas do Mestre Walter. Neste espaço todo ouviam-se as transmissões, por rádio, dos jogos dos campeonados de futebol e da Copa do Mundo de 58 e 62. Maravilha!"
Essas lembranças nos fazem sentir saudosos em poder reviver, por aqui, essa epopéia lírica daqueles bons tempos.

12/03/2019

RETRATOS DE FLORIANO

Década de 1960
Bandeirantes anos 1960 
Dois bons momentos da época romântica de Floriano, quando a vida transbordava uma certa magia, onde a sociedade e as organizações promoviam diversos eventos pra projetar a nossa comunidade num aprendizado de galhardia.

A foto acima podemos observar algumas estudantes num desfile de 7 de setembro e sendo fotografadas pelo nosso querido Leuter Epaminondas, o fotógrafo mor da nossa sociedade à época.

Abaixo, outra momento de um desfile de 7 de setembro reunindo várias balisas e um grupo de estudantes belíssimas, como observou Teodoro se pode ver a Lucinha Ribeiro Gonçalves, a Maria do Hagem Mazuad e a Sandra Atem dentre outras.
Desfile em Floriano


Lamentavelmente, hoje a vida social está muito intensa e cheia de abismos, apesar do mundo ter evoluído para melhor. Precisamos reverter esse quadro negativo e revitalizar as nossas antigas festas com outras roupagens no avanço dos nossos acontecimentos sociais.

12/02/2019

Retratos da Cidade

Usina Itaueira
Usina Itaueira 1930
A Usina Itaueira foi criada na década de 1930, fruto de um trabalho do Doutor Teodoro Sobral que, lutando junto ao Governo, conseguiu para Floriano esta usina de beneficiamento de algodão.

Depois de anos de seca o Governo Getúlio Vargas localizou em três pontos do Nordeste usina de beneficiamentos de algodão. Uma em Patos na Paraíba; uma em Floriano; e outra em uma localidade da qual não temos referências

A Usina Itaueira era gerenciada pelo Conselho do Município de Floriano e seu administrador era o ilustre e saudoso Juca Caralho

Eram máquinas modernas de origem alemã que limpavam o algodão vindo do interior do município, beneficiava, enfardava e já entregava o produto pronto para cargas. Era uma verdadeira maravilha naquela época.

Desativado esse projeto, ela passou muitos anos depois para a administração da empresa Lucaia da Bahia e foi administrada pelo senhor Gonçalo Teixeira Nunes.

Anos mais tarde foi demonstrada e vendida por outra administração deste Município.

A famosa Usina Itaueira foi um marco para o progresso de Floriano.

Fonte: flagrantes de uma cidade/1997

11/29/2019

Histórias do nosso Futebol

Comércio Esporte Clube
FUTEBOL DE SALÃO

Hoje Futsal, em Floriano-PI sempre andou na vanguarda, surgiram vários craques inesquecíveis: Antônio Luiz " Bolo Doce" Cleber Ramos, Puluca, Mocó, Naldinho, Arnaldo, Aldênio, Bebeto, Brahim, Serjão, Tim, Guilherme Ramalho, Zé Bruno, Valberto, Caralho, Beterraba, Darlan, Roberto Holanda, Ieié, César de Antônio Sobrinho, Burrego, dentre outros.

Na foto ao lado, observamos o time do Comércio Esporte Clube no início dos anos de 1960 com Guilherme, Ângelo (Barão), Tim, Serjao, Idelfonso Ramos, Agachados: Frederico (Filho de seu Ze Luis Albuquerque ), Cléber e Ze' Bruno.

O Futsal iniciou forte na quadra do Comércio Esporte Clube na década de 60, com dois famosos Torneios Férias Verão e Férias Inverno, período que os estudantes e amantes do Futsal retornavam de férias, aproveitavam para curtir os familiares, amigos, tertúlias e namoros. Depois passou para  a quadra da AABB, mais moderna com arquibancada, e, a cada torneio além de animados revelavam craques.

Num determinado tempo os Torneios, parou por vários motivos.

Aí surgiram os craques MOCÓ, Darlan e Roberto Holanda, inclementaram novidades, jogadores de outras cidades somando aos da Princesa do Sul, um verdadeiro sucesso, a quadra da AABB, fervilhavam de torcedores da região.

Um ponto que marcou foi as homenagens aos primeiros craques do Futsal, no exemplo seguir em 2002 o homenageado:

Aldênio Nunes, atuante em várias áreas, um ícone do Futsal,  jornalista, radialista, bancário, deixou um legado belíssimo.

OUTRAS FOTOS DO PERÍODO 

Aldênio homenageado
 





Pesquisa:
César Augusto de Antônio Sobrinho.

11/28/2019

Retratos de Floriano

MESTRE WALTER


Depoimento – Tibério José de Melo

WALTER OLTER MELO, o nosso tio, chegou em Floriano, mais precisamente, lá pelos idos de 1944, trazido por papai, Antonio de Melo Sobrinho, que chegara primeiro.

Sei que, em Butiti Bravo, ele chegou a trabalhar numa usina de beneficiamento de babaçu ou de arroz, não sei bem, daí a sua introdução em mecânica de máquinas.

Chegando a Floriano, empregou-se nos negócios do senhor Afonso Nogueira, que na época era empresário e mexia com navegação; então, o tio Walter ficava viajando de Floriano a Parnaíba, navegando os vapores do seu Afonso Nogueira, como mecânico de bordo.

Tio Walter teria ficado noivo com tia Inhá antes de deixar Buriti Bravo e foi buscá-la depois que se firmou.

Lembro, por exemplo, da primeira casa onde morou. Era ali entre a casa de Seu Zé Bem e dona Lourdes Martins na praça do Cruzeiro. Ali eu já me lembro do Djalma e do Divaldo ( seus filhos mais velhos ). Nós, entrewtanto, morávamos na Beira do Rio, ali perto da antiga usina Maria Bonita.

Era muito hábil no conserto de várias coisas, tanto que montou o seu negócio de conserto e aluguel de bicicletas. Com isto, ele criou a sua família com muita dignidade, dando educação, até onde pode, a todos.

Sempre roubavam uma de suas bicicletas, mas dificilmente não as recuperava, indo atrás em outra bicicleta. Tornou-se uma pessoa muito popular devido ao seu negócio.

Tratava-se de uma pessoa muito família. Vivia para a família e para as bicicletas. Todos o chamavam de Mestre Walter. Ah, sim, era muito bem humorado e gostava muito de piadas.

Muito inteligente ( papai diz que era o mais inteligente dos três ), pessoa de vanguarda. Sempre que havia uma novidade na cidade, ele era um dos primeiros a conseguir. Rádio, geladeira, panela de pressão, fogão a gás, coisas do tipo.

Sabia, sempre, o que estava acontecendo no mundo. Tinha opinião formada para tudo, dado que era muito bem informado, ouvindo rádio, ( só saía de casa depois de ouvir todos os noticiários de rádio, principalmente o Reporter Esso ). Ouvia todas as emissoras de rádio.

Lia bastante e proporcionava para todos nós muitos veículos de informação, tipo: revistas como O Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos, quadrinhos etc. Jornal, já era mais difícil mas as revistas eram toda semana. Se mostrava sempre muito reflexivo, tinha resposta para tudo.

Era Espírita como a Maria Serva. Conhecia muito bem a doutrina e frequentava o Centro que ficava no Colégio do senhor Ribamar Leal.

Tornara-se amigo de toda aquela carcamanada do centro de Floriano, como também de todos aqueles comerciantes e da sociedade local. Antes de falecer já estava se incluindo nela.

Sei também que certa vez, quando rapaz, fora preso, devido a uma briga em que se meteu num cabaré da época.

Agora, o tio Walter, acho que por força da sua religião, era muito caridoso e muito bom.
Vivia cercado de menino. Pagava vitamina e cachorro quente no quiosque Mascote de Seu João e de dona Das Dores ( compadres de mamãe ).

No final do dia, era uma molecada enorme para levar as bicicletas para a casa dele. Ali o moleque tinha a oportunidade de andar, de graça, de bicicleta. Pela manhã era a mesma coisa. Muito engraçado.

Lembro-me que na Copa do Mundo de 1958 ele liderava a movimentação ali detrás da Igreja com um rádio instalado na Mascote. Juntava um monte de gente e a frequência do rádio às vezes ficava alta e bem nítida; outras vezes, bem fraca. Era um tal de tanto gol de Didi, Pelé, Vavá e Garrincha, sei lá.

No Chile, em 1962, foi a mesma coisa. Agarra, Gilmar!... Gol de Amarildo!... E o tio Walter lá na Barraca da Alegria, capengando. Ele puxava de uma perna.

Tio Walter e Vovó Serva criaram a Barraca da Alegria. Isto já perto do acidente. Cimentaram parte do quintal da casa da Dindinha e lá se fazia a festa com quermesse com muita gente participando. Vinha até o pessoal de fora. O objetivo era angariar fundos para a manutenção da Escola Humberto de Campos.

Tio Walter era uma pessoa pouco afeita a diversões. Participava de algumas festas no Floriano Clube. Gostava muito de um cinema, um circo, coisas assim. Nunca soube que o tio houvesse ido a um forró, que nem papai. Farra, então, não me lembro. Bebia, socialmente, muito pouco. Não era afeito.

Quando chegava um cantor na cidade, um artista do Sul ele não perdia. De certa forma era uma pessoa recatada, gostava muito de ler e de se informar. Gostava de política, muito.

Lembro que na eleição que elegeu o Jânio para Presidente da República, ele estava na linha de frente da campanha em Floriano a favor do Jânio. Papai e eu éramos Lott. Venceu o Jânio e se cantava muito:

Varre, varre, varre vassourinha
Varre, varre a bandalheira
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira
Jânio Quadros é a esperança
Desse povo abandonado

Jânio Quadros é a certeza
De um Brasil moralizado
Alerta, meu irmão
Vassoura, conterrâneo
Vamos vencer com Jânio

Este jingle é a cara do Tio Walter. Era muito entusiasmado na política.

Apesar de recatado, era muito sociável. Tinha muito prazer em hospedar seus conterrâneos do Maranhão. Jesus ( do Melinho ), Rosemeire, que passavam férias em Floriano, quando elas chegavam, era um frisson danado. Eram bonitas e os rapazes da época queriam pegá-las. O tio levava-as para as festas.

Aqueles carcamanos, seu Tufi, Michel, Hagen, Salomão, Kalume, tinham muito respeito pelo tio Walter. Devem ter sentido muito a sua falta.

A tia Inhá, sua esposa, era um pouco irritada. Também, era muito menino. Todos muito danados e qualquer um perdia a paciência. Vivia com um cinto na cintura para dar umas lapadas quando não aguentava mais. Todo dia era umas três. Mamãe não era diferente. Não sei como estas mulheres aguentavam aquele monte de menino danado. Só no cinturão mesmo, não tinha jeito. Tio Walter, também, não aliviava não, metia a ripa, quando se fazia necessário.

Dia 24, agora, de janeiro, se o Djalma ( seu filho mais velho ) estivesse vivo, faria 60 anos.

O acidente de seu falecimento foi dia 04 de agosto de 1963 por volta de 9 hora da manhã, quando prestava seus serviços à Paróquia local, ali, na altura da loja do Michel Demes: ele pegou um choque e caiu de uma escada, não resistindo ao impacto, provavelmente, da queda.

Na foto, acima, observamos a sua família no ano de 1962, a sua esposa, tia Inhá, o Djalma, o Divaldo, o Waltinho, o Dácio, a Cecília, a Ceci e o João Coimbra.

DEPOIMENTOS:

Anônimo disse...
Lembro-me, quando era rapazote, que eu ficava com inveja, querendo também alugar uma bicicleta de mestre Walter. Certa vez, peguei uma carona na garupa com o meu amigo meu primo Luiz Orlando. Vibrei de tanta felicidade.

Bons tempos, aqueles!

Puluca
Chico Kangury disse...
Mestre Valter,

Lembro bastante dele. Gente boa, era meu amigo, confiava uma tarde inteira a sua bicicleta, quando estava abonado para aluga-la. Foi em suas bicicletas que aprendí a pedalar e andar no veículo. Levei muitos tombos, mas sou grato, ao mestre walter, pois não reunia condições para comprar uma bicicleta, sómente realizando este sonho em 1966, já em Teresina, servindo o Exercito Brasileiro. Valeu Tíberio, o seu tributo ao Mestre Walter, enriquece o nosso conhecimento e enaltece a pessoa merecedora. Abraços do colega e amigo, Chico Amorim (Kangury)
Unknown disse...
Sou filho de Waltinho, ele era meu avô e levo seu nome inteiro, Walter Olter Melo Neto. Muito elucidante o texto e, se possível for, gostaria de mais informações a respeito de meu avô.

Grato pela homenagem ao meu avô.
Anônimo disse...
Que bacana tete. Tem muitos detalhes sobre meu pai que eu não sabia.
A última vez que o Tibério esteve aqui em São Luís, ele contou um pouco sobre meu pai.
Quando menina, pensei que fosse adotada, pois fui a única filha que não conheceu o "mestre Walter". Papai morreu, eu era bebê.
A nostalgia no seu texto é de emocionar. Descobrir uma coisa em comum: adoro receber amigos de fora, leva-los para conhecer São Luís. Acho que puxei ao meu pai.
Bela homenagem. Parabéns!
abraço da prima Cloris.

Cloris Borges de Melo
Ilha de São Luís

Dispersão Poética


A vida, poeta, é um osso duro de roer; mas ainda há um porquê; esses teus sonhos sempre serão a tua razão de ser.

Entrevista com Jeremias

  Reportagem: Cesar Augusto JOSÉ NEVES DA COSTA (Jeremias) – Década de 50 trabalhou com Zé Caboré na Usina Elétrica Maria Bonita  “Jeremias ...