Fonte: florianonews.com
A historiadora e agora mestre em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí, florianense Irisneide Máximo, apresentou sua tese de dissertação nesta terça-feira em Teresina e foi aprovada com louvor tendo ainda seu trabalho indicado pela banca avaliadora para publicação. Faz pouco mais de dois anos que Irisneide saiu de Floriano rumo a Teresina em busca desse desafio.
Sua pesquisa, intitulada como “DESEJO, PRAZER E DOR: faces da prostituição feminina em Floriano-PI entre as décadas de 1930 à 1970” teve a orientação do professor doutor Francisco Alcides do Nascimento.
Segundo o projeto de pesquisa da historiadora florianense, a ideia foi investigar a história e a memória da prostituição na região do cais da beira rio de Floriano. Assim, por meio das memórias as tramas e as sociabilidades existentes neste espaço urbano, a pesquisa abrangeria as três principais Zonas de prostituição, Lajedos, Pau Não Cessa e Sovado do Cão entre 1930-1970.
Irisneide explica que buscou-se através da história oral reencontrar os personagens que protagonizaram esse mundo, fazendo uso de suas memórias para revisitar os espaços e relações sociais desenvolvidas nesses ambientes. “Como estavam situadas principalmente nos arredores do Cais da Beira-Rio essas zonas tiveram intensa movimentação oportunizada pelo dinamismo e navegabilidade do rio Parnaíba”, conta.
3/28/2019
3/26/2019
Faleceu Jardane Rocha
Depoimento de Rosenita Atem
A partida definitiva da amiga Jardane nos faz refletir sobre a linha tênue que separa a vida da morte. Sem palavras para demonstrar a minha solidariedade ao Airton e seus filhos, que de repente ficam sem essa pessoa tão especial que foi Jardane ao longo de sua vida.
Partiu sem alarde, sem se despedir. Deixa uma grande lacuna na nossa cidade.
Quantos projetos alinhavados, quantas coisas que não foram ditas!
Mas os desígnios de Deus são inexplicáveis.
Chegou sua hora amiga.
Peçamos a Maria Santíssima que a conduza para uma morada que Deus tem reservado para as pessoas justas e de coração bondoso. A fé nos diz que você Jardane Rocha está hoje ao lado de Jesus.
Aos familiares que a pranteiam meus sentimentos de pesar pelo seu falecimento.
Fonte: Facebook
3/24/2019
Dispersão Poetica
Essas tuas matas, poeta, são buscas; mesmo que caudalosamente turvas; são teu alimento diário de tuas margaridas; de sonhos, angústias e sofrimentos.
3/22/2019
Neste sábado, Projeto Fim de Tarde apresenta cover de Marília Mendonça
Adicionar legenda |
A Prefeitura de Floriano, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econônico, realizará neste sábado (22) mais uma edição do projeto Fim de Tarde, no Cais da Beira-Rio. O evento que está em sua sétima edição, terá início às 18:00h. A apresentação da noite ficará por conta de Maria Laura, cover da artista nacional, Marília Mendonça.
O projeto, que segue como uma proposta de revitalização do Cais, além de valorizar os artistas locais, já oportunizou diversos cantores e estilos musicais distintos, desde o rock, sertanejo, forró e pagodo, e tem se tornado uma opção de lazer para o florianense, que continuará ocorrendo em frente ao Espaço Cultural Maria Bonita. "Participe, leve a família, convide os amigos e curta música de qualidade, valorizando os nossos talentos", disse Jaqueline Monteiro, secretária de Turismo.
3/20/2019
Retratos da Cidade
Este excelente exemplar fotográfico, ainda consegue exaltar uma certa poesia, graças à inspiração de Agamenon Pedrosa que, naquele momento, expondo-se de um ângulo mais que perfeito, nos mostra, dessa vez, esse belo retrato.
Trata-se do antigo prédio onde funcionou a prefeitura de Floriano no cruzamento das ruas São Pedro com Fernando Marques.
Apesar do asfalto estragar a pureza desse casarão, podemos nos reportar aos velhos tempos.
Precisamos repensar, cuidar do ambiente central da cidade, antes que seja tarde, darmos uma nova realidade, que possa unir o passado, o presente e o futuro de uma maneira mais harmônica.
Antigo Prédio Prefeitura |
Trata-se do antigo prédio onde funcionou a prefeitura de Floriano no cruzamento das ruas São Pedro com Fernando Marques.
Apesar do asfalto estragar a pureza desse casarão, podemos nos reportar aos velhos tempos.
Precisamos repensar, cuidar do ambiente central da cidade, antes que seja tarde, darmos uma nova realidade, que possa unir o passado, o presente e o futuro de uma maneira mais harmônica.
Psicóloga retorna à cidade natal para homenagear as memórias da Usina Maria Bonita e lançar o terceiro livro
No dia 12 de abril, a cidade de Floriano (PI), recebe o evento cultural “Tributo às memórias da Usina Maria Bonita e às marcas sociais”, organizado pela psicóloga e escritora Clinaura Maria de Lima, e em parceria com a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Filha de operário, que ajudou no funcionamento da usina por 19 anos, a escritora tem objetivo de compartilhar experiências culturais, artísticas, musicais, educacionais e
Tributo à Maria Bonita
terapêuticas para todos da cidade.
Nos últimos anos, Clinaura tem se dedicado a organizar eventos culturais para induzir a discussão e divulgação de temas ligados à área de atuação. O terceiro livro “Brisa: A Borboleta de Asas Partidas”, relata a história lúdica da personagem Brisa, uma garota de dez anos, caracterizada pela determinação e persuasão de enfrentar situações de constrangimento, por meio da resiliência. A gratidão à cidade natal foi o motivo de escolha para ser o local do lançamento do livro, que também traz casos de abandono afetivo, rejeição de relações interpessoais e privações.
A autora convida a uma reflexão a respeito da vida e das atitudes, como o caos e a dor em relação ao próximo. Ela afirma a importância de perceber e tratar impactos emocionais e sociais, gerados pela quebra dos vínculos familiares. “Estou fascinada pela experiência de escrever uma obra a partir de um fato real. Narrativas envolventes, descritas em forma de ficção, que muito contribuem para uma reflexão sobre assuntos emblemáticos, de maneira lúdica, criativa e inovadora”, afirma Clinaura.
Além de profissional da área de saúde e educação, tem mais dois livros publicados. “Infância ferida” e “Psicopedagogia: prática, vivências e experiências no espaço escola e clínica”. O evento ocorrerá no Espaço Cultural Maria Bonita, a partir das 19h, e contará com apresentações diversificadas de teatro, música, exposição de fotos, homenagem à cidade, interação com o público e o lançamento da publicação.A Usina Maria Bonita foi um marco de evolução nos anos 20, com a instalação da máquina geradora de luz elétrica para a cidade de Floriano. A antiga usina deu lugar ao Espaço Cultural Maria Bonita, e hoje é um ponto turístico que recebe diversos encontros artísticos. (Fonte: Teodoro Sobral).
3/19/2019
Histórias que o povo conta
RESENHAS DE CHICOLÉ I
AMOR À VIDA
ESTA É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!
CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era Nego Chico Kangury.
Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.
Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.
A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.
Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.
Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.
Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.
Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.
Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.
O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.
Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.
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