7/30/2018
Retratos de Floriano
Matriz São Pedro de Alcântara

Igreja de São Pedro de Alcântara, matriz da cidade de Floriano, um dos mais atraentes templos do Piauí, exaltando seus contornos e encantos nos anos trinta.
Ainda podia-se contemplar os casarões e a praça. Os passaredos ainda sobrevoavam a Princesa. Os meninos brincavam de esconde-esconde e a cidade em seu romantismo expressando seu estado de graça.
Hoje, os encantos são outros. As auroras de antigamente deram lugar para os axés e forrós eletrônicos. Os carnavais, agora, são outros e a folia mudou de lugar.
A noite já não é mais sossegada. Os madrugadores estão soltos por aí dançando às escuras. Estamos caminhando para um extremo galático, que só suportaremos porque há um limite, mas com uma certa esperança: a de alcançarmos a salvação divina.
7/26/2018
Resenhas do nosso futebol
RAIMUNDO BAGANA
BAGANA - ARREPIA, ANTONIO GUARDA! JÁ BATI!
- Como surgiu esse apelido tão interessante?
- Moço, era fumaça demais, não podia vê uma bituca, cigarro, era impressionante!
Raimundo Nonato de Sousa, “Bagana”, nasceu em 16 de outubro de 1942 na rua Hermano Brandão, 64 anos, casado com Dona Maria Helena Sousa, suas filhas, seu encanto! Fala orgulhoso: "consegui forma-las, todas": Célia Regina, pedagoga; Rosa Régia, enfermeira; Flávia Regina, Psicóloga do Detran; e Patrícia Régia, enfermeira; os(as) netos(as): Isabel Cristina, Hildener Carvalho, Laura Helena, Flávio Júnior, Vitória Régia, Bárbara Letícia e Marcos Vinicius. Raimundo Bagana, com 8 anos, já batia um bolão na zaga nos campos do Odorico, Campo do Artista...
- Você continua participando dos eventos esportivos de Floriano?
- Sim, sou comentarista esportivo na Rádio Difusora de Floriano.
- Quais os times que você jogou?
- América de Demerval (Cascalho), Ferroviário, Palmeiras, Comércio e Grêmio.
- E o time que você mais gostou de jogar?
- Sinceramente, era o Palmeiras, principalmente o de 1966.
- Você lembra a formação do time do Palmeiras?
- Fácil, fácil: Bucar, Brahim (Reginaldo), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (jogador marcado por ele, sofria, era um carrapato, osso seco); Zilmar e Bitonho; Reginaldo, Sádica (tive sorte, só joguei do lado dele!), Antonio Luis Bolo Doce (tive mais sorte ainda, esse matava qualquer um!) e Perereca. Jogavam ainda: Petrônio e Osmar.
- Como era o comportamento da torcida do palmeiras?
- Vibrante, não perdia os jogos, estavam sempre do nosso lado, e uma coisa interessante, tinha uns torcedores, que no momento lembro de dois, eram fanáticos: Alcides (Del Bueno) e Cabo Salim, quando o Palmeira ia entrar em campo, eles gritavam! “LÁ VEM OS PIRIQUITOS”, homenagem as camisas verde do time, era um barato, demais!
- Qual o time que vocês tinham com rival?
A resposta foi na ponta da chuteira, com trava!
- Foi o ferroviário, a gente sentia prazer de ganhar deles, era como se fosse um título!
- Teve algum atacante que você tinha dificuldade marcar?
- Bom, como só joguei sempre do lado de Sádica e Antonio Luis Bolo doce, me considero um zagueiro de sorte, pois a dupla desequilibrava, desestruturava qualquer esquema de jogo! Mas Jolimar, irmão de Parnaibano, era difícil, ele escondia a bola, rapaz, quando lembro, me deu muito trabalho danado! Os zagueiros sofriam com ele!
- Bagana e Antonio Guarda eram uma dupla de zagueiros respeitados, e com relação a frase que existe por aí: “UM BATIA, OUTRO ARREPIAVA”, é mito ou é verdade?
- Meu amigo, era verdade, mas era só na bola, as vezes escorregava!
Caramba! É verdade!
Fonte: César de Antonio Sobrinho.
7/24/2018
Espaço Cultural São Francisco
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Espaço São Francico |
Sábado último, estivemos visitando o Espaço Cultural São Francisco, localizado no Mercado Público do Bairro Mafuá. Considerado um dos espaços culturais mais badalado da cidade e o menor no mundo, lá você encontra de tudo.
Suevenieres, produtos e serviços são encontrados por lá e você pode, até, contratar o local para eventos e lançamentos de livros.
Vinís, discos, relógios, gibís, cédulas e moedas antigas, uma vasta relação de produtos e serviços que fazem você garimpar e encontrar o que procura no momento.
O Cícero (foto) é o seu proprietário. Faça uma visita sem compromisso e faça um negócio.
7/20/2018
Retratos de Floriano
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Os Bravos em 1968 |
OS BRAVOS - SURGE UM
EXTRAORDINÁRIO CONJUNTO MUSICAL
Uma multidão aguardava com ansiedade o
lançamento do conjunto OS BRAVOS, logo após o famoso show do cantor da jovem
guarda - Jerry Adriani no inesquecível 19 de outubro de 1968 às oito horas da
noite.
Quando os garotos chegaram no Salão Paroquial,
ficaram admirados com o comparecimento em peso do público; era tanta gente que
não foi possível entrar pela porta principal, os quatro rapazes tiveram que
pular o muro. O apresentador da Rádio Difusora de Floriano, Pedro de Alcântara
Ramos, anunciou: “senhoras e senhores, com vocês - OS BRAVOS...”; foi de
arrepiar, as cortinas se abriram e surgiram os quatros ídolos, com a faixa
etária entre 14 e 16 anos, pulando e tocando a música de entrada, foi um
delírio total. E, para abrilhantar o grande show, em seguida, entrou em cena o
badalado Jerry Adriani.
Nessa mesma noite o conjunto seguiu para tocar
no tradicional Floriano Clube, e outra surpresa, uma multidão os esperava, os
organizadores da festa tiveram que fechar as portas do famoso clube, pois não
havia mais espaço.
Os Bravos eram formados
pelo baixista Irapuam Leal, o guitarrista solo Antonio Alberto (que tinha dois
apelidos: pimentão e rádio globo), o guitarrista base Fábio de Jesus (mora hoje
em Teresina) e pelo baterista Raimundo Neiva (Neivinha); depois, numa segunda
etapa, o baterista passou a ser Levindo Sipaúba.
Tudo começou com a
influência da jovem guarda. E Floriano, como uma cidade de vanguarda, também
participou ativamente dessa fase romântica. Os jovens Irapuam, Marcone (filho
de seu Florentino e irmão de Piruca), Pedro Bispo, Ozires (de Barão de Grajaú)
e Zé Bruno Filho - “ficávamos horas e horas treinando e ensaiando os sucessos
da época e quando um de nós conseguia imitar os acordes e os cantores dos
conjuntos famosos, corríamos para casa de um e de outro para mostrar, era um
barato, mora!” – conta, comovente, Irapuam.
Fatos pitorescos: com o
intuito de buscar reconhecimento do público e ao mesmo tempo um padrinho forte
para patrociná-los a turma, equipada com violões, fazia apresentações nas
entidades como o Lions Club e Câmara Júnior. Os instrumentos musicais foram
comprados pelo dinâmico Vicente Rodrigues (desportista), um entusiasta do
grupo. Os ensaios eram realizados em dois locais, na rua Sete de Setembro, na
residência do sogro de Antonio de Pádua, conhecido como Mata Sete (in memorian)
e na rua Padre Uchôa, no quarto da esquina da casa de Neno Leonias (um grande
incentivador do conjunto), filho de seu José Leonias; O adolescente José Demes
(Ieié) era considerado o mascote, pois estava sempre por perto aprendendo os
acordes, e pouco tempo depois passou a integrar o famoso grupo Viazul. Outros
que acompanhavam, Dílson Barbosa, Genison (conhecido por priquito de ovelha). O
nome da banda surgiu de uma longa lista, que teve entre vários nomes: THE
BIRDS. Nos shows em Barão de Grajaú, os integrantes e os equipamentos do
conjunto atravessavam de pontão (que fama, hein!).
OS BRAVOS tiveram uma
passagem meteórica. Sua primeira etapa durou apenas de outubro de 1968 a maio
de 1969, porém, pelo pouco tempo em cartaz, todos os seus shows eram lotados,
os garotos fizeram apresentações no Floriano Clube, Salão Paroquial, Bar
Carnaúba, Brotolândia, inauguraram as Casas Daher e o Posto São Cristóvão. O
conjunto acompanhou vários cantores famosos, tipo Jerry Adriani, Zé Roberto,
Lindomar Castilho, George Fredman e outras feras da jovem guarda.
Com o sucesso do grupo surgiram convites para
fazer shows em São João dos Patos, Sucupira do Riachão, Barão de Grajaú,
Guadalupe, Itaueira e em outras paragens. Na cidade de Barão de Grajaú, por
exemplo, aconteceu um fenômeno, conta Irapuam - “o clube, local do show, estava
tão lotado, que a gente tocava uma música, parava para afastar a multidão,
voltava a tocar, parava, afastava a multidão e tocava, foi assim durante toda a
apresentação”.
Perguntamos, então, a
Irapuam, um dos idealizadores e fundadores do grupo, sobre algum fato que lhe
marcou. Irapuam, hoje professor na UNED – de Floriano, foi categórico:
“Foram articulados uns
shows nas cidades de Guadalupe e São João dos Patos para arrecadar fundos para
construção do Convento das Irmãs no Colégio Industrial; como era impossível
convencer o pessoal de casa para liberar-me, tive que fazer uma traquinagem: na
sexta-feira saí de casa fardado como aluno Ginásio 1º de Maio e, numa sacola,
escondido, o uniforme do conjunto para tocar no final de semana, foi um sucesso
total, tanto nas apresentações quanto em casa, meus pais não tiveram outra
alternativa, mandou-me, de prima, para Fortaleza. Época boa e romântica, que os
anos não trazem mais!”
LEGENDA DA FOTO - OS BRAVOS NA ANTIGA RESIDÊNCIA DO
EX-SENADOR JOÃO LOBO NA AVENIDA JOÃO LUIZ FERREIRA E ONDE FINCIONOU O INPS NO
ANO DE 1976
Colaboração: IRAPUAM, integrante e um dos
fundadores do conjunto “Os Bravos”, hoje, professor da UNED de Floriano-PI; e
César Augusto (filho de Antonio Sobrinho)
7/19/2018
Clube de Lazer do Sesc é aberto à toda população, esclarece direção da entidade
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Lazer para o publico em geral |
A carteirinha é um facilitador nos custos de atividades pagas, mas mesmo quem não possui a carteirinha, pode desfrutar de tudo igualmente. Para acessar as piscinas, por exemplo, é necessário fazer exame médico no local e pagar uma taxa de R$ 10,00.
O Clube de Lazer do Sesc aberto aos finais de semanas e feriados, com horário de funcionamento das 8h às 17h. O público pode aproveitar de espaços com piscinas, quadras esportivas e churrasqueiras.
O objetivo é oferecer diversão em um local que integre a família e incentive a socialização.
Fonte: florianonews.com
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