6/10/2015

RETRATOS

Colaboração e arquivo: Zé de Tila / César Augusto


ANTONIO LUIZ BOLO DOCE - NA LINHA DA GRANDE ÁREA, ERA FATAL!
 
Craque indo e voltando, muitos atletas da região se espelharam (inclusive Mocó), nessa maravilha de artilheiro, jogador completo, que chutava e driblava com as duas pernas, cabeceava com precisão e com um detalhe: os olhos bem abertos, por isso era um exímio cabeceador (perdia apenas para Chico Macaco). 
 
Estamos falando do inesquecível Antonio Luiz Moreira Nunes, mais conhecido como “Antonio Luiz Bolo Doce” (apelido herdado do seu irmão mais velho, Chico Bolo Doce).
 
Nasceu em Itaueira em 08 de julho de 1944, coincidentemente no aniversário da cidade que o adotou, filho de Luis Nunes e Aratilde Moreira Nunes, conhecida por Dona Tidinha. 
 
Antonio Luiz era funcionário do Banco do Brasil. Casado com ZENEIDE e teve filho único - ANTONIO LUIZ MOREIRA NUNES JÚNIOR.
 
Seu primeiro time foi o Náutico nos anos 50, jogava no campo dos Artistas; no time, jogavam ainda o zagueiro Balinha, o meia armador Dárcio, o tranqüilo e habilidoso quarto zagueiro zagueiro Milton Costa, que trabalhou na Varig e no Supermercado Vende Bem. 
 
Nos anos 60, “Bolo Doce” se destacou no timaço Palmeiras de Bucar (foto): Bucar, Zé de Tila (depois Brahim), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (depois Antonio José Caraolho), Trinta e Petrônio (irmão de Bolo Doce), Osmar, Antonio Luiz “Bolo Doce”, Sádica e Chicolé (Perereca).
 
Depois jogou e fez sucesso também no famoso Ferroviário de Floriano nos anos sessenta.
 
Fatos pitorescos do artista Antonio Luiz: 
 
A rivalidade entre Floriano e Picos sempre chamou atenção, mas um fato inesperado e marcante o deixou feliz, num jogo em que o placar não mostrou a realidade do clássico, pois Picos ganhou de Floriano 5 X 2, com os dois gols de Floriano feito pelo artilheiro Bolo Doce. O jogo foi uma pérola, na quele dia histórico Antonio Luiz estava num dia endiabrado, com jogadas geniais, espetaculares, a torcida de Picos ficara encantada com a maestria e jogadas de rara beleza, jamais vista pelos torcedores, mas tinha dois grandes empecilhos: o goleiro de Picos e as traves, pois a bola não entrava, mas quando as cortinas do espetáculo se fecharam, os torcedores não resistiram: o carregara nos ombros dando uma volta olímpica, foi demais!.
 
O Palmeiras fora jogar em Guadalupe, mas como a estrada estava em péssimo estado (as coisas não mudam, são os mesmos problemass), tiveram de ir numa kombi, pelo Maranhão, o time de Floriano completo com apenas 11 atletas, quando chegaram nas proximidades de Guadalupe, tiveram quee atravessar de canoa. Quando Sadica se viu naquela aventura, disse: 
 
- Eu não vou!
 
A turma, por unanimidade, retrucara: 
 
- Vai, sim!
 
Finalmente, chegaram na concentração às 13Hs e começaram a comer bolacha com guaraná antarctica. Quando começou o jogo, Zé de Tila sentiu um embrulho na barriga, mas como não tinha reserva, teve que ficar em campo. Antonio Luiz fazia um gol e Zé de Tila não acompanhava o ponteiro corredor da bexica lixa, Chico de Hermínia, e o mesmo acontecia com o time adversário, eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentou, foi lá atrás na zaga, pegou no braço de Tila e disse: 
 
- Vai fazer número lá frente, pra vê se a gente ganha o jogo!
Todos caíram na gargalhada!
 
Intermunicipal, outro clássico entre Floriano e Amarante (terra do famoso jogador Papagaio). Os times entram no estádio Mário Bezerra, campo lotado, e surgiu um torcedor fanático com um litro de Whisky (três quinas), chamou Bolo Doce e ofereceu, ele não resistiu, tomou uma talagada, chega o dedo estalou, e puts grila! O juiz viu aquilo e partiu para cima do craque, dizendo que ia expusá-lo e coisa e tal, e já estava nos finalmente, quando goleiro Bucar, grandão, partiu para cima do juiz e disse algumas coisas, o juiz “corajosamente” aceitou o argumento do arqueiro e deixou o craque maior participar do jogo, e ele não decepcionou, valeu o ingresso!
Bolo Doce não gostava de treinar e muito menos de preparo físico. 
 
Gostava de beber, depois do expediente, não relaxava, diariamente das 17hs as 22Hs.6. Seu Luis Nunes, pai de Bolo Doce, era só felicidade quando seus meninos (Antonio Luiz e Petrônio) jogavam juntos, por outro lado era um pesadelo, quando os dois se enfrentavam, pois Bolo Doce, não tinha medo de cara feia, partia para cima, e quando ele fazia o pivô dominando a pelota, era uma zueira total. Mas tinha um zagueiro que não gostava de perder para Bolo Doce, seu irmão Petrônio jogava duro, estudava suas jogadas e realmente dava um trabalho danado para o artilheiro, eram dois gladiadores, porém era um pesadelo para seu Luis Nunes.
 
A camisa 10 do Palmeiras era de Petrônio, mas Antonio Luiz insistia em jogar com ela, era uma disputa acirrada, depois de muita discussão, ganhava no cansaço.
 
O desespero dos goleiros adversários, quando Bolo Doce dominava aredonda na linha da grande área era um espetáculo extra, uma gritaria só: 
 
- Não deixa ele dominar, marca o homem, pelo amor Deus, não deixe virar. Mas depois vinha o mais fantástico de uma partida de futebol, o gooooool, a torcida se deliciava, era um êxtase.
 
FOTO: JOGO EM PICOS - MARÇO DE 1965, SELEÇÃO DE PICOS X PALMEIRAS. EM PÉ: Bruno, Antonio Guarda, Carlos Pechincha, Bagana, Izaías Cabeção, Zilmar, Bucar, Zé de Tila e Abdoral. Agachados: Chicolé (filho de Lourival), Bitonho, Antonio Luiz Bolo Doce, Sádica e Perereca.

6/09/2015

Escola de futebol “Atletas do Futuro” avalia jovens de Jerumenha

Atletas do Futuro
A equipe veio composta pelo diretor da escolinha Lúcio George, Lucimar Feitosa, Luciano Teles, Rafael Henrique e Ítalo Martins (Coordenadores).

O encontro aconteceu no município de Jerumenha e outros, onde diversos atletas, entre 14 e 17 anos já aguardavam a comitiva.

A escolinha trabalha atualmente em Barão de Grajaú e Floriano com cerca de 60 jovens, que esperam um dia serem jogadores profissionais, segundo Lúcio George, o objetivo da visita é fazer uma peneira “escolha”, de jovens que tenham grande potencial no futebol, em seguida eles irão treinar na escolinha, e de lá poderão ser aproveitados por grandes equipes de futebol do Nordeste.

6/03/2015

RETRATOS

AMOR À VIDA


Palmeiras de Bucar - 1967
É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!

CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola, o ponteiro esquerdo da foto quando jogou no Palmeiras de Bucar ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar ChicoKangury de Jerumenha.

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento. 

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.
A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.
Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.
Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.
Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.
Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.
Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier. 

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.

6/01/2015

RETRATOS

Havia, evidentemente, o companheirismo, a dedicação, romantismo e uma participação lírica em torno dos nossos eventos sociorecreativos no contexto educacional.

O Ginásio Primeiro de Maio abraçou, categoricamente, essa causa social e compartilhava, à época, junto a outras escolas, o compromisso esse cívico junto à comunidade local.

O esporte sempre foi uma das portas de entrada significativa no desenvolvimento da educação e da cultura da cidade.

No comando de dona Maria Helena, observamos o Quinto (filho de seu Walter Ramos e irmão de craque de bola Cléber Ramos), o João de Deus, Hélio, o Monteiro fazendo parte e compondo essa dinâmica pontual do conceituado Ginásio.

Precisamos retomar essas iniciativas, de maneira que possamos dar novamente à juventude um futuro com maior compromisso diante dos dias difíceis que estaremos sempre enfrentando.

5/30/2015

RETRATOS

Esse é o time do Comércio Esporte Clube, em 1952, quando disputava uma jornada esportiva  na vizinha cidade de São João dos Patos.

O resultado daquele saudoso encontro, não deu outra, o time do Comércio venceu a partida por dois tentos a um.

Time do Comércio - 1950
Segundo o nosso amigo Fenelon Brasileiro, que trabalhava como cooedenador da equipe, à epoca, o Comércio viajou num caminhão, viagem difícil, mas cheia de resenhas e belas aventuras.

Na foto, podemos destacar e equipe da esquerca para a diretira, em pé, o goleiro Quincas, depois o lateral Tarquinho, os zagueiros Balduíno, Daniel Bicudo, Djalma Macedo e o lateral Rolé.

Agachados, o dirigente Feneleon Brasileiro, o ponteiro direito Adalto, os atacantes Colega, Defala Attem, Babaçu e baixinho Nilton Camarço.

O futebol da Princesa do Sul, naquela época, dava show de bola e havia companheirismo, dedicação e vontade sempre de vencer as adversidades que o esporte proporcionava àqueles guerreiros.

5/26/2015

RETRATOS

AVENIDA GETULIO VARGAS

Av. Getúlio Vargas (antiga Álvaro Mendes)
Carreata que partiu da antiga rua Álvaro Mendes ( atual avenida Getúlio Vargas ), para a inauguração do campo agrícola doutor Sampaio no rumo da rodovia Floriano/Oeiras.

Dos sete automóveis, identificamos os proprietários de cinco deles: Juca Carvalho, José Guimarães, Leônidas Carneiro Leão, Afonso Nogueira e José Fonseca.



A bela imagem retrata os anos trinta, quando havia uma simpática presença de público, o belo arvoredo e a poesia, que nos deixam com saudades da velha Floriano.
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Foto: Floriano de ontem e de hoje / Teodoro Sobral

5/24/2015

Cori completa nesse domingo mais de quatro décadas de existência





Nesse domingo, 24, a Associação Atlética Corisabbá completa 42 anos de fundação.  De acordo com José Bruno, presidente do clube alvinegro que foi uma única vez campeão estadual,  as dificuldades financeiras sempre foram fiéis companheiras do clube florianense.
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Zé Bruno: Dir. do cori-Sabbá

A estreia em campeonatos piauienses há mais de 20 anos foi marcada por entraves ainda hoje cristalizados no clube.

“Campeão numa época diferente em que os craques da cidade era maioria e que sucesso fizeram no futebol do estado do Piauí e fora do Piauí também, mas infelizmente o futebol é isso passam muitas modificações e o Corisabbá tem penado muito pra gente poder manter essa equipe durante muitos anos”, disse o presidente.  Segundo José Bruno, fazer futebol no interior se torna inviável sem apoio.

Fonte: Florianonews.com / Piauinoticias.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...