3/06/2015

RETRATOS

Voltando ao tempo, temos ao lado o nosso antigo Bar e Restaurante Sertã em seu mais belo estilo funcional, com dois pavimentos, época romântica e atração da sociedade florianense no final dos anos cinquenta, quando da administração do prefeito Chico Reis.

Hoje, o cenário é outro. Nossos prédios, casarões e casários da arquitetura antiga, se não tomarmos as providências cabíveis, tendem a desmoronar por total.

Ainda não temos uma política definida com relação à manutenção, revitalização e de defesa do nosso patrimônio. Políticas urgentes, nesse sentido, precisam ser objeoto de estudo e análise para a defesa desse patrimônio que vem sendo delapidado ao longo dos anos.

É claro que temos gente competente, com vontade de trabalhar, técnicos que podem sugerir, opinar, criar projetos para retratar e resgatar a beleza da nossa querida Princesa do Sul.

Ainda há tempo!

3/05/2015

RETRATOS

Rua Padre uchoa
Depoimento: Marc Cruz

Saudades da rua Padre Uchôa, morava em frente uma grande pedra (lajedo), a rua tinha muita areia mas era só seguir reto e dá de cara com o rio Parnaíba.

Saudades dos vizinhos do lado e um pouco mas a frente, D.Maria, Seu Pedro, pais de Creusa esposa de Miguel policial militar, Dona Cezarina mãe do José Carlos que vem a ser esposo de Dona Rosimar, saudades de Lerim e seus filhos Edmilson, Zezinho Toinho, Carmelita, saudades de seu antonio e dona Celé.

Saudades da minha primeira professora Dona Francisca no Colégio Fernando Marques (1973) saudades de Deusdete filho de Dona Florzinha que me levava para ver os blocos de carnaval, saudades do primeiro jogo no Tibeirão, eu estava lá campo sem grama só terra ou barro batido, o adversário era o Tiradentes.

Saudades do meu Padrinho Nelson dos Santos, (NÉ SANTOS), Saudades do meu pai seu Josias e agradecido por minha mãe dona Sinharinha ainda estar aqui conosc.

Saudades do Marconi de Floriano e muito agradecido pelo o Marconi atual com 50 anos anos bem curtidos, Marconi sou eu e após ver tantas fotos de Floriano, momentaneamente mudei o nome para saudades.

Grande abraço.

3/03/2015

RETRATOS

MESTRE WALTER


Depoimento – Tibério José de Melo

WALTER OLTER MELO, o nosso tio, chegou em Floriano, mais precisamente, lá pelos idos de 1944, trazido por papai, Antonio de Melo Sobrinho, que chegara primeiro.

Sei que, em Butiti Bravo, ele chegou a trabalhar numa usina de beneficiamento de babaçu ou de arroz, não sei bem, daí a sua introdução em mecânica de máquinas.

Chegando a Floriano, empregou-se nos negócios do senhor Afonso Nogueira, que na época era empresário e mexia com navegação; então, o tio Walter ficava viajando de Floriano a Parnaíba, navegando os vapores do seu Afonso Nogueira, como mecânico de bordo.

Tio Walter teria ficado noivo com tia Inhá antes de deixar Buriti Bravo e foi buscá-la depois que se firmou.

Lembro, por exemplo, da primeira casa onde morou. Era ali entre a casa de Seu Zé Bem e dona Lourdes Martins na praça do Cruzeiro. Ali eu já me lembro do Djalma e do Divaldo ( seus filhos mais velhos ). Nós, entrewtanto, morávamos na Beira do Rio, ali perto da antiga usina Maria Bonita.

Era muito hábil no conserto de várias coisas, tanto que montou o seu negócio de conserto e aluguel de bicicletas. Com isto, ele criou a sua família com muita dignidade, dando educação, até onde pode, a todos.

Sempre roubavam uma de suas bicicletas, mas dificilmente não as recuperava, indo atrás em outra bicicleta. Tornou-se uma pessoa muito popular devido ao seu negócio.

Tratava-se de uma pessoa muito família. Vivia para a família e para as bicicletas. Todos o chamavam de Mestre Walter. Ah, sim, era muito bem humorado e gostava muito de piadas.

Muito inteligente ( papai diz que era o mais inteligente dos três ), pessoa de vanguarda. Sempre que havia uma novidade na cidade, ele era um dos primeiros a conseguir. Rádio, geladeira, panela de pressão, fogão a gás, coisas do tipo.

Sabia, sempre, o que estava acontecendo no mundo. Tinha opinião formada para tudo, dado que era muito bem informado, ouvindo rádio, ( só saía de casa depois de ouvir todos os noticiários de rádio, principalmente o Reporter Esso ). Ouvia todas as emissoras de rádio.

Lia bastante e proporcionava para todos nós muitos veículos de informação, tipo: revistas como O Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos, quadrinhos etc. Jornal, já era mais difícil mas as revistas eram toda semana. Se mostrava sempre muito reflexivo, tinha resposta para tudo.

Era Espírita como a Maria Serva. Conhecia muito bem a doutrina e frequentava o Centro que ficava no Colégio do senhor Ribamar Leal.

Tornara-se amigo de toda aquela carcamanada do centro de Floriano, como também de todos aqueles comerciantes e da sociedade local. Antes de falecer já estava se incluindo nela.

Sei também que certa vez, quando rapaz, fora preso, devido a uma briga em que se meteu num cabaré da época.

Agora, o tio Walter, acho que por força da sua religião, era muito caridoso e muito bom.
Vivia cercado de menino. Pagava vitamina e cachorro quente no quiosque Mascote de Seu João e de dona Das Dores ( compadres de mamãe ).

No final do dia, era uma molecada enorme para levar as bicicletas para a casa dele. Ali o moleque tinha a oportunidade de andar, de graça, de bicicleta. Pela manhã era a mesma coisa. Muito engraçado.

Lembro-me que na Copa do Mundo de 1958 ele liderava a movimentação ali detrás da Igreja com um rádio instalado na Mascote. Juntava um monte de gente e a frequência do rádio às vezes ficava alta e bem nítida; outras vezes, bem fraca. Era um tal de tanto gol de Didi, Pelé, Vavá e Garrincha, sei lá.

No Chile, em 1962, foi a mesma coisa. Agarra, Gilmar!... Gol de Amarildo!... E o tio Walter lá na Barraca da Alegria, capengando. Ele puxava de uma perna.

Tio Walter e Vovó Serva criaram a Barraca da Alegria. Isto já perto do acidente. Cimentaram parte do quintal da casa da Dindinha e lá se fazia a festa com quermesse com muita gente participando. Vinha até o pessoal de fora. O objetivo era angariar fundos para a manutenção da Escola Humberto de Campos.

Tio Walter era uma pessoa pouco afeita a diversões. Participava de algumas festas no Floriano Clube. Gostava muito de um cinema, um circo, coisas assim. Nunca soube que o tio houvesse ido a um forró, que nem papai. Farra, então, não me lembro. Bebia, socialmente, muito pouco. Não era afeito.

Quando chegava um cantor na cidade, um artista do Sul ele não perdia. De certa forma era uma pessoa recatada, gostava muito de ler e de se informar. Gostava de política, muito.

Lembro que na eleição que elegeu o Jânio para Presidente da República, ele estava na linha de frente da campanha em Floriano a favor do Jânio. Papai e eu éramos Lott. Venceu o Jânio e se cantava muito:

Varre, varre, varre vassourinha
Varre, varre a bandalheira
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira
Jânio Quadros é a esperança
Desse povo abandonado

Jânio Quadros é a certeza
De um Brasil moralizado
Alerta, meu irmão
Vassoura, conterrâneo
Vamos vencer com Jânio

Este jingle é a cara do Tio Walter. Era muito entusiasmado na política.

Apesar de recatado, era muito sociável. Tinha muito prazer em hospedar seus conterrâneos do Maranhão. Jesus ( do Melinho ), Rosemeire, que passavam férias em Floriano, quando elas chegavam, era um frisson danado. Eram bonitas e os rapazes da época queriam pegá-las. O tio levava-as para as festas.

Aqueles carcamanos, seu Tufi, Michel, Hagen, Salomão, Kalume, tinham muito respeito pelo tio Walter. Devem ter sentido muito a sua falta.

A tia Inhá, sua esposa, era um pouco irritada. Também, era muito menino. Todos muito danados e qualquer um perdia a paciência. Vivia com um cinto na cintura para dar umas lapadas quando não aguentava mais. Todo dia era umas três. Mamãe não era diferente. Não sei como estas mulheres aguentavam aquele monte de menino danado. Só no cinturão mesmo, não tinha jeito. Tio Walter, também, não aliviava não, metia a ripa, quando se fazia necessário.

Dia 24, agora, de janeiro, se o Djalma ( seu filho mais velho ) estivesse vivo, faria 60 anos.

O acidente de seu falecimento foi dia 04 de agosto de 1963 por volta de 9 hora da manhã, quando prestava seus serviços à Paróquia local, ali, na altura da loja do Michel Demes: ele pegou um choque e caiu de uma escada, não resistindo ao impacto, provavelmente, da queda.

Na foto, acima, observamos a sua família no ano de 1962, a sua esposa, tia Inhá, o Djalma, o Divaldo, o Waltinho, o Dácio, a Cecília, a Ceci e o João Coimbra.

2/28/2015

RETRATOS

Havia um clima muito bom, compatível para o que compartilhávamos naquele período romântico.

Os anos de 1960, em Floriano, tiveram a sua efervescência natural, o seu apogeu, principalmente dentro do contexto do desporto. O amadorismo era a pauta do momento e diversos líderes postavam sua coragem e determinação na condição e realização dos torneios futebolísticos.

Tinha o Flamengo de Tiberinho, o América de Bezerra, o Fluminense de Fabrício, o Botafogo de Gusto, o Santos de Cuia e, obviamente, o time do São Paulo de Carlos Sá, filho de Geraldo Teles.

Na foto acima observamos os piolhos de bola escalados para aquela tarde briosa do campo dos artistas no ano de 1964, num domingo inspirador para os atletas.

Pedro Hélio, Jolimar, Caçula, Carlos Sá, Gerôncio e Bento, em pé; agachados, Chico do Campo, Beca, Danúnzio, Puluca e Chiquinho, comandando a decisão do torneio.

Tempos que, apesar de acirrados, nos proporcionavam alegria imensa de viver.

2/26/2015

RAIMUNDO FLORIANO LANÇARÁ NOVO LIVRO


O escritor, poeta e historiador Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva lançará, no dia 19 de março deste ano, numa quinta feira, o seu novo livro, o Memorial BALSENSE, que retrata e resgata a história de fatos marcantes e de figuras ilustres que contribuíram para o o desenvolvimento do município de Balsas no Maranhão.

Na verdade, segundo o nosso amigo Raimundo Floriano, "O foco é centrado na cidade de Balsas, nos homens que fizeram a grandeza de sua história e nos fatos marcantes da infância do autor, feliz, cheia de peripércias e arriscosa, como de todo menino sertanejo de seu tempo.

É também uma antecipada contribuição para as comemorações do Primeiro Centenário de Balsas, que ocorrerão em 2018, esperando que outros depoimentos venham à luz".



O local do lançamento de mais este trabalho de Raimundo Floriano, está agendado no Carpe Diem - 104 Sul em Brasília. Contato: raimundofloriano@brturbo.com.br

2/25/2015

Paixão de Cristo de Floriano terá Oscar Magrini, Luigi Baricelli e Elke Maravilha

A encenação da Paixão de Cristo de Floriano (240 km de Teresina) acaba de anunciar Elke Maravilha, Luigi Baricelli e Oscar Magrini como parte do elenco do espetáculo, que este ano, será apresentado nos dias 3 e 4 de abril. O evento é organizado pelo Grupo Escândalo Legalizado de Teatro - Escalet. Oscar Magrini interpretará Caifáz, Elke Maravilha será Herodiades, e Luigi Baricelli viverá Pôncio Pilatos.
O espetáculo mostra momentos marcantes da história de Jesus do batismo à ressurreição. Estima-se que a montagem do grupo Escalet já foi vista por mais de dois milhões de espectadores em mais de 165 apresentações tanto no Teatro Cidade Cenográfica, como em festivais e praças públicas do país. Além disso, ele é considerado o maior evento cultural do Piauí .

Fonte: 180graus.com

2/20/2015

RETRATOS

Colaboração: Professor Luis Paulo Lopes Lopes 

Em 12 de outubro de 1936, Floriano ganhava sua primeira linha regular de aviões, feita pelo hidroavião do Sindikat Condor Lwffthansa - Companhia Alemã de Aviação. 

Esse avião era o "Ypiranga", comandado pelo piloto alemão Herr Hothermounth. Amerissava onde hoje é o Flutuante. Chegava às segundas feiras e retornava âs quartas feiras, com capacidade par 12 passageiros e que depois passou para oito ocupantes. 

A rota: Floriano, Uruçui, Balsas, Teresina, Salvador e Recife. Havia outro aparelho de nome Takutu. 

O agente, em Floriano, era o Sr. Juca Carvalho.

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...