1/31/2015

Carlos Prestes desmentiu jornal da Coluna

Fonte: O passado manda lembranças/Deoclécio Dantas
Luís Carlos Prestes, quando de sua última visita ao Piauí, fez revelação que desmentiu o jornal da Coluna Prestes
Em janeiro de 1970, mês do padroeiro da cidade, visitei Uruçuí, 460 quilômetros ao sul de Teresina. Repeti a visita no ano seguinte, quando conversei por várias horas com o prefeito Ribamar Coelho, ali nascido em 1929.

Coelho cresceu ouvindo relatos sobre a passagem da Coluna Prestes por sua cidade, quando a população, apavorada, fugiu da zona urbana, enquanto os liderados de Prestes saqueavam os poucos estabelecimentos que vendiam gêneros alimentícios.

Dele não ouvi uma única palavra sobre confronto sangrento entre os soldados enviados pelo governador Matias Olímpio e os homens da Coluna, mas eram abundantes as informações dando conta de que os militares do Piauí, tão apavorados quanto a população, desceram o Rio Parnaíba usando precárias embarcações feitas com talo de buriti.

Em 1995, no seu livro “As Noites das Grandes Fogueiras”, o jornalista Domingos Meireles revela que, na sexta-feira, 6 de novembro de 1925, “As forças comandas por Prestes e Siqueira Campos avançam, pela outra margem do Rio Parnaíba, do lado do Piauí, para alcançarem Uruçuí, um os portos fluviais mais importantes da região”.

Ainda de acordo com o livro de Meireles, “O tenente do Exército Jacob Manuel Gaisoso e Almendra, chefe de Polícia de Teresina, comanda pessoalmente um grupo de 40 soldados da PM do Piauí, com a missão de barrar o avanço das tropas rebeldes na cidade de Benedito Leite. A retaguarda legalista, com 1.500 homens do Exército, está entrincheirada do outro lado do rio, em Uruçuí. O tiro de parabélum de um dos homens do destacamento de Djalma Dutra soa como disparo de um canhão.
Os rebeldes usam uma munição especial que faz muito barulho, por eles apelidada de “inquietação”. O pânico envolve tanto a tropa de Benedito Leite como a de Uruçuí, que fogem, enlouquecidas, abandonando armas e equipamentos”.

O livro também ressalta que “Os soldados estão assombrados com história de uma preta velha feiticeira que dança nua entre as metralhadoras dos revolucionários. A lenda espalha-se rapidamente pelo Vale do Parnaíba e chega à capital do Piauí”.

Passados 90 anos desse jocoso episódio, leio uma cópia do jornal “O Libertador”, editado pela Coluna Prestes, em gráfica de Floriano, no dia 25 de dezembro de 1925.

Na primeira página desse jornal, que pertence ao historiador Cristóvão Augusto S. de Araújo Costa, editor da Coleção Florianeses, aparece editorial do qual destaco o seguinte trecho: “À uma de oito, o inimigo começou a recuar, procurando embarcar em navios que se achavam um pouco abaixo da Vila de Uruçuí, e quando amanheceu, fugia desabaladamente, muitos em canoas e balsas de talo de buritizeiros e outros por terra, abandonando armas, munições, barracos e tudo quanto pudessem estorvar-lhes a formidável fuga, bem como numerosos feridos e PARA MAIS DE DUZENTOS MORTOS”.

Nada mais falso. O próprio Luís Carlos Prestes, quando de sua última visita ao Piauí, fez revelação assim descrita pelos editores de fascículo publicado pelo jornal O Dia, quando do transcurso dos 160 anos de Teresina: “Já idoso, esteve em Teresina, a convite de estudantes universitários. Palestrou e riu muito, relembrando dos soldados de Gaioso que teriam corrido com medo dele em Uruçuí”.

No mesmo fascículo, manchete de capa ironiza o Piauí no episódio de 1925: “Governo, polícia, população civil: todos se pelam de medo. Também o bispo?” 
Nenhuma linha sobre a “sangrenta batalha” descrita pelo editorial do jornal da Coluna Preste, em sua edição de 25 de dezembro de 1925.

Aliás, o único fato de repercussão quando da passagem daquele grupo pelo Piauí, foi a prisão, efetuada pelo major Antônio Costa Araújo, do capitão Juarez Távora, um dos mais influentes homens da Coluna liderada pelo ”Cavaleiro da esperança”.
Foto: Acervo pessoal Cristóvão Augusto S. de Araújo Costa) - Jornal “O Libertador”, editado pela Coluna Prestes, em gráfica de Floriano, no dia 25 de dezembro de 1925

1/29/2015

FALECEU O NOSSO AMIGO BOBÔ

Depoimento: Marcelo Brandão

O NOSSO ADEUS A EDVALDO DE MOURA LIMA (BÔBO)!

Hoje amanheci mais pobre e muito triste com o desaparecimento prematuro do meu amigo/irmão Edvaldo (Bôbo). Pobre, porque entendo, que a maior riqueza que podemos construir nesse plano espiritual são as verdadeiras amizades. E Bôbo, foi um grande amigo, e porque não dizer, um grande irmão.

Fomos vizinhos por muitos anos, tivemos o privilégio de desfrutar do seu convívio durante a infância e adolescência. Jogamos muita bola na quadra da Escola Normal, banhamos no Parnaíba, viajamos, etc. Fundamos juntamente com o meu irmão Cesar Brandao, a PECAN,FAFIPAROPA, FAFIPACOPA, BAFÓDIA. 

Edvaldo era um cara de uma inteligência invejável, muito criativo e brincalhão. Todas as vezes que nos reencontrávamos, sorríamos bastante, relembrando as nossas peraltices de adolescentes. Como é difícil acreditar e aceitar a idéia dessa separação ! Esse é o lado ruim da vida!

Que você descanse em paz, você é um amigo que sempre será lembrado por mim e por todos os meus familiares, a nossa amizade é imortal !


" AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR NO LADO ESQUERDO DO PEITO, DENTRO DO CORAÇÃO "


" QUALQUER DIA AMIGO EU VOLTO PRA TE ENCONTRAR, QUALQUER DIA AMIGO A GENTE, VAI SE ENCONTRAR "

CARNAVAL É UMA FESTA SEM DONO



Artigo: Jalinson Rodrigues - poeta e jornalista

O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda. Na foto ao lado, flagrante de dois grandes carnavalescos do carnaval romântico de Floriano: Carlos Pechincha e Clovis Ramos.


O carnaval em Floriano sempre foi frenético, alegre e convidativo. Em todas as épocas conquistou posição de destaque entre as folias do Piauí. Com o passar dos anos se tornou referência para os roteiros de viagens de muitos brasileiros.

A história do carnaval é a saga da alegria. Este período de festas profanas existe desde o mundo cristão medieval. Nos primórdios, iniciava geralmente no dia de Reis e se estendia até a quarta-feira de cinzas, data que começavam os jejuns da Quaresma. Eram manifestações pela liberdade de atitudes críticas e eróticas. Outra origem para o carnaval está há mais de 2000 anos, quando na Europa, no mês de março, era comemorada a chegada de bons tempos para a agricultura. Como festa popular, o carnaval não tem uma origem exclusiva e durante a sua existência passou por muitas inovações.

As primeiras festas com características de carnaval, no Brasil, aconteceram no período colonial e foram chamadas de enduro. Era uma brincadeira grosseira, com a finalidade de atirar baldes d’água, misturas de bebidas, pó de cal e farinha entre os participantes. Este formato de carnaval agressivo estimulou as festas de salão, por volta de 1840, inspiradas nos bailes de mascaras europeus. Neste cenário surgem os confetes, rodelinhas multicores de papel, que atirados entre foliões representavam amabilidade e galanteio. Com a miscigenação étnica e a formação de uma cultura plural, o carnaval no Brasil escreve uma história com diferenças regionais.

Em Floriano, no Piauí, o surgimento do carnaval foi assim também: manifestações de rua, festas privadas, depois bailes em clubes. A expressão carnavalesca do florianense é tão histórica que em 1940 o bloco “Os Águias” participava da festa tocando pelas ruas marchinhas, com percussão e violão. Na década de 1960 o bloco “Os Malandros” teve bastante destaque com seus entrosados passistas e sambistas. Nas décadas seguintes, 70 e 80, foi mantida a efervescência da nossa folia de rua. Os imemoráveis bailes aconteciam no Comércio Esporte Clube, Floriano Clube e, posteriormente, também na AABB. Existia neste período o Bloco dos Sujos, que mesclava algumas características do enduro colonial com o carnaval moderno de flertes e paixões. Era um carnaval tão simples: bastava uma velha camisa, um calção e um tênis “já sambado”. A festa estava feita e o Reino de Momo instalado.

Nesta evolução de ritmos e ritos consumistas, os blocos se transformam em escolas de samba. Atualmente vivemos o carnaval das massas, quando milhares de pessoas ocupam a cidade gerando, assim, o turismo de eventos. A chegada dos blocos, com trios elétricos, difundindo a música baiana “axé music”, nos anos de 1990, trouxe para a nossa festa o folião turista.
O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda. São cinco dias de festa na maior tranqüilidade. Neste cenário, o Rio Parnaíba tem fundamental destaque. Possuímos ainda infra-estrutura limitada para uma atividade industrial do carnaval. Na minha singela opinião, as agências governamentais tratam o turismo como uma agenda de eventos e esquecem a qualidade de vida de quem vai chegar e de quem mora no local.
Na trajetória do carnaval daqui, a hospitalidade da cidade é marca registrada. Muitos jovens e famílias de florianenses, que residem em outras cidades, planejam as férias para Floriano no período do carnaval, oportunidade para encontros de gerações.
Contudo, o carnaval é a grande folia popular do florianense. É uma festa sem dono.

1/27/2015

RETRATOS


Mais uma preciosidade, enviada pelo nosso amigo César do Bloco Os Piratas. 

No caso, exalta o grande sucesso da banda "Os Geniais", formada por Orlando (cantor), Carraspano, Mascarenha, Cancão, Vandin, etc...

"Os Geniais" era do Crato-CE, volta e meia tocava direto em Floriano, foi ficando, ficando, quando acordou já não dava para sair. 

O Floriano Clube era o ponto de encontro da galera, e o público era cativo, o salão era cheio do início ao fim da festa. 

Orlando com a sua voz espetacular, além de romântico e tinha um repertório que chamava atenção; mas lá pelas tantas com algumas doses, havia uma canção que ele gostava tanto, que repetia várias vezes durante o baile,mas para não chamar atenção, ele usava um artifício para repetir: Ele, com aquele vozeirão todo, dizia: "A PEDIDOS", esta frase ficou na história dos bailes florianenses! 

Reportagem: César de Antonio Sobrinho

1/24/2015

Coleção MEMÓRIA DO FUTEBOL

Na noite desta sexta-feira(23) o jornalista Severino Filho(Buim) lançou o volume número 1 da Coleção Memória do Futebol Piauiense, no Clube dos Diários e contando com expressiva presença de esportistas de todos os segmentos do nosso futebol, como imprensa, dirigentes de clubes, dirigentes da AGAP, dirigentes dos esportes amadores, representantes da arbitragem e do Tribunal de Justiça Desportiva e da Federação de Futebol do Piauí, inclusive o presidente Cesarino Oliveira e o vice Robert Brow.
Outra presença destacada foi Alfredo Nunes, um dos mais importantes dirigentes do futebol piauiense em todos os tempos e vice-presidente da CBF durante vários anos.

O volume 1 da coleção vem  destacando: homenagem especial a Carlos Said, pioneiro da imprensa esportiva piauiense; histórico da Federação de Futebol do Piauí;  ídolos eternos, como Aluísio, lateral do Piauizão na campanha do tetracampeonato, e Gringo, ídolo da torcida do Flamengo; meu jogo inesquecível nos relatos de Aroldo Francisco e Manuel Claro Araújo;  dicionário dos campeões com detalhes das carreiras de mais de 20 grandes nomes do nosso futebol; o campeonato piauiense de 1960, com súmulas de jogos; o Tiradentes na Série A do Campeonato Nacional de 1973, na memorável campanha do Amarelão da PM; aconteceu... e foi notícia de jornal.

É mais um trabalho de enorme valor do jornalista e historiador Severino Filho, merecedor de todo o apoio dos esportistas do nosso Estado. (Fonte: Cidade Verde / Dídimo de Castro)

1/22/2015

RETRATOS

Estes flagrantes aconteceram dia 13.12.21971, na Matriz São Pedro de Alcântara, numa missa celebrada pelo pároco Padre Pedro Oliveira. Detalhes: O Ginásio Primeiro de Maio - GPM, prestes a completar 58 anos de fundação,  andou sempre na vanguarda, as solenidades de aniversários e os desfiles em datas históricas sempre chamaram atenção da comunidade Florianense, pela organização, disciplina, elegância, performance, tradição e benefício para a cidade de Floriano-PI. 

O  GPM foi administrado no final da década de 60 e início da década de 70, pela competente Profª Maria Helena Siqueira, uma amarantina que deixou sua terra natal para implantar uma nova visão sobre o ensino, e, deixou   sua inesquecível marca, na diretoria tinha ainda Maria Angélica e o incorruptível fiscal  João de Deus Barbosa, o mesmo ficava feliz quando “entregava” os alunos desobedientes, e não titubeava, mandava para diretoria, só que a Profª Maria Helena, inteligentemente  ao invés de dar “suspensão”, punia os alunos com “banca de estudo”, pois todos ganhavam com esta atitude, os alunos não tinham folgas para “malandrar” pelo contrário tinha que encarar o livro e prestar conta do que aprendeu, interessante, né?

Quanto aos professores a equipe era de tirar o chapéu, Dr. Clementino, Rubenita, Mariquinha,
Lurdinha, Neusa Matos, Sargento Geraldo, Jovita, dentre outros.


Eram duas turmas com alunos(as) de primeira qualidade com um belo índice de profissionais  formados em diversas áreas, como: médicos, odontólogos, engenheiros, agrônomos, advogados, militares, administradores, contadores, além outras áreas: empresários, políticos, funcionários públicos (federal, estadual e municipal) ... o interessante que grande parte residem em Floriano e Região.

Reportagem: César Augusto Sobrinho  

1/21/2015

Entre o amor e o desgosto, Sinésio lembra sua passagem pelo futebol

O Diabo Loiro foi um dos grandes nomes do futebol amador de Petrolina-PE. Desgostoso com o esporte, o ex-jogador diz que não vai ao estádio há 30 anos

Por /Petrolina-PE

Em 1958 a Seleção foi até a Suécia e mostrou ao mundo o verdadeiro futebol brasileiro. Dentro do time dirigido por Vicente Feola, o menino Pelé começava a trilhar seu caminho real. No mesmo ano, mas sem o mesmo glamour, na cidade de Petrolina, no sertão pernambucano, um menino de cabelo amarelo, cheio de habilidade, iniciava sua carreira no esporte mais popular do mundo. Sinésio Valeriano Silva defendeu as camisas do Caiano, América e outros times da cidade, além de ter defendido uma equipe profissional do Piauí. Como muitos que jogaram na sua época, não ganhou dinheiro com o esporte. Hoje, aos 71 anos, deixa escancarada as mágoas que guarda do futebol.
O Diabo Loiro na época em que jogova pelo América de Petrolina (Foto: Emerson Rocha)O Diabo Loiro na época em que jogava pelo América de Petrolina (Foto: Emerson Rocha)
 
– Do futebol eu nunca arrumei nada. Naquela época a gente recebia objeto. Jogava por uma bicicleta, uma geladeira. No Caiano não, lá eu tinha meu salário, porque tinha um emprego – lembra Sinésio, com certa melancolia.

A tristeza com o esporte fez com que Sinésio deletasse da memória os vários gols que marcou. Porém, olhando para a parede de sua casa, é possível ver algumas fotografias da época em que brilhava nos campos petrolinenses. O nome dos antigos companheiros saem com enorme facilidade.
– Eu não lembro dos gols que eu fiz, nem dos títulos. Tem aquele ali (apontado para a fotografia na parede de casa), foi o tricampeonato do América, mas eu já estava jogando em Teresina, mas vim botar a faixa porque eu tinha sido campeão. O que eu lembro é aquele ali, uma época boa, que tinha Rubenílson, Carlos Henrique, Elmo, Bosco, era um timaço.

A cor dos cabelos deu a Sinésio o apelido pelo qual é conhecido até hoje. O batismo foi feito por um antigo narrador esportivo de Petrolina.

– Quem botou o apelido de Diabo Loiro foi Foguinho. Ainda hoje a maioria dos conhecidos meu me chamam desse jeito– diz Sinésio.

O Diabo Loiro (Foto: Emerson Rocha)O Diabo Loiro hoje (Foto: Emerson Rocha)
 
Dentro de campo, o Diabo Loiro infernizava as defesas, mas não tinha posição definida nas quatro linhas.

– Naquela época não existia o 4-2-4, mas a gente já fazia o 4-3-3. Eu estava na defesa, jogava como ponteiro esquerdo, como centroavante e voltava. Todo mundo jogava, não é que nem hoje. Está vendo a Seleção como está? Naquele tempo tinha futebol.

Sinésio jogou bola até 1975. O Diabo Loiro ainda teve algumas passagens como treinador, mas a experiência só serviu para aumentar as mágoas que carrega do esporte.

– Teve uma época que eu treinava o América, era final. No dia do jogo, era a última partida, Palmeiras e América, aí nós estávamos quase na hora do jogo, já nos preparando para ir para o campo, quando o presidente do América trouxe Geraldo Olinda para treinar o time. Aquilo para mim foi mesmo que dar uma facada no meu peito. Eu estava treinando o time e na última hora de botar o time em campo o cara chega com outro treinador – lembra Sinésio.

Bastante chateado, Sinésio nem assistiu ao jogo. Saiu do estádio e ficou pela rua. No final da partida, sabendo do resultado, ele lavou a alma.

– Eu não vim nem em casa. Fiquei desgostoso pela rua. Eu disse que iam perder o jogo. O Palmeiras ganhou de 1 a 0. Essas coisas assim que aconteceram eu nem gosto de falar.

Desde quando largou o futebol, Sinésio garante que não pisou mais no estádio de Petrolina. Em 30 anos, a exceção só foi quebrada em uma única vez, dada a insistência de amigos e vizinhos. Na ocasião, o ex-jogador foi ver o filho atuar pela Seleção de Petrolina.

Parte das lembranças que Sinésio guarda do futebol estão na parede de casa  (Foto: Emerson Rocha)Parte das lembranças que Sinésio guarda do futebol estão na parede de casa (Foto: Emerson Rocha)
 
 – Para não dizer que eu nunca vi meu filho jogando, teve um jogo da Seleção de Petrolina contra o Sport Recife, que os caras pelejaram para eu ir. Terminei indo, parece que foi 1 a 1 o jogo. Não aguentei ficar até o final, no segundo tempo fui embora. Perdi o gosto – afirma o Diabo Loiro.
Sinésio conta que só acompanha o futebol pela TV. Em relação a atual situação do esporte petrolinense, o ex-jogador do Caiano não vê com bons olhos.

– O futebol de Petrolina não tem um patrocínio, não tem nada, manda buscar jogador fora. Você vê Salgueiro, que a vista de Petrolina é uma cidade pequena, mas com um futebol que representa bem.
Mesmo com o desgosto que tomou pelo futebol de Petrolina, Sinésio deve ser lembrado por tudo que fez dentro de campo. O Diabo Loiro fez gols, ganhou títulos, fez amigos, sofreu nas mãos de dirigentes. Parte desse passado, que ele as vezes prefere não contar, hoje está na parede de sua casa, em cinco ou seis fotografias.

– Eu não tinha nenhuma lembrança, me desgostei. Mas, agora que cheguei na idade, resolvi botar esses retratos, para quando eu morrer, os bisnetos saberem – conclui o Diabo Loiro.

Fonte: Globo Esporte/Globo.com

Tragédia da aviação piauiense, que tirou a vida de Raimundinho Caboré

O aeroporto de Cangapara era pequeno para o intenso movimento de aviões que nele pousavam e decolavam no ano de 1964 e, mais intensamente, e...