7/20/2012

Título do Campeonato Florianense fica com o América

 
América - Campeão 2012
Um gol nos minutos finais, assinalado pelo volante Maycon, garantiu ao América, o título de campeão do Campeonato Florianense de 2012. O jogo final da competição, disputado no Estádio Tibério Nunes, em Floriano, diante do Clube Atletas do Futuro, terminou com a vitória americana pela contagem mínima. 

Atletas do Futuro - Vice Campeão
O primeiro tempo foi de supremacia do Clube Atletas do Futuro, que criou as melhores oportunidades, mas parava nas mãos do goleiro Fernando. O América só ofereceu perigo quando, em jogada originiada de bola parada, Júnior Cazega cabeceou fraco e Elcinho fez uma bela defesa. Mas a medida em que o tempo se passava era notorio que as duas equipes tinha uma certa cautela e por esse motivo o primeiro tempo terminou 0 x 0.
No segundo tempo, mudança no comportamento do América, que melhorou a marcação e passou a pressionar o adversario. A melhor chance de gol da fase complementar, porém, foi do Atletas do Futuro, nos pés de Elton Piôr, que recebeu livre de marcação na entrada da grande area, mas chutou fraco e Fernando defendeu.

Quando tudo parecia crer que a decisão iria para os pênaltis, Maycom rouba uma bola no meio campo e, depois de conduzi-la até a intermediaria, fez a tabelinha com Niltinho, recebeu de volta e chutou da entrada da pequena area, sem chances para Elcinho. América 1 a 0, América campeão.

FICHA TÉCNICA

AMÉRICA 1x0 CLUBE ATLETAS DO FUTURO (Campeonato Florianense 2012 - Final); Data: 14/07/2012 (sábado à noite); Local: Estádio Tibério Barbosa Nunes (em Floriano); Arbitragem: Ronaldo Rodrigues, auxiliado por Epitácio Leite Sobrinho e Hilton José Barros.

Renda: R$ 1.340,00 com 268 pagantes.

Gol: Maycom 42 do 2º tempo.

Cartões Amarelo: Douglas, Bitonho, Alan (CAF), Rafael, Maycom, Niltinho (Ame)

América - Fernando; Rasquinha (Francisco), Jader, Camilton e Rafael; Tiago, Maycom, Junior Cazega e Helder Roberto (Wesley); Cristian (Sérgio Ricardo) e Pititi (Niltinho). Treinador: Carlos Cazega.

Clube Atletas do Futuro - Elcinho; Jeferson, Pica-Pau, Alisson e Douglas (Juninho); Patchuca, Bibio, Bitonho (Edimar) e Alan (Merson); Elton Piôr (Tiago Rodrigues) e Wanderson. Treinador: Lucimar Feitosa.
 
Fonte: site do Buim / Informações e fotos - Agostinho Cavalcante - Sport News

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

A COLUNA PRESTES NO PIAUÍ ( texto de 2008 )

A Coluna Prestes foi o resultado de um levante militar que eclodiu no sul do País contra o arbítrio do governo e se irradiou por todo o Brasil.
Coluna Prestes no Piauí
1925

Depois de percorrer todos os Estados, a Coluna chegou ao Maranhão, procedente de Goiás, ocupando as cidades de Carolina, Picos ( Colinas ), Mirador, Passagem Franca, Pastos Bons e Benedito Leite. Depois do confronto de Uruçuí, cuja vitória coube aos revolucionários, estes chegaram ao entardecer do dia 18 de dezembro de 1925 à Vila Fronteira de Barão de Grajaú, transpondo na mesma noite o rio Parnaiba e ocupando Floriano.

Como a cidade estava deserta, ocuparam no dia seguinte, algumas casas abandonadas na fuga dos seus moradores. No palacete do senhor Heitor Leão (1) instalaram o Quartel General ( QG ), sob o comando supremo do General Miguel Costa, depois que deram início ao saque da cidade. Começaram pela Mesa de Rendas (2), uma espécie de alfândega por onde transitavam as mercadorias destinadas á cidade, localizada estrategicamente à beira do rio Parnaiba. Arrimbaram o portão principal e retiraram todos os artigos de que necessitavam, distribuindo o resto com a população pobre. Em seguida, visitaram os estabelecimentos comerciais. A Paulista (3), Cristino Castro & Irmãos (4), O. Ribeiro & Cia (5), Casa Silva, Almir Nóbrega Passarinho, Raimundo Neves Ataíde (5), Farmácia Sobral (6) de onde retiraram farta quantidade de mercadorias. À noite, houve um comício com pequena assistência em virtude da fuga dos florianenses. Falaram na ocasião o padre Manoel Macedo, Pinheiro Machado e o deputado baiano Benedito Santos, evadido das hostes de Totó Caiado.

No dia 24, véspera de Natal, o General Miguel Costa enviou um telegrama ao Presidente da República, Artur Bernardes, comunicando-lhe ter orndenado a suspensão das hostilidades à 25 para que neste dia não se derramasse sangue no território nacional.

No dia 25 foi impresso o jornal " O Libertador !, edição de nº 9, cujos redfarores foram Pinheiro machado, Lourenço Moreira Lima e o Padre Manoel Macedo.

No dia 26 abandonaram Floriano, rumando para Teresina, onde ali Juarez Távora foi preso pelo General do Exército Costa Araújo, pai do doutor Lineu Araújo (7).

A Coluna Prestes era formada por militares, cujos nomes, por sua conduta intocável, serão sempre lembrdos e enaltecidos pelos brasileiros: General Miguel Costa, Osvaldo Cordeiro de Farias (8), Luioz Carlos Prestes (9), Juarez Távora (10), Siqueira Campos, Djalma Soares Dutra, Ary Freire, Adalberto Granja e muitos outros.

NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES

1) O referido palacete era localizado onde hoje está situada a agência do Bradesco na avenida João Luiz Ferreira;

2) Onde hoje está instalado o Terminal Turístico, o primeiro prédio construído na cidade por Agrônomo Parentes;

3) A Paulista, que depois se transformaria nas Lojas Pernambucanas, localizada na praça Sebastião Martins, esquina com a avenida Getúlio Vargas;

4) De propriedade do ciddão com omesmo nome, irmão do senhor Mundico Castro,Luiz, Agripino, Ciro etc;

5) Membro da Loja Maçônica Igualdade Florianense, comerciante influente;

6) Tradicional estabelecimento farmacêutico, que ficava onde está funcionando uma lotérica onde, anteriormente, funciounou a agência da Caixa Econômica Federal. A referida farmácia era de propriedade do doutor Teodoro Ferreira Sobral, ex-Prefeito da cidade nas décadas de 1920/1930 e que empresta o seu nome ao Laboratório Industrial de propriedade de Teodoro Ferreira Sobral neoto de quem era avô;

7) Grande médico piauiense que, salvoengano, desempenhou, também, o cargo de reitor da Universidade Federal do Piauí;

8) Herói da FEB - Força Expedicionária Brasileira, integrante da base aliada que combateu o nazismo nos campos da Itália na segunda grande guerra mundial;

9) O grande líder comunista dos anos de 1930 e que, por muitos anos, viveu na clandestinidade por ser o chefe, no nosso País, do Partido Comunista;

10) Militar, como Osvaldo Cordeiro de Farias e que nos anos de 1950 disputou uma eleição para a Presidência da República sem sucesso.

EXPLICAÇÕES SOBRE AS PESSOAS E LOCAIS CONSTANTES DESSE FATO DE AUTORIA DA DOUTORA JOSEFINA DEMES DE SAUDOSA MEMÓRIA

1) PALACETE DO SENHOR HEITOR LEÃO - Era ali onde está edificada a Agência do Bradesco;

2) A MESA DE RENDAS - Funcionava onde hoje está instalado o Terminal Turístico;

3) A PAULISTA - Loja que posteriormente foi transformada nas Lojas Pernambucanas e que por muitas décadas funciounou na esquina da praça doutor Sebastião Martins com a avenida Álvaro mendes, hoje Getúlio Vargas;

4) CRISTINO CASTRO & IRMÃOS - Casa comercial que pertencia ao cidadão que lhe emprestou o nome, irmão do senhor Mundico Castro de quem, certamente, era irmão. Cristino Castro, slavo enganoum dos fundadores ou integrantes da Associação Comercial do Sul do Piauí, foi um desbravador da região Sul do Estado do Piauí, instalando em Nova Lapa ( hoje Cristino Castro em sua homenagem ), instalando ali uma grande usina de beneficiamento de algoão que para o transporte do produto construiu estradas e pontes no trecho Floriano / Nova Lapa, para uso da sua frota de veículos.

5) RAIMUNDO NEVES ATAIDE - Influente comerciante da cidade, tendo participado de várias diretorias da Loja Maçônica Igualdade Florianense de quem era membro efetivo;

6) FARMÁCIA SOBRAL - De propriedade do senhor Teodoro Ferreira Sobral, pai do doutor Amílcar Ferreira sobral e avô do Industrial Teodoro Ferreira sobral neto, que como ele mantém em nossa cidde um complexo no fabrico de medicamentos;

7) LINEU ARAÚJO - dedicado médico piauiense que deu o seu nome a uma árera de saúde em Teresina;

8) GENERAL OSVALDO CORDEIRO DE FARIAS - Um herói da FEB - Força Expedicionária Brasileira, que integrou as forças aliadas na segunda grande guerra mundial no combate as forças militares da Alemanha nos campos de batalha na Itália nos anos quarenta;

9) LUIZ CARLOS PRESTES - Um dos grandes líderes comunistas do Brasil e que pela sua obstinação de amor pelo Brasil faz parte da nosssa história.

FAMCC realizou sorteio de apartamentos do Condomínio Catumbi


Condomínio Catumbí

Foi realizado nesta quarta-feira (18), mais uma reunião para o sorteio e entrega dos 56 apartamentos do Condomínio Catumbi, em Floriano.

De acordo com a presidente da Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários (FAMCC), Neide Carvalho, foi apenas a primeira etapa de localização, pois é necessário o endereço para realização do contrato com o Governo Federal através da Caixa Econômica.
“Fizemos o sorteio e cada beneficiado já sabe o seu endereço, inclusive foram no empreendimento para fazer a fiscalização e verificar se existe alguma irregularidade, porque o que não tiver ok a construtora terá que melhorar.

Essa também é a diferença que a gente queria, que Floriano compreendesse da diferença de um programa que é via entidade de um programa que é administrado pelo governo, ou seja, pelo município ou construtora”, disse Neide Carvalho.

Fonte: florianonet

7/19/2012

Católicos iniciam festejos de Senhora Sant'Ana em Floriano

Teve início nesta terça-feira (17), os festejos de Senhora Sant’Ana, no bairro Campo Velho, em Floriano. A abertura aconteceu com uma alvorada festiva e um café da manhã.
À noite aconteceu a celebração eucarística com os noitantes de todas as comunidades que são abrangidas pela Paróquia de Sant’Ana e Associação de moradores do bairro Campo Velho.
Durante os festejos, acontecerão Missas a partir das 19 horas, batizados, coroação das princesas, leilões, rifas e barracas com comidas típicas.Todas as noites os fiéis lotam a igreja participando ativamente da Missa, que a cada dia é organizada por grupos e pastorais diferentes.
O encerramento dos festejos acontece no dia 26 de julho, com uma procissão e missa festiva.
Fonte: 180 graus

7/17/2012

FLAGRANTES

No flagrante, a importante sede da Augusta Loja Maçônica Igualdade Florianense. Esse templo foi construído por volta dos anos 1921. Antes, construção simples, foi modificado pelo Grão-Mestre José Dutra, que foi um dos baluartes da Maçonaria em Floriano. Retirou-se a beira-e-bica e foram feitas platibandas.

A construção se apresenta com três frontões no formato triangular, já envolvendo toda uma simbologia. No vértice dos triângulos encontramos vários símbolos: o Grande Olho, sinal de sapiência, além da meia-lua que deve significar Evolução, bem como a Estrela Flamejante, que irradia luz.

Existem inscrições outras e, abaixo dos triângulos, nas fachadas laterais e alientes, há símbolos esculpidos na parede e que representam artefatos próprios da arte de construir ou arte de pedreiro. A entrada do templo fica em recuo, e mais alta, por conter, além da porta principal, janelas laterais baixas. As esquadrias e as venezianas, são feitas de madeira. As bandeiras são decoradas com pequenos ornatos simbólicos. Acima das esquadrias foram feitos ornamentos triangulares em massa.

Na foto vê-se detalhes de um pequeno jardim protegido com grades de madeira que, atualmente, foram substituídos por muro, por medida de proteção. No flagrante, vemos um ajuntamento de pessoas, na maioria crianças, em frente à Loja. Talvez seja alguma comemoração cívica ou uma festa beneficente. Aparecem bandeiras e estandartes. Vale lembrar, de passagem que a casa que tem janelas abertas, do lado direito, é a residência do doutor Djalma Nunes.

Estima-se que essa tomada fotográfica seja da década de 1940. Atualmente, esta construção está preservada e com pinura nova. Continua a sediar essa nobre confraria que tem sua história atrelada à própria histíoria da humanidade. Falando-se de Floriano, a Maçonaria teve e tem umsignificado todo especial e sua existência está inteiramente ligada à história de Floriano.

As finalidades da Maçonaria são as mais nobres e sublimes. Seu maior condão será ode fazer de cada um de seus membros um exemplo e uma pedra angular na construção de uma sociedade igualitária, justa e fraterna, plena de todas as virtudes.

A propósito, vamos transcrever o pensamento do Padre José S. Nascimento Farias a respeito da Maçonaria: "A Maçonaria tem o poder de fundar a mais sã filosofia, fazendo-a germinar as doutrinas de São Vicente de Paula, São Tomaz de Aquino e mais tarde de Bossuet Fenelon, Chateaubriand, que inundam de pura luz o mundo inteiro"

Diante disso, não precisamos dizer mais nada.

Fonte: livro: Flagrantes de uma cidade ( 1997 )
 Luiz Paulo de Oliveira Lopes


7/16/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

Floriano - dos anos quarenta aos dias atuais

O Transporte Fluvial no Parnaiba ( Texto de 2008 )

Por - Nelson Oliveira e Silva

Talvez tenha sido nos anos 1920/1930 que se instalou nas águas do rio Parnaiba um dos principais meios de transporte da região, responsável pelo desenvolvimento do Estado e todo o sul do Piauí.

Naquele tempo, as rodovias, além de precárias, eram em número baixíssimo nas distâncias entre as cidades. Por isso, quando o cidadão Francisco Faustino de Lima ( o Chicão ), resolveu estabelecer uma linha deônibus ( gaiola ) entre Teresina e Floriano diante da quase inexistência de estrada, foi obrigado a abrir trechos e mais trechos no espaço, para que o veículo transitasse com limitada segurança. Diante do trabalho desenvolvido em busca do seu objetivo, o senhor Francisco Faustino Lima ( o Chicão ), tornou-se pioneiro no ramo de transporte coletivo entre a Capital e a nossa cidade e que permanece até hoje, através das empresaas Princesa do Sul, Transpiauí e Expresso Floriano, com duas com títulos distintivos em homenagem a Floriano, hoje dirigidas por nete e bisnetos do senhor Chicão, complementando, assim, um trabalho iniciado quase ao mesmo tempo do transporte fluvial,cujos segmentos foram responsáveis diretos pelo desenvolvimento da nossa cidade e, consequentemente, de toda região sul do Estado.

Nos anos já citados, firmas importantes como a Casa Inglesa, Roland Jacob, Moraes, Machado Trindade, todas com matriz em Parnaiba, resolveram instalar filiais em nossa cidade que, junto aos árabes, que já eram estabelecidos aqui, ajudaram no crescimento comercial da cidade, de maneira expressiva. Diante das enormes dificuldades inerentes à questão do transporte, referidas firmas que enviavam mercadorias para suas filiais, faziam uso do transporte fluvial, que consistia de rebocadores ( vapores ou lanchas ), rebocando enormes barcaças, construídas em madeira, cobertas e com paredes de palhas, com grande capacidade de cargas e que no seu interior eram transportadas as mercadorias com destaque o sal, que era distribuído ao longo do trecho Parnaiba-Alto Parnaiba - hoje Alto Parnaiba, em todas as demais cidades ribeirinhas, tendo Floriano como a mais importante, transformando-se num verdadeiro entreposto que recebia também as mercadorias destinadas aos comerciantes de outras cidades do sul do estado, distante da margem do rio e que eram transportados em lombo de burros cargueiros.

Os rebocadores que puxavam as barcaças, rio acima e rio abaixo, possuíam na sua parte superior espaço onde eram alojados os passageiros de cidade a cidade em dias previamente determinados. Dentre os rebocadores que navegavam por aqui, ainda está na nossa mente, os que possuíam os seguintes títulos: Joaquim Cruz, XV de Novembro, Chile, Piauí, Parnaiba, Afonso Nogueira, este fabricado aqui nos anos de 1930 e que adotou o nome do seu criador.

Naqueles tempos, o velho rio, hoje clamando por socorro, diante da agressão do ser humano que o asfixia com a enorme quantidade de lixo e todo tipo de detrito que jogam no seu leito,tornando-o num simples riacho, poossuía altas ribanceiras e que dificultava, de alguma forma, o desembarque das mercadorias que aqui chegavam e que era feito por homens fortes e possuidores de força física suficiente para realizar o trabalho e que eram chamados de "estivadores".

Não existia o Cais. Decorrido um certo tempo, construíram uma rampa, de frente para a avenida João Luiz Ferreira, em pedra lavrada, próximo à Mesa de Rendas - hoje o Terminal Turístico - por onde passaram a ser descarregadas as cargas transportadas, o que exigia um esforço menor dos trabalhadores. Às margens do "Velho Monge", na cidade, eram repletas de frondosas tamarineiras, em cujos troncos as embarcações eram atracadas, espaço que se estendia de onde hoje está o restaurante com o mesmo título, até à altura do prédio onde funcionou a Usina São Francisco.

Para a época, era um movimento intenso, porque, como já foi dito, Floriano tornou-se um entreposto para restribuir as mercadoras para a região sul,muito moroso, contribuiu significativamente, com o desenvolvimento comercial da nossa cidade.

Entretanto, na época, havia outro tipo de embarcação que movimentava ao sabor da água dorio, chamada "balsa". Uma embarcação construída com talos de buriti juntos, amarrados, formando o piso da referida embarcação, coberta de palhas de babaçu, com um fogão de barro para cozinhar os alimentos dos seus tripulantes e os seus passageiros, que porsinal, eram muitos. A balsa era construída já dentro da água, tinha quatro ou cinco metros de comprimento por três de largura e em seguida carregada de todo tipo de produtos: boi, bode, porco, cereais, frutas de todos os tipos e aí era soltada rio abaixo, sob o comando de um mestre e um contra-mestre, que manuseavam os remos colocados na parte dianteira e trazeira da embarcação, que percorria o trecho de Alto Parnaiba ( Maranhão ) a Floriano e Teresina, onde as mercadorias eram vendidas. Como a embarcação não podia retornar, os seus tripulantes retornavam de pé por algum tempo, ou emcarcados nos rebocadores. Chegavam ao seu ponto de origem de pois delongos dias e logo preparavam outra embarcação, para percorrer o trajeto anterior em busca de novos negócios. Era, segundo o que diziam aqueles que faziam parte desse contexto, era uma viagem muito tranquila.

O combustível dos rebocadores e lanchas que rebocavam as grndes barcaças, era na base dalenha, que abastecia as suas caldeiras e impulsionavam as referidas embarcações. O mencionado combustível tinha os seus postos de abastecimento à margem do rio em local previamente combinado, entre fornecedores e os donos dos já mencionados rebocadores.

Esse imenso movimento fluvial no rio Parnaiba, que contribuiu para o desenvolvimento da região, durou, talvez, por 40/50 anos, nos anos 70, com a conclusão da barragem de Boa Esperança que deveria ter concluído a excljusa, que permitiria a manutenção domovimento até os dias de hoje, com absoluto sucesso.

Entretanto, alguns comerciantes do ramo tentaram maner o serviçio, partindo de Guadalupe e que depois de estudos feitos tornou-se inviável por falta de estrutura.

Mas mesmo assim o senhor Alberto Silva, num dos períodos de seu governo teimou, mandando construir duas embarcaç~loes a preço de ouro, entituyladas "Barcas do Sal", que transportariam sal de Parnaiba até Vitória do Alto Parnaiba, ponto final dotrajeto. Rasultado: uma barca do sal, que chegou até Guadaljupe para início da grande trajetória, ao que parece, foi corroída pela ferrugem num ponto qualquer domunicípio, onde está a Usina de Boa Esperança eaí se confirmou a visão sempre desttuída do velho Governador.

7/15/2012

FLORIANA NOSSO AMOR

A região onde nasci no Maranhão é uma projeção da antiga freguesia de Nossa Senhora da Vitória da Vila da Mocha, depois Oeiras do Piauí. Passados dois séculos, erguida Floriano à barranca direita do Parnaíba, mais próxima, assumiria esta o papel de referência citadina maior sobre aqueles sertões dos “pastos bons”, dadivosos, repartidos em várias municipalidades muito distantes da capital, São Luís.


Do ponto de vista de sua formação, nada é diferente entre a vida sertaneja de um e do outro lado nesse Médio Parnaíba. E desde fins do século XIX, Amarante, e Floriano ainda mais, sob os impulsos da navegação a vapor, tornaram-se centros de comércio e civilidade, atraindo em sua dinâmica, sobretudo, todo o leste-sul maranhense e o sul piauiense.

Quando eu nasci e “me entendi”, Floriano era essa referência luminosa em nossas vidas. Mais: minha família – lado dos Fonseca, chegada à região por volta de 1822 – está entroncada na Passagem da Manga, nucleada nos hoje municípios de São Francisco do Maranhão e Barão de Grajaú, sendo a parte piauiense dela ramificada a partir do município histórico de Jerumenha. Muitos desses Fonseca, sobretudo os aquinhoados de terra, estão presentes na ação fundadora dos próprios municípios da Manga/Floriano (1864/1890), São Francisco (1870) e Barão (1904/11). Minha mãe nasceu a cinco léguas de Floriano, nos limites de São Francisco e Barão e conheceu Amarante e Floriano ainda na juventude.

Aos doze anos conheci Floriano, nos anos 60. Tinha um tio em Barão que me trazia de Passagem Franca para breves temporadas de férias. Era uma sensação andar pela “cidade-luz” da memória de minha mãe e de onde chegavam à Passagem os caminhões carregados disso e daquilo, os viajantes, médicos, ônibus (do Pedro Caetano) e o misto (do Cícero), livros e revistas. Onde iam estudar os filhos da aristocracia municipal passagense. No dia mesmo em que nasci, um médico florianense muito querido esteve em minha cidade “pegando” a filha do vice-prefeito que naquele dia, com muito sofrer, também viria ao mundo.

Em Floriano entrei pela primeira vez numa sala de cinema, Cine Natal: antessala com espelhos e porteiro impecavelmente vestido, bombons (tinha curiosidade de saber o que eram os “drops”), tela imensa, “cinemascope”. Na calçada do Cine, banquetas com livrinhos de bolso, “os fbis”, novos, e muitos deles usados e disponíveis para as troca, locação,etc. Ao lado uma sorveteria e picolés nos palitos. Numa outra esquina uma “farmácia” com todo tipo de garrafas, garrafões e tubos retorcidos com produtos coloridos. Vi ali pela vez primeira uma freira, em hábitos (mesmo traje das imagens de Santa Teresinha de Jesus existentes nas igrejas de São Pedro de Alcântara e de Santo Antonio –no Barão). Vi os “automóveis”, isto é, os “carros de passeio” que chamavam de “baratinha”, “rabo-de-peixe” e “cadilac”. Tinha curiosidade de saber como que era um “Banco”, Bomba de Gasolina e as casas que chamavam de “bangalô”: em Floriano vi tudo isso. E mais várias coisas de cidade grande.

No universo mental e das falas da minha “nesga de sertão”, sobretudo do povo do campo, a maioria, invocava-se a importante cidade piauiense (nossa metrópole) com a declinação feminina de “Floriana”: vou para...; comprei isso ou aquilo, em...; foi estudar... É um jeito ou traquejo de falar, assim como nas formas pretéritas, no sobrenome das mulheres não se escrevia, por exemplo, Veloso, mas sim, Velosa, Cardoso e sim Cardosa, Franca, Coelha, Brandoa, Granjeira.

Também o namoro na praça de Floriana dizia-se que era devasso; poucos pais se atreviam deixar as filhas por lá p. estudar. Até saiu um “romance” de cordel, proscrito, e de muito sucesso, chamado exatamente assim: “O namoro na praça de Floriano”. Mas disso falaremos noutras ocasiões. Agora, interessa parabenizar a “Cidade-Floriano”, razão da paráfrase do título. Afinal, minha menção de amor é à princesa e não ao marechal.

Fonseca Neto, professor da Ufpi
Fonte: acessepiaui.com.br

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...