2/02/2012

BRAULINO DUQUE DE FRANÇA

Pesquisa e texto: Maria Umbelina Marçal Gadelha

Braulino Duque de França nasceu em Floriano em 1932, era filho de José Duque de França e Maria Rodrigues de Miranda. Sua primeira mestra foi a professora Neném Preá,que tinha por lema a disciplina. Também estudou nas escolas, Agrônomo Parentes e Ginásio Santa Teresinha.

Com o incentivo da família mudou-se para Fortaleza - CE, aos dezoito anos de idade  para estudar Direito e servir ao Exército.

Estudava e servia como militar, chegando a exercer a patente de Sargento, porém pediu baixa ao Exército depois de formado para exercia a tão sonhada Advocacia.

Atendia aos pobres sem cobrar honorários, com grande satisfação, e por isso, a classe operária o tinha como líder  na cidade e o tratava com grande respeito.

 Recebeu um convite  do Presidente da União Artística Operária Florianense, o senhor Luís Pinto, para fundar o Ginásio 1º de Maio, e, após um período conturbado na União Artística foi demitido, causando grande revolta na classe operária.

Foi casado com Maria do Carmo Gazze e tive dois filhos, Braulino Duque de França Filho e João Alberto Duque de França, também Advogados.

Deixou sua marca como diretor do Colégio Estadual. Sua gestão foi um período áureo para educação florianense. Nessa época Floriano era um referencial, disputada palmo a palmo com cidades de grande porte.

Gostava de ser chamado de prof. Braulino. Suas características mais marcantes são as seguintes: tinha várias características interessantes: exigente, autoritário, disciplinado, entusiasmado, participativo e ativo.
Acompanhava com zelo e entusiasmo aos ensaios da Semana da Pátria. Preparava um desfile, para encantar a platéia. Os pelotões de alunos pareciam príncipes e princesas com suas vestes becas e bandeiras impecáveis. O carinho pela banda era todo especial, pois a bateria era a sua paixão, por isso planejava o recrutamento dos componentes da banda cuidadosamente, e conscientizava a todos os membros da importante função que iriam exercer e do compromisso de ensaiar diariamente até chegar ao grau de satisfação desejada.

Fonte: César Sobrinho
http://www.acervo.floriano.pi.gov.br

2/01/2012

FALECEU O ILUSTRE ZÉ VENÂNCIO

Faleceu em Brasília (DF), uma das figuras ilustres da cidade de Floriano. O lendário Zé Venância, babeiro por muitos anos e protagonistas de histórias que são contadas pelos florianenses com satisfação, como exemplo, não perder um velório e colecionar gravatas, uma das peças que faziam parte do seu manequim diário.

José Venâncio estava na capital federal em tratamento de saúde. As primeiras informações sobre a morte de um dos grandes carnavalescos do município começam a chegar à cidade.

Por muitos anos o barbeiro José Venâncio trabalhou num local nas proximidades dos Correios, à Avenida Getúlio cargas, centro da cidade florianense. O período festivo de momo em 2012, não terá um dos “Ingratos” num dos blocos que é história na festa numas das maiores festas populares do Brasil.

Fonte: piauinoticias

Veja o video:

http://www.youtube.com/watch?v=y4WIx_vRRMc

Em tempo:

Na foto acima, observamos o Zé Fernandes, um dos alfaiates mais conhecido  e renomado da cidade, Zé Alberto ( o Dito, filho de Francisco Borges e de dona Cirene ) e o mais antigo barbeiro de Floriano em atividade,o nosso querido Zé Venâncio, num domingo, quando fazíamos um roteiro pelo centro da cidade no ano de 2010.

1/31/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE


Djalma Silva, o Professor e suas memórias

Colaboração: Nelson Oliveira

FESTAS RELIGIOSAS

Foi a partir de 1875 que se deu em Floriano a construção da Igreja de São Pedro de Alcântara, que sediaria, mais tarde, a freguesia do mesmo nome. Um templo pequeno e modesto, estilo colonial, que com o passar dos tempos foi se tornando insuficiente e em desarmonia com o desenvolvimento urbanístico da cidade.

Conheci essa Igreja. Nela fui batizado, sendo meu padrinho o Padre Lindolfo Uchoa ( 1 ) e madrinha a modista Joana Pereira ( 2 ). Nela assisti, ainda pequeno, com companhia da minha mãe novenas, missas e outras solenidades. Nas festas do padroeiro, nesses tempos já bem distantes, faziam-se de arraial com barraquinhas dispostas pela praça ( 3 ) e números de diversões como a “quebra do pote”, a “morte do pato” e outras bastante populares na época.

A imagem colocada em seu altar mor no início não foi a do padroeiro São Pedro de Alcântara, mas a do Apóstolo Pedro.

A partir do ano de 1922, teve começo a ereção do novo templo. O atual, grande, moderno e belo logo atrás do primitivo. A construção prolongou-se até o princípio dos anos 30 , sendo concluído e inaugurado pelo padre Gastão Pereira. Contribuíram para o seu término católicos e protestantes ( 4 ), estes não obstantes à época de radicalismo religioso: e aos que doaram quantia igual ou superior a cinco mil réis foi facultado assinarem o livro de Ata da inauguração.

Na nova igreja Pedro Apóstolo continuou reinando por algum tempo, após passar por uma reforma que lhe deixou rubras as mãos. Finalmente foi substituído pelo verdadeiro patrono, essa imagem lindíssima que todos os que a conhecem e admiram foi oferecida pelo senhor João Luiz da Silva ( 5 ).

Recordo aqui as memoráveis festas realizadas na Igreja de São Pedro de Alcântara. As do padroeiro com as suas novenas muito concorridas, terminadas com missa solene e procissão pelas mais importantes ruas da cidade. Todas noites leilões e a “EUTERPE FLORIANENSE ( 6 ) tocando ádrio.

As festas de maio, mês de Maria. Dias e dias de novenas, a Igreja regurgitando de gente. A partir de certa época, cada estabelecimento de ensino tinha a sua noite em que procurava dar o máximo de seus esforços e de sua criatividade no proporcionar a assistência momentos de beleza e de enlevo espiritual. As noites patrocinadas pela Escola Normal Municipal de Floriano e pelo Ginásio Santa Teresinha, especialíssimas. Os diretores, as professoras e os alunos de ambos os estabelecimentos de desdobravam em dias de preparo de suas respectivas noites, visando impressionar a todos da melhor forma. Na Escola Normal, que dirigi por alguns anos, contávamos, inicialmente, com a colaboração dos esforços e do talento de dois inestimáveis mestres: Dona Filó Soares ( 7 ) e Eleutério Rezende ( 8 ). Eleutério compunha todo ano um hino para os alunos cantarem. E dona Filó Soares cuidava dos arranjos da Igreja, dos ensaios, do acompanhamento dos hinos no órgão e tudo mais que fosse necessário.
A festa de Santa Teresinha do Menino Jesus em que a Igreja se aplicava para abranger toda cidade e esta como que se tornava totalmente sagrada. Trinta dias de peregrinação pelos lares católicos com o pernoite da linda imagem da santa em um deles. E por fim a apoteose do encerramento. Nessas peregrinações a massa de fiéis, de devotos da Virgem de Lesieux, percorria as ruas da cidade cantando ao som de uma orquestra que me recordo em destaque, a flauta do Durvalino ( 9 ).

Porém as festas religiosas em Floriano do meu tempo não aconteciam apenas na Igreja de São Pedro de Alcântara. Tiveram lugar também em vários locais do seu então município. Famosas foram as festas de Nossa Senhora de Nazaré, as do Taboleiro do Mato ( 10 ) e Dois Riachos ( 11 ) e as de Nossa Senhora da Conceição na Manga ( 12 ), promovidas pela família do senhor Beija Freitas.

NOTAS EXPLICATIVAS

1 – que tem seu nome emprestado à Escola Normal;

2 – era o titulo dado às mulheres que confeccionavam vestidos e outras roupas femininas e que também eram chamadas de costureiras;

3 – que se constituía de uma vasta área com capim de burro nativo e arrodeada de frondosas figueiras, devidamente aparadas;

4 – hoje denominados de evangélicos e que naquele tempo eram combatidos com um certo radicalismo por alguns sacerdotes. Nos anos 50 assistimos muitos debates do nosso Padre Pedro e o senhor Milad com os americanos doutor Roberto e doutor Dewey em plena praça, onde cada qual puxava a brasa para o seu espeto com respeito recíproco;

5 – a esposa do doador era muito católica e era devota do nosso padroeiro;

6 – banda de música da União Artística Operária Florianense de que se tem saudade;

7 – mãe da professora Maroquinha, mãe do senhor Cristóvam Augusto e dona Virgínia, esposa do médico doutor Odilon Madeira Coelho;

8 – grande professor de música em diversos colégios da cidade e cidadão bastante conceituado, salvo engano, pai adotivo do Duzito e que nos anos quarenta foi destaque como goleiro do time de nome Ubiratan, formado exclusivamente por estudantes do Ginásio Santa Teresinha e que tinha dentre outros, Zeca Demes ( tio do Chico Demes ), Luiz Carlos Mouzinho, Everton, Raimundo Avelino, entre outros;

9 – grande flautista e também um excelente craque de bola, sempre fazendo uso de esmerada técnica;

10 – que ainda persiste;

11 – pouco se houve falar;

12 – ainda continua, tanto do lado do Piauí como do Maranhão.


1/26/2012

"O eleitor espera idéias inovadoras"

A pesquisa do Instituto Data AZ, que aferiu a preferência dos eleitores do município de Floriano, para a disputa deste ano, apresentou alguns aspectos que podem interferir diretamente no resultado final, quando serão eleitos o prefeito e os vereadores que passaram quatro anos (2013 a 2016) recebendo salários e regalias, tudo  financiado pelo contribuinte. A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de janeiro, e entrevistou 400 pessoas de 23 bairros e 3 comunidades rurais.

O primeiro aspecto, o mais óbvio, é que mantém a tendência do eleitorado pelo nome do advogado Gilberto Júnior (PSB), que representa o grupo do Governo do Estado. O segundo, também explicito, é o desgaste da gestão do prefeito Joel Rodrigues, fato que faz o vice-prefeito, o professor Oscar Procópio, aparecer na consulta com a maior rejeição e em segunda posição na opção dos entrevistados pelo Instituto.

Mas, o que chama a atenção mesmo é o número de eleitores em dúvida sobre em quem votar na próxima eleição. A sondagem espontânea para candidato a prefeito teve 69% de entrevistados que não sabem em quem votar. O abismo é maior na opção para vereador e 71% do potencial eleitorado está indeciso, sem escolha.

 Isso claramente demonstra que a eleição está aberta. Os político candidato, incluindo os vereadores, que estão mal na fita, não despertam tanta credibilidade. É o momento de surgimento de outras lideranças, o que é importante para alternar o poder na cambaleada Princesa do Sul.

O resultado da pesquisa indica, também, que a população quer escutar quais as proposta dos candidatos. Lógico que teremos de votar em algum deles, porém é preventivo apostar na melhor capacidade de projetar um futuro melhor. A população manifestou nesta consulta que precisa de mais informações sobre as intenções dos pretensos candidatos.

Prudente será se os candidatos ao invés de mostrarem a família, segurar andor de santo em procissão, posar falante em programa de rádio e TV, mostrarem, para os florianenses, que níveis de entendimento possuem sobre o desenvolvimento do município. Agora, querer disputar uma eleição numa cidade do porte de Floriano e não apresentar uma plataforma é o cúmulo do cinismo.

Considero que a eleição está aberta porque pode conter no número de indecisos os votos pra eleger o próximo prefeito. Serão eles, os duvidosos, que vão julgar, pelas propostas, sobre que saída teremos para o marasmo em que foi submergida a nossa tão amada terra natal, tanto pela fracassada gestão municipal como os descasos do Governo Estadual.

Imagino que, com este quadro, os candidatos terão que lidar com eleitores mais críticos, indignados e esclarecidos. Desejamos que o voto de cabresto desapareça desta próxima eleição e que a Justiça Eleitoral cumpra mais vezes o seu papel. “A  política é a ciência da liberdade”  - Pierre Proudhon.

Jalinson Rodrigues – Jornalista

1/24/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DE FLORIANO


DJALMA SILVA ( o professor e suas memórias )
Colaboração: Nelson Oliveira

CARNAVAL
O mais que a minha memória alcança, vejo Floriano nos cordões do Rei Momo. Nos primeiros tempos do Zé Pereira, no sábado ( 01 ), anunciando o período da brincadeira. Homens fantasiados burlescamente, montados em jumentos, andando pelas ruas, cantando:
Viva o Zé Pereira
Viva o carnaval
Viva a brincadeira
Que a ninguém faz mal
Domingo era o dia do banho de água nos amigos e vizinhos. Cabacinhas de líquido volátil colorido atirado nos incautos, manchando-lhes momentaneamente as roupas, provocando sustos ou ira, que logo se desfaziam, felizmente. Jatos de água ou mesmo de lama, sugada das poças d´água da rua por repuxos de bambu ou folhas de flandres contra as pessoas ( 02 ). Uma farra. Era corrente na cidade, que todos os anos, nesse domingo, o senhor Dico Leão ( alto comerciante ) ( 03 ) ia dar banho no senhor João Matos ( 04 ).
Nos três , à tardezinha, havia o corso ( 05 ). Os poucos automóveis então existentes, conduzindo seus donos, familiares e amigos, capotas arreadas saíam da praça da Igreja desciam a rua São Pedro até a praça coronel Borges ( onde, atualmente, está edificado o poder legislativo municipal, construído na gestão Adelmar Pereira ), passavam pela rua Silva Jardim e subiam a avenida Álvaro Mendes ( hoje, Getúlio Vargas ). Isto muitas vezes até escurecer. Durante o corso, confetes eram jogados , serpentinas atiradas. O povo postado nas ruas e concentradas na praça da Matriz de tudo participando com alegria ( 05 ).
Os bailes à fantasia complementavam cada dia da festa tradicional. Bailes na casa do senhor João José Ribeiro, a princípio, mais tarde na residência do senhor José Gomes. Em época posterior, na casa do senhor Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves. Estes eram para a chamada elite! Os operários dançavam na União Artística Operária Florianense e em alguns anos os seus bailes chegaram a acontecer na residência do senhor Sebastião Araújo, à rua São João ( 06 ).
Nesses bailes a tônica era a alegria contagiante expressa nas danças, nos cordões que circulavam pelas salas, os foliões estimulados pelas músicas eletrizantes que todos sabiam cantar dos carnavais passados e como do em curso; pelo ritmo das orquestras, todas locais, pelo lança perfumes não proíbidos e largamente usados de modo a impregnar o ar emanações.
Em meados dos anos 30, possivelmente em 1935, se não me falha a memória, surgiu um bloco de rua famoso: “O AMANTE DAS ARTES”, criado por inspiração de José Dutra, grande incentivador da arte musical em Floriano, e por ele dirigido; saiu dois anos seguidos, percorrendo as residências mais importantes da cidade, brincando com muita alegria e animação ( 07 ). Nesses dois anos usou fantasias de “pierrot”. Calças e blusas vermelhas no primeiro ano e calças brancas e blusas pretas no segundo ( 07 ).
A Porta Estandarte era a jovem Tintô Paixão. Para registro na história, cito aqui os nomes dos demais integrantes do bloco e os instrumentos musicais que tocavam.  José Dutra ( 08 ), flauta; João Dantas ( 09 ), violino; Arudá Bucar ( 10 ), flauta; Eugênio Pereira ( 11 ), trombone; Nestor Coelho ( 12 ), saxofone; Sebastião Araújo ( 13 ), Contrabaixo; João de Deus ( 14 ), pistom; Zezinho Rocha ( 15 ), saxofone; Francisco Paixão ( 16 ), violão; José Cairara, banjo; Otacílio Paixão ( 17 ), violão; Antonio de Passos Freitas ( 18 ), cavaquinho; Odali Paixão ( 19 ), cavaquinho; Genésio, cavaquinho; Michel Demes ( 20 ), maracá; Olívio Paixão ( 21 ), pandeiro; Francisco Dantas, pandeiro.
Com a fundação do Floriano Clube ( 22 ), o carnaval passou a se restringir a ele o da elite, pois o dos operários continou na União Artística Operária Florianense; todavia, vários blocos de rua ainda marcaram sua presença na cidade. Rafael Rocha, em crônica -, REMINISCÊNCIA – publicada no Jornal de Floriano, nº 367, fala dos “ÁGUIAS”, das “BAIANAS”. E Luiz Pinto de Oliveira ( in memorian ) ( 23 ), memória viva da cidade, fez lembrar-me do “BAMBA DA FOLIA” ( 24 ), que ele e outros elementos da União fizeram por muitos anos.
NOTAS EXPLICATIVAS
01 – Após longo tempo desaparecido, ressurgiu somente nos anos 90, numa promoção do senhor Ozires Freitas, sempre num sábado, também, uma semana antes do tríduo de momo;
02 – Tal ato ainda prosseguiu no tempo mais moderno, até nos anos70/80, alguns usando até graxa para sujar as pessoas o que felizmente não foi a frente;
03 – O senhor Dico Leão morava numa casa próximo onde está instalada a loja Maranata e o senhor João Matos, na esquina, “X” inde fica as Lojas Paraty;
04 – O senhor João Matos era baixinho e o senhor Dico alto e forte;
05 – Naquele tempo, a avenida Getúlio Vargas chamava-se Álvaro Mendes e foi batizada com o nome do velho caudilho em 1945, quando ele veio ao Piauí para a inauguração do Hospital que também tem o seu nome em Teresina;
06 – A casa do senhor Sebastião Araújo, que tinha a profissão de alfaiate, era edificada onde hoje está as Óticas Floriano;
07 – Esse tipo de procedimento durou, se não houver engano, até os anos 50/60, já no tempo dos “PIRATAS”; os trajes também eram muito parecidos, com diferença na dos Piratas, que usavam, na cabeça, um lenço vermelho;
08 – Então gerente da firma Roland Jacob, que teve também no desempenho do mesmo cargo, o nosso prezado senhor Manoel Alves de Almeida;
09 – Professor de música em vários colégios da época;
10 – Pai de Carlos Bucar, Bucar ( in memorian ), Maria Luiza, Elza, Elda entre outros, marido de dona Jasmina Waquim Bucar ( falecida );
11 – Maestro competente, funcionário público estadual, pai do delegado Francisco de Paula ( o Chiquinho ), fundou várias bandas de música, inclusive a “EUTERPE FLORIANENSE” da União Artística Operária Florianense;
12 – Casado com dona Edu, pai do médico Odilon Madeira Coelho e que nos anos 60, mantinha uma vidraçaria na rua São Pedro;
13 – Era alfaiate, operário do senhor Zezinho Rocha;
14 – Funcionário público estadual ( Mesa de Rendas ), pai do memorialista;

15 – proprietário de uma alfaiataria, na casa anexa à Farmácia Rocha, onde hoje está estabelecida uma calçadeira;

16 – pai da Tinto, a porta estandarte do Amante da Arte, era funcionário público estadual e exímio violonista, só usava terno de linho branco;

17 – filho do senhor Francisco Paixão, era barbeiro;

18 – Irmão do Sissi Freitas;

19 – Filho do Senhor Francisco Paixão, era funileiro;

20 – Comerciante por demais conhecido, pai de dona Ivone Demes, Miriam e outros;

21 – filho do senhor Francisco Paixão, desempenhava a profissão de barbeiro.

1/20/2012

RETRATOS

Férias de Inverno, começa um novo tempo e, mais aconchegante, chegar em mais um final de semana com a inspiração do nosso amigo Walter Mota, com essa tomada sensacional da matriz florianense.

O tempo passa, mas a Princesa do Sul nos carrega para novos tempos, que virão nos apontando novos horizontes. Pensarmos positivo, acreditanto nas aspirações e nas idéias dos florianenses de garra, nos proporciona viver com esperanças mil.

Um novo Prefeito vem aí, mas temos que saber cobrar os investimentos para Floriano, senão poderemos, ao longo do tempo, mais uma vez, distanciar a cidade de um novo amanhã. Floriano, em outrora, viveu a glória, e porque não buscarmos, agora, as parcerias necessárias para selar essa paz, esse desenvolvimento que tanto sonhamos para a Princesa do Sul?

1/13/2012

Sem tradição na alternância do poder

O final da gestão do prefeito Joel Rodrigues (PTB), em 2012, completa um clico de 38 anos de vida administrativa em que o município de Floriano teve apenas quatro prefeitos: Manoel Simplício (3 mandatos, mas acréscimo de 2 anos), Adelmar Pereira ( 1 mandato, mas acréscimo de 2 anos), José Leão (3 mandatos) e Joel Rodrigues ( 2 mandatos).  O que mostra apenas uma sutil mudança no controle administrativo do município.

Nessa trajetória, o ex-prefeito Manoel Simplício conseguiu deixar, em duas sucessões, um correligionário no poder e nas disputas seguintes vencê-los como opositores, num processo de retomada do poder político. A criatura que traiu o criador e foi devorada no primeiro confronto. Assim, observamos que o município de Floriano não possui, como outros locais do Brasil, tradição na alternância do poder. Neste contexto, muitos traços do passado continuam na alquimia política atual.
Constatamos então que os prefeitos deste ciclo, todos, tiveram ligação com uma mesma matriz de pensamento e comportamento. Uma forma conservadora e corporativista de fazer política, que remonta ao tempo do Brasil Colônia, quando o rei podia tudo ou quase tudo na condução da vida dos seus súditos.  O prefeito Joel Rodrigues é cria política do ex-prefeito, Manoel Simplício, quando coordenou o PTB, em Floriano.
Comum nos processos eleitorais, todos conseguiram seus mandatos, a vitória dos sucessores e reeleições ao molho de muito custo financeiro. Nessa jogada entrava a compra direta e indireta de votos, com o aliciamento de lideranças comunitárias. Muito desta prática ainda existe, relutando com a democracia que, graças às suas instituições, como a Justiça Eleitoral, resiste.
A perpetuação no poder municipal de correntes conservadoras gera atrasos irreparáveis para a população. Sempre serão importantes momentos de rupturas e rebeldias. A re-oxigenação da política com idéias inovadoras é uma alternativa que poderá ser usada na próxima campanha.
Os mandatos consecutivos, seja através de reeleição ou continuísmos de coligações, são berços do clientelismo, nepotismo e enriquecimentos ilícitos, através de práticas políticas autoritárias e centralistas. A grande vantagem do sistema democrático é a alternância de poder. A perpetuidade do poder pressupõe a idéia de pequena participação da população na decisão do destino coletivo.

Por Jalinson Rodrigues

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...