1/26/2012

"O eleitor espera idéias inovadoras"

A pesquisa do Instituto Data AZ, que aferiu a preferência dos eleitores do município de Floriano, para a disputa deste ano, apresentou alguns aspectos que podem interferir diretamente no resultado final, quando serão eleitos o prefeito e os vereadores que passaram quatro anos (2013 a 2016) recebendo salários e regalias, tudo  financiado pelo contribuinte. A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de janeiro, e entrevistou 400 pessoas de 23 bairros e 3 comunidades rurais.

O primeiro aspecto, o mais óbvio, é que mantém a tendência do eleitorado pelo nome do advogado Gilberto Júnior (PSB), que representa o grupo do Governo do Estado. O segundo, também explicito, é o desgaste da gestão do prefeito Joel Rodrigues, fato que faz o vice-prefeito, o professor Oscar Procópio, aparecer na consulta com a maior rejeição e em segunda posição na opção dos entrevistados pelo Instituto.

Mas, o que chama a atenção mesmo é o número de eleitores em dúvida sobre em quem votar na próxima eleição. A sondagem espontânea para candidato a prefeito teve 69% de entrevistados que não sabem em quem votar. O abismo é maior na opção para vereador e 71% do potencial eleitorado está indeciso, sem escolha.

 Isso claramente demonstra que a eleição está aberta. Os político candidato, incluindo os vereadores, que estão mal na fita, não despertam tanta credibilidade. É o momento de surgimento de outras lideranças, o que é importante para alternar o poder na cambaleada Princesa do Sul.

O resultado da pesquisa indica, também, que a população quer escutar quais as proposta dos candidatos. Lógico que teremos de votar em algum deles, porém é preventivo apostar na melhor capacidade de projetar um futuro melhor. A população manifestou nesta consulta que precisa de mais informações sobre as intenções dos pretensos candidatos.

Prudente será se os candidatos ao invés de mostrarem a família, segurar andor de santo em procissão, posar falante em programa de rádio e TV, mostrarem, para os florianenses, que níveis de entendimento possuem sobre o desenvolvimento do município. Agora, querer disputar uma eleição numa cidade do porte de Floriano e não apresentar uma plataforma é o cúmulo do cinismo.

Considero que a eleição está aberta porque pode conter no número de indecisos os votos pra eleger o próximo prefeito. Serão eles, os duvidosos, que vão julgar, pelas propostas, sobre que saída teremos para o marasmo em que foi submergida a nossa tão amada terra natal, tanto pela fracassada gestão municipal como os descasos do Governo Estadual.

Imagino que, com este quadro, os candidatos terão que lidar com eleitores mais críticos, indignados e esclarecidos. Desejamos que o voto de cabresto desapareça desta próxima eleição e que a Justiça Eleitoral cumpra mais vezes o seu papel. “A  política é a ciência da liberdade”  - Pierre Proudhon.

Jalinson Rodrigues – Jornalista

1/24/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DE FLORIANO


DJALMA SILVA ( o professor e suas memórias )
Colaboração: Nelson Oliveira

CARNAVAL
O mais que a minha memória alcança, vejo Floriano nos cordões do Rei Momo. Nos primeiros tempos do Zé Pereira, no sábado ( 01 ), anunciando o período da brincadeira. Homens fantasiados burlescamente, montados em jumentos, andando pelas ruas, cantando:
Viva o Zé Pereira
Viva o carnaval
Viva a brincadeira
Que a ninguém faz mal
Domingo era o dia do banho de água nos amigos e vizinhos. Cabacinhas de líquido volátil colorido atirado nos incautos, manchando-lhes momentaneamente as roupas, provocando sustos ou ira, que logo se desfaziam, felizmente. Jatos de água ou mesmo de lama, sugada das poças d´água da rua por repuxos de bambu ou folhas de flandres contra as pessoas ( 02 ). Uma farra. Era corrente na cidade, que todos os anos, nesse domingo, o senhor Dico Leão ( alto comerciante ) ( 03 ) ia dar banho no senhor João Matos ( 04 ).
Nos três , à tardezinha, havia o corso ( 05 ). Os poucos automóveis então existentes, conduzindo seus donos, familiares e amigos, capotas arreadas saíam da praça da Igreja desciam a rua São Pedro até a praça coronel Borges ( onde, atualmente, está edificado o poder legislativo municipal, construído na gestão Adelmar Pereira ), passavam pela rua Silva Jardim e subiam a avenida Álvaro Mendes ( hoje, Getúlio Vargas ). Isto muitas vezes até escurecer. Durante o corso, confetes eram jogados , serpentinas atiradas. O povo postado nas ruas e concentradas na praça da Matriz de tudo participando com alegria ( 05 ).
Os bailes à fantasia complementavam cada dia da festa tradicional. Bailes na casa do senhor João José Ribeiro, a princípio, mais tarde na residência do senhor José Gomes. Em época posterior, na casa do senhor Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves. Estes eram para a chamada elite! Os operários dançavam na União Artística Operária Florianense e em alguns anos os seus bailes chegaram a acontecer na residência do senhor Sebastião Araújo, à rua São João ( 06 ).
Nesses bailes a tônica era a alegria contagiante expressa nas danças, nos cordões que circulavam pelas salas, os foliões estimulados pelas músicas eletrizantes que todos sabiam cantar dos carnavais passados e como do em curso; pelo ritmo das orquestras, todas locais, pelo lança perfumes não proíbidos e largamente usados de modo a impregnar o ar emanações.
Em meados dos anos 30, possivelmente em 1935, se não me falha a memória, surgiu um bloco de rua famoso: “O AMANTE DAS ARTES”, criado por inspiração de José Dutra, grande incentivador da arte musical em Floriano, e por ele dirigido; saiu dois anos seguidos, percorrendo as residências mais importantes da cidade, brincando com muita alegria e animação ( 07 ). Nesses dois anos usou fantasias de “pierrot”. Calças e blusas vermelhas no primeiro ano e calças brancas e blusas pretas no segundo ( 07 ).
A Porta Estandarte era a jovem Tintô Paixão. Para registro na história, cito aqui os nomes dos demais integrantes do bloco e os instrumentos musicais que tocavam.  José Dutra ( 08 ), flauta; João Dantas ( 09 ), violino; Arudá Bucar ( 10 ), flauta; Eugênio Pereira ( 11 ), trombone; Nestor Coelho ( 12 ), saxofone; Sebastião Araújo ( 13 ), Contrabaixo; João de Deus ( 14 ), pistom; Zezinho Rocha ( 15 ), saxofone; Francisco Paixão ( 16 ), violão; José Cairara, banjo; Otacílio Paixão ( 17 ), violão; Antonio de Passos Freitas ( 18 ), cavaquinho; Odali Paixão ( 19 ), cavaquinho; Genésio, cavaquinho; Michel Demes ( 20 ), maracá; Olívio Paixão ( 21 ), pandeiro; Francisco Dantas, pandeiro.
Com a fundação do Floriano Clube ( 22 ), o carnaval passou a se restringir a ele o da elite, pois o dos operários continou na União Artística Operária Florianense; todavia, vários blocos de rua ainda marcaram sua presença na cidade. Rafael Rocha, em crônica -, REMINISCÊNCIA – publicada no Jornal de Floriano, nº 367, fala dos “ÁGUIAS”, das “BAIANAS”. E Luiz Pinto de Oliveira ( in memorian ) ( 23 ), memória viva da cidade, fez lembrar-me do “BAMBA DA FOLIA” ( 24 ), que ele e outros elementos da União fizeram por muitos anos.
NOTAS EXPLICATIVAS
01 – Após longo tempo desaparecido, ressurgiu somente nos anos 90, numa promoção do senhor Ozires Freitas, sempre num sábado, também, uma semana antes do tríduo de momo;
02 – Tal ato ainda prosseguiu no tempo mais moderno, até nos anos70/80, alguns usando até graxa para sujar as pessoas o que felizmente não foi a frente;
03 – O senhor Dico Leão morava numa casa próximo onde está instalada a loja Maranata e o senhor João Matos, na esquina, “X” inde fica as Lojas Paraty;
04 – O senhor João Matos era baixinho e o senhor Dico alto e forte;
05 – Naquele tempo, a avenida Getúlio Vargas chamava-se Álvaro Mendes e foi batizada com o nome do velho caudilho em 1945, quando ele veio ao Piauí para a inauguração do Hospital que também tem o seu nome em Teresina;
06 – A casa do senhor Sebastião Araújo, que tinha a profissão de alfaiate, era edificada onde hoje está as Óticas Floriano;
07 – Esse tipo de procedimento durou, se não houver engano, até os anos 50/60, já no tempo dos “PIRATAS”; os trajes também eram muito parecidos, com diferença na dos Piratas, que usavam, na cabeça, um lenço vermelho;
08 – Então gerente da firma Roland Jacob, que teve também no desempenho do mesmo cargo, o nosso prezado senhor Manoel Alves de Almeida;
09 – Professor de música em vários colégios da época;
10 – Pai de Carlos Bucar, Bucar ( in memorian ), Maria Luiza, Elza, Elda entre outros, marido de dona Jasmina Waquim Bucar ( falecida );
11 – Maestro competente, funcionário público estadual, pai do delegado Francisco de Paula ( o Chiquinho ), fundou várias bandas de música, inclusive a “EUTERPE FLORIANENSE” da União Artística Operária Florianense;
12 – Casado com dona Edu, pai do médico Odilon Madeira Coelho e que nos anos 60, mantinha uma vidraçaria na rua São Pedro;
13 – Era alfaiate, operário do senhor Zezinho Rocha;
14 – Funcionário público estadual ( Mesa de Rendas ), pai do memorialista;

15 – proprietário de uma alfaiataria, na casa anexa à Farmácia Rocha, onde hoje está estabelecida uma calçadeira;

16 – pai da Tinto, a porta estandarte do Amante da Arte, era funcionário público estadual e exímio violonista, só usava terno de linho branco;

17 – filho do senhor Francisco Paixão, era barbeiro;

18 – Irmão do Sissi Freitas;

19 – Filho do Senhor Francisco Paixão, era funileiro;

20 – Comerciante por demais conhecido, pai de dona Ivone Demes, Miriam e outros;

21 – filho do senhor Francisco Paixão, desempenhava a profissão de barbeiro.

1/20/2012

RETRATOS

Férias de Inverno, começa um novo tempo e, mais aconchegante, chegar em mais um final de semana com a inspiração do nosso amigo Walter Mota, com essa tomada sensacional da matriz florianense.

O tempo passa, mas a Princesa do Sul nos carrega para novos tempos, que virão nos apontando novos horizontes. Pensarmos positivo, acreditanto nas aspirações e nas idéias dos florianenses de garra, nos proporciona viver com esperanças mil.

Um novo Prefeito vem aí, mas temos que saber cobrar os investimentos para Floriano, senão poderemos, ao longo do tempo, mais uma vez, distanciar a cidade de um novo amanhã. Floriano, em outrora, viveu a glória, e porque não buscarmos, agora, as parcerias necessárias para selar essa paz, esse desenvolvimento que tanto sonhamos para a Princesa do Sul?

1/13/2012

Sem tradição na alternância do poder

O final da gestão do prefeito Joel Rodrigues (PTB), em 2012, completa um clico de 38 anos de vida administrativa em que o município de Floriano teve apenas quatro prefeitos: Manoel Simplício (3 mandatos, mas acréscimo de 2 anos), Adelmar Pereira ( 1 mandato, mas acréscimo de 2 anos), José Leão (3 mandatos) e Joel Rodrigues ( 2 mandatos).  O que mostra apenas uma sutil mudança no controle administrativo do município.

Nessa trajetória, o ex-prefeito Manoel Simplício conseguiu deixar, em duas sucessões, um correligionário no poder e nas disputas seguintes vencê-los como opositores, num processo de retomada do poder político. A criatura que traiu o criador e foi devorada no primeiro confronto. Assim, observamos que o município de Floriano não possui, como outros locais do Brasil, tradição na alternância do poder. Neste contexto, muitos traços do passado continuam na alquimia política atual.
Constatamos então que os prefeitos deste ciclo, todos, tiveram ligação com uma mesma matriz de pensamento e comportamento. Uma forma conservadora e corporativista de fazer política, que remonta ao tempo do Brasil Colônia, quando o rei podia tudo ou quase tudo na condução da vida dos seus súditos.  O prefeito Joel Rodrigues é cria política do ex-prefeito, Manoel Simplício, quando coordenou o PTB, em Floriano.
Comum nos processos eleitorais, todos conseguiram seus mandatos, a vitória dos sucessores e reeleições ao molho de muito custo financeiro. Nessa jogada entrava a compra direta e indireta de votos, com o aliciamento de lideranças comunitárias. Muito desta prática ainda existe, relutando com a democracia que, graças às suas instituições, como a Justiça Eleitoral, resiste.
A perpetuação no poder municipal de correntes conservadoras gera atrasos irreparáveis para a população. Sempre serão importantes momentos de rupturas e rebeldias. A re-oxigenação da política com idéias inovadoras é uma alternativa que poderá ser usada na próxima campanha.
Os mandatos consecutivos, seja através de reeleição ou continuísmos de coligações, são berços do clientelismo, nepotismo e enriquecimentos ilícitos, através de práticas políticas autoritárias e centralistas. A grande vantagem do sistema democrático é a alternância de poder. A perpetuidade do poder pressupõe a idéia de pequena participação da população na decisão do destino coletivo.

Por Jalinson Rodrigues

1/10/2012

CARNAVAIS DE OUTRORA

O carnaval florianense do passado tinha mais poesia, galhardia, e já começava como que depois do almoço, as ruas já começavam a se animar; a rádio Difusora tocava os frevos e marchinhas tradicionais e as residências preparavam-se para receber os blocos de sociedade.

O Floriano Clube, a AABB e o Comércio superlotavam de foliões, com seus estilos diversos; não havia tempo a perder, quando o movimento era lírico ali na altura do bar Sertã, Bar São Pedro e bar Carnaúba.

Foliões como Bucar, Caravelha, Twist, Zé Venâncio, Antonio Sobrinho, Clovis Ramos, Pechincha, o Dim, Demerval Neiva não paravam nenhum segundo e a multidão se reunia no contorno dos bares acima citados até altas horas.

Lamentavelmente, hoje, a coisa é outra, temos que reconhecer os novos padrões e os axés tomam de conta. De qualquer forma, ainda sobram as histórias e os reencontros de velhos foliões para relembrar o que passou, e tudo isso, a saudade faz a gente voltar a um passado romântico de velhos carnavais que os anos não trarão de volta jamais.

Em tempo: na foto acima, da esquerda para a direita, observamos o nosso saudoso amigo Protásio, o lateral esquerdo Ubaldo do Clube de Regatas Brasil e Zé Valentinho da rua do Cruzeiro, animadíssimos, numa noite carnavalesca do Comércio Esporte Clube no início da década de setenta.

1/09/2012

Ana Cleide oficializa pré-candidatura à Prefeitura de Floriano

Lançada mais uma pré-candidatura à Prefeitura de Floriano. Agora foi a vez da atual Vereadora Ana Cleide (DEM). O anuncio oficial foi feito na manhã de hoje (07) em um momento com comunicadores locais.

Ana Cleide convidou toda a imprensa para comunicar a sua pretensão política. A vereadora afirmou que é a vez de uma mulher chegar ao poder e fez duras críticas a atual gestão municipal. Nos últimos meses a parlamentar tem feito sérias denúncias contra o Prefeito Joel Rodrigues e alguns Secretários Municipais.
Elogiou também as demais pré-candidaturas e afirmou que não se sentiu contemplada para apoiar nenhum dos nomes já definidos.

Mesmo sendo de um partido de oposição, parabenizou o Governo do PT, mais precisamente a figura da Presidente Dilma Rousseff. Ana Cleide já é a 6º pré-candidata às eleições 2012.

Engrossam a lista os seguintes nomes: Gilberto Junior (PSB), Silas Freire (PMDB), Salomão Holanda (PRB), Oscar Procópio (PTB) e Enéas Maia (PSDB).

Fonte: noticias de floriano

1/07/2012

CASAS POPULARES EM FLORIANO

O município de Floriano vai ganhar mais um conjunto habitacional. A assinatura do c ontrato para a construção das casas foi feita nesta quinta-feira (05/01), entre a Caixa Econômica, a Construtora Estrela da Manhã, que é responsável pela execução da obra, e a Prefeitura de Floriano como testemunha e parceira nesse empreendimento.


O novo conjunto habitacional leva o nome de Filadelfo Freire de Castro e será composto de 492 casas que serão construídas  no bairro Meladão, próximo ao clube Caiçara, através do programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida”. As casas deverão ficar em torno de R$ 46 mil, são destinadas para quem tem renda de 0 a 3 salários mínimos.


 A Participação da Prefeitura é apenas no cadastradamento das famílias que irão concorrer às residências. O cadastro para essas casas será feito em março, através da internet no site do município. “Com a construção desse conjunto habitacional, vamos chegar a 1.285 casas populares, diminuindo consideravelmente o déficit habitacional no nosso município”, disse o prefeito Joel .


Com informações da SECOM
Fonte: noticias de floriano

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...