2/14/2010

DE PROLETÁRIO A ASSOCIADO E COLABORADOR

Exploração do trabalho e mistificação discursiva.

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Paulo Rios, Doutor em Políticas Públicas (UFMA), Servidor Público do TRT-MA e Professor da Faculdade São Luís ( florianense ).


“Nenhum eufemismo por mais belo e reconfortante que seja é capaz de alterar concretamente a condição proletária do trabalho sob a égide da produção capitalista de mercadorias”. Karl Marx. Das entranhas do feudalismo e na transição para a modernidade, o capitalismo se consolidou como sistema produtor de mercadorias a partir da exploração do trabalho humano via extração da mais-valia. Mas o capitalismo não é só mercadoria tangível e o consumismo como paradigma; representa um novo padrão de sociabilidade expressa através de uma nova cultura e de todo um processo ideológico de subordinação do proletário às múltiplas determinações da reprodução do capital.

O sistema capitalista desde as suas origens se deparou com a ocorrência de crises de várias dimensões. Da “Grande Depressão” na década de 1870, do Crash da Bolsa de New York em 1929, as grandes guerras, passando pela crise do petróleo nos anos 1970 e chegando à atual crise que lançou, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) cerca de 235 milhões de desempregados no mundo, em 2009, somando aos cerca de 730 milhões de seres humanos que vivem em condição de subemprego, com uma renda diária inferior a um dólar americano.

Da crise do Estado de Bem-Estar Social à superação do modelo fordista de acumulação dos anos 1970 para cá, o mundo capitalista se deparou com uma situação de crise estrutural. Com a crise, o capitalismo impôs um vigoroso processo de reestruturação produtiva, em termos dos países do capitalismo avançado a partir de inovações técnicas, organizacionais, financeiras e informacionais, no intuito de implantar um novo padrão de acumulação, o toyotismo, como estratégia para recuperar os níveis de produtividade, debelar tal crise e, por conseqüência, aumentar os índices de extração da mais-valia em escala global, bem como manter os pilares de vigência do sistema numa versão que foi e continua sendo denominada de neoliberal.

Tais inovações compõem o novo paradigma flexível. Esse padrão de acumulação caracteriza-se pelo conflito aberto com a rigidez do modo fordista de produção. A essência desse novo padrão está na flexibilidade dos processos e dos mercados de trabalho, bem como dos produtos e dos padrões de consumo. O trabalho é condenado ao total estranhamento levando os trabalhadores a oferecer a sua própria vida ativa às determinações e à incontrolabilidade do capital, isto não sem a irrupção de algum tipo de resistência. Para conformar essa nova realidade sócio-econômica, o neoliberalismo impôs ao longo destas duas últimas décadas um mix de desregulamentação do mercado de trabalho, desemprego estrutural, flexibilização, terceirização ou subcontratação, precarização, trabalho parcial, o banco de horas, a redução de salários e redução ou supressão de gastos e o desmonte dos direitos sociais previstos na Constituição de 1988.

Neste contexto, o capitalismo define as suas grandes classes sociais constitutivas e antagônicas, criando identidades a partir da posição de cada uma delas no processo de produção e extração da mais-valia. Para minar a resistência dos trabalhadores, o capital renova as formas de controle do processo de trabalho. Impõe a necessidade de que o proletário adote o ideário da empresa, devendo tê-la como o fim em si mesmo de sua própria existência social, numa demonstração cabal da influência dos métodos relacionados com o toyotismo, expressada na ideologia neoliberal, de apropriação do intelecto e manipulação da subjetividade da classe trabalhadora.

No decorrer de tais transformações na esfera da acumulação a classe trabalhadora é “rebatizada” em elemento de colaboração, a fim de identificar os interesses conflitantes e extinguir os antagonismos da relação capital-trabalho. Essa nova acumulação passou a ser chamada por alguns autores pós-modernos, de “Semiocapitalismo”, ou seja, uma espécie de capitalismo semiótico (imaterial e cognitivo) que ocorre primordialmente no setor de serviços. O semiocapitalista, na realidade, é profundamente constituído por discursos verbais e não-verbais, cujo objetivo estratégico é utilizar o marketing no intuito de ampliar cada vez mais o processo da circulação e o consumismo, criando símbolos de um suposto mundo sem contradições. Instala-se uma “máquina de subjetivação capitalística” extremamente eficaz, na medida em articula forma e conteúdo, em discursos fáceis de ser assimilados, naturalizando e banalizando a ordem capitalista e seus valores essenciais, devidamente espalhados por toda a sociabilidade.

Nesse diapasão, o trabalho imaterial diz respeito ao trabalho intelectual ou lingüístico e a produção de idéias, símbolos, códigos, bem como produtos culturais, devidamente relacionados com o “trabalho afetivo”, que cria afetos, e sensações de bem-estar, comodidade, culminando na satisfação e excitação típicas do consumista pós-moderno. O trabalho imaterial leva à criação de uma espécie de adoração tangível pelos objetos do consumo, de uma “simpatia capitalizada, da amabilidade vulnerável, pelo Controle ‘criativo’ da dosagem de afetos e signos. Esses são os ‘novos recursos para o bom adestramento’” no dizer de Nery Atem.

Neste sentido, as atuais práticas do mundo empresarial, ao que parece, almejaram aquilo que a sociedade capitalista ainda não havia conseguido séculos após séculos: eliminaram as contradições entre os pólos do trabalho e do capital. Dal Rosso diz: “de contradição o trabalhador se transforma em elemento de colaboração”. Hoje, tanto em São Luís, no Brasil como em todo o mundo, parece ser prática comum das empresas rebatizarem seus “assalariados”, “operários” ou “empregados” de “colaboradores”, “parceiros” ou “associados”.

Devemos perguntar, então: quais são os desdobramentos desse “rebatizado” do proletariado? Podemos afirmar que os processos de alienação da classe operária foram diminuídos ou eliminados? Ou, de outra maneira, o simples rebatizado, por assim dizer, do “assalariado” ou “trabalhador” de “colaborador” ou “parceiro” provoca mesmo uma inversão concreta em sua consciência, na direção da superação das contradições capital-trabalho?

A respeito do processo de fragmentação e rebaixamento da identidade de classe do conjunto dos trabalhadores “podemos considerar que na medida em que a reengenharia empresarial exige que seus empregados acreditem plenamente que trabalham para seus clientes, e não para seus chefes, imaginar-se como trabalhador torna-se descontextualizado”; segundo assevera Rafael Seabra. Afinal, reconhecer-se na condição de proletário/operário acaba sendo um disparate e uma ofensa pessoal. Isto porque o “trabalhador”, tornado “parceiro”, “associado” ou “colaborador”, não mais trabalha, apenas sente-se obrigado – subjetivamente – em atender as demandas do seu cliente, principalmente aqueles que lhe são fiéis, que têm em suas mãos o cartão de fidelidade da empresa. Para Marx: “o trabalho não é, por isso, a satisfação de uma carência, mas somente um meio para satisfazer necessidades fora dele”.

Como desdobramento real desse perverso processo de alienação do trabalho, na medida em que se “inverte” a ideologia do direito de propriedade e se aprofunda a exploração do trabalho como uma dolorosa recordação histórica da vigência da mais-valia absoluta, desta feita combinada com a mais-valia relativa, as empresas impõem suas estratégias de lucro a partir da fixação de metas para os empregados, de remuneração flexível, prêmios e avaliação ininterruptas sobre o desempenho de cada um, sem dó nem piedade.

Conclui-se que as falsas promessas de uma objetiva e real “parceria” e “colaboração” não cabem no figurino e nas determinações da lógica da lei do valor e sua extração da mais-valia a partir do trabalho humano. Afinal, o trabalhador do setor de serviços ou de outros setores da economia, não são, via de regra, sócio nem proprietário das empresas onde trabalham e nem perderam a sua condição proletária do trabalho, haja vista que a personificação do trabalho como atitude individual não consiste de nenhuma maneira na identidade entre trabalho e capital.

2/12/2010

A VOLTA DOS PIRATAS


Bloco Os Piratas

Desde 1957

Floriano-PI

Será, hoje, às a partir das 17 horas, no Degust Bar e Lanchonete na Rua Antonio Freitas, 734 no bairro Manguinha, o relançamento do famoso Bloco OS PIRATAS ( de Antonio sobrinho ' in memorian " ).

O Bloco “Os Piratas” promete matar saudade dos admiradores no Carnaval.2010 de Floriano, o Encontro de Veteranos que participaram do bloco, admiradores e a Frente Jovem encabeçada pelos lideres Alexandre Baraúna, Júlio Cesar e Pedro Italiano, será no Degust Bar e Lanchonete na Rua Antonio Freitas, 734 na Manguinha dia 12 de fevereiro a partir da 17H00. Os participantes cadastrados ganharão uniformes, canecas, regado de uma “gelada” acompanhado pelas inesquecíveis marchinhas de carnaval.

“Os Piratas” fundado em 1957 por: Antonio Sobrinho – “Decente”, Antonio Cunha, Clóvis Ramos, Lisboa, Vicente da Mangueira, Pedro Atem, Honorato Padeiro, Cícero Pintor, Jeremias, João Lampião, Luis de Bitim, Zeca do Caracol, Alcides “Del Bueno”, Celestino, Nousinho, Adauto Perna de Gato, Antonio Barros, Tarzan, João Alfredo, Sargento Bico de Agulha, Guido, Pedro Neiva, Cabo Salim, Pedro de Alcântara, Luis Paraibano, Engrácio Neto, Aldo Torres, Anita, Calistinha, Jamil Zarur, Abdala Zarur...

Pesquisa: Cesar de Antonio Sobrinho

2/09/2010

CARNAVAL


Quando aproxima-se o nosso carnaval, começamos a relembrar do velho Floriano Clube, que a partir desse ano vai passar por uma reestruturação, através da Fundação Floriano Clube.

Mas, senão, vejamos aí na ( foto ), o velho palco, onde os conjuntos carnavalescos tocavam e cantavam as velhas marchinhas para os foliões sonharem nos salões pra lá e pra cá.

Esperamos, realmente, que essa revitalização que irá passar esse nosso tradicional clube, nos proporcione o retorno dos velhos tempos em parceria com a nova realidade em que vivemos em uma nova marcação.

PELADÃO


Um encontro que já virou tradição reuniu peladeiros de Teresina e de Floriano na manhã do último sábado (06/02) na AABB-Floriano

O time formado por bancários de Teresina e organizado pelo economiário Marcos Varão (Marquinhos) enfrentou o time de peladeiros de Floriano. A partida é sempre uma grande diversão e uma oportunidade de encontro entre amigos.

Após o jogo, muita cerveja, almoço e descida para o centro, para participação no Zé Pereira da Banda Malandra. A partida saiu 4 a 4. ( Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br )

2/08/2010

CAMPEONATO PIAUIENSE DE FUTEBOL - 2010


O Corisabbá de Floriano vai enfrentar o time da Sociedade Esportiva de Picos, no Estádio Helvídio Nunes, em Picos, às 20:30 horas do dia 27, no primeiro jogo pelo Campeonato de Futebol Piauiense.

A Federação de Futebol do Piauí divulgou na quinta-feira, 04, já na noite, a tabela completa do 1º turno da competição de futebol da 1ª Divisão. O turno será decidido em dois jogos, marcados para os dias 07 e 11 de abril.

A tabela é a seguinte:
1º TURNO
1ª RODADA - 27/02
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - SEP x Corisabbá
1ª RODADA - 28/02
9h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Flamengo
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Comercial
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Parnahyba

2ª RODADA - 03/03
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x 4 de Julho
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Picos
2ª RODADA - 04/03
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Barras
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x River

3ª RODADA - 06/03
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x Parnahyba
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Flamengo
3ª RODADA - 07/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x 4 de Julho
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Piauí

4ª RODADA - 10/03
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Corisabbá
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Barras
20h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x River
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Comercial

5ª RODADA - 14/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Picos
16h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x Barras
16h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Piauí
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x River

6ª RODADA - 17/03
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Comercial
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x 4 de Julho
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Piauí
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x River

7ª RODADA - 21/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Corisabbá
16h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Flamengo
16h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Picos
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Barras

8ª RODADA - 24/03
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Picos
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x Parnahyba
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Piauí x Flamengo
8ª RODADA - 25/03
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Comercial

9ª RODADA - 28/03
15h45 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Corisabbá
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Parnahyba
15h45 - Juca Fortes (Barras) - Barras x 4 de Julho
15h45 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x Piauí

FASE SEMIFINAL (31/03 e 04/04)
FINAIS (07/04 e 11/04)

A tabela completa é a seguinte:
1º TURNO
1ª RODADA - 27/02
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - SEP x Corisabbá
1ª RODADA - 28/02
9h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Flamengo
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Comercial
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Parnahyba

2ª RODADA - 03/03
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x 4 de Julho
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Picos
2ª RODADA - 04/03
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Barras
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x River

3ª RODADA - 06/03
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x Parnahyba
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Flamengo
3ª RODADA - 07/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x 4 de Julho
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Piauí

4ª RODADA - 10/03
15h45 - Jacó Sampaio (José de Freitas) - Piauí x Corisabbá
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Barras
20h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x River
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Comercial

5ª RODADA - 14/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Picos
16h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x Barras
16h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Piauí
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x River

6ª RODADA - 17/03
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Comercial
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x 4 de Julho
20h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Piauí
20h00 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x River

7ª RODADA - 21/03
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Corisabbá
16h00 - Mão Santa (Parnaíba) - Parnahyba x Flamengo
16h00 - Ytacoatiara (Piripiri) - 4 de Julho x Picos
17h00 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Barras

8ª RODADA - 24/03
20h00 - Juca Fortes (Barras) - Barras x Picos
20h00 - Tibério Nunes (Floriano) - Corisabbá x Parnahyba
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Piauí x Flamengo
8ª RODADA - 25/03
20h30 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - River x Comercial

9ª RODADA - 28/03
15h45 - Lindolfo Monteiro (Teresina) - Flamengo x Corisabbá
15h45 - Deusdedit de Melo (Campo Maior) - Comercial x Parnahyba
15h45 - Juca Fortes (Barras) - Barras x 4 de Julho
15h45 - Helvídio Nunes (Picos) - Picos x Piauí

FASE SEMIFINAL (31/03 e 04/04)
FINAIS (07/04 e 11/04)

FONTE: Notícias de Floriano

2/07/2010

CARNAVAL É UMA FESTA SEM DONO


Artigo: Jalinson Rodrigues - poeta e jornalista

O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda. Na foto ao lado, flagrante de dois grandes carnavalescos do carnaval romântico de Floriano: Carlos Pechincha e Clovis Ramos.



O carnaval em Floriano sempre foi frenético, alegre e convidativo. Em todas as épocas conquistou posição de destaque entre as folias do Piauí. Com o passar dos anos se tornou referência para os roteiros de viagens de muitos brasileiros.

A história do carnaval é a saga da alegria. Este período de festas profanas existe desde o mundo cristão medieval. Nos primórdios, iniciava geralmente no dia de Reis e se estendia até a quarta-feira de cinzas, data que começavam os jejuns da Quaresma. Eram manifestações pela liberdade de atitudes críticas e eróticas. Outra origem para o carnaval está há mais de 2000 anos, quando na Europa, no mês de março, era comemorada a chegada de bons tempos para a agricultura. Como festa popular, o carnaval não tem uma origem exclusiva e durante a sua existência passou por muitas inovações.

As primeiras festas com características de carnaval, no Brasil, aconteceram no período colonial e foram chamadas de enduro. Era uma brincadeira grosseira, com a finalidade de atirar baldes d’água, misturas de bebidas, pó de cal e farinha entre os participantes. Este formato de carnaval agressivo estimulou as festas de salão, por volta de 1840, inspiradas nos bailes de mascaras europeus. Neste cenário surgem os confetes, rodelinhas multicores de papel, que atirados entre foliões representavam amabilidade e galanteio. Com a miscigenação étnica e a formação de uma cultura plural, o carnaval no Brasil escreve uma história com diferenças regionais.

Em Floriano, no Piauí, o surgimento do carnaval foi assim também: manifestações de rua, festas privadas, depois bailes em clubes. A expressão carnavalesca do florianense é tão histórica que em 1940 o bloco “Os Águias” participava da festa tocando pelas ruas marchinhas, com percussão e violão. Na década de 1960 o bloco “Os Malandros” teve bastante destaque com seus entrosados passistas e sambistas. Nas décadas seguintes, 70 e 80, foi mantida a efervescência da nossa folia de rua. Os imemoráveis bailes aconteciam no Comércio Esporte Clube, Floriano Clube e, posteriormente, também na AABB. Existia neste período o Bloco dos Sujos, que mesclava algumas características do enduro colonial com o carnaval moderno de flertes e paixões. Era um carnaval tão simples: bastava uma velha camisa, um calção e um tênis “já sambado”. A festa estava feita e o Reino de Momo instalado.

Nesta evolução de ritmos e ritos consumistas, os blocos se transformam em escolas de samba. Atualmente vivemos o carnaval das massas, quando milhares de pessoas ocupam a cidade gerando, assim, o turismo de eventos. A chegada dos blocos, com trios elétricos, difundindo a música baiana “axé music”, nos anos de 1990, trouxe para a nossa festa o folião turista.

O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômica na geração de oportunidade de renda. São cinco dias de festa na maior tranqüilidade. Neste cenário, o Rio Parnaíba tem fundamental destaque. Possuímos ainda infra-estrutura limitada para uma atividade industrial do carnaval. Na minha singela opinião, as agências governamentais tratam o turismo como uma agenda de eventos e esquecem a qualidade de vida de quem vai chegar e de quem mora no local.

Na trajetória do carnaval daqui, a hospitalidade da cidade é marca registrada. Muitos jovens e famílias de florianenses, que residem em outras cidades, planejam as férias para Floriano no período do carnaval, oportunidade para encontros de gerações.

Contudo, o carnaval é a grande folia popular do florianense. É uma festa sem dono.

Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br

ORNAMENTAÇÃO DO CARNAVAL FLORIANENSE


A ornamentação da principal avenida de Floriano para o carnaval 2010 ainda está em fase de acabamento mas, entre os internautas, já surgem as primeiras críticas.

O valor contratado pela Prefeitura Municipal através de licitação é de 75 mil reais. Segundo o contrato, a ornamentação deverá ser concluida nesta sexta-feira (05/02) e cobrir, além da Av. Getúlio Vargas, a Av. Esmaragdo de Freitas (Beira-Rio), três entradas da cidade e o palanque para autoridades e jurados.

Veja o texto que se encontra na página inicial da Florianight e que já causou inúmeras manifestações de apoio, segundo a autora Jackeline Leal:

"Ainda está em tempo de mudar o slogan do Carnaval de Floriano, de "Carnaval dos Sonhos" para "Carnaval dos Pesadelos". Pois a decoração da Avenida Getúlio Vargas, é o reflexo de que Floriano está vivendo momentos de pesadelos, com tamanho descaso e a crescente violência. Nos dois lados da avenida estão colocados postes de ferro com peças decoradas com "cores mortas". E reparem nos detalhes, uma enorme POMBA, que está mais para um URUBU, que de tão domesticado que está, deve ter levado um banho de água sanitária... e aquela CARETA assustadora?? Reparem bem nela. Nossa, vai espantar o folião... estamos com medo dos turistas acharem que estão num centro de macumba no meio da Avenida!!!" ( Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br )

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...