10/18/2009

HISTÓRIAS DE NOSSO FUTEBOL


O JOGO MAIS IMPORTANTE DE ZECA ZINIDÔ


Dentro do contexto lírico de nosso futebol, Zeca Zinidor ( que certa vez fora comprado por uma carteira de cigarro da marca minister pelo Flamengo de Tiberinho ), narra com precisão e muita saudade um de seus jogos mais importantes dos quais participou, quando jogava pelo Botafogo de Gusto, na trajetória dos torneios amadores da Princesa.”


Dois detalhes: o primeiro, o Fluminense jogava pelo empate e começou ganhando de 1 a 0; e o segundo, é que eu estava com um problema no pé direito e não podia jogar, fiquei em casa, não ia agüentar ver o jogo do lado de fora, num jogo de decisão, jogo duro e logo no primeiro tempo, o Fluminense ganhando; foi aí que João Batista Araújo de Vicente Roque, torcedor fanático de nosso time, tomara a iniciativa de ir lá em casa me pegar, mesmo doente.

Cheguei no campo, ajeitaram meu pé, colocaram mastruz com um pano enrolado e disseram: “ Zeca, fica dentro de campo, se der certo, tudo bem, mas só a sua presença já amedronta “. Dito e feito, rapaz, como eu adorava jogar, consegui incendiar o jogo, mudei completamente o panorama da partida, um espetáculo, fico até arrepiado em lembrar, o sangue foi esquentando, o pé já não doía tanto; cara, com pouco mais de 15 minutos, consegui empatar, de pé esquerdo, a torcida endiabrada ( no Campo dos Artistas dava mais público do que hoje no Tiberão ).


Taboqueiro fez um lançamento de trivela, rasante, ( quando eu me lembro, dá vontade de sair correndo ), bicho, eu dominei o pneu ( bola ) e eu tinha um sesto de ficar sassaricando com a bola, dava um currupio, era um espetáculo à parte, o zagueiro ficava doido e a torcida mais ainda, é como se estivesse ouvindo o grito da galera.


E essa bagaceira toda foi aos 30 minutos do segundo tempo, passei pelo zagueiro, e na entrada da grande área a bola foi pro pé direito, nem lembrei do pé machucado, embrulhei, paáááááááááááááááááááááááááá´, golaço, aiaiaiai, golaço, aiaiai!, loucura, eu pulava e a torcida pensando que era só de alegria, também, mas era mais dor, rapaz, conseguimos virar o jogo, só escutava a zuada e a voz do Batista de Vicente Roque, pense numa zoeira, quando o jogo terminou, foi uma loucura, ganhei muitos presentes!

Até hoje Batista foba com esse gol. Interessante: no Campo dos Artistas, cada jogador tinha uma espécie de fã clube, 30 a 40 torcedores, chegavam ao ponto de, por exemplo, se o torcedor do Botafogo do Gusto fosse pro campo e chegando por lá não visse o jogador que ele admirava e não fosse jogar, ele automaticamente ia embora!


Pesquisa César Sobrinho



10/16/2009

ESCOLA NORMAL


ESCOLA NORMAL

Por: Seu Nelson Oliveira

1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, foi fundado o Liceu Municipal Florianense, e, anexo a ele, a Escola Normal Municipal de Floriano. Estabelecimentos que a cidade deve a uma plêiade (grupo) de homens de escol (nata, fina flor) entre os quais Dr. Osvaldo da Costa e Silva, Dr. Theodoro Ferreira Sobral, Dr. José Messias Cavalcante, com o apoio do deputado estadual, Dr. José Pires de Lima Rebelo.

A época caracterizava-se por um extremo elitismo na educação que se traduzia principalmente no excesso de cautelas e exigências com que as autoridades procuravam cercar a instalação de escolas. E o LICEU não pôde ter vida longa. Em 1932, após frustração e desastres, como bem expressa o Dr. Osvaldo da Costa e Silva, em uma entrevista concedida a revista “ZODÍACO” dos alunos do Ginásio Demóstenes Avelino de Teresina, encerrou suas atividades.

O pretexto para o fechamento compulsório foi à deficiência do gabinete de física e química. Esse gabinete deficiente para os técnicos do Ministério da Educação e Saúde eu conheci.

Ocupava toda uma sala. E comparando-se com os laboratórios dos estabelecimentos de hoje, que os possuem, era sem dúvida riquíssimo.
Mas fechado o LICEU, a Escola Normal continuou. E foi por muitos anos o único estabelecimento de ensino pós primário com que puderam contar os jovens florianenses que desejavam continuar seus estudos e não tinham recursos para estudar fora.
ESCOLA NORMAL DE FLORIANO – 1937

1ª Fila sentados (Esquerda para a Direita): João Francisco Dantas (Professor), Alzira Coelho Marques (Professora), Fernando Marques (Professor), Não recordo o nome, Antonio Veras De Holanda (Fiscal do Governo), Hercilia Barros Camargo (Diretora), João Rodrigues Vieira (Professor), Ricardina (Professora), Albino Leão da Fonseca (Professor),Emid Vieira da Rocha (Secretária);

2ª Fila: Ana Magalhães Gomes (Inspetora de Alunos), Américo de Castro Matos, José Vilarinho Messias, Djalma Silva (como aluno), Não recordo o nome, Ida Frejat, Maria do Carmo Alves, Adaíla Carnib, Zuleica Santana, Aldenora da Silva Correia, Horácio Vieira Rocha, Antonio Alves da Rocha, Jose de Araujo Costa, Nely Paiva (Inspetora de Alunos);

3ª Fila: Maria Adélia Waquim, Clarice Fonseca, Iete Freitas, Não recordo o nome, Hilda Carvalho, Maria Amelia Martins, Lenir de Araujo Costa, Zizi Neiva, Maria do Carmo Castelo, Assibe Bucar, Dayse Sobral, Francisca, Lucinda Vilarinho Messias;

4ª Fila: Não recordo o nome, Maria da Penha Sá, Não recordo o nome, Maria Constancia de Freitas, Não recordo o nome, Não recordo o nome, Maria Henriqueta Franco, Judith Martins, Maria do Carmo Ramos,, Maria Miranda, Zélia Martins de Araujo Costa, Maria Lilita Vieira, Nilza Araújo, Antonieta Martins, Ecléia Frejat. - Acervo do Profº Djalma Silva).

Escola voltada para a formação de professores primários, isolada, sem qualquer vínculo com o curso superior ou mesmo com o curso secundário. Quem a cursasse e no decorrer do curso pretendesse passar para uma escola secundária a única que dava acesso ao curso superior, tinha de fazer exame de admissão e entrar na primeira série.

Alem disso, escola incompleta. Dos 5 anos que constituiu o curso normal propriamente dito, ministrava as 3 primeiras séries, devendo aqueles que quisessem diplomar-se, ir para Teresina.

Cursei a Escola Normal Municipal de Floriano de 1934 a 1937, e a ela sumamente grato por me ter possibilitado continuar meus estudos há dois anos interrompidos por falta de recursos para ir estudar em outras praças, e por ter me proporcionado o encontro com uma profissão que tem sido a razão de ser da minha vida.

Primeiro fazia-se um curso propedêutico (preliminar) de dois anos, anexos a escola – o Curso de Adaptação. Este curso eu a fiz de 1934 para 1935, minha classe era mais menos numerosa. A maioria mulheres. Entre colegas recordo-me: Maria da Costa Ramos (1), Judith Martins, Zuleide Santana, Hildinê Silva, Helena Reis, Assibe Bucar (2), Amália Nunes (3), Maria Lilita Vieira, Maria da Penha Sá, Olavo Freitas, Heli Rodrigues, Horácio Vieira da Rocha, Américo de Castro Matos, Milton Chaves (4), Raimundo Noleto e Joaquim Lustosa (5).

Na vigilância estava Dona Carmosina Batista, muito dedicada mas fiel cumpridora das ordens emanadas da direção da Escola. Nos intervalos das aulas os alunos tendiam conversar descontraidamente. Dona Carmosina Batista, bradava: - Silêncio! E se alguém se excedia nas atitudes ela ameaçava!

- vou dar parte ao diretor!

E dava mesmo. E o denunciado podia, conforme a falta, pegar uma simples repreensão ou logo uma suspensão.

Eu, não obstante pacato, fui denunciado duas vezes. Na primeira o diretor me repreendeu e advertiu:

- Não faça outra.

Mas acabei fazendo. Em acordo com Olavo Melo e Milton Chaves. Não me lembro o que fizemos.

Sei que não foi coisa grave. Porém como éramos reincidentes ou já tínhamos sido repreendidos, pegamos 3 dias úteis de suspensão.
Dos professores que recordo: Dr. Manoel Sobral Neto (6) também diretor, que lecionava francês; Dr. Rodrigues Vieira, que lecionava Geografia; Alceu do Amarante Brandão, que lecionava português; Dalva Nascimento que lecionava aritmética e parece-me que ciência.

O curso de Adaptação era previsto para dois anos. No fim do primeiro foi nos facultado aproveitar o período de férias para fazer as disciplinas do segundo ano. De sorte que em 1935 os aprovados puderam matricular-se no 1º ano do curso normal.

NOTAS IMPORTANTES:

1. Filha do Sr. Ramos da Farmácia Sobral;
2. Irmã do Sr. Arudá Bucar;
3. Funcionária dos Correios parenta do Senador Helvídio Nunes, de Picos;
4. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, irmão da Dona Nazinha, esposa do Sr. José Cronemberger dos Reis e consequentemente tio de Antonio Reis Neto, Airton Arrais Cronemberger, Antonio José e Paulo;
5. Deputado Federal pelo Piauí, esposo em segunda núpcias, da Doutora Afonsina Nogueira;
6. Fundador do Instituto Santa Teresinha que depois passou denominar-se Ginásio Santa Teresinha, e também seu diretor por mais de 40 anos.

Transcrito do Jornal de Floriano Edição nº 324 de 1985

Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

Fotos: A rquivos Prof. Djalma Silva - 1929

10/13/2009

PRÓXIMO REENCONTRO


No dia 25 de outubro próximo, um domingo, estaremos editando o nosso próximo reencontro, que será realizado no restaurante Carneiro na Brasa no bairro São Cristóvão em Teresina.

Atenção, Cristóvão, Chicolé, Kanguri, Iran, Puluca, Ubaldo, Rafael, Ieié, Gilberto, Janjão, Tim e mais o pessoal da velha guarda puder comparecer ao nosso tradicional reencontro, será um enorme prazer recordar os bons tempos.

Portanto, a partir de onze horas do dia 25 de outubro vindouro, estaremos aguardando toda essa turma marvilhosa, que ainda está na batalha cuidando de seus empreendimentos.

Até lá!

10/12/2009

LUIZ ORLANDO - A ÚLTIMA ENTREVISTA



Na foto Luiz Orlando é o ponta de lança, quando jogou pelo Cruzeiro de Nanan / 1967 )



O nosso grande repórter Cesar Sobrinho nos surpreendeu mais uma vez, numa dessas suas cruzadas em busca do resgate de nossa cultura, entrevistando o famoso meio de Campo Luiz Orlando ( in memorian ), grande jogador de bola do período romântico de Floriano. Vejam a entrevista na íntegra: o seu desabafo, suas revelações e suas grandes paixões de um dos maiores ícones do futebol da Princesa do Sul.


Luiz Orlando Rodrigues, nasceu em Floriano no dia 16 de maio de 1952, filho de Orlando Rodrigues, “Mestre Orlando” e Dona Claudina Amorim, conhecida como “Dona Coló”. A família era composta de craques, os irmãos homens todos jogavam bola, o mais velho, Francisco de Paula Rodrigues (56 anos) – “Boi Bufallo”, zaqueiro central, seguro, habilidoso com a perna esquerda, jogou no Reno – 1967, Cruzeiro – 1970 e Vila Nova; já José Wilson Rodrigues, 52 anos, jogava de volante, estilo Clodoaldo, garra e preparo físico, não se entregava, persistente; José Henrique Rodrigues, 51 anos, meia armador, craque, chute forte e certeiro, era a preocupação dos goleiros adversários, participou de um dos melhores meio de campo do futebol amador de Floriano composto por: César Augusto, José Henrique e Naldinho Gonçalves, o mais novo dos homens; e Sebastião de Tarso Rodrigues ( falecido recentemente ), conhecido como Tião de Coló, 49 anos, zagueiro central, duro não brincava em serviço, xingava até o vento que tocasse nele, boca porca; as irmãs Lindaura Maria Rodrigues e Yolanda Maria Rodrigues, seus pais deixaram um legado, a família unida, e composta de pessoas de respeito e amigos.


Perguntamos ao Luiz Orlando sobre seus pontos fortes no futebol e respondeu sem titubear; eram três: primeiro, a habilidade - "eu tinha uma flexibilidade mental muito forte, antes da boa chegar para mim, já tinha duas, três jogas premeditada para fazer, ficava impressionado com este detalhe, o chute certeiro sem muita força, porém com efeito, e usava um artifício, quando chutava a bola eu gemia “HUUUU” como o Guga, tenista faz hoje nos arremesso das suas bolas, esse truque, atrapalhava os adversários, principalmente os goleiros, fiz muitos gols usando esta malandragem", continuou Luiz Orlando - "meu segundo ponto era o drible curto e rápido, e engraçado, o esporte que me ajudou nessa habilidade não foi o futsal, foi o voley ball, na época havia uma disputa acirrada entre os Ginásios 1º de Maio e Santa Teresinha, era o que havia de melhor no voley, foram três anos (1967, 1968 e 1969) de muita rivalidade: sinto-me feliz em poder contar esta ligeira passagem, pois são poucas pessoas que sabem disso: o time do 1º de Maio era formado por: Gilmar (crente), Zé Manoel (de Barão), Jolimar, Luiz Orlando (levantador – armava o time, como era baixo eu tinha que me virar para ser o melhor e isso me ajudou no futebol), Raimundo (madame Tatá), Pequenoti (apelido era um contraste ele era o mais alto quase 2,00 metros de altura – o florianense gosta dessa brincadeiras), na reserva desse time tínhamos ainda, Neivinha, Quinto e Chico Ivone, era muito luxo ter um banco desse. Já o timaço de voley do Santa Teresinha: Zé Nery, Davi Miranda, Raimundo Carvalho (era o craque da época, dava gosto vê-lo jogar), Zé Carvalho, Nerivaldo e Zé Afonso. Bons tempos! Meu terceiro ponto mais forte era a catimba, vou contar só uma passagem do que aconteceu no Campo dos Artistas, um jogo disputadíssimo: Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival Flamengo de Tiberim (perder pra eles era uma trauma), até hoje é conhecido como o GOL REPLAY, sem TV, pode? Mas você vai vê como pode, começou o jogo, logo aos 20 minutos, Flamengo de Tiberim fez 1 X 0, encerrou 1º tempo, intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, não podíamos de maneira alguma perder, bola rolando no segundo tempo, na metade do tempo, falta próximo da grande área, Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido entrei de cabeça e gol, foi aquela alegria, quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele, e comecei a dialogar mostrando várias saída para resolver o impasse , quando de repente propus: pois repita a falta, ele gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrado a falta, engraçado foi do mesmo jeito, Janjão correu lançou a bola eu entrei de cabeça e fiz o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram a loucura! Empatamos o jogo, e, no final todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA.


Além do Botafogo de Gusto, joguei Santos de Luis Parnaíba (1964), Palmeirinha e flamengo de Divino. Fui artilheiro pelo Santos (1964) e pelo Botafogo de Gusto (1967)".



Luiz Orlando lembrara de um fato pitoresco: os campeonatos amadores de Floriano eram organizados pelos próprios jogadores, não existia uma pessoa para organizar: e a sequência do futebol tinha um ritual interessante uma espécie de mudança decategoria, frisou Orlando, os adolescentes começavam jogar da seguinte maneira: 1ª etapa no Campo do Odorico, a 2ª etapa era no Campinho da Xica Pereira, os times eram: Bangu do Fabrício, Fluminense de Carlos Sá, Benfica de Albenício, Vasco do Bosque e Plameirinha. 3ª etapa era no Campo dos Artistas, campeonatos acirrados:

Flamengo de Tiberim, tinha os seguintes atletas: Nego Cleber Ramos, bom de bola, artilheiro, futebol alegre, Siqueira, Zé Filho, Chiquinho. O Botafogo de Gusto: Manoel Antonio, Luiz Orlando, Janjão, Danunzio (cracasso), Mundeiro, Bago, Honório, Pedro Taboqueiro. O Brasil de cizé, filho de dona Sinésia, Galo Mago, o time do Santos de Luis Paraíba, tinha os altletas: Abdom, João de Filó, Chinês (Cap. Penha). A 4ª e última etapa eram nos Campos do Ferroviário e do Comércio, os jogadores começam a usar chuteiras, eram semi-profissionais, os times que participavam eram: RENO de Zé Amâncio, os craques eram: João Martins, Boi Bufallo, Jolimar, Trinta, Carlito, Soleta, Selvu, o Corinthians de Joel, tinha os atletas: Bagana, Antonio Guarda, Antonio Ulisses (Pelado), o Ferroviário de Pompéia, composto de Pompéia, Luiz Orlando, Janjão, Mundeiro, Gonzaga, Zeca Zunidor (um relâmpago o endiabrado), Zeca Futuca; já o Comércio tinha também um timaço: Luizão, Pepedro, Antonio Luiz Bolo Doce (um dos maiores jogadores de Floriano), Petrônio, Brahim, Sadica (um espetáculo, fenomenal, só alegria vê-lo jogar).



Perguntado sobre o melhor time que ele jogou: Luiz Orlando mudou de posição na cadeira e, disse firme, foi o CUZEIRO, veja a formação: Galo magro, Boi Bufallo, Bagana, Siqueira, Parnaibano, Pedro Taboqueiro, Chico Ivone, Cleber e Quinto. Tínhamos um banco de luxo: Zeca Futuca, Tim do Bruno e Janjão, dava gosto jogar e ver o time jogar, e finalizou a entrevista dizendo: "era um show, dá uma saudade"!



Na saída Luiz Orlando contou uma presepada de ZECA FUTUCA: Jogo em São João dos Patos-MA, Botafogo de São João dos Patos X Cruzeiro (Timaço). O jogo começou e com apenas 5 minutos o zaqueirão JULIÃO, negão forte 1,85 de altura uns 2 de largura (brincadeira), entrou forte em Zeca Futuca, quebrou seu Zeca, infelizmente teve que ser substituído, meu amigo Zeca ficou fora só resmungando, tem revanche, tem revanche, vou te deixar branco negão, tu vai ver, vou descontar. Todos ficaram admirados, como machucar aquele atleta se ele é grande em qualquer lugar da terra; no entanto, com Zequinha ninguém pode vacilar. E, veio o jogo de volta, no Campo do Comércio CRUZEIRO X BOTAFOGO de São João dos Patos-Ma, no ato da escalação, o técnico não colocora Zeca Futuca e ele ficou feliz, chamou um bocado de menino e deu pedra para no momento que o JULIÃO, o negão de São João dos Patos, passasse a turma jogasse pedra no Zagueiro, não é que a turma acertou o negão e, ele teve que ser substituído. Zequinha não deixou barato, passou pelo negão e disse: "bem que avisei... DESCONTEI, GORILA"! - Coisas de Zeca Futuca.



Reportagem: César Sobrinho

10/11/2009

CHUVA EM FLORIANO


Um temporal da madrugada para manhã deste domingo, 11, deu um aspecto diferente a cidade de Floriano. Uma chuva prolongada com fortes trovões tirou a tranqüilidade de algumas pessoas devido às trovoadas sem muito vento.

A chuva inesperada mudou o clima, deixando-o mais frio e proporcionando grande acumulo de sujeira em ruas e avenidas. Algumas ruas não agüentaram a força das águas e ficaram com alguns buracos. Entulho de obras que estavam às margens de algumas vias e lixo ajudaram para deixar o centro totalmente diferente.

A Chuvas com trovões foram os comentários de muita gente por toda zona rural e urbana do município. Não houve problemas de falta de energia.

Fonte: www.piauinoticias.com


SAUDADE DO GUSTO

Augusto da Silva Melo Filho (Gusto)

-->
-->
Contribuição: César Sobrinho

Na foto o escoteiro GUSTO - 1964 com apenas 13 anos e com sua esposa Ceiça
Agostinho da Silva Melo Filho nasceu em Floriano, na rua sete de setembro, em 07 de abril de 1951 e veio a falecer em Marabá, muito moço ainda, com apenas 25 anos.

Tinha dois apelidos - GUSTO DO BOTAFOGO OU CABEÇÃO para os “piolhos de bola”, e MELO ( nome de guerra, foi militar ) para os familiares; seu irmão Raimundo Fabrício da Costa e Silva Melo, apelido - FABRÍCIO DO BANGU, 3º e 4º filhos, respectivamente de Seu Agostinho da Silva Melo, 84 anos e há mais de 30 com falência visual e de Dona Algenira da Costa e Silva ( in memorian ).

Outros(as) irmãos (ãs), Antonio Melo, Mary, Humberto, Marylane, Orlando e Maryluce.

Melo ( Gusto ) era casado com Dona Conceição, “Ceiça”, tem um casal de filhos: Chimel, sua filha, hoje mora com a mãe em Brasília e seu filho Melchi, que mora em Recife.

Gusto quando criança já liderava a sua turma, atuante, com 12 anos participou do Grupo de Escoteiros “Melvin Jones”, ao lado de amigos como Haroldo Castro, Vicente Roque e outros, daí foi um pulo para formar uma equipe de futebol: BOTOFOGO DE GUSTO, conseguia reunir atletas de nível técnico invejável, era um desportista de primeira qualidade. 

Tinha outra outra paixão, o Botafogo carioca, uma coisa que chamava atenção era a rivalidade existente com os times: Bangu de Fabrício (irmão), o Flamengo de Tiberim, O Brasil de Cizé e o Santos de Luis Paraíba ( Pulu ). 

GUSTO tinha credibilidade, uma presença de espírito inigualável e, muitas vezes, costumava levar em três canoas, para uma propriedade do seu pai, nas proximidades da cidade do Barão de Grajaú, uma boa turma de jogadores do Botafogo, bem como de adversários, e até o famoso Vicente Xeba, esse era um cozinheiro de primeira, um convidado de honra.

A negrada ia sempre aos sábados, antes de uma grande partida de futebol no domingo, uma espécie de concentração. Gusto gostava de conversar com todos, em especial com Luiz Orlando, Luis Bogó e Siqueira, para em seguida conquistar resultados positivos!

No entanto, início de 1969, GUSTO partiu em busca de sonhos mais altos se deslocando para Teresina, almejava um crescimento intelectual, estudou no colégio Estadual Helvídio Nunes, Zona Norte, onde encontrou velhos amigos: Luiz Orlando, Ubiratan, Luis Juriti, e já poderíamos adivinhar o que aconteceu, foi mais uma revolução, a turma de Floriano participou do movimento estudantil em prol da unificação e fundaram o CCEP – Centro Colegial dos Estudantes Piauiense, que até hoje agita a capital.

"A história serve para tomar conhecimento do passado, explicar o presente e projetar o futuro” - Luiz Orlando Rodrigues, sociólogo e pesquisador – um dos maiores amigos de GUSTO DO BOTAFOGO.


ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...