6/21/2009

RETRATOS


Até o final da década de cinqüenta, essa parte da cidade era conhecida como o famoso Pau D´água, localizado, ali, no final da avenida Esmaragdo de Freitas nas proximidades da fábrica do senhor Zitinho.

Segundo nos informa o professor Luiz Paulo, o " Pau D´água deve-se ao fato de ali ter existido uma árvore silvestre ( vochysia thyscídea ), cujas raízes segregam um líquido que serve para se beber em caso de necessidade externa. Era uma árvore frondosa e somente desapareceu no início dos anos sessenta ".

No Pau D´água aportavam as antigas balsas, trazendo mercadorias de todo tipo, mas o que importava para a meninada eram as saborosas frutas, que muitas vezes boiavam e a negrada dava em cima: laranjas, mangas, goiabas, buriti, mamão e outras. Os donos das embarcações, então, davam aquelas carreiras na cambada. Era um Deus nos acuda por conta desses alheios.

Havia, também, por lá, gente valente, como Chanduca Milho Duro, muita cachaça, raparigas e muita arruaça. O cara tinha que ser corajoso para encostar naquela área, mas com a pexeira do lado por precauções.

Atualmente ainda existem algumas poucas características no lugar que lembram o antigo Pau D´água, mas com o tempo o progresso foi tirando a sua poesia. São algumas recordações daqueles bons tempos d´antes.

Fonte: Flagrantes de uma cidade

6/20/2009

CARÊNCIA E FALTA DE FUTEBOL


Este é o famoso time do Ferroviário de Floriano do final dos anos cinqüenta, quando era comandado pelo doutor Nazareno Araujo.
Nessa época o futebol de Floriano encontrava-se em seu grande apogeu e aí, então, que se abriria novas portas para o crescimento e o surgimento de novos craques, principalmente na década de sessenta, como Cleber, Jolimar, Sádica, Pompéia, Lino, Valdivino, Poncion, Antonio Guarda, Chico Bagana, Janjão, Chiquinho, Danúnzio e outros cobras.
Atualmente, com toda essa tecnologia de que dispomos, o nosso futebol não consegue mais andar com as suas próprias pernas.

Precisamos sabermcomorevertermos essa dura realidade e descobrir outras alternativas, caminhos para o nosso futebol voltar a brilhar como no passado.

6/14/2009

RESENHA DE CHICO CANGURY



Sempre em nossas aventuras, o meu primo Francisco José Amorim, hoje Agente Fiscal da Receita Estadual em Floriano, acompanhava-nos, não era bom nadador, mas tinha sempre a companhia de uma câmara de ar para ajudá-lo a atravessar o Rio e tirava de letra, chegando na frente de todos.

Certo dia, porém, ao atravessar o Parnaiba, em um local de grande correnteza, a borracha que tampava o pito da câmara soltou-se e Chico José tampou com uma mão e, para poder manter o equilíbrio, segurava a câmara com a outra mão e não tinha como remar para chegar à outra margem, pois usava as mãos como remo e as pernas para equilibrar o bote.

Quando observei que ele estava com problemas, nadei apressadamente até onde estava, disse-lhe que ficasse tranqüilo e coloquei os dois pés dentro da câmara de ar, e saí puxando, utilizando o famoso nado de cachorro, que sempre usávamos quando estávamos cansados.

Foi um sufoco danado, para levá-lo até à margem, cheguei nas últimas, já sendo ajudado por Chicolé e outros companheiros.

Graças a Deus chegamos em casa em Paz e hoje estou externando esta resenha e que pode ser confirmado pelo o ator maior e os coadjuvantes, como Chicolé, Firmino, Raimundo Bomfim, Antenor e outros.

E assim Floriano vai tornando-se Rainha e nós vamos envelhecendo-nos, mas revivendo sempre o seu passado e as nossas vidas cotidianas.

Morre ex-prefeito de Barão de Grajaú


Nacor da Costa Ribeiro faleceu na noite da última quinta-feira

Faleceu na quinta-feira (11/06), por volta das 22:00 horas, em Teresina, o Sr. Nacor da Costa Ribeiro. De tradicional
família de Barão de Grajaú, Nacor já foi prefeito da cidade baronense tendo administrado nos períodos de 1971 à 1972 e 1989 à 1992.

Nacor nasceu no dia 06 de outubro de 1931, era casado com Rosilene Rezende Ribeiro, onde tiveram 04 filhos, Ana Célia, Zezinho, Maricélia e Gilberto.

6/12/2009

FESTAS RELIGIOSAS



FESTAS RELIGIOSAS

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

PESQUISA – NELSON OLIVEIRA

TEXTO – DJALMA SILVA

Foi a partir de 1875 que se deu em Floriano a construção da Igreja Matriz de São Pedro de Alcântara, que sediaria mais tarde a freguesia do mesmo nome. Um templo pequeno e modesto, estilo colonial, que com o passar dos tempos foi se tornando insuficiente e em desarmonia com o desenvolvimento urbano da cidade.

Conheci essa igreja. Nela fui batizado, sendo meu padrinho o padre Lindolfo Uchoa ( 1 ) e madrinha a modista ( 2 ) Joana Pereira. Nela assisti, ainda pequeno, em companhia de minha mãe, novenas, missas e outras solenidades. Nas festas do padroeiro, nesses tempos já bem distantes, faziam-se de arraial com barraquinhas dispostas pela praça ( 3 ) e números de diversões como a “ quebra do pote “, a “ morte do pato “ e outras bastante populares na época.

A imagem colocada em seu altar – mor, no início, não foi a do padroeiro SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, mas a do APÓSTOLO PEDRO.

A partir de 1922 teve começo a ereção do novo templo. O atual, grande, moderno e belo, logo atrás do primitivo. A construção prolongou-se até o princípio dos anos trinta, sendo concluído e inaugurado pelo Padre Gastão Pereira. Contribuíram para o seu término católicos e protestantes ( 4 ), estes, não obstantes à época de radicalismo religioso: e aos que doaram quantia igual ou superior a cinco mil réis foi facultado assinarem o livro de ATA da inauguração.

Na nova igreja PEDRO APÓSTOLO continuou reinando por algum tempo, após passar por uma reforma que lhe deixou rubras as mãos. Finalmente foi substituído pelo verdadeiro patrono, essa imagem lindíssima que todos os que a conhecem e admiram foi oferecida pelo seu João Luiz da Silva ( 5 ).

Recordo aqui as memoráveis festas realizadas na igreja de São Pedro de Alcântara. As do padroeiro, com suas novenas muito concorridas, terminadas com missa solene e procissão pelas mais importantes ruas da cidade. Todas as noites leilões e a EUTERPE FLORIANENSE ( 6 ) tocando no ádrio.

As festas de maio, mês de Maria, dias e dias de novenas, a igreja regurgitando de gente. A partir de certa época, cada estabelecimento de ensino tinha a sua noite em que procurava dar o máximo de seus esforços e de sua criatividade no proporcionar a assistência momentos de beleza e de enlevo espiritual.

As noites patrocinadas pela Escola Normal Municipal de Floriano e pelo Ginásio Santa Teresinha, especialíssimas. Os diretores, as professoras e os alunos de ambos os estabelecimentos se desdobravam em dias de preparo de suas respectivas noites, visando impressionar a todos da melhor forma. Na Escola Normal que dirigi por alguns anos, contávamos, inicialmente, com a colaboração dos esforços e do talento de dois inestimáveis mestres: Fona Filó Soares ( 7 ) e Eleutério Rezende ( 8 ).

Eleutério compunha todo ano um hino para os alunos cantarem. E dona Filó Soares cuidava dos arranjos da igreja, dos ensaios, do acompanhamento dos hinos no órgão e tudo mais que fosse necessário.

A festa de Santa Teresinha do Menino Jesus em que se tornava totalmente sagrada. Trinta dias de peregrinação pelos lares católicos com o pernoite da linda imagem da santa em um deles. E por fim a apoteose do encerramento. Nessas peregrinações a massa de fiéis, de devotos da Virgem de Lesieux, percorria as ruas da cidade cantando ao som de uma orquestra que me recordo em destaque, a flauta do Durvalino ( 9 ).

Porém, as festas religiosas em Floriano do meu tempo não aconteciam apenas na igreja de São Pedro de Alcântara. Tiveram lugar também em vários locais do seu então município. Famosas foram as festas de Nossa Senhora de Nazaré, as do Taboleiro do Mato 9 10 ) e Dois Riachos ( 11 ) e as de Nossa Senhora da Conceição na Manga ( 12 ) promovidas pela família do senhor Beija Freitas.

NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE O TEXTO

( 1 ) – que tem seu nome emprestado à Escola Normal;
( 2 ) – era o título dado às mulheres que confeccionavam vestidos e outras roupas femininas e que também eram chamadas de costureiras;
( 3 ) – que se constituía de uma vasta área com capim de burro nativo e arrodeada de frondosas figueiras, devidamente aparadas;
( 4 ) – hoje, denominados de evangélicos e que naquele tempo eram combatidos com um certo radicalismo, por alguns sacerdotes. Nos anos 50 assistimos muitos debates do nosso padre Pedro e o senhor Milad com os americanos doutor Roberto e o doutor Dewey em plena praça, onde cada qual puxava a brasa para o seu espeto com respeito recíprocos;
( 5 ) – a esposa do doador era muito católica e era devota do nosso padroeiro;
( 6 ) – banda de música da UNIÃO ARTÍSTICA OPERÁRIA FLORIANENSE de que se tem saudade;
( 7 ) – mãe da professora Maroquinha, mãe do nosso amigo Cristóvam Augusto e dona Virgínia, esposa do médico doutor Odilon Madeira Coelho;
( 8 ) – grande professor de música em diversos colégios da cidade e cidadão bastante conceituado, salvo engano, pai adotivo do Duzito e que nos anos 40 foi destaque como goleiro do time de nome Ubiratan, formado exclusivamente por estudantes do Ginásio Santa Teresinha e que tinha dentre outros, Zeca Demes, tio do Chico Demes, Luiz Carlos Mouzinho, Everton, Raimundo Avelino, entre outros;
( 9 ) – grande flautista e também um excelente craque de bola, sempre fazendo uso de esmerada técnica;
( 10 ) – que ainda persiste;
( 11 ) – pouco se houve falar;
( 12 ) – ainda continua, tanto do lado do Piauí como do Maranhão.

Marinho Chagas continua internado em hospital de Natal


O ex-jogador de futebol Francisco das Chagas Marinho, o “Marinho Chagas”, está internado na Casa de Saúde Natal desde a quinta-feira da semana passada se recuperando de uma insuficiência respiratória decorrente de um tratamento feito por problemas relacionados ao álcool, que ele enfrenta há duas décadas.

A “Bruxa”, como é conhecido o ex-lateral de grandes clubes do país e da seleção Brasileira, sofre de hepatite do tipo C, o que agrava seu quadro clínico.

O drama de Marinho Chagas, considerado o melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundo de 1974, ganhou proporções nacionais quando uma reportagem veiculada domingo no programa Esporte Espetacular mostrou a situação do ex-jogador e o seu desabafo pela que está vivendo.

Fonte: Tribuna do Norte

6/10/2009

REVISTA



A revista literária do projeto - RODA DE TAMBORES & POESIA, editada pelo poeta florianense Élio Ferreira, está ciculando com o seu primeiro número desde o ano passado.

A revista retrata as atividades do projeto, onde o poeta, do qual é o curador, divulga as atividades de todas as edições, publicando poemas e outras prosas da nova e antiga poesia piauiense.

No momento, está programado, para sexta feira, dia 12, a partir das 19 horas, mais uma edição do RODA DE TAMBORES, inserida atualmente no 14º Salão do Livro do Piauí - SALIPI no complexo da praça Pedro II em Teresina.

Ainda é intensão dos organizadores desse Projeto, editar uma edição do RODA DE TAMBORES & POESIA em Floriano com o apoio do Governo do Estado e do SEBRAE/PI.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...