3/14/2009
SALÃO PAROQUIAL
Este prédio aí é o velho Salão Paroquial, localizado, ali, na altura da Casa de Saúde. Revitalizado, apenas o estado da rua está maltratado.
Lembro-me de quando da realização das antigas atividades da Semana da Amizade nos anos setenta, onde muitos jovens estudantes da cidade debatiam diversos temas para a sua formação.
Temos que revitalizar esse passado glorioso nesse tempo de violência pelo qual passamos. Seria de suma importância darmos vasão ao retorno dessas atividades. As coisas fluiriam melhor, certamente.
3/13/2009
CAMAROTE VIP
Se tornou interessante, essa idéia do camarote e, inclusive, para o próximo carnaval, há uma expectativa da construção de outros e novos camarotes no contexto da Getúlio Vargas, a avenida do samba.
Podemos até criar um Concurso do Camarote Vip para os próximos carnavais, para incentivar e fazer algo diferente nesse nosso carnaval, que já entra em rotina com esses blocos de corda.
FOLCLORE ÁRABE FLORIANENSE
HONESTIDADE ACIMA DE TUDO
Por: Salomão Cury – Rad Oka
Viveram em Floriano dois irmãos originários da cidade de Khabab, Síria. Chamavam-se Moisés e José Knaer. Ambos vieram muito jovens, tentar a vida junto de patrícios já estabelecidos no Brasil. Moisés veio da Síria, casado com uma moça da família Lobo, chamada Carminha, mas José veio solteiro.
Em terras brasileiras, Moisés colocou um movimentado e luxuoso cassino num dos salões do Edifício Calisto Lobo Matos na esquina da Avenida Álvaro Mendes ( hoje, Getúlio Vargas ) com a rua Alfredo Estrela. Este é o último casarão de Floriano com pórtico escrito em árabe.
José era uma figura mais tímida. Começou a mascatear até se casar com uma jovem chamada Maroquinha Frejat, oriunda de uma família de personalidades inteligentes e de boa casta. Algum tempo depois da lua de mel, estabeleceu-se com uma pequena loja na movimentada rua São Pedro, fazendo-a prosperar e crescer razoavelmente.
No tempo em que mascateou, usou, para transporte das mercadorias, do auxílio de uma larga carroça de madeira, puxada por um jumento branco que tinha o sugestivo nome de “ Massári “ ( do árabe: dinheiro ). Iam com esse burrinho para várias regiões do meio norte, incluindo no itinerário cidades como Jerumenha, Guadalupe, Nova Iorque, São João dos Patos, Amarante, São Francisco e Flores.
Assim que se casou, José ainda chegou a levar a esposa em algumas dessas andanças. Apesar do sofrimento da viagem, a jovem Maroquinha adorava a companhia do marido carcamano como ela. Na última dessas viagens, acompanhado da esposa, a carroça ia abarrotada das mais diversas mercadorias e o pobre asinino já estava estafado. No limite de suas forças, subindo uma ladeira razoavelmente íngreme, o pobre massári meteu uma das patas num buraco fundo o suficiente para quebrá-la e o casal não teve outra alternativa, senão sacrificar o animal.
O desespero chegou na mente do laborioso Knaer. Como resolver aquela situação? No pé de uma ladeira, com a carroça cheia, sem jumento, longe de casa e acompanhado da esposa. Pensou em pedir ajuda ao irmão Moisés, mas naqueles tempos, não se dispunha de telefonia. Se pelo menos o seu Milad Kalume estivesse ali para consertar o pé do animal, não seria necessário sacrificá-lo. Ainda cogitou a hipótese de vendê-lo, mas não acharia comprador pra tanto charque.
A solução para um problema tão sério seria pedir emprestado um jumento para continuar a viagem. Acontece, porém, que o matuto típico daquelas paragens já estava ficando por demais sabido e ninguém se prontificou a “ emprestar “ um animal. A grande maioria só queria vender ou trocar pela mercadoria do carcamano. Ora, a mercadoria valia muito mais que 30 ou 40 burrinhos, e o carcamano, apesar de não ter dinheiro ainda, por estar no começo da viagem, achou por bem comprar um animal novo assim que fizesse suas primeiras vendas naquele lugarejo.
A notícia de que o árabe estava precisando de um jumento correu rápido na cidade e seus habitantes entraram em combinação de não comprarem nem mesmo uma agulha na mão do carcamano, para forçá-lo a um mau negócio. Das duas uma: ou ele trocaria a mercadoria inteira com alguém, ou faria um queima, vendendo tudo a preço de custo.
Não tendo alternativa, José Knaer já ia fazer uma liquidação, mas foi abordado pelo padre da cidade antes. O vigário lhe disse:
- É você o carcamano que está sem jumento?
- Sim, senhor padre, sou eu mesmo. Sua paróquia está se aproveitando da minha situação, me obrigando a vender minha mercadoria em condições que terei um prejuízo enorme! Sou recém casado e esta é minha esposa. Como poderei dar-lhe conforto se estou a ser explorado na sua cidade?
E o padre respondeu:
- É realmente muito errado o que os fies da minha igreja estão fazendo com o senhor. Jesus nos deixou a parábola do bom samaritano, onde aprendemos que se deve ajudar até os inimigos, se estes necessitarem. Pois bem, carcamano: hoje você é meu próximo. Tenho um jumento que uso para alcançar as famílias que moram mais distantes da igreja. É um animal velhinho, mas que estimo muito e, certamente, vai poder lhe levar até um lugar onde você possa resolver o seu problema ou até mesmo de volta para casa. Mas fique sabendo que quero sua palavra de honra que em breve o terei de volta são e salvo.
- Logicamente o senhor a tem, padre. Palavra de honra! Juro pela cruz! – e puxou um crucifixo de ouro do pescoço e o beijou.
Pegou o burrinho pelo cabresto e o atrelou à carroça. Pôs a mulher encima e começou a tocar o animal, que ia, num esforço hercúleo, puxando a pesada carga.
No fim do caminho de volta para casa, porém, o casal foi atacado por um enxame das perigosas abelhas africanas, que começou a picar-lhes em todas as partes descobertas. José apressou-se em auxiliar o jumento em detrimento da mulher, que estava em verdadeiro desespero encima da carroça. A cara da carcamana estava literalmente preta de abelhas e ela gritava feito louca todo tipo de algaravia com a língua enrolada, enquanto José soltava o burrico do padre e dava-lhe umas chibatadas pra que pudesse correr livre.
Só então é que socorreu a mulher, que a essa altura, já estava desmaiada. O rosto estava irreconhecível, mas José pegou-a no colo, desceu carroça apressadamente gritando por alguém que pudesse acudir-lhes. Passava pela estrada um senhor com uma charrete que lhes rendeu os primeiros socorros e os conduziu para o Hospital Miguel Couto, onde foram devidamente recebidos. O tratamento da mulher foi difícil. Disseram a Kanaer que se tratava de uma doença chamada choque anafilático e que era grave sua condição. José gastou mundos e fundos para salvá-la, mas conseguiu.
Quando o susto passou e a mulher teve alta, o irmão de José, que se chamava Moisés foi visitá-los. Na oportunidade, disse ao irmão:
- Mas, José, como é que tu socorres primeiro o jumento e deixa tua mulher ser comida pelas abelhas? Tu ta doido? Repara, agora, a despesa que fizeste…
José nem titubeou. Arrematou o assunto com a seguinte máxima:
- Acontece, Moisés, que somos gente muito honesta! Fique sabendo que o jumento era emprestado e a mulher é minha!
Fonte: Jornal a Voz de Floriano
3/08/2009
RETRATOS
O tempo passou, mas as nossas emoções de outrora estão sendo preservadas em nossa memória, enquanto as mudanças acontecem.
Vejam, por exemplo, aquele velho casarão da esquina da Padre Uchoa com a Eurípedes de Aguiar, a união do passado com o moderno em perfeitos traços.
No entanto, nos deixa um pouco triste em saber que essas transformações tenham que seguir novos rumos, numa tendência frenética do consumo moderno; mas que não há mais os jeeps de outrora, somente os carrões que disparam no asfalto das grandes avenidas.
CAMPEONATO PIAUIENSE - 2009
Um grande público foi ver de perto a primeira vitória do Corisabbá no Campeonato Piauiense de Futebol de 2009. A partida foi contra o Oeiras na tarde deste sábado (07/03), no Estádio Tibério Nunes.
O jogo começou sem grandes emoções e, no primeiro tempo, apenas um lance ocorrido aos 36 minutos mexeu com os torcedores. Rubinho cabeceou e a bola bateu na trave da meta oeirense. No rebote, o atacante Jô escorregou e perdeu o gol.
No segundo tempo, o Oeiras, melhor em campo, abriu o placar com Luciano, após uma falha de toda a zaga corisabbana.
O Corisabbá só melhorou em campo quando o técnico Roni Araújo fez 3 alterações. Uma delas foi a entrada do meia Junior Carioca que deu mais velocidade ao time.
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Rubinho, em jogada individual dentro da grande área, conseguiu marcar o primeiro gol do Corisabbá, empatando o jogo. Aos 41 minutos o zagueiro Ronaldo do Cori fez pênalti num atacante oeirense. Jarbas bateu e o goleiro Edmilson defendeu (foto), dando ânimo ao time de floriano.
No finalzinho do jogo, Rubinho bateu uma falta pelo lado esquerdo do ataque. A bola saiu rasteira e pegou o goleiro oeirense de surpresa. Por causa da barreira, nem Rubinho viu quando a bola entrou. Só depois que viu a torcida vibrar e seus colegas correndo, foi que Rubinho teve certeza que tinha feito o gol da vitória florianense (2 a 1).
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Este foi o primeiro jogo em Floriano com a promoção da Nota Fiscal trocada por ingressos. A arquibancada ficou lotada e a apaixonada torcida do Corisabbá saiu satisfeita com o resultado.
Agora o Corisabbá empata em pontos com o Princesa do Sul (4 pontos). Oeiras e Picos estão com 3 pontos no grupo do sul. Princesa e Picos jogam neste domingo, em Picos.
FICHA TÉCNICA
CORISABBÁ 2x1 OEIRAS (Campeonato Piauiense de Futebol da 1ª Divisão de Profissionais - 1º Turno - Taça Estado do Piauí - 3ª rodada - Grupo Sul); Data: 07/03/2009 (sábado à tarde); Local: Tibério Nunes (em Floriano); Arbitragem: Afonso Amorim de Sousa, auxiliado por José Nilton da Costa e Inácio da Silva Sousa.
Renda: R$ 2.191,00 com 441 pagantes, fora os ingressos trocados por nota fiscal.
Gols: Fabiano 15, Rubinho 25 e Rubinho 43 do 1º tempo.
Obs.: Jarbas perdeu um pênalti, aos 41 do 2º, chutando para Edmilson defender.
Corisabbá - Edmilson; Giovani (Lenilson), Atenildo, Ronaldo e Magno; Zé Ribas, Niel, Cosmo e Jô (Chapadinha); Sousa Baiano e Rubinho. Técnico: Roni Araújo.
Oeiras - Carlos Henrique; Arlen, Kaio Rosa, Adriano (Ronaldo) e Denis; Chicão (Vítor), Fabiano, Evandro e Jarbas; Ricardo (Ticô) e Márcio. Técnico: Neto Jordão.
Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br
RETRATOS
A deteriorização de outrora do centro da Princesa do Sul está evidente e essa arquitetura antiga, como um todo, precisa ser revista, recuperada, revitalizada, antes que o tempo destrua algo de importante nesse contexto.
Amamos essa terra e o tempo urge. Precisamos tomar alguma iniciativa urgente, sob pena de não mais revivermos um passado glorioso que nós tínhamos, quer dizer, éramos felizes e não sábíamos.
3/06/2009
RETRATOS
Esse é o cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Alfredo Estrela, ali, na altura com o casarão dos Lobo.
Observamos o prédio das antigas lojas Pernambucanas, que no passado tinha uma arquitetura mais delicada.
Hoje, como Casa da Moda e com traços modernos, vai se mantendo com as suas novas cores, atendendo novos clientes.
De qualquer forma, precisamos construir esse futuro, que a Princesa ainda sonha, querendo sempre melhorar com a participação de todos.
ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense
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