2/07/2009
RETRATOS
Esse é o novo visual da praça coronel Borges, com prédios novos, modernos e adequadamente montados para atender as novas demandas.
Resta, no entanto, por parte das autoridades competentes, fazer uma revitalização, fazer a limpeza e a arborização em contorno da velha praça.
Há, ali, de certo, casarões antigos, detalhes de outrora que precisam ser preservados, mas que necessita-se de parcerias e conscientização, no sentido de dar uma nova sensação de bem estar para quem retorna ou a quem visita Floriano pela primeira vez.
2/04/2009
RETRATOS
Esta é a nossa simpática e glamourosa rua São Pedro na década de quarenta, hoje conhecida como o tradicional calçadão.
Degradada, hoje, sem urbanização. Por isso, devemos lutar pela restauração desse espaço histórico, para Floriano voltar a ser uma cidade limpa e bonita.
Precisamos construir o futuro, mas sem esquecer de revitalizar os produtos do passado, que nos fizeram felizes ao longo do tempo.
Fonte: www.olhandofloriano.com.br
2/03/2009
O ÁRABE DO PIAUÍ E A CIGANA DA BAHIA
O ÁRABE DO PIAUÍ E A CIGANA DA BAHIA
Por - Salomão Cury-Rad Oka
Certa vez veio a Floriano um grande circo de lona vindo diretamente da Bahia. Achava-se numa turnê que passava por cidades de maior porte, onde circulava dinheiro. Em terras de São Pedro, estabeleceu-se na praça do mercado central (atual Praça Coronel Borges). O circo era completo: tinha desde palhaços até trapezistas voadores que não usavam rede. Havia, ainda, mágicos, domadores de feras e até globo da morte. (uma grade novidade nos anos 60).
Uma das atrações mais populares do circo era, todavia, uma cigana que se dizia capaz das mais poderosas proezas esotéricas. Um anãozinho anunciava aos berros, com uma possante voz de locutor:
― Venha conhecer os prodígios da cigana Morgana Esmeralda, que veio diretamente das Índias Orientais. Por sua “pequena” contribuição, ela quebra feitiços, olho-gordo, quebrante e mal-olhado. Ela traz a pessoa amada em menos de dois dias. Ela lê nas suas mãos o seu destino amoroso e financeiro…
A cigana possuía uma pequena tenda, onde lia a sorte e os reveses de seus clientes por meio de baralhos, búzios, bola de cristal ou quiromancia. Dependia muito do gosto (e das posses) do freguês.
Quando o transeunte não caía na lábia do anão, a cigana Morgana Esmeralda o abordava pessoalmente.
Assim ela fez quando um jovem carcamano muito bem apessoado atravessava a praça do mercado. Chamava-se Fozy Atem, e pertencia a uma tradicional família árabe de Khabab estabelecida há muitos anos em Floriano.
Como era um rapaz de astuciosa inteligência, não podia deixar de ser cético para esses assuntos místicos. Duvidou na hora da idoneidade da “Cigana das Índias Orientais” e ia passando direto, resmungando para si mesmo que existia muita gente trouxa no mundo, quando a vidente o abordou falando teatralmente num sotaque um tanto forçado, que misturava um pouco de portunhol, com baianês e uma leve sonoridade hindu:
― Ó, jovem bonito! Deixa cigana Morgana Esmeralda ler sua mão?
Fozy exclamou olhando para a palma da mão:
― Não tem nada escrito nela não! Muito obrigado!
O árabe já ia continuar, mas ela fez uma segunda tentativa:
― Então deixa cigana Morgana Esmeralda fechar o seu corpo…
Fozy perdeu a paciência e disse em tom de chacota:
― Se você fechar o meu corpo, como é que eu vou cagar?
A cigana empalideceu. Respirou fundo, recuperou a calma e insistiu:
― Ó, jovem bonito! Cigana Morgana Esmeralda ser capaz de ver que você “non” crê nos poderes “márricos” de “nosotros”!
Fozy respondeu que não e pediu licença para poder continuar seu trajeto. Mas a cigana era insistente mesmo:
― Cigana Morgana Esmeralda ser capaz de ver tudo! “Siento que hai uma piedra en su camino”! Por “pequeña” quantia, cigana Morgana Esmeralda tira ela de seu destino!
O educado Fozy Atem perdeu a paciência de vez e explodiu:
― É verdade! Tem uma pedra no meu caminho! E essa pedra é você! Agora sai do meio, cigana fajuta!
A cigana pegou ar. Fazendo gestos cabalísticos com as mãos, praguejou no mais legítimo sotaque da Bahia:
― Ôxe que hômi amarrado! O diabo te receba no inferno, carcamano miserável! Vai ser sovina assim lá na Turquia, árabe “fela da gaita”!
Fozy devolveu sem perder o rebolado:
― Pelo menos eu sou árabe legítimo! Pior é você, que é uma cigana charlatona da Bahia!
Por - Salomão Cury-Rad Oka
Certa vez veio a Floriano um grande circo de lona vindo diretamente da Bahia. Achava-se numa turnê que passava por cidades de maior porte, onde circulava dinheiro. Em terras de São Pedro, estabeleceu-se na praça do mercado central (atual Praça Coronel Borges). O circo era completo: tinha desde palhaços até trapezistas voadores que não usavam rede. Havia, ainda, mágicos, domadores de feras e até globo da morte. (uma grade novidade nos anos 60).
Uma das atrações mais populares do circo era, todavia, uma cigana que se dizia capaz das mais poderosas proezas esotéricas. Um anãozinho anunciava aos berros, com uma possante voz de locutor:
― Venha conhecer os prodígios da cigana Morgana Esmeralda, que veio diretamente das Índias Orientais. Por sua “pequena” contribuição, ela quebra feitiços, olho-gordo, quebrante e mal-olhado. Ela traz a pessoa amada em menos de dois dias. Ela lê nas suas mãos o seu destino amoroso e financeiro…
A cigana possuía uma pequena tenda, onde lia a sorte e os reveses de seus clientes por meio de baralhos, búzios, bola de cristal ou quiromancia. Dependia muito do gosto (e das posses) do freguês.
Quando o transeunte não caía na lábia do anão, a cigana Morgana Esmeralda o abordava pessoalmente.
Assim ela fez quando um jovem carcamano muito bem apessoado atravessava a praça do mercado. Chamava-se Fozy Atem, e pertencia a uma tradicional família árabe de Khabab estabelecida há muitos anos em Floriano.
Como era um rapaz de astuciosa inteligência, não podia deixar de ser cético para esses assuntos místicos. Duvidou na hora da idoneidade da “Cigana das Índias Orientais” e ia passando direto, resmungando para si mesmo que existia muita gente trouxa no mundo, quando a vidente o abordou falando teatralmente num sotaque um tanto forçado, que misturava um pouco de portunhol, com baianês e uma leve sonoridade hindu:
― Ó, jovem bonito! Deixa cigana Morgana Esmeralda ler sua mão?
Fozy exclamou olhando para a palma da mão:
― Não tem nada escrito nela não! Muito obrigado!
O árabe já ia continuar, mas ela fez uma segunda tentativa:
― Então deixa cigana Morgana Esmeralda fechar o seu corpo…
Fozy perdeu a paciência e disse em tom de chacota:
― Se você fechar o meu corpo, como é que eu vou cagar?
A cigana empalideceu. Respirou fundo, recuperou a calma e insistiu:
― Ó, jovem bonito! Cigana Morgana Esmeralda ser capaz de ver que você “non” crê nos poderes “márricos” de “nosotros”!
Fozy respondeu que não e pediu licença para poder continuar seu trajeto. Mas a cigana era insistente mesmo:
― Cigana Morgana Esmeralda ser capaz de ver tudo! “Siento que hai uma piedra en su camino”! Por “pequeña” quantia, cigana Morgana Esmeralda tira ela de seu destino!
O educado Fozy Atem perdeu a paciência de vez e explodiu:
― É verdade! Tem uma pedra no meu caminho! E essa pedra é você! Agora sai do meio, cigana fajuta!
A cigana pegou ar. Fazendo gestos cabalísticos com as mãos, praguejou no mais legítimo sotaque da Bahia:
― Ôxe que hômi amarrado! O diabo te receba no inferno, carcamano miserável! Vai ser sovina assim lá na Turquia, árabe “fela da gaita”!
Fozy devolveu sem perder o rebolado:
― Pelo menos eu sou árabe legítimo! Pior é você, que é uma cigana charlatona da Bahia!
RETRATOS
Essa foi a Primeira Igreja de Floriano, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição construída em 1890. Era localizada na atual Praça doutor Sebastião Martins. Foi demolida em 1930. Lamentavelmente foi perdido esse bem patrimonial e histórico.
Essa transição sócio política tem causado muitos danos para a Princesa do Sul e sua decadência deve-se a uma falta de vontade de botar a cidade para a frente. A preocupação política o tempo todo fere diretamente o brio daqueles que querem evoluir.
Mas ainda há tempo de salvarmos, se a omissão que impera dentro de Floriano saia do nosso caminho. É preciso enfrentamos os novos tempos com muita vontade, lealdade e compromisso, unindo todos os poderes.
Aí, então, a vaidade ficará para segundo plano. “ Mateus, primeiro os meus; depois, os teus...”
Fonte:
2/01/2009
CASARÃO
Essa é a bela residência da família Almeida, localizada na rua São João ( rua que, lamentavelmente, hoje, está asfaltada ).
Esse foi um dos ( se não, o primeiro ) casarões a serem construídos nesse logradouro, mais provavelmente nos anos cinquenta.
As nossas autoridades, junto com outros seguimentos, precisamos construir novas estratégias para preservar e revitalizar o nosso patrimônio arquitetônico.
Antes que cheguem novas empresas para essas nossas regiões e, sem nenhuma dó, venham derrubar essas casas para construírem seus prédios tipo caixa de sapato.
1/31/2009
MUDANÇAS
Depois da instalação da nossa Diocese, algumas mudanças serão implementadas pela corte da nossa paróquia.
Como se trata de uma catedral, já articula-se a elaboração de um projeto de reforma para essa casa religiosa, inclusive de uma capela.
Alguns seguimentos locais argumentam-se de que essas mudanças podem tirar traços de nosso patrimônio arquitetônico.
Como as alterações, realmente, terão que vir à tona, seria de suma importância que se discutisse junto com a comunidade esse projeto, para uma melhor integração social.
Como se trata de uma catedral, já articula-se a elaboração de um projeto de reforma para essa casa religiosa, inclusive de uma capela.
Alguns seguimentos locais argumentam-se de que essas mudanças podem tirar traços de nosso patrimônio arquitetônico.
Como as alterações, realmente, terão que vir à tona, seria de suma importância que se discutisse junto com a comunidade esse projeto, para uma melhor integração social.
1/29/2009
DO FUNDO DO BAÚ
Do fundo do baú ( mesmo! ), localizamos esta preciosidade, essa foto dos arquivos da nossa amiga Adelia Attem, que tem dado uma grande contribuição no resgate de nossa história fotográfica.
Quem se propuser a identificar as beldades aí ao lado, certamente tem uma boa memória. Acreditamos que seja da antiga Escola Normal; ou seria do Ginásio Santa Teresina; ou Primeiro de Maio?
De qualquer forma, fica aí o registro dos tempos românticos de Floriano, que os anos não trazem mais.
Quem se propuser a identificar as beldades aí ao lado, certamente tem uma boa memória. Acreditamos que seja da antiga Escola Normal; ou seria do Ginásio Santa Teresina; ou Primeiro de Maio?
De qualquer forma, fica aí o registro dos tempos românticos de Floriano, que os anos não trazem mais.
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