11/20/2007

POMPÉIA: UM ANO DEPOIS


SUA ÚLTIMA ENTREVISTA

GARCIA PRETO, VELUDO E POR ÚLTIMO POMPÉIA!

Ágil como uma águia!

O Presidente da Federação Piauiense de Desporto, Antonio Teixeira Santos, teve a criatividade e a perseverança criar o nome de um dos melhores goleiros de Floriano.

Nas peladas iniciais o apelido era “Garcia Preto”, depois passou a ser chamado “Veludo”, nenhum desses nomes agradou o presidente que então sugeriu fazer um sorteio de três nomes: “Veludo” (goleiro do Fluminense e Auto Esporte de Teresina), Carlos Augusto (tinha um 4º zagueiro do Ríver e um Goleiro) e por último “POMPÉIA” (goleiro do América do Rio, era elástico, tinha o apelido de “Constelation”, voava como uma águia), para que a decisão fosse democrática, colocaram os nomes em três papéis e convidaram uma garota para retirar um e para surpresa de todos saiu o nome de ‘POMPÉIA”.

É desse astro do arco, que contaremos um pouco da sua extensa história: Carlos Augusto Costa Ferreira, nasceu em São Luis-Ma, 29.12.1942, 64 anos, casado com Dona Célia Maria Lima Ferreira, seus filhos(as): Celma, Carlos Célio, Carlos César (Carlos Bacana), Cláudia Patrícia, Carla Christiany, Carlos Augusto Jr., nestos(as) Emanuele, Elisabete, Elisiane, Dainy, Maria Caroline, João Pedro e Carlos Augusto Neto, bisnetos: Luanny e Lucianny.
Perguntado sobre o início da carreira de peladeiro: voando com uma águia, respondeu:

- Iniciei nos campos de pelada do bairro Bezerro, em São Luis, de 6 a 8 anos, e meu apelido era “Garcia Preto” (homenagem ao goleiro do Flamengo do Rio). Já na adolescência, 11 anos, meu 1º time foi o são Cristóvão, também do bairro Bezerro. Na faixa de 14 a 15 anos, o meu apelido mudou para “Veludo” (homenagem ao goleiro do Fluminense do Rio), meu 2º time foi o Barcelona, disputava o campeonato suburbano.

- Você chegou a ser campeão do Campeonato Maranhense de Futebol?

- Fui em 1957 com apenas 15 anos pelo Ferroviário, Ferrim da Estrada de Ferro.

- Quais os clubes que você jogou?

- Moto Clube, Sampaio correia e nacional de São Luis-MA, Santa Cruz e o Bangu de Coroatá-MA, no Nacional de Codó, Flamango e Ferroviário de Parnaíba, em 1960 no Fluminense de Teresina-PI de Belchior Barros, no Rio Negro de Teresina-PI, jogava ao lado de Deusdete Nunes, O Garrincha, do Jornal O Dia (era bom de bola).

- Teve algum jogo que lhe chamou atenção?

- Sim, em 1962, quando o meu time, Rio Negro foi campeão do Torneio da Morte em cima do Botafogo por ! X 0, gol de Paraíba, e o nosso time foi classificado para a primeira divisão do Campeonato Profissional do Piauí, os outros times eram: Artístico, Fluminense, Caiçara e Comercial ambos de Campo maior, mas teve outro fato interessante!

-Qual?

Foi num clássico Piauí 2 x 0 Flamengo, foi aí que começou a minha vinda para Floriano. No intervalo do jogo, ouvi um baixinho me chamando no alambrado, adivinha quem era? Meu amigo Merval Lúcio (só que ainda não o conhecia), trabalhava na Casa das Roupas, me convidando para jogar no Ferroviário de Floriano. Merval era um estrategista, me convenceu, isso aconteceu no dia 29.03.1964, e embarquei para Floriano dia 31.03.1964, dia da Revolução!

- Você participou de alguma Seleção?

- Participei da Seleção Piauiense de Amadores, disputamos o Brasileiro de amadores, eu e o Brahim, que me ajudava muito em passagens e hospedagem.

- Fale um pouco do Ferroviário, qual a formação quando você fez sua primeira atuação?

- Bom time e era formado por: Pompéia, Zezeca, Antonio Ulisses, Antonio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Priguilim; Antonio José Cachimbim, Sádica (baixinho era infernal), Valdemir e Jamil. Participaram ainda; Chicolé, Cabeção, Reginaldo, Tassú (tinha um chute forte), Domício (ganhava de Tassú no chute, que chute nada, era bomba mesmo!), Sinésio e Lino (no dia que ele dizia vou jogar, era imarcável). Um detalhe, Lino tinha um tratamento diferenciado, o que pedia, a diretoria ajeitava!

- E a formação do melhor Ferrim que você viu?

- O melhor Ferrim foi no ano de 1967: Pompéia, Domingos, Lido, Valdevino (sabia fazer uma jogada belíssima, bicicleta, derrubou muita gente do muro do Ferroviário, iam imita-lo e despencavam, alguns até braço quebraram) e Sóstenes; Ézinho e Valdemir; Cabeção, Vicentinho, Lino e Magro. Completava o quadro: Grilo, Sousa, Itamar, Joãozinho Fujão, Nico, Neco, Didi Maranhão.

- Um jogo inesquecível, você lembra?

- Sim, Ferroviário 4 X 4 Flamengo de Teresina, o Ferrim vencia por 3 X 1, e o Mengo virou para 4 X 3, e no escurecer da partida, no final, Bicudo empatou, 4 X 4 foi muita emoção!

- E sua defesa mais bonita, conte-nos!

Pompéia se emocionou, e começou a narrar, parecia que estava na Difusora, na sua estréia como locutor, detalhou:

- Há, essa foi demais, o amigo Beirão (alfaiate), quando me encontra relembra o lance, Ferroviário 2 X 2 Caiçara, jogo lá e cá, duro, bem disputado, com belas jogadas, quando escapa pela direita o jogador adversário, Anduiá, passou de passagem pelo nosso lateral indo até a linha de fundo, cruzou numa perfeição incrível na marca penal, quem estava lá? O Escurinho, de costa para o gol, matou no peito, virando para o lado esquerdo, e de meia bicicleta, meteu a canhota soltando um torpedo no ângulo, quando vi aquele malabarismo, só tive uma opção vou pular pro lado direito, fui feliz, pulei sensacionalmente, fazendo uma ponte, coisa de cinema, e trisquei a bola com as pontas dos dedos, colocando pra escanteio, quando vi a torcida vibrando, e todos correram para me abraçar! Nossa! Consegui! Que bom lembrar, é um filme, é como eu estivesse vendo! Imagine quem estava fora e viu o lance, fui lindo!

- Atualmente, na área esportiva o que você está fazendo?

- Trabalho com Escolinha Atletas do Futuro, toda manhã, uma boa parte dos jogadores vão treinar fisicamente no campo da Manguinha, às 07 h. Na Escolinha, já tivemos 428 alunos, hoje estamos sem apoio, ficou reduzido em apenas 130 alunos. Com eles treinamos FUTSAL no Ginásio Coberto, às 3ª e 5ª feiras, e com outra turma treinamos no Buritizinho, no Barão de Grajaú, com apoio do incansável e dedicado Tony Ferreira, o Careca.

- Quais são os diretores da Escolinha Atletas do Futuro?

- Presidente; Tony Ferreira, Vice: Dogival Oliveira e Secretários e Instrutores Técnicos: Carlos Augusto (Pompéia) e Lucimar Feitosa.

- Quando foi fundada, e qual a idade dos jovens que participam da Escolinha?

- A Escolinha, foi fundada em 08.04.2002, e a idade varia dos 8 aos 20 anos.

- A Escolinha tem conseguido o seu objetivo formar bons atletas, tanto na arte da bola como cidadãos?

- Sim, é o nosso orgulho, somos preocupados em preparar os jovens para vida como cidadão, bem como atletas. Inclusive já temos alguns jogadores em outros Estados, buscando seus espaços: em Caruaru-PE, no Clube do Porto, temos 06 jogadores: Marquinhos, Marcelo, Moura, Marcelo Muniz, Joelson e Jader (filho de Dinda); no Palmeiras de São Paulo, temos Elder (filho de Carlos Iran) e Édson Piauí (Tabaco); no Rio Negro de Manaus-AM, o Anderson; no União de são João de Araras-SP tem o Mangabeira; e estamos preparando o Cazega JR. para o Santa Cruz-PE.

- Na sua experiência, o que devemos fazer para aumentar o fluxo de bons jogadores, pois sabemos que Floriano sempre foi uma nascente, uma fonte de craques?

- Simples, simples, simples, falta mais praças de esporte, estamos estrangulados, estamos tendo uma regressão, pois alguns campos de pelada foram e outros estão em fase de fechar: acabaram: Carimbo, Sambaíba, Mundeirão (ao lado do Tiberão), campo já vendido: Maguinha. É triste, mas estamos ficando sem a nossa ferramenta de trabalho!

- Você, como um grande descobridor de talentos, como podemos reverter esta situação?

- O Poder Público, poderia nos ajudar tomando a iniciativa junto a comunidade, para buscar uma solução, o momento é propício, e juntando forças: a Prefeitura de Floriano, a Câmara Municipal, a fantástica LIGA Florianense de Futebol, Promotores, Juízes, Comando do 3º BPM, Entidades de Classe, Maçonarias, Rotary, Lions, Associações de Bairros e a Imprensa, ou seja envolver a comunidade, e com certeza, acharíamos uma solução. Um detalhe o mais difícil nós temos de sobra, os artistas da bola (capital humano).

- Você como um dos idealizadores e fundadador do CORI-SABBÁ, como aconteceu o surgimento do time?

- Foi uma fusão dos times Posto SABBÁ e Corinthias, formando o atual time: Associação Atlética Corisabbá, em 24.05.1973, hoje com 33 anos, os fundadores foram: Pompéia, Seu Doca, Niel, Gonzaga do Náutico, Vinvim da Agespisa, Vicente da Agespisa, Zé Feitosa, Taxista, Tony Ferreira, Clóvis Ramos( ajuda muito com material esportivo), João Batista de Araújo (filho de Vicente Roque), no primeiro time deu uma equipe nova, o Vicente Filho, hoje Advogado em Recife, ajudou muito com material esportivo.

- O Cori-sabbá na fase profissional, você lembra quem foram os presidentes?

- O primeiro Presidente do time Profissional foi: Manoel Messias da Silva, dona da Eletro São Francisco, Augusto Mota, Tony Ferreira, Antonio Lopes, K-Júnior, Gilberto Duarte, Galdino e atualmente José Bruno Filho.

Reportagem: César Sobrinho

11/16/2007

RUA SAO PEDRO


Essa deveria ser uma daquelas tardinhas quentes da antiga rua Rio Branco, fotografia extraída nos anos trinta mas, lamentavelmente, ela hoje é conhecida como rua São Pedro ou o horrível Calçadão da São Pedro.

Do lado esquerdo observamos algumas belas figueiras na porta do casarão de Salomão Mazuad e, logo ao fundo, o famoso sobradão de Adalla Attem e José Demes.

Achamos de suma importância revitalizar esse trecho urbano de nossa cidade, e outras vias, evidentemente; promover, necessariamente, a recuperação de nossas árvores para amenizar o clima da Princesa, para voltarmos a tirar belas fotos e descobrir novos encantos.

Como disse o HENFIL – “ se não houver frutos valeu a beleza das flores, se não houver flores valeu a sombra das folhas, se não houver folhas valeu a intenção da semente “.

Fonte: Flagrantes de uma cidade.

11/15/2007

RETRATOS



Essa foto foi tirada nos anos sessenta, mais precisamente no carnaval de 1968, quando o trio aí formava parcerias para se divertirem na festa de momo. O local do retrato é a praça doutor Sebastião Martins próximo à Sertã.

O Barbosinha, o Pimentinha e o Fefê de Bruno mostrando suas melhores becas, com a proposta de soltar suas cheringas e os seus talcos gessy nos foliões. Época romântico, que os anos não trazem mais.

A propósito, conta o nosso amigo Iran, que quando conversava com o seu Barbosa ( pai de Barbosinha ), escutava muita prosa e, certa vez, seu Barbosa parou para desabafar:

- É, meu amigo, esse meu menino vai longe ( falando de Barbosinha ), você acredita que ele já terminou o curso de datilografia, passou na prova em primeiro lugar e não tem ninguém mais rápido que ele!

O diploma de conclusão de Barbosinha já estava na parede da sala, afixado; houve até uma festinha para comemorar, regada a bate-bate, refresco de macacujá e com os pudins de dona Inésia.

11/10/2007

OS MENINOS DAS ESTRELINHAS


OS MENINOS DAS ESTRELINHAS

Resenha de Chico Cangury ( para Tibério José de Melo )

O doutor Braulino, quando diretor do Estadual, inventara uma farda, tipo, contendo umas estrelinhas, que de certa forma, indicavam a série que o aluno estava cursando. Após um treinamento da BANDA, pois era a época do desfile de sete de setembro, todo dia havia aqueles tradicionais ensaios pela manhã e à tarde.

Tudo bem, até que em uma certa manhã, após o treino, o Chicão de dona Helena, comandara uma turma, juntamente com Antonio, Poncion dentre outros. Foram, então, para o Mercado que ficava em frente ao colégio.

O certo é que quando eles estavam subindo os degraus, as verdureiras gritaram:

- GENTE, pelo amor de Deus... Cuidaaaaaadoooooo!... Guarda tudo, pois os meninos das estrelinhas estão chegando.

Foi um rebuliço danado. Resultado: demorou pouco tempo para a farda ser trocada por outra.

11/09/2007

AVENIDA


Esta é mais uma bela e significativa tomada do passado lírico de Floriano, a Princesa do Sul. Trata-se da antiga avenida Álvaro Mendes nos românticos anos vinte. Atualmente ela é a avenida Getúlio Vargas, o ponto chic principal de entrada da cidade.

Na verdade, é poesia pura observamos essas maquetes fotográficas do passado de nossas origens. Nos anos cinquenta, me parece, por motivos culturais da época, foram praticamente capinados todos os oitizeiros de nossa principal via de acesso turístico.

De qualquer forma, é preciso estarmos atentos à questão ambiental de nossa região. Precisamos preservar a qualquer custo qualquer matinho verde que nasce por entre nossas ruas e becos. Vamos, efetivamente, construir uma nova floresta para podermos voltar a respirar bem melhor.

11/08/2007

SALAO PAROQUIAL


Aí está o velho e saudoso Salão Paroquial. Construído na década de cinqüenta, através da iniciativa de Padre Pedro, ali eram realizados encontros religiosos, exibição de filmes, shows artísticos, congressos e atividades sócio-culturais.

Quem não se lembra, por exemplo, da Semana da Amizade nos anos setenta, quando ali reuniam jovens, estudantes e adultos para a discussão de vários assuntos ligados à nossa cultura.

Ainda se pode construir uma nova demanda. As atividades do passado que ali eram realizadas nos servem de parâmetro para a sua revitalização. As autoridades competentes e/ou outras iniciativas poderão dar uma nova dinâmica para o cotidiano juvenil da cidade.

Fonte: flagrantes de uma cidade

11/01/2007

CAMARA MUNICIPAL


Esse é o nosso tradicional prédio onde funciona a Câmara Municipal de Floriano, uma arquitetura simples, bonita mas arrojada para os padrões da cidade, localizada na praça coronel Borges.

No passado havia aí o grandioso casarão do mercado velho, que foi derrubado sem ao menos se dizer por quê e para quê; não houve ou não sabemos que critérios foram utlizados pelas autoridades para demolir aquele belo casarão.

De qualquer forma, o prédio da câmara é bem moderno, mas que seria de suma importância revitalizar os seus contornos com praças, arborização e palco para atrações culturais.

Foto: Agamenon Pedrosa

Entrevista com Jeremias

  Reportagem: Cesar Augusto JOSÉ NEVES DA COSTA (Jeremias) – Década de 50 trabalhou com Zé Caboré na Usina Elétrica Maria Bonita  “Jeremias ...