6/15/2007

ODORICO


Ainda conservando suas características originais , o velho Colégio Odorico Castelo Branco ( foto ), tomada extraída no final dos anos setenta, nos transporta aos velhos tempos.

Atualmente, depois de uma completa reforma, o Odorico tem novo comando e soma subsídios para proporcionar uma educacional básica para os nossos jovens que, necessariamente, precisam de um futuro mais autêntico.

No passado, a gurizada andava sempre aprontando por lá, brincando: correndo de lambretas de tábua, empinando papagaio, correndo em cima do muro, jogando bola, time de botão, peteca, pião, triângulo, mão no bolso etc

Tudo isso na hora do recreio, quando formava-se uma grande fila para a merenda, o horário mais disputado. Cada qual, com seu “copão” na mão. Era um auê terrível.

E quando chegava o período da vacinação, era uma loucura. O Nosso amigo João Carvalho, filho de Joãozinho Guarda, dizia logo:

- Eu num vou tomar, não! Eu vou fugir, vou pular o muro!

Outra gozação, a propósito, era quando a professora dona Lourdinha Martins ia fazer a chamada. Quando chegava no número vinte e quatro, formava-se um silêncio geral na turma. A professora, olhando para a todos, exaltava:

- Número 24, Sebastião Rodrigues, faltou?

Que nada. O nosso amigo Sebastião ( irmão de Luis Orlando ), ficava puto na dele, carrancudo, calado, não respondia a chamada e todos caiam na gargalhada.

6/14/2007

O "LANCHE" DECISIVO


O time do Palmeiras de Bucar participava de uma grande decisão na vizinha cidade de Guadalupe, mas como a estrada de acesso estava em péssimo estado, necessariamente, tiveram que viajar numa kombi pelo lado do Maranhão.

O time de Floriano, basicamente completo, com seus 11 titulares, de forma que quando chegaram nas proximidades de Boa Esperança, surpreendentemente teriam que atravessar o Parnaiba de canoa à vela.

De repente, quando o jogador Sadica percebeu que o rio estava cheio e a correnteza forte, foi logo se alterando:

- Porra, vocês sabem muito bem que eu não sei nadar; portanto, tô fora desse jogo! Vão vocês! Eu não vou, certo?

A preocupação era deveras delicada naquele momento com o nosso craque Sadica, sabendo todos que a sua presença dentro de campo era fundamental naquela grande final e, por unanimidade, a pressão era necessária:

- Ora, ora, tu num vai o quê, homem de Deus! Hoje, tu vai ter que aprender a nadar! Tu vai querer que a gente perca o jogo, hein? Essa canoa não vai virar, não! Fica tranquilo!

Finalmente, quando chegaram na concentração, por volta de 1 hora da tarde, a fome chega a apertar e os nossos jogadores começam a comer bolacha com guaraná antarctica.
De repente, depois que iniciara a partida, o zagueiro Zé de Tila começou a sentir-se mal, um embrulho na barriga, mas como não havia nenhum reserva, teve que ficar em campo.
O era duro e o nosso atacante Antonio Luiz Bolo Doce fazia um golaço, mas Zé de Tila não estava conseguindo acompanhar o ponteiro corredor Chico de Hermínia e o mesmo acontecia com o time adversário; eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentando mais, foi lá atrás da zaga, pegou no braço de Zé de Tila e disse:

- Vai fazer número lá frente, pra ver se a gente ganha o jogo, certo!?

Aí, então, todos caíram na gargalhada!
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Na foto acima, em pé - REGINALDO, SADICA, ANTONIO LUIZ, BITONHO, PRERERECA E OSMAR;agachados - ZILMAR, PECHINCHA, BAGANA, BUCAR, ANTONIO GUARDA, BRAHIM E PETRONIO em 1965

BLOCO DOS CASADOS




Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadelha

Criamos o “Bloco dos Casados” e convidamos outros casais para fazer parte como: Filadelfo Castro e Ivanilde, Dimas Fontes e Sonia, Pedro Neiva e Doxinha, José Wilson Carneiro e Luiza, Salomão Aires e Jesus, Chico Pereira e Zalina, Valdir e Nair, Nilton Camarço e Iolanda, Pauliram e Vera, Camilo e Lais, Manoel Simplício e Socorro. E, além destes, em alguns anos brincaram conosco: Osmar Amaral e Lêda, Edilson Amaral e Marodí, Wagner Fontes e Umbelina (nos dois últimos anos).

Sábado de carnaval às 10 horas da manhã iniciávamos a nossa brincadeira com papai (Zé Fontes), meus irmãos e Paganini tocando no Bar do Chico Gabriel que era vizinho às “Casas Pernambucanas”, onde Anésio Batista era gerente.

Os amigos de papai: Dr. Tibério, Dr. Amilcar Sobral, Edmundo Gonçalves, Pedro Attemal, Antonio Moreira, Inácio Ferrer, Solon Miranda, João Luiz Guimarães, Alderico Guimarães, seu Ramos, Justo Urquiza, Bernardino Viana e Antonio Anísio, chegavam cedo e só saíam à tardinha quando a gente ia para casa, tomar banho e vestir as fantasias para continuarmos a brincadeira no clube.

Reuníamo-nos na casa de um dos membros do “Clube dos Sete “para o aquecimento que era regado à caipirinha. Quando chegávamos ao clube Orlando Peixoto (cantor da Banda “Os Iguais”), via o nosso estandarte e cantava o nosso hino para o bloco entrar no salão. “Quem disse que casado não brinca / casado é quem pode brincar...” O Fábio meu irmão mais novo, era rapazote e algumas vezes, entrava levando o estandarte.Aí nós tomávamos conta do salão, dançávamos a noite toda. No Comércio Esporte Clube, tinha uma parte no meio do Clube que era descoberta. Quando chovia tinha duas bicas uma em cada canto, alguns dos brincantes iam para a parte coberta, mas eu, Marinice, Renê, Socorro, Ivone, Wilson, Pedro e Doxinha, íamos mesmo era para debaixo da bica, todo mundo suado e graças a Deus nunca adoecemos por isso.

Na quarta-feira de cinzas, o último dia de Carnaval, “Os Iguais” desciam às 6 horas da manhã para a beira-rio (carnaval também acontecendo lá). Eles iam tocando na frente e nós todos dançando atrás. Quando chegávamos lá na avenida todos nós mergulhávamos no rio (de fantasia e tudo, só tirávamos as sandálias). Ai Orlando cantava: “Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...” todo mundo cantava eles, nos despedíamos daquele carnaval, eles iam embora e nós também para aguardar o ano seguinte.

Fonte: www.acervo.floriano.pi.gov.br

6/13/2007

PADRE PEDRO


Outra figura ilustre que estará sendo homenageada durante o PRIMEIRO ENCONTRO DE FLORIANENSES - 10 ANOS DO CENTENÁRIO, em julho próximo, é padre Pedro ( in memorian).

Padre Pedro ( foto ), em seus sermões, muitas vezes parecia duro, mas na verdade, estava encaminhando a nossa comunidade a um futuro exemplar.

Relembrando, certa vez, quando quiseram tirá-lo da paróquia, tendo como motivo alegado sua gestão conservadora, disseram para Padre Pedro que iriam colocar uma "vassoura nova" para dirigir o futuro de nossa paróquia com uma nova ordem filosófica. O nosso velho pároco, arguto que só, no entanto, fez calar o bico de todos, exaltando em alto e bom som:

- Meus filhos, pois fiquem sabendo, só a “vassoura velha” aqui é que sabe onde é que tá o sujo...

FESTAS JUNINAS


Depoimento de Mª Beatriz Gadêlha Fontes Pereira
Pesquisa: Mª Umbelina Marçal Gadelha

A nossa turma ( foto ) também criou a Quadrilha dos Casados que começava com os ensaios em maio e iniciava oficialmente em 1º de junho. Éramos convidados para dançar, em várias casas de famílias de Floriano. Os convites eram tantos que havia noites em que dançávamos em 3 casas diferentes. Ofereciam-nos feijoada, paçoca, maria izabel, chá de burro, bolo de milho, pipoca, amendoim, churrasco e outras variadas guloseimas.

O encerramento das quadrilhas era no dia 2 de julho na Igreja de Nossa Senhora das Graças, no bairro Ibiapaba. Éramos convidados pelo frei Vicente para nos apresentarmos lá. Lembro-me que em 1972, eu estava no oitavo mês de gestação de meu segundo filho (Fernando) e fui a noiva da quadrilha. Brinquei pesada e muito animada, porém, no dia 2 de setembro Fernando nasceu, sadio e lindo pesando 4,100 kg. Formávamos um grupo muito unido. Naquela época poucas de nós trabalhávamos fora, e o dinheiro somente dos maridos não era muito, mas administrávamos bem, pois dava para tudo.

Com o passar dos tempos, os filhos foram chegando, e a necessidade de trabalharmos fora também. Alguns casais foram embora de Floriano, trabalhar em outras cidades, outros saíram para estudar, inclusive eu, que em 1977 fui fazer faculdade em Belém-PA. Quando voltei, tive que trabalhar 3 turnos, assim como a minha amiga e comadre Ivone Demes, ai acabou-se o “Clube dos Sete”, o “Bloco dos Casados” e a “Quadrilha dos Casais”.

Hoje só nos resta relembrar com alegria e saudade daquele tempo maravilhoso que marcou a nossa juventude.

Fonte: /www.acervo.floriano.pi.gov.br

6/12/2007

SERTÃ


A luta pela restauração da Sertã ( foto da década de 50 ), a recuperação de nossa antiga praça doutor Sebastião Martins e mais o resgate do nosso tradicional Floriano Clube deveriam ou ainda podem ser inseridos dentro do contexto em debate no PRIMEIRO ENCONTRO DOS DEZ ANOS DO CENTENARIO.

Precisamos sair por aí conscientizando as pessoas e as autoridades, no sentido de haver uma preocupação maior e zelo pelo nosso patrimônio arquitetônico.

As escolas precisam estar engajadas nessa conscientização e outras iniciativas e parcerias devem ser pautadas para ficarmos alertas quanto ao nosso futuro. Precisamos construir uma rotina nova para Floriano poder crescer e acelerar o seu desenvolvimento, retomar e resgatar suas tradições perdidas e adormecidas.

6/11/2007

REGATAS DE JULHO


O mês de julho em Floriano é muito festivo, mês de aniversário da cidade. Para este ano estão previstas inúmeras atividades no campo da cultura.

As comemorações dos 10 ANOS DO CENTENÁRIO terão ampla programação e uma das principais é a abertura do museu de Teodorinho no centro da cidade.

Seria importante, também, que a prefeitura incentivasse ou promovesse, este ano, o retorno das famosas - REGATAS DE JULHO, para animar mais ainda essa festança.

Para não fugir da poesia, fotografamos, instantaneamente, o nosso amigo Zerubal em sua peregrinação diária em busca dos mandís e surubins. Era o início da década de oitenta, quando essa paisagem era bem aproveitada.

Temos que buscar de volta essa motivação e Floriano continuar proporcionando essa magia que buscamos o tempo inteiro.

HISTÓRIAS DE FLORIANO

  FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os cl...