Pesquisa : Mª Umbelina Marçal Gadelha
Criamos o “Bloco dos Casados” e convidamos outros casais para fazer parte como: Filadelfo Castro e Ivanilde, Dimas Fontes e Sonia, Pedro Neiva e Doxinha, José Wilson Carneiro e Luiza, Salomão Aires e Jesus, Chico Pereira e Zalina, Valdir e Nair, Nilton Camarço e Iolanda, Pauliram e Vera, Camilo e Lais, Manoel Simplício e Socorro. E, além destes, em alguns anos brincaram conosco: Osmar Amaral e Lêda, Edilson Amaral e Marodí, Wagner Fontes e Umbelina (nos dois últimos anos).
Sábado de carnaval às 10 horas da manhã iniciávamos a nossa brincadeira com papai (Zé Fontes), meus irmãos e Paganini tocando no Bar do Chico Gabriel que era vizinho às “Casas Pernambucanas”, onde Anésio Batista era gerente.
Os amigos de papai: Dr. Tibério, Dr. Amilcar Sobral, Edmundo Gonçalves, Pedro Attemal, Antonio Moreira, Inácio Ferrer, Solon Miranda, João Luiz Guimarães, Alderico Guimarães, seu Ramos, Justo Urquiza, Bernardino Viana e Antonio Anísio, chegavam cedo e só saíam à tardinha quando a gente ia para casa, tomar banho e vestir as fantasias para continuarmos a brincadeira no clube.
Reuníamo-nos na casa de um dos membros do “Clube dos Sete “para o aquecimento que era regado à caipirinha. Quando chegávamos ao clube Orlando Peixoto (cantor da Banda “Os Iguais”), via o nosso estandarte e cantava o nosso hino para o bloco entrar no salão. “Quem disse que casado não brinca / casado é quem pode brincar...” O Fábio meu irmão mais novo, era rapazote e algumas vezes, entrava levando o estandarte.Aí nós tomávamos conta do salão, dançávamos a noite toda. No Comércio Esporte Clube, tinha uma parte no meio do Clube que era descoberta. Quando chovia tinha duas bicas uma em cada canto, alguns dos brincantes iam para a parte coberta, mas eu, Marinice, Renê, Socorro, Ivone, Wilson, Pedro e Doxinha, íamos mesmo era para debaixo da bica, todo mundo suado e graças a Deus nunca adoecemos por isso.
Na quarta-feira de cinzas, o último dia de Carnaval, “Os Iguais” desciam às 6 horas da manhã para a beira-rio (carnaval também acontecendo lá). Eles iam tocando na frente e nós todos dançando atrás. Quando chegávamos lá na avenida todos nós mergulhávamos no rio (de fantasia e tudo, só tirávamos as sandálias). Ai Orlando cantava: “Quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor...” todo mundo cantava eles, nos despedíamos daquele carnaval, eles iam embora e nós também para aguardar o ano seguinte.
Fonte: www.acervo.floriano.pi.gov.br