3/09/2007

NANAM DO CRUZEIRO




Nascido em Pio IX no ano de 1944, o nosso amigo Francisco das Chagas, mais conhecido como Nanan, chegou em Floriano com dois anos de idade. Abandonado pelo pai, sofreu bastante na vida, chegando até a pedir esmolas nas ruas.

No entanto, sua trajetória de vida muda, quando foi adotado pelo professor Binu Leão, Hononato Drumond e Alberto Soares. Depois as coisas foram mudando e chegou a ajudar seus outros irmãos, que também passavam dificuldades.

Aos dezenove anos seguiu para servir o Exército Brasileiro no 25 BC em Teresina. Aos vinte anos casou-se com dona Júlia Pereira, que também enfrentava a vida com dignidade e muita luta.

Vinda do interior de Bertolínea, com ela nasceram quatro filhos - Maria de Lourdes, Maria das Dores, Francisco Evandro e Carlos Roberto.

Voltando a Floriano, fundou dois blocos carnavalescos - Os Astronautas do Samba e Setentões do Samba. No futebol, chegou a jogar no Santa Cruz de Bazué. Foi, também, treinador do Reno Futebol Clube e Cruzeiro Futebol Clube, onde ganhou vários torneios.

Trabalhou no Vende - Bem, com o nosso amigo Pauliran, como balconista, foi torrador de café, tratorista, maqueiro, encarregado de fazendas e, por fim, motorista de várias firmas em Floriano, como L. S. Brandão, Mendes Junior e hoje é camihionheiro do grupo Jorge Batista em sua terra natal - Floriano.

VELHA GUARDA II




A estratégia era reunir o pessoal da velha guarda do futebol florianense, ali na barberaria do excelente técnico de futebol - GALDINO.

Chegamos para o carnaval e a turma administrava a distribuição das camisetas ( hoje, abadás ) do bloco - OS INGRATOS, durante o último carnaval.

Para a foto ( ao lado ) pousaram os ex - craques fo futebol do período romântico florianense.

Nada mais nada menos do que o técnico Galdino, Puluca, Poncion, Zezeca e Zé Bruno ( este, artilheiro maior do futebol de salão florianense ).

Esse timaço ainda faz festa na cidade. É bom, também, que se procurasse incentivar os que hoje estão iniciando e que têm algum contexto. Para o bem do futebol da Princesa.

3/07/2007

BAZIM - CRAQUE DO PASSADO



Se chegarmos no bairro Manguinha, reduto de craques do futebol florianense, e procurar por José Ribamar dos Santos, jamais encontrará um dos maiores piolhos de bola; no entanto, se procurarmos o “Basim”, este é mais conhecido que farinha no Ceará.

Esse habilidoso craque de futebol dos anos setenta, foi encontrado no seu trabalho, na UESPI, Campus de Floriano, onde exerce a função de vigilante concursado. É também um profissional de mão cheia na arte de gráfico.
- Basim, fale um pouco de sua família.

- Sou florianense da gema, pois nasci na Manguinha, minha esposa se chama Luiza de Fátima e tenho três filhos ( as ), sendo um rapaz e duas garotas.

- Em quais campinhos você iniciara a arte de jogar futebol?

- Nos campos do “Ferrim” ( hoje o Hospital Regional Tibério Nunes ) e no tradicional campo dos artistas.

- Qual o seu primeiro time?

- O antigo SABBÁ, a sua sede era próximo ao Posto Sabbá.

- Interessante, foi de onde surgiu o nosso representante Cori-sabbá, não é isso?

- Sim, o Cori-sabbá nasceu da fusão dos times SABBÁ E CORINTHIANS de Pompéia.- Como era formado o time SABBÁ?

- Não se assuste com os nomes, por que eram realmente engraçados, senão, vejamos: Chico Cobra Preta no gol ( irmão de Bagana ), Couro Velho, Osman, Euvaldo, mas o lateral esquerdo não me recordo; o meio era formado por Zé Henrique ( irmão de Luis Orlando ), nego bom de bola e Basim formavam o meio de campo; na frente, Tico pela direita, Soleta centro avante, o meia esquerda não me lembro e o dono do time, Noel, pela esquerda.

- Você jogou em outro time?

- Depois fui para o Grêmio de doutor Calistinha e Galdino, era formado por Joaquim José, Zé Ulisses, Pedão, Dias, mas o lateral esquerdo não lembro; no meio, o cracasso Edmar e Mocó, na ponta direita Chico do Campo, Basim, Gonzaga “Preto” e Roberto Holanda.

- Basim, e o gol mais bonito?

- Foi num jogo entre Poeirão e Grêmio, Chico do Campo escapa pela direita e cruza, matei a bola no peito e tasquei uma bicicleta no ângulo, um golaço, o estádio Mário Bezerra, no gol do lado do Estadual, uma pintura.

- Lembra de algum lance no futebol que gostaria de contar?

- Eu sempre fui habilidoso, não fazia muitos gols, mas gostava de dar uns “melas” nos adversários e certo dia, entrei na área, passei até pelo goleiro, fiquei defronte o gol para marcar, mas preferi parar esperar um zagueiro, driblei ele novamente, esperei o goleiro a se agasalhar e marquei. A torcida foi à loucura, pois sabia que de vez em quando gostava de aprontar.
Fonte: www.florianoemdia.com / Na foto acima Basim ao lado do famoso árbitro do futebol florianense - JUVENAL.

3/06/2007

VELHA GUARDA



Estávamos em plena folia de momo, quando a turma do Tradição e dos Ingratos se preparava para descer a Getúlio Vargas no domingo de carnaval.

Quando de repente junta a turma da velha guarda, numa confraternização de tirar o fôlego. Nada mais nada menos do que o Zé Uilson ( filho de mestre Orlando Rodrigues), o famoso Jeremias ( zagueiraço dos anos cinquenta e sessenta ), o estilista Puluca e o driblador Gonzaga Preto em grande estilo.

Só o carnaval de Floriano para nos proporcionar esses encontros épicos. Muita adrenalina, onde foram relembrados inúmeros episódios do passado que ficaram registrados na memória daqueles que vivenciaram a fase áurea de nosso futebol romântico, que os anos não trazem mais.

3/05/2007

CAMPO DOS ARTISTAS



Visão estratégica do campo dos artistas, apanhando o visual externo da Escola Normal. Era aí, também, que se instalavam os antigos circos de arena.

Vê-se, logo à frente, o famoso cajueiro, ainda intacto, que servia de bastidores para os dirigentes e piolhos de bola do período romântico.

Essa paisagem foi extraída, recentemente, durante o período carnavalesco de dois mil e sete, quando a poesia tocava-me forte e a vontade de matar a saudade era saltitante.

Era de manhã cedo e o clima estava uma delícia. O silêncio dali nos dava uma sensação nostálgica e se ecutava, ainda, algum canto de passarinho. A chuva já dava sinal do pau d´água que iria cair sobre a Princesa.

Detalhe: o campo dos artistas no único pedaço que restou dele o matagal toma de conta, lamentavelmente.

3/02/2007

TIBÉRIO NUNES



TIBERIO NUNES – Trajetória e Depoimentos

Trata-se de um excelente livro, lançado recentemente pela família do ex – prefeito de Floriano, doutor Tibério Barbosa Nunes, onde resgata a trajetória de sua vida pública e profissional, através de depoimentos nobres.

Num desses depoimentos, o seu sobrinho, o ex – deputado Luciano Nunes, conta que certa vez -, “quando estava construindo a sua residência na rua que hoje leva o seu nome, me convocara, na condição de agrônomo, para acabar com as lagartas que estavam acabando com a folhagem de uma mangueira que existia no fundo do quintal de sua casa. Comodista e sem vontade de ir matar as lagartas, tirei uma de ecologista e o aconselhara a deixar as lagartas virarem borboletas, que elas iriam todas embora voando.Tibério ficara irado e, voltando-se para mim, esbravejara: - Você é um agrônomo de merda, que só sabe mesmo é plantar tampa de garrafa em asfalto...”

O livro retrata, também, passagens de sua juventude em Fortaleza, Rio de Janeiro, onde chegara a ser grande líder estudantil e vice – presidente da União Nacional dos Estudantes – UNE. Adentrou pelo jornalismo com Arimatéia Tito Filho, seu amigo e tornou-se um grande médico no Piauí.

Naturalmente, entrou na vida pública, onde tornou-se por duas vezes prefeito de Floriano, Deputado, Vice – Governador e Governador do Estado do Piauí e, por último, chegando a Presidente do Tribunal de Contas do Estado.

Queria, ainda, a voltar à vida pública para eleger-se Senador da República. Falecera, prematuramente, no início dos anos setenta, numa fatalidade da vida nunca vista antes.

Tibério deixou uma lacuna enorme, dentro do contexto político piauiense, de forma que a sua trajetória política ainda permanece viva para quem ama o Piauí e, evidentemente, a nossa querida Princesa do Sul.

3/01/2007

ENCONTRO DE CRAQUES


Estávamos em plena folia de momo no Hotel Rio Parnaiba do Grupo Jorge Batista, quando fomos surpeendidos com o encontro de antigos craques da bola, da poesia, da música e de empresários de Floriano bem sucedidos na vida.

Encontramos por lá, por exemplo, o economista Puluca, o arquiteto Nilson Coelho, o engenheiro José Uilson ( foto ) e outras grandes figuras, tipo Chico Borges, Iran, Paleca, Jorge Filho, Phillipe, Osmar Júnior, Jairo, Ceiça, Fátima, Jesualdo, Carlito, Hagamenon, Antonio Reis num reencontro épico e onde puderam descarregar suas aspirações e suas emoções.

Só o carnaval florianense para proporcionar essa alegria, numa certa intimidade poética e ululante. Desta forma, precisamos cada vez mais revitalizar o carnaval florianense para gerar novos e futuros encontros de novas e velhas gerações.


HISTÓRIAS DE FLORIANO

  FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os cl...