2/01/2007

FLORIANO CLUBE


Estamos chegando a mais uma festa de momo - o carnaval florianense de 2007. De repente me vem à lembrança as antigas marchinhas e as matinês do velho Florino Clube ( foto ), onde o som dos bailes ecoavam noite adentro no passado.

Hoje, severamente abandonado, inclusive co-irmanado com esse horrível calçadão, essa casa permanece mórbida e silenciosa num autêntico abandono óbvio e ululante.

Seria de suma importância se a COC ou alguma outra iniciativa pudessem resgatar, restaurar ou revitalizar esse casarão, pelo menos no período dessa festança carnavalesca. Com certeza ganharíamos dividendos.

Não entendemos e não há carnaval em Floriano sem as tradicionais marchinhas do velho FLORIANO CLUBE.

PANELA VELHA



DARLAN, "PANELA VELHA" - UMA MURALHA! OCTACAMPEÃO DE FUTSAL!


Darlan foi um achado para o FUTSAL florianense. Veja como ele surgiu e fechou o gol, uma barreira "quase" intransponível!


- E a idéia de ser goleiro, quando e como surgiu?


- Quando era adolescente, com dezesseis anos, a pedido de Roberto Holanda ( apontando para Roberto ), me convencera a ser goleiro no FUTSAL. Com essa atitude, com essa minha magnífica decisão, o resultado é que fui octacampeão ( oito vezes campeão ), é muita coisa, agora é que estou vendo essa importância.


- Quais os times pelos quais forai campeão de FUTSAL?


- Pela Transpiauí-Honda, duas vezes; pela Agespisa, três vezes; e pelo Brasília, também três vezes.


- Qual desses times você considera o melhor?


- Foi na Transpiauí-Honda, com: Darlan, Beterraba ( Demerval Neiva ), Barão ( Robert do Banco Econômico ) e Malta ( um dos melhores jogadores que vi jogar, show de bola, um espetáculo! ).

Outro timaço era o Brasília: Darlan, Carioca, Beterraba, Salomão, Caraolho e Walberto.


- E você lembra de alguma defesa que a considera a mais importante?É nesse momento que o craque vê o quanto ele fora importante, os olhos lacrimejam, é emocionante! É a pergunta chave!


- Minha maior defesa foi naquele jogo entre Brasília e Transbrasiliana. Uma penalidade a favor do time da Transbrasiliana: “quem é que vai bater?” – Perguntei. O árbitro apontou para Zé Idelfonso ( filho de São José do Peixe ), o craque do time, pensei, é agora, se pegar, seremos campeões. Zé Idelfonso com certeza pensara o contrário, se fizer, seremos campeões! Num pequeno espaço da quadra, quando olhei, lá vem o atacante no rumo da pelota, batendo forte aquele petardo... Caí embrulhado com a bola, não larguei mais. Com essa defesa, conquistamos o título!

É demais reviver aqueles momentos!


Trata-se de lances que ficaram em nossa memória mas que precisamos estar sempre resgatando e organizando o FUTSAL da Princesa do Sul, momentos como aqueles descritos, agora, que deixaram marcas para sempre! E que jamais esquecerei!

Fonte: www.florianoemdia.com / Na foto acima, Darlan com Roberto e Mocó

O EXTERMINADOR



WALBERTO - O EXTERMINADOR - GUARDA COM CARINHO SUA PASSAGEM PELO FUTSAL DA PRINCESA!


Walberto é daqueles jogadores que todo treinador gostaria de tê-lo no seu time, pois além de gostar de jogar, atuava em qualquer posição, um verdadeiro "curinga".

Habilidoso, combativo, motivado, muita categoria, para ele não existia esse negócio de bola e muito menos jogo perdido, não! Definia, com rapidez, quase todos os lances de perigo de gol e sabia ocupar qualquer espaço dentro de campo. Era um terror para os adversários. Essa era uma pura realidade.


- Walberto, com relação ao FUTSAL, conte um pouco da sua brilhante participação!


- Fui campeão do Torneio na AABB por diversas vezes, inclusive está acontecendo, agora, o Darlan, o Roberto Holanda e Mocó continuam agitando, são realmente uns guerreiros, todo ano eles organizam essa taça, mas voltando ao assunto, sim, fui campeão quatro vezes pelo Brasília e duas vezes artilheiro, era um timaço: Darlan ( Panela Velha ), Walberto, Papagaio, Beterraba, Caraolho e Salomão. Era difícil perder! O nosso time era tão entrosado, que jogava por música. Os times de Teresina vinham pra cá e levavam taca toda vez! Eles não conseguiam entender como que numa cidade do interior se formavam tantos craques numa mesma safra! Não sabem "eles" que tivemos, aqui, uma legião de craques com "C" maiúisculo!

Fonte: www.florianoemdia.com / Na foto acima, Valberto é o segundo agachado, quando jogava pelo Cori - Sabbá - 1991

ALEGRIA CONTAGIANTE



NÊGO CLEBER - UM BOLÃO! ALEGRIA CONTAGIANTE!


” O palco era a famosa quadra do Comércio Esporte Clube, onde grandes eventos esportivos eram ali realizados. Era disputado um Torneio de Férias de Inverno na década de setenta. A quadra totalmente lotada, naquele jogo disputadíssimo. Numa extraordinária jogada o time Sem P. faz um a zero no Narciso. Nego Cleber ( como era chamado ), de repente, vai calmamente ao fundo da rede e apanha o pneu ( bola ) e avisa Guilherme:

- Deixa comigo!

Quando o Puluca toca o centro para Cléber, o artilheiro saiu feito doido, driblando todo o time adversário, endiabrado, fazendo o gol de empate e saiu naquela sua vibração característica! O nego era demais, que saudade!” - Lembra Zeca Futuca.


” Na vida só vi três jogadores fenomenais no FUTSAL - Nego Cleber, Antonio Luis Bolo Doce e Karlaile, que jogava em Belo Horizonte” - frisou Roberto Holanda!

Fonte: www.florianoemdia.com / Na foto acima, Cléber é o segundo, agachado em 1971

ARTILHEIRO NATO



MOCÓ - DE PRIMA - CHUTE CERTEIRO - ARTILHEIRO NATO!

Falar em futebol piauiense, tanto de FUTSAL como de campo, precisamos, sem dúvida nenhuma, destacar o nosso eterno craque - RILMAR BARBOSA DE ARAÚJO, o famoso Mocó: estilo, criatividade, habilidade, categoria, chute certeiro, um verdadeiro piolho da bola.

- Em Floriano você começava a dar show de bola, mas realmente quando você surgiu para FUTSAL?

- Em 1978, buscando novos horizontes e conhecimentos, transferiu-se para a capital piauiense, onde fora morar na Casa do Estudante e nos intervalos da escola ia treinar no River.

O nosso saudosoTiberim ( diretor de esporte do Piauí Esporte Clube à época ), soube que Mocó estava em Teresina e marcou cerrado, não deu espaço, convidou o moço e o convenceu a ir jogar e morar na concentração do PEC.

Ficara tudo acertado, à noite Tiberim ( não perdeu a oportunidade ) o levaria para treinar na seleção piauiense de futsal, pois o time estava se preparando para jogar em São Luis com a seleção do Maranhão.

No treino Mocó foi para o time reserva, mas começou dando olé e aí não deu outra, o treinador logo percebera que estava diante de um astro, de um artista da pelota, o colocou no time principal, foi só alegria, senão vejamos.

Foram realizados dois jogos em São Luis - o primeiro Piauí bateu o Maranhão por dois tentos a um; no segundo jô novamente outra taca - Piauí um a zero no Maranhão. Os três gols do selecionado piauiense foram marcados pelo craque Mocó. Os maranhenses ficaram boquiabertos, tamanho espetáculo proporcionado por aquele jovem de apenas 21anos, com 57 quilos, endiabrado, com um tiro certeiro, jogadas mirabolantes, com variações jamais vistas, o assédio foi grande, para que sua transferência fosse concretizada para a capital maranhense.

Perguntado sobre em quem se inspirara no futebol, a resposta foi de prima:

- Inspirei-me no meu primeiro técnico, Alberino de Paula, ( Seu Bero ) e no ícone do futebol florianese, Antonio Luis Bolo Doce ( in memorian ), tanto em FUTSAL quanto em campo.

- E o FUTSAL de Floriano como está na sua visão?

- Eu ( Mocó ), Darlan e Roberto Holanda estamos realizando o 5º torneio de férias e a cada ano está se consolidando, as empresas e os órgãos governamentais estão vendo o retorno, tanto pelo lado organizacional como também pela presença do público que tem frequentado a quandra da AABB.

Os atletas estão sentindo que têm que treinar, pois se isso não acontecer o timaço de Uruçuí vai levar todas. Mas o mais importante de tudo é ver a arquibancada lotada e vibrando com jogos espetaculares!

- Você lembra de algum momento inusitado no FUTSAL?

- Sim, foi num torneio de férias de Verão na década de 80, na quadra da AABB, o nosso time era bom e gostavam de atuar e cada jogo era um espetáculo diferente, fui artilheiro com 35 gols e Naldinho vice com 33 gols, nossos jogos só saiam goleadas!

1/31/2007

DE VOLTA AO CENTENÁRIO



Tuas arestas não se curvaram ao tempo; onde estão as tuas andorinhas, teus meninos errantes? Teus sinos ressoam; Sopros de sonhos!

Alguns amigos nossos, Teodorinho Sobral, Cristóvão Augusto e o professor Luiz Paulo estão à frente de uma comissão, onde se pretende atrair os florianenses que moram fora e que estiveram aqui durante as comemorações do centenário da cidade em 1997.

A idéia é reviver aqueles bons momentos, resgatando a cultura e proporcionar uma grandiosa festa em comemoração aos 110 anos da Princesa do Sul em julho próximo.

Trata-se de uma excelente idéia. Sugerimos, também, que se organizem festivais, maratonas, gincanas, lançamentos de livros, concertos e outros eventos que possam atender toda uma demanda de fomento sócio-recreativo para a cidade.
Floriano merece!

DOIS TIMAÇOS


SQUARE E TAPIOCA - DOIS TIMAÇOS
O nosso amigo Adelmar Neiva da rua São João nos conta que o time do SQUARE na década de 70 – “era uma máquina. O negócio é que o treinador daquela bela formação, Rafael Ribeiro Gonçalves ( o bicho era tipo o Bernardinho do vôlei ), sempre foi exigente e o treinamento era puxadíssimo, terrível, uma loucura, o time voava, os atletas todos garotões, um preparo físico invejável e como os jogos eram realizados à noite ficava muito mais fácil o desempenho dos craques!”

- Adelmar, onde se realizavam os treinos?

- Na quadra do Comércio Esporte Clube.

- Qual era a formação do time daquela temporada?

- Os piolhos Gilmar Duarte, Gilson, Naldinho, Ieié, Roberto Holanda, Adelmar Neiva e Zé de Marizaura.

- Você lembra de algum lance em especial?

- Sim, o nosso time tinha um fundamento no ataque, tanto pelo lado direito quanto pelo lado esquerdo, que terminava em gols de Ieié, o jogador que mais vi fazer gols da linha de fundo e sem ângulo.

- Como era essa jogada, Adelmar?

- Quando eu apanhava a pelota no meio, Ieié se deslocava para o canto da quadra e quando recebia o pneu fazia o mais dificil, o gol da linha de fundo sem ângulo, impressionante a sua capacidade de finalização, um verdaeiro espetáculo!

- Na sua época você lembra de mais algum jogador de destaque?

- Lembro-me de três: Antonio Luis, Cleber Ramos e Naldinho! Bolo Doce foi o jogador que mais fez gols, Cleber era um alegria só, um cracasso, e Naldinho, verdadeiro estilista, driblava todo time adversário, era um artista da bola!

- Depois do Square, você chegou a jogar em outro time?

- Ah! Me lembrei! Fizemos um time chamado de TAPIOCA!

- Nossa! TAPIOCA!? A turma era criativa, hein!

- Muito criativa, mesmo, e o mais engraçado é que nas camisas colocavá-mos os nomes: GOMOSO, BEIJÚ...

- Quem jogava nesse time do TAPIOCA?

- Gilmar Duarte, Serjão, Naldinho, Adelmar Neiva, Ieié.

SÃO HISTÓRIAS FAMOSAS DE NOSSO TRADICIONAL FUTEBOL DE SALÃO.

Fonte: www.florianoemdia.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...