12/06/2006

DEFALA ATTEM


A AMPLIFICADORA FLORIANENSE!

“PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DE FLORIANO”

POR NELSON OLIVEIRA

(Foto: Defala Attem, no interior do estúdio da Amplificadora Florianense - Arquivo de Pedro Attem)

Com a inauguração do Cine Natal, em 1937, pelo Sr. Bento Leão, que mais tarde se transformou na firma Bento Leão & Cia que, além do titular que lhe emprestou o nome, contou com a colaboração valiosa dos srs. Albino Bento Leão da Fonseca, sobrinho do Sr. Bento, Honorato Drumond e Mundico Soares, que, ao que parece, existia algum grau de parentesco entre eles. A referida firma explorava, além do cinema, o bar do Bento, principal ponto de encontro de parte da nossa sociedade, onde era servido todo tipo de bebidas merenda diversas e um saboroso cafezinho, que, já naquele tempo era feito em uma moderna máquina, com as louças (xícaras) devidamente esterilizadas. E a AMPLIFICADORA FLORIANENSE, que tinha o slogan, a “VOZ LIDER E POTENTE DA CIDADE” foi adquirida pela firma, para fazer a propaganda dos filmes que seriam exibidos, e, posteriormente, também acolhia anúncios das firma que exploravam outros ramos de negócios.

A AMPLIFICADORA FLORIANENSE teve, no início, a direção de um locutor de nome Luciano, por um curto espaço de tempo, em virtude de ter de se ausentar da cidade. Em face disso, o cargo passou a ser desempenhado pelo saudoso DEFALA ATTEM, florianense autêntico, que deu um novo destino ao empreendimento que passou a se constituir numa atração pelas músicas ali apresentadas.

A AMPLIFICADORA FLORIANENSE funcionava 3 vezes ao dia. Das 09 às 10 da manhã; das 17,30 às 18,30 horas e das 20 às 20,30 horas. O programa até as 18,30 marcava o início da 1ª sessão do cinema e das 20,30 marcava o início da 2ª sessão do cinema. Aquele instrumento que possuía um alto falante em frente ao cinema e outro na praça Coronel Borges atingia uma vasta região da nossa cidade. Diariamente, das 18 às 18,30, era apresentado um programa de grande aceitação, intitulado de a “MÚSICA QUE O TEMPO NÃO APAGOU”, no qual desfilavam as mais belas páginas do cancioneiro popular, interpretadas, um em cada dia da semana, onde se destacavam: Francisco Alves, o rei da voz; Orlando Silva, o cantor das multidões; Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga e muitos outros, que, com suas vozes embalavam os sonhos e as saudades de muitos florianenses da época.

Surgiram, posteriormente, outros serviços de auto-falantes, porém, de curta duração. O da Casa Bringel, o do Cine Itapoan e um do Pedro de Alcântara, que tinha o seu estúdio para os lados da rua São José.

A AMPLIFICADORA FLORIANENSE funcionou por mais de 20 anos sob o comando do Defala Attem e somente calou sua voz, com a chegada da Rádio difusora, cuja história também será destaque neste portal.

Defala Attem, depois desempenhou mandato de vereador, estabeleceu-se no comércio com armazém à rua São Pedro, próximo a esquina da praça Dr. Sebastião Martins, irmão da Tereza, do Fozy, da dona Noeme e do Pedro Attem filho, que há pouco tempo, também nos deixou. Defala, cidadão de bem e conceituado, morreu vítima de acidente automobilístico, próximo à cidade de São João dos Patos-MA.

Por: Nelson Oliveira
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Fonte: www.florianoemdia.com

12/05/2006

CARNAVAL

Propaganda do carnaval florianense dos anos trinta, através do Laboratório Sobral, quando da fabricação de seus medicamentos.

Podemos observar, na imagem, a praça doutor Sebastião Martins, dentro do contexto do romantismo da folia de momo da Princesa do Sul.

Tratava-se de um período efervecente do ponto de vista da produção cultural da cidade. Os seguimentos produtivos da velha Floriano exaltando suas novidades.

Hoje, tá tudo comum. Floriano atravessa um momento difícil, mas que ainda há uma luz no fim do túnel.

Quem vai fazer a diferença?
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Foto do livro – Floriano de ontem e de hoje / Teodoro F. Sobral

12/02/2006

PRAÇA

Ainda sondamos, com saudades, dos passeios, dos arvoredos, dos bambuais, do bar Sertã, do coreto e dos contornos da praça doutor Sebastião Martins, que hoje encontra-se transformada num objeto de desejo dos tempos modernos.

Não sentamos mais nos bancos para jogar conversa fora, não há mais a poesia de outrora e nem aquela cervejinha saborosa; não há mais os mesmos jardins; há, apenas, detalhes estranhos que se cruzam no vai e vem da rotina da cidade.

Estou com febre. A poesia, agora, é outra. O Clube do Rum não existe mais e os Malandros não botam o seu bloco na rua. Os incautos tomam de conta das novas tendências.

Não sei se serei mais feliz!

12/01/2006

RUA DO CRUZEIRO


Esta é a rua do Cruzeiro com o cruzamento do antigo Beco das Almas. Era nesta esquina aí que havia um areião, onde costumávamos bater uma bolinha.

Jogavam Cazuza, Silva de dona Julita, Tifie, Neguinho, Bá, Zé de Sousa, Gregório, Danúnzio, Ubaldo, Dácio, Valtinho, Adroaldo, Gilberto, Mané João, Zé Arnoldo, Josair e outras figuras.

A casa no detalhe, trata-se do casarão do senhor Zé Vieira. Era aí, também, que nos deliciávamos dos pudins de dona Inésia e das gostosas coalhadas, sucos, quebra-queixo, pirulito, picolés, chá de burro e outras guloseimas, que só ela sabia como fazer.

E no quintal de sua casa tinha siriguela, manga rosa, ata, caju, pitomba, araçá, abacate que faziam a alegria da gurizada.

O lalau que quizesse pular o quintal dali, o nosso amigo Neguinho (filho de criação de seu ZéVieira) já estava ali de plantão com a sua baladeira no pescoço, fazendo a sua ronda implacável.
Tempos que não voltam mais. Fazer o quê?



11/30/2006

SERTÃ


A velha Sertã. Quem não se lembra do bar Sertã dos tempos de Antonio Sobrinho e dos velhos carnavais. Hoje, tá só o bagaço.

Esse registro ao lado é do período do centenário de Floriano. A praça também é bem moderna, mas fazem falta os velhos contornos, o coreto e os bambuais.

Seria preciso que alguém tomasse a iniciativa e recuperasse esse espaço de suma importância para a alta estima da cidade.

Mas temos que ficar de olho, a propósito, em nosso belo acervo arquitetônico, no sentido de coibirmos atitudes que venham contribuir para sua total destruição.

Que venha o progresso, tudo bem, mas que possamos salvaguardar, por outro lado, o nosso contexto histórico de um passado de saudosas lembranças.

11/28/2006

ANTIGO POSSIM

Esse é o antigo Possim, aí atrás desse matagal. Era aí onde banhávamos, pegávamos água para as nossas casas. Situava no fundo do Odorico e no final da rua José Coriolano.

A movimentação era grande. De frente ficava a quinta de Maria Prisulina, onde a gente caçava passarim.

Depois que a Agespisa implantou o sistema de abastecimento d´água da cidade, o velho e famoso poço foi sendo abandonado.

Fica a saudade de quando jogávamos bola, empinávamos papagaio, brincávamos de preso, de quemente e de filmes de Tarzan.

São apenas recordações que nos fazem chorar!

11/25/2006

CINE NATAL

Aí está o velho Cine Natal, exaltando seu tempo épico na efervecente década de cinqüenta. Simplesmente original. Lírico.

À época, a Amplificadora Florianense divulgava as atividades e as novidades da cidade. A voz líder e potente da Princesa do Sul na locução do saudoso Defala Attem.

Em nosso tempo, já modernizado, nos anos sessenta, o auê era diferente: as matinês tornaram-se hilárias, movimentadas e muito troca-troca de gibis.

Para completar, o cheiro de pipoca, café e os picolés do bar do Bento. Hoje, a cidade segue seu rumo natural, sem mais o brilho dos tempos de outrora.

De qualquer forma, a produção cultural local exerce seu papel. Não sabemos se haverá uma construção efetiva. Precisamos do apoio público definitivo. Floriano precisa voltar a crescer. Doa a quem doer.

Chega de respirar nostalgia.
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Foto: Floriano de hoje e de ontem / Teodoro Sobral

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...