11/03/2006

PRIMEIRO AVIÃO EM FLORIANO



CHEGADA DO PRIMEIRO AVIÃO EM FLORIANO - 1934

Resgate da Memória Da Cidade De Floriano - V Memórias de Djalma Silva

Em 1934, deu-se em Floriano um grande acontecimento. A chegada do primeiro avião.

O fato teve lugar em 14 de julho, com a esticada até a cidade de um aparelho do Correio Aéreo Nacional que fazia a linha Fortaleza -Teresina, comandado pelo Capitão Neto Macedo.

A Prefeitura administrava o campo de pouso no Meladão na previsão de que a linha C.A.N. fosse estendida até Floriano. E, antes que os vôos fossem autorizados, o doutor Teodoro Ferreira Sobral, então prefeito do município, conseguira a vinda oficiosa do aparelho.

Ficou estabelecido que, acertada a hora da saída do avião de Teresina, a população seria avisada por meio de foguetes.

E assim aconteceu.

Pouco depois das treze horas os foguetes estrugiram ( estrondo, barulho ) no ar. O comércio fechou suas portas. As escolas e repartições também. Uma grande massa de pessoas acorreu ao Meladão usando os mais diferentes tipos de transporte; muitas indo mesmo a pé.

Eu fui de jumento. Um lerdo animal, emprestado por José Leonias ( já pensou! ), marido da minha tia Joana. O mesmo, verdadeiramente, um “orelhão” ou filósofo” no dizer do povo, não era de nada. Deixando à sua vontade mal trocava os passos. Picado de esporas e surrado de chibata, apressava-se um tiquinho e voltava a trocar os passos me irritando.Assim que até o campo onde cheguei nervoso e cansado.

Mais ou menos as dezesseis horas o aparelho sobrevoou o rústico campo e pousou na pista arremetendo contra o povo que imprudentemente havia convergido para ela para ver melhor. Um dos imprudentes acenou desesperadamente com as mãos e a população recuou um pouco dando passagem ao barulhento avião que lá adiante parou. Uma poeira infernal, escura, a assistência a correr para a orla próxima da mata. Mas logo depois ela voltou a cingir o aparelho já de hélices paralisadas.

Após pequena demora, o avião alçou vôo. A linha regular só tempos depois seria estabelecida.

NOTAS IMPORTANTES:

1. O único meio existente na época para uma comunicação rápida.
2. Irmã da mãe do autor;
3. O rústico campo é onde está hoje o bairro Irapuá II.

Transcrito do Jornal de Floriano, Edição nº 326 de 1985, por Seu *Nelson Oliveira.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Foto: Teodorinho Sobral / Fonte: www.florianoemdia.com

10/30/2006

RUA DO AMARANTE

Vejam só o estrago da famosa e bela rua do Amarante, um dos logradouros mais tradicionais de Floriano.

Lembro-me do período romântico, quando íamos passear na casa de nosso primo Carlos Augusto, filho do conhecido sanfoneiro Urbano Pacífico.

Não havia esse capeamento asfáltico, que tirou, de certa forma, o lirismo da rua.

Precisamos reverter esse quadro crítico dos passeios da Princesa.

Uma parceria entre autoridades e seguimentos preocupados com a limpeza da cidade, seria de suma importância, tipo, uma a criação de uma rotina de melhorias e conservação das principais ruas de Floriano, pelo menos, para que os nossos visitantes tenham uma boa impressão de nossa querida terra.

É tempo ainda de se pensar nessa idéia!

10/26/2006

OS MALANDROS



( Na foto ao lado, observamos os Malandrinhos Zé Geraldo (filho de Geraldo Teles), Jorge Carcamano, Arnaldo Pé de Pão, Demes e, na frente, em pé, Pedro Attem, comandando a moçada )

Dentro do contexto romântico de nosso carnaval, o famoso bloco OS MALANDROS participou, efetivamente, de duas fases importantes, a primeira, quando foi fundado, na década de 40, pelos foliões Rolo Ferreira, Zé Ferreira ( ambos filho de seu Vicente Roque ), Daniel Bicudo ( filho de seu Zé Leonias e irmão de Budin e Lulu ) e Rafael.

A segunda fase, em 1961, em Brasília, os florianenses, apaixonados pelo carnaval da Princesa, decidiram, que quando retornassem a Floriano, reativariam o bloco. O que realmente aconteceu. Os baluartes dessa brilhante idéia, foram os malandristas Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Chico Perna Santa, Colega, Jamil, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha” e Pedro Atem.

Curiosidade:

no ano de 1963, esse famoso bloco deixaria de sair com o nome "OS MALANDROS" e desfilara numa única vez como bloco OS DOMINÓS. Isso aconteceu por causa da morte de um dos integrantes mais famoso do blcoco - Defala Atem.

FIGURANTES:

Eleonora Demes, Nadja Demes, Sara Demes ( estas, irmãs de Mussa Demes e Alcides Del Bueno ), Nice Lurdes, Aldenora ( irmã de Genison ), Maria Mazuad ( irmã de Issa, Brahin e Gaze Mazuad ), Maricildes Costa ( eterna Miss Piauí – Filha de Alcides Costa, músico e Tabelião ).

COMPONENTES DO BLOCO:

Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Pedro Atem, Chico Perna Santa, Colega, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha”, Alcides “Del Bueno”, Jamil Zarur, Assis, Miflin, Mário Anselmo, Ratin Pintor, João Batista, Pompéia, José Soares da Pernambucana, Brahin, Bernadino Feitosa ( Seu Dino ), Parnaibano, Poncion, Lisboa do Piston, Aldênio Nunes, Caçula, Pauliran da Costa e Silva, Arnaldo Pé de Pão, Joaquim Portela, Engrácio Neto, Netinho, Maria Roxa, Herbrant ( Mano, filho de doutor Herbrant ), Luis Paraibano, Zé Geraldo Teles, Neguinho Sapateiro, Jorge Adala Lobo, Pedro de Alcântara, Estevão, Argeu Ramos.

MÚSICA ( enredo ) DOS MALANDROS:

NÓS SOMOS OS MALANDROS
COMPOSIÇÃO:

Alcides “Del Bueno” e Pedro Humberto Demes ( irmão de Mussa Demes ).

EVOLUÇÃO E MARCAÇÃO PARA NÃO PERDER O RITMO!
Alcides “Del Bueno” ( Tarol ), Parnaibano ( Tarol ), Engrácio Neto ( tarol ), Adauto Perna de Gato ( surdo ), Chico Perna Santa ( surdo ) e Assis ( Surdo ).

ENCONTROS DE GIGANTES:
No final da tarde, o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano.
Um momento de rara beleza! O encontro dos blocos Os Malandros, Os Piratas e Os Foliões na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba. Uma delícia! Inesquecível!

Colaboração:

Alcides “Del Bueno” Clóvis Ramos e Joaquim Portela, todos participantes do bloco Os Malandros.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho
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Fonte:
www.florianoemdia.com

10/24/2006

A NOVA PRINCESA


Floriano passa por um processo de crescimento decisivo. Novas ruas, praças e monumentos. O cais do porto, hoje, com um novo visual, é o ponto de encontro mais aconchegante.

As autoridades competentes precisam investir mais, realizar parcerias, envolver a comunidade. As escolas são de suma importância nessa caminhada educativa.

O esporte, por exemplo, pode resgatar a nossa época de ouro, quando éramos campeões em tudo. O futebol precisa de incentivos: mais torneios amadores, juvenís, como no tempo do campo dos artistas.

Cadê o Flamenguinho de Tiberinho, o América de Bezerra, o Botafogo de Gusto e o São Paulo de Carlos Sá?

Ainda há tempo de brotar uma nova história para a Princesa!

10/20/2006

MATRIZ

Igreja de São Pedro de Alcântara, matriz da cidade de Floriano, um dos mais atraentes templos do Piauí, exaltando seus contornos e encantos nos anos trinta.

Ainda podia-se contemplar os casarões e a praça. Os passaredos ainda sobrevoavam a Princesa. Os meninos brincavam de esconde-esconde e a cidade em seu romantismo expressando seu estado de graça.

Hoje, os encantos são outros. As auroras de antigamente deram lugar para os axés e forrós eletrônicos. Os carnavais, agora, são outros e a folia mudou de lugar.

A noite já não é mais sossegada. Os madrugadores estão soltos por aí dançando às escuras. Estamos caminhando para um extremo galático, que só suportaremos porque há um limite, mas com uma certa esperança: a de alcançarmos a salvação divina.
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Foto: Teodorinho Sobral

10/17/2006

RIO DOS ENTARDECERES


As águas rolam sem pressa no cantarolar da passarada, ecoando com o vento soturno; o sol escalda a Princesa nas tardes flutuantes de nossas andanças no vai e vem de nossas travessias.

A saudade pula saltitante do meu peito; o silêncio do rio e das canoas enaltece o Pateta na calmaria e das pescarias passadas; ainda vêem-se nados rasantes e taínhas traquinas; os meninos afogam-se no banho "fogoso das coroas".

A torre de branco exalta momentos de puras lembranças; ainda consigo sentir as Regatas de Julho e o sobe-desce das bananeiras e dos buritís; mas as lanchas e os motores já não mais trafegam rio acima como dantes.

O Parnaiba, ululante, ainda cria seus peixes na matança da fome, quando os mandís "aguanizam nos anzóis seu último nado..."

10/16/2006

CAMPEONATO DE AMADORES


( Foto dos irmãos GUSTO dono do Botafogo e Fabrício dono do Bangu )

Segundo o grande craque de bola do passado do futebol romântico de Floriano, Luiz Orlando, os campeonatos amadores de Floriano eram organizados pelos próprios jogadores.

"Não havia uma pessoa para organizar e a sequência do futebol tinha um ritual interessante, uma espécie de mudança de categoria", frisou Orlando, "os adolescentes começavam jogar da seguinte maneira:

Na 1ª etapa os jogos eram realizados no Campo do Odorico; a 2ª etapa era no Campinho de João Justino e os times eram: Bangu do Fabrício, Fluminense de Carlos Sá, Benfica de Albenício, Vasco do Bosque e Palmeirinha.

Para a 3ª etapa, as peladas eram no Campo dos Artistas, campeonatos mais acirrados: Flamengo de Tiberim, que tinha os seguintes atletas: Nego Cleber Ramos, bom de bola, artilheiro, futebol alegre, Siqueira, Zé Filho, Chiquinho.

O Botafogo de Gusto: Manoel Antonio, Luiz Orlando, Gilmarinho, Bento, Janjão, Danunzio, Mundeiro, Bago, Honório, Pedro Taboqueiro, Zeca Zinidor.

O Brasil de Cizé, filho de dona Sinésia, tinha Galo Mago, o time do Santos de Luis Paraíba, tinha os atletas: Abdom, João de Filó, Chinês ( Capitão Penha ).

A 4ª e última etapa era nos Campos do Ferroviário e do Comércio, os jogadores começam a usar chuteiras, eram semi-profissionais.
Os times que participavam eram: RENO de Zé Amâncio, os craques eram: João Martins, Boi Bufallo, Jolimar, Trinta, Carlito, Soleta, Selvu, o Corinthians de Joel, tinha os atletas: Bagana, Antonio Guarda, Antonio Ulisses (Pelado).

O Ferroviário de Pompéia, composto de Pompéia, Luiz Orlando, Janjão, Mundeiro, Gonzaga, Zeca Zinidor , Zeca Futuca; já o Comércio tinha também um timaço: Luizão, Pepedro, Antonio Luiz Bolo Doce, Petrônio, Brahim, Sádica, Chicolé, João Rato.

Floriano viveu bons momentos. Quem participou da fase romântica, tem muitas histórias belas ainda para contar. E o que poderíamos contar no futuro para os nossos netos dos dias que estamos vivendo hoje?

Quem viver, contará (!?)
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Fonte: www.florianoemdias.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

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